DEHIS - Departamento de História
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Browsing DEHIS - Departamento de História by Author "Agnolon, Alexandre"
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Item A História dos Godos escrita por Jordanes : estudo e tradução.(2019) Sartin, Gustavo Henrique Soares de Souza; Joly, Fábio Duarte; Joly, Fábio Duarte; Faversani, Fábio; Agnolon, Alexandre; Pinto, Otávio Luiz Vieira; Boy, Renato Viana; Costrino, ArthurA história dos godos de Jordanes, ou Getica, é a mais antiga das histórias restantes de um povo “bárbaro” pós-romano, mas o seu autor alega que ela seria um resumo da história gótica escrita por Cassiodoro, que não atravessou a Idade Média. A obra original foi supostamente escrita na Italia durante a década de 520 ou início da seguinte, quando Cassiodoro residia na corte dos reis ostrogodos, mas a de Jordanes foi escrita por volta de 550, em Constantinopolis. Nosso trabalho consiste em uma análise crítica da Getica, acompanhada da sua tradução para o Português, realizada com o auxílio da Linguística Sistêmico-Funcional. Os principais elementos da nossa análise são: (1) A narrativa de Jordanes acerca da ascensão gótica reflete mudanças de longo-termo na estrutura militar do Império Romano; (2) os godos são enaltecidos através de um dispositivo retórico que criou uma oposição entre “bons” e “maus” bárbaros; (3) Jordanes tinha um conhecimento limitado dos eventos que ocorreram após o ponto final da obra de Cassiodoro.Item Imperador ou tirano : comunicação e formas sociopolíticas sob(re) o Principado de Domiciano (81-96).(2019) Dias, Mamede Queiroz; Faversani, Fábio; Faversani, Fábio; Joly, Fábio Duarte; Agnolon, Alexandre; Guarinello, Norberto Luiz; Martins, PauloEsta Tese trata do Principado de Domiciano (81-96), o último imperador flaviano. Analiso como a comunicação, o espaço e o poder articulavam-se na composição da imagem desse imperador. Tendo em vista o assassinato de Domiciano em 96, as narrativas sobre esse imperador se transformam drasticamente. Domiciano deixa de ser considerado um bom imperador e entra para o rol dos tiranos. Desse modo, analiso como esta guinada diz respeito às tentativas de reafirmação sociopolítica da elite senatorial e equestre frente a uma nova conjuntura política. Empreendo essa análise por meio do entendimento de que o Principado era constituído pela coexistência de estruturas temporais contraditórias: uma antiga e republicana; outra nova e imperial. Busco explicar como a comunicação dos agentes históricos envolvidos na dinâmica sociopolítica romana articulavam seus interesses por meio de formas semânticas que retomavam parte do repertório social romano. Além disso, defendo que os aspectos arquitetônicos e simbólicos que compõem o contexto espacial de Roma são fundamentais para a experiência sociopolítica e para o processo comunicativo nas sociedades estratificadas como a romana dos séculos I e II. Portanto, busco demonstrar que as noções de espaço público e privado eram estruturantes para a conformação dessas formas semânticas, uma vez que elas eram mobilizadas tanto para configuração do retrato positivo quanto negativo do imperador flaviano.Item Post Mortem Uiuere : fronteiras sociais e arte funerária na cena Trimalchionis (Satyricon, 29-78).(2018) Martins, Caroline Morato; Faversani, Fábio; Faversani, Fábio; Joly, Fábio Duarte; Agnolon, AlexandreNesta pesquisa investigamos a representação da integração entre grupos sociais romanos nas descrições imagéticas, principalmente aquelas com temática fúnebre, contidas na narrativa do Satyricon, fonte latina do século I d.C. Centrando na Cena Trimalchionis (Sat. 29-78), episódio em que um liberto rico, chamado Trimalquião, oferece um banquete em sua casa luxuosa, apresentaremos como a narrativa desta obra carrega em suas descrições, imagens ou écfrases, uma mistura propositalmente indecorosa de elementos artísticos. Será explorado centralmente como o tema da morte possui relevância na Cena Trimalchionis, sendo importante para o estudo das imagens verbais observadas neste episódio. Demonstraremos nessa análise como tal mistura indecorosa de elementos artísticos - havendo uma preponderância, portanto, do tema fúnebre nestes elementos – é construtora do caráter irônico e crítico da obra. Neste sentido, indicaremos como, mais do que uma crítica ao grupo de libertos, ou aos nouveau riche, a obra representa uma crítica dissimulada a uma elite romana viciosa e desmoderada, segundo a visão aristocrática do autor do Satyricon, um cortesão à época de Nero. Em nossa perspectiva, sustentamos que a crítica a uma elite imperial é dissimulada por meio da representação de grupos subalternos e de uma representação da integração entre grupos sociais distintos ao longo da narrativa. Ademais, averiguaremos a representação de um compartilhamento social, traçando paralelos entre a imagética presente no Satyricon e a arte funerária romana encontrada em túmulos atestados arqueologicamente.Item Saber médico e sociedade no De Medicina, de Aulo Cornélio Celso.(2017) Perpétuo, Thiago Paschoal; Joly, Fábio Duarte; Joly, Fábio Duarte; Faversani, Fábio; Agnolon, Alexandre; Guarinello, Norberto LuizEsta dissertação tem como objetivo o estudo do De Medicina de Celso, um escritor latino que floresceu no primeiro século d. C. A análise privilegia os aspectos sociais deste texto, investigando se um tratado técnico da Antiguidade é capaz de refletir as relações sociais que subjazem à sua produção. Este tratado é investigado, assim, a partir de uma perspectiva sociopolítica, questionando-se também em que medida o De Medicina de Celso se refere a uma fase específica de integração no Mediterrâneo. Nós concluímos que certas peculiaridades da técnica médica como, por exemplo, a dietética, reflete de forma mais explícita a hierarquia social romana, especialmente quando grupos de indivíduos, apresentados pelo autor, são inseridos em seu contexto. O conjunto de técnicas e elementos que constituíram a arte médica na Antiguidade é apresentado por Celso através de padrões retóricos e filosóficos que se tornaram possíveis somente como resultado de interações culturais, durante um processo seletivo de integração.