NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas
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Browsing NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas by Author "Almeida, Roberto Lopes de"
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Item Efeitos do exercício físico de natação sobre a palatabilidade e os mecanismos centrais envolvidos com a ingestão de sacarose.(2023) Silva, Marcone Rodrigues da; Cardoso, Leonardo Máximo; Oliveira, Lisandra Brandino de; Cardoso, Leonardo Máximo; Andrade, Carina Aparecida Fabrício de; Almeida, Roberto Lopes de; Souza, Gabriela Guerra Leal de; Oliveira, Lenice Kappes Becker; Oliveira, Lisandra Brandino deA ingestão de alimentos aumentada e as preferências alimentares associadas ao sedentarismo têm levado ao aumento da obesidade e diabetes e, portanto, se tornado um problema de saúde pública. O exercício físico leva a adaptações no sistema nervoso central, o qual é responsável pela regulação tanto regulatória quanto hedônica do comportamento ingestivo. A angiotensina II (ANG II) e a vasopressina (VP) são peptídeos, entre outros, que participam da modulação dos comportamentos ingestivos e podem ser alterados com a prática do exercício físico. Contudo, há poucos estudos sobre a atuação desses peptídeos ou do exercício físico na ingestão de sacarose (SAC). Portanto, o objetivo dessa tese foi buscar compreender e evidenciar os efeitos do exercício físico de natação sobre a ingestão da SAC em condições não regulatórias e regulatórias, além de verificar a preferência e a palatabilidade ao sabor da mesma. Ademais, analisar os mecanismos centrais angiotensinérgicos e vasopressinérgicos envolvidos com a ingestão de sacarose de ratos Wistar. Para tanto, ratos Wistar pesando inicialmente entre 130-150g (CEUA No 6720120219; 8980160320; 5873100920; 7424051021 e 6037081121) foram divididos em dois grupos, sedentários (SED) ou treinados (TR - natação: 1h/dia 5x/semana por 8 semanas, sem acréscimo de carga extra) e submetidos a vários protocolos experimentais. Inicialmente, foram realizados os protocolos de ingestão e preferência não regulatória para sacarose 2%, sacarina 0,1%, maltodextrina 2,08%, glicose 1,1% e frutose 1,1%, ofertadas separada ou simultaneamente com a água nos testes de duas ou mais garrafas. Quando ofertadas juntamente com água, os resultados revelaram redução na ingestão e preferência por sacarose e maltodextrina dos ratos TR em comparação aos SED, mas não na ingestão de sacarina, glicose e frutose, indicando uma correlação com o componente energético, mas não com o sabor doce da sacarose (glicose ou frutose). Todas as soluções dispostas simultaneamente com a água revelou um efeito mais evidente para a sacarose, pois TR reduziu a ingestão e preferência apenas dessa solução. Em seguida, outros grupos de animais SED e TR foram submetidos ao splash test e ao teste de reatividade ao sabor da sacarose, que revelou aumento do comportamento do autocuidado e redução dos componentes estressantes nos ratos TR. Além disso, houve redução do número de reações orofaciais hedônicas para sacarose dos ratos TR sem interferir nas aversivas. Posteriormente, em outros animais SED e TR foi verificada a ingestão de sacarose induzida por estímulos endógenos (depleção de sódio por 24h, gavagem intragástrica com 12% e pela privação hídrica de 24h), centrais e a reatividade ao sabor após privação hídrica de 24h seguida por reidratação parcial de 2h com água. O exercício físico de natação reduziu a ingestão de sacarose induzida por todos os estímulos endógenos, aumentou a quantidade de reações orofaciais hedônicas para água induzida pela privação hídrica de 24h, mas não alterou as aversivas, reduziu as hedônicas para sacarose e aumentou as aversivas após oferta de água por 2h (reidratação parcial) e após ingestão de água/SAC. Além disso, reduziu a ingestão de sacarose induzida pela injeção de ANG II no VL, e aboliu a ingestão de sacarose induzida por ANG II reduzida pelos antagonistas angiotensinérgicos losartana e PD 123319. Em adição, encontramos que os efeitos do exercício físico de natação sobre os comportamentos de ingestão de SAC são,pelo menos em parte, devido a VP, uma vez que a injeção central do seu antagonista do tipo V1 aboliu seu efeito. Em síntese, podemos concluir que a prática regular do exercício físico de natação reduz a ingestão e a preferência pela sacarose via modulação da palatabilidade e dos mecanismos centrais vasopressinérgicos.Item Influência do treinamento físico de natação sobre o controle da pressão arterial e função renal de ratos Wistar submetidos à sobrecarga de sódio por 22 semanas.(2020) Souza, Jaqueline Aparecida de; Cardoso, Leonardo Máximo; Oliveira, Lenice Kappes Becker; Cardoso, Leonardo Máximo; Guimarães, Andrea Grabe; Almeida, Roberto Lopes deO exercício físico tem se configurado como uma proposta da terapêutica nãofarmacológica bem sucedida para atenuação dos efeitos deletérios da hipertensão arterial e uma boa estratégia para promoção de qualidade de vida de indivíduos com hipertensão resistente podendo reduzir a quantidade de medicamentos utilizadas por estes. Portanto, neste estudo, investigou-se o efeito do treinamento de natação na pressão arterial (PA), sódio (Na+ ) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e volume circulante de ratos Wistar sob dieta com sobrecarga de Na+ por 22 semanas a partir do desmame. Animais divididos em 4 grupos: sedentário dieta padrão (SDP), sedentário dieta com sobrecarga de Na+ (SHS), treinado dieta padrão (TDP), treinado dieta com sobrecarga de Na+ (THS), foram submetidos ao período de adaptação aquática, ao teste de carga máxima, ao protocolo de treinamento físico (natação) por 9 semanas, à dosagem de lactato sanguíneo, à gaiola metabólica por 24h e na 12ª e 22ª semanas foram submetidos a dosagens e análises bioquímicas e histológicas renais. Por meio de procedimento cirúrgico, foram implantados cateteres na veia e artéria femorais para registro dos valores da PA e administração de hexametônio para avaliação do ‘drive’ simpático. O treinamento de natação alterou o padrão de ingestão alimentar em ratos HS, além de promover maior ingestão e balanço de água dos mesmos, modificando parâmetros hídricos e eletrolíticos sem modificar o volume circulante. O treinamento de natação não alterou a osmolalidade plasmática e urinária, nem o clearance osmolar e de água livre dos grupos, tendo apenas o efeito da dieta HS sobre a osmolaridade urinária, o clearance osmolar e de água livre dos grupos HS em relação aos grupos DP. Além disso, o treinamento de natação foi capaz de diminuir a PAM (SDP: 109,0±1,3; TDP: 110,5±2,7; SHS: 124,1±1,3; THS: 111,8±2,0 mmHg), PAS e PAD, diminuir a queda da PA após injeção de hexametônio (SDP: - 38,74±2,14; TDP: -40,08±2,53; SHS: -53,76±3,23; THS: -40,20±4,37 mmHg), além de ter diminuído a relação de LF/HF (SDP 0.34±0.03; TDP 0.20±0.03; SHS 0.49±0.04; THS 0.21±0.02) por apresentar maior contribuição parassimpática e ter restabelecido o ganho total do barorreflexo do grupo HS (SDP 2.49±0.29; TDP 2.24±0.14; SHS 0.67±0.14; THS 2.72±0.24. Nem a dieta HS nem o treinamento de natação alteraram a função renal dos animais. Porém, o treinamento de natação parece ser eficaz na prevenção de alguns danos estruturais renais causados pela dieta HS além de ter diminuído a concentração de sódio no LCR em animais HS (SDP: 139,9±0,5; TDP: 140,2±0,6; SHS: 145,6±0,5; THS: 141,9±0,4 mmol/L). Portanto, o trabalho corrobora dados já fundamentados na literatura sobre a eficácia do treinamento periódico em natação na modulação autonômica e proteção ao tecido renal e sugere possíveis novos mecanismos para redução da pressão arterial como a redução na concentração de sódio no LCR.