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Item Activity of the new triazole derivative albaconazole against Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi in dog hosts.(2004) Guedes, Paulo Marcos da Matta; Urbina, Julio Alberto; Lana, Marta de; Afonso, Luís Carlos Crocco; Veloso, Vanja Maria; Tafuri, Washington Luiz; Coelho, George Luiz Lins Machado; Chiari, Egler; Bahia, Maria TerezinhaAlbaconazole is an experimental triazole derivative with potent and broad-spectrum antifungal activity and a remarkably long half-life in dogs, monkeys, and humans. In the present work, we investigated the in vivo activity of this compound against two strains of the protozoan parasite Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi, the causative agent of Chagas’ disease, using dogs as hosts. The T. cruzi strains used in the study were previously characterized (murine model) as susceptible (strain Berenice-78) and partially resistant (strain Y) to the drugs currently in clinical use, nifurtimox and benznidazole. Our results demonstrated that albaconazole is very effective in suppressing the proliferation of the parasite and preventing the death of infected animals. Furthermore, the parasitological, PCR, serological, and proliferative assay results indicated parasitological cure indices of 25 and 100% among animals inoculated with T. cruzi strain Y when they were treated with albaconazole at 1.5 mg/kg of body weight/day for 60 and 90 days, respectively. On the other hand, although albaconazole given at 1.5 mg/kg/day was very effective in suppressing the proliferation of the parasite in animals infected with the Berenice-78 T. cruzi strain, no parasitological cure was observed among them, even when a longer treatment period (150 doses) was used. In conclusion, our results demonstrate that albaconazole has trypanocidal activity in vivo and is capable of inducing radical parasitological cure, although natural resistance to this compound was also indicated. Furthermore, the compound can be used in long-term treatment schemes (60 to 150 days) with minimal toxicity and thus represents a potentially useful candidate for the treatment of human Chagas’ disease.Item Advances in Chagas disease chemotherapy.(2006) Guedes, Paulo Marcos da Matta; Fietto, Juliana Lopes Rangel; Lana, Marta de; Bahia, Maria TerezinhaChagas disease is endemic from Mexico to Argentina, where it is estimated that 16 to 18 million people are infected with its causative agent, Trypanosoma cruzi, and 100 million remain at risk of infection, emphasizing the necessity to sustain and extend control measures and strategies to combat this disease. Specific chemotherapy with benznidazole or nifurtimox has been recommended for treatment of recent and congenital infection. However, clinical trials with nifurtimox and benznidazole have shown that these compounds have very low activity in preventing the development of chronic Chagas disease. Moreover, the drugs induce a number of toxic side effects. The discovery of new active, non-toxic compounds would probably expand treatment, including those patients in which clinical manifestations are absent or can only be disclosed by more elaborate medical procedures. Recent developments in the study of basic biochemical aspects of T. cruzi have allowed for the identification of new targets for chemotherapy. Like many fungi, T. cruzi has a strict requirement for specific endogenous sterol synthesis for cell viability and growth and is extremely susceptible to sterol biosynthesis inhibitors (SBI). An intensive investigation of the potential trypanocidal effect of specific SBI has been performed, and it was demonstrated that some of these compounds exhibited suppressive and curative activity in murine and dog models of acute and chronic Chagas disease. Other potential targets for anti-T. cruzi chemotherapy that include the antiproliferative lysophospholipid analogs (evaluated in clinical trials as the first oral treatment for visceral leishmaniasis), cysteine protease inhibitors and compounds that interfere with purine salvage and inositol metabolism are also discussed.Item Alteração natural do padrão de susceptibilidade ao benznidazol em populações de Trypanosoma cruzi mantidas na fase aguda ou crônica da infecção em diferentes modelos experimentais.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto, 2006) Caldas, Sérgio; Bahia, Maria TerezinhaNeste trabalho foi investigada a influência da manutenção do Trypanosoma cruzi na fase crônica ou aguda da infecção, em diferentes hospedeiros vertebrados, em relação às características biológicas do parasito. Para isso, camundongos Swiss foram inoculados com cinco isolados do T. cruzi (Be-62A e B, e Be-78C, D e E) obtidos de diferentes cães chagásicos crônicos infectados com as cepas parentais Be-62 e Be-78, ambas 100% sensíveis ao benznidazol (Bz). Após a determinação da susceptibilidade ao Bz numa primeira passagem sangüínea em camundongos (PSC), as populações do T. cruzi foram mantidas em sucessivas PSCs (na ausência de tratamento específico). O objetivo foi investigar se este tipo de manutenção induziria novas alterações no nível de resistência ao Bz, bem como em outros parâmetros biológicos: períodos pré-patente e patente, níveis de parasitemia, perfil da curva de parasitemia e taxa de mortalidade. Os experimentos foram realizados a cada cinco ou 10 PSCs utilizando-se grupos de 16 camundongos (10 animais para o grupo tratado, e seis para o grupo controle). A cura parasitológica foi determinada através do exame de sangue a fresco, antes e após imunossupressão com ciclofosfamida, hemocultura, sorologia (ELISA) e PCR. Os resultados demonstraram a indução natural de resistência ao Bz em populações do T. cruzi. Os isolados Be-62A e Be-62B apresentaram após uma 1 a PSC 50% e 60% de resistência ao Bz, respectivamente. Os isolados Be-78C, Be-78D e Be-78E apresentaram, respectivamente, 90%, 70% e 90% de resistência ao Bz, sob as mesmas condições. Por outro lado, novas alterações no fenótipo de susceptibilidade ao fármaco foram observadas durante a manutenção dessas populações em PSCs (durante a infecção aguda). Duas tendências foram observadas: (1) Estabilidade no grau de resistência ao Bz nas populações Be-62A (50 a 40% em 60 PSCs), Be-62B (60 a 80% em 60 PSCs) e Be-78C (90 a 90% em 60 PSCs); e (2) Redução no grau de resistência ao Bz nas populações Be-78 D (70 a 20% em 60 PSCs) e Be-78E (90 a 10% em 60 PSCs). Os outros parâmetros biológicos, avaliados em camundongos, também apresentaram alterações. De um modo geral os isolados mostraram-se menos virulentos do que as cepas parentais ao permanecerem nos cães chagásicos crônicos. Entretanto, a virulência aumentou quando eles foram mantidos em PSCs. Estes resultados estão de acordo com a hipótese de que a forma de manutenção do T. cruzi, infecções de longa duração ou passagens sangüíneas sucessivas durante a fase aguda da infecção, pode influenciar a expressão fenotípica de susceptibilidade ao Bz, bem como a virulência de uma população do parasito.Item Amlodipine increases the therapeutic potential of ravuconazole upon Trypanosoma cruzi infection.(2020) Machado, Yara Almeida; Bahia, Maria Terezinha; Caldas, Ivo Santana; Mazzeti, Ana Lia; Novaes, Rômulo Dias; Vilas Boas, Breno Raimundo; Santos, Lorena Júnia de Souza; Martins Filho, Olindo Assis; Marques, Marcos José; Diniz, Lívia de FigueiredoMining existing agents that enhance the therapeutic potential of ergosterol biosynthesis inhibitors (EBI) is a promising approach to improve Chagas disease chemotherapy. In this study, we evaluated the effect of ravuconazole, an EBI, combined with amlodipine, a calcium channel blocker, upon Trypanosoma cruzi experimental infection. In vitro assays confirmed the trypanocidal activity of both compounds in monotherapy and demonstrated an additive effect (sum of the fractional inhibitory concentration [FIC] 0.5) of the combined treatment without additional toxicity to host cells. In vivo experiments, using a murine model of the T. cruzi Y strain in a short-term protocol, demonstrated that amlodipine, although lacking trypanocidal activity, dramatically increased the antiparasitic activity of underdosing ravuconazole regimens. Additional analysis using long-term treatment (20 days) showed that parasitemia relapse until 60 days after treatment was significatively lower in mice treated with the combination (4 out of 14 mice) than ravuconazole monotherapy (10 out of 14 mice), even in the presence of immunosuppressant pressure. Furthermore, the combined therapy was well tolerated and protected the mice from mortality. The treatments also impacted on the cellular and humoral immune response of infected animals, inducing a reduction of serum cytokine levels in all ravuconazole-treated mice. Our findings demonstrate that amlodipine is efficacious in enhancing the antiparasitic activity of ravuconazole in an experimental model of T. cruzi infection and indicates a potential strategy to be explored in Chagas disease treatment.Item Anti-adrenergic and muscarinic receptor autoantibodies in a canine model of Chagas disease and their modulation by benznidazole.(2014) Daliry, Anissa; Caldas, Ivo Santana; Diniz, Lívia de Figueiredo; Torres, Rosália Morais; Silva, André Talvani Pedrosa da; Bahia, Maria Terezinha; Carvalho, Antônio Carlos Campos deAnti-adrenergic and muscarinic receptor autoantibodies in a canine model of Chagas disease and their modulation by benznidazole.Item Antitrypanosomal activity of fexinidazole metabolites, potential new drug candidates for Chagas disease.(2014) Bahia, Maria Terezinha; Nascimento, Álvaro Fernando da Silva do; Mazzeti, Ana Lia; Marques, Luiz F.; Gonçalves, Karolina Ribeiro; Mota, Ludmilla Walter Reis; Diniz, Lívia de Figueiredo; Caldas, Ivo Santana; Silva, André Talvani Pedrosa da; Shackleford, David M.; Koltun, Maria; Saunders, Jessica; White, Karen L.; Scandale, Ivan; Charman, Susan A.; Chatelain, EricThis study was designed to verify the in vivo efficacy of sulfoxide and sulfone fexinidazole metabolites following oral administration in a murine model of Chagas disease. Female Swiss mice infected with the Y strain of Trypanosoma cruzi were treated orally once per day with each metabolite at doses of 10 to 100 mg/kg of body weight for a period of 20 days. Parasitemia was monitored throughout, and cures were detected by parasitological and PCR assays. The results were compared with those achieved with benznidazole treatment at the same doses. Fexinidazole metabolites were effective in reducing the numbers of circulating parasites and protecting mice against death, compared with untreated mice, but without providing cures at daily doses of 10 and 25 mg/kg. Both metabolites were effective in curing mice at 50 mg/kg/day (30% to 40%) and 100 mg/kg/day (100%). In the benznidazole- treated group, parasitological cure was detected only in animals treated with the higher dose of 100 mg/kg/day (80%). Single-dose pharmacokinetic parameters for each metabolite were obtained from a parallel group of uninfected mice and were used to estimate the profiles following repeated doses. Pharmacokinetic data suggested that biological efficacy most likely resides with the sulfone metabolite (or subsequent reactive metabolites formed following reduction of the nitro group) following administration of either the sulfoxide or the sulfone and that prolonged plasma exposure over the 24-h dosing window is required to achieve high cure rates. Fexinidazole metabolites were effective in treating T. cruzi in a mouse model of acute infection, with cure rates superior to those achieved with either fexinidazole itself or benznidazole.Item Avaliação comparativa do tratamento com derivados nitroimidazólicos e triazólicos na evolução da infecção de camundongos pelo Trypanosoma cruzi.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Caldas, Sérgio; Bahia, Maria TerezinhaA doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e afeta milhões de pessoas as quais podem desenvolver alterações cardíacas e digestivas. Decorridos mais de 100 anos da descrição do primeiro caso clínico da enfermidade, a cura é ainda um desafio. A necessidade de novas alternativas de tratamento é clara, mas os investimentos globais em pesquisa e desenvolvimento de fármacos são insuficientes, principalmente devido ao desinteresse em pesquisas para melhorar a terapêutica de doenças consideradas não lucrativas para as indústrias farmacêuticas. Neste contexto, este trabalho propõe estudar o efeito anti-T.cruzi de dois grupos de compostos, com mecanismos de ação distintos, utilizando camundongos infectados pela cepa VL-10 do T. cruzi, considerada resistente ao benznidazol. Assim, foram avaliados dois derivados nitroimidazólicos, o benznidazol (utilizado no tratamento convencional) e o fexinidazol (um candidato ao tratamento da doença de Chagas) e dois derivados triazólicos, o itraconazol (triazol de 1 a geração) e o posaconazol triazol de 2 a geração e também forte candidato a fármaco alternativo para o tratamento desta enfermidade). A análise qualitativa e quantitativa da parasitemia e do parasitismo cardíaco dos animais infectados foi realizada após a padronização da PCR em tempo real especificamente para tal finalidade. Também foram realizados exame de sangue a fresco, análises imunológicas e quantificações da inflamação e fibrose cardíaca dos animais experimentais para confrontar e enriquecer os dados da PCR. A PCR em tempo real permitiu a observação de distintos padrões de resistência da cepa VL-10 do T. cruzi aos fármacos benznidazol, itraconazol, posaconazol e um padrão de sensibilidade ao composto fexinidazol. O modelo experimental (camundongo Swiss, cepa VL-10 do T. cruzi e PCR em tempo real como método principal) mostrou-se adequado para estudos da infecção chagásica e para investigações envolvendo a quimioterapia experimental da doença e os benefícios do tratamento, no que se refere ao parasitismo, e à resposta inflamatória. Esse modelo possibilita a seleção de compostos com atividade anti-T.cruzi in vivo, pois permite quantificar o parasitismo sanguíneo e tecidual dos animais experimentalmente infectados submetidos aos diferentes tratamentos avaliados auxiliando na escolha do fármaco (ou associação medicamentosa) com melhor ação antiparasitária sanguínea e tecidual frente à determinada população do T. cruzi.Item Avaliação da atividade anti-Trypanosoma cruzi do derivado triazólico Ravuconazol utilizando o cão como modelo experimental.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Diniz, Lívia de Figueiredo; Bahia, Maria TerezinhaO Ravuconazol é um derivado triazólico de quarta geração que possui potente atividade antifúngica e intensa atividade anti- Trypanosoma cruzi in vitro. Neste estudo foi avaliada a atividade do Ravuconazol in vivo contra as cepas Y e Berenice-78 do T. cruzi, utilizando cães na fase aguda da doença como modelo experimental. A droga foi bem tolerada e não foram observadas reações adversas durante o tratamento utilizando 12,0 mg de Ravuconazol por quilograma de peso corporal durante 90 dias. Em todos os animais a parasitemia foi permanentemente suprimida a partir do primeiro dia de tratamento, independentemente da cepa do parasito. A hemocultura realizada trinta dias após o término do tratamento foi negativa em todos os animais, confirmando a acentuada redução da carga parasitária induzida pela droga. Em acordo com esses resultados, a técnica de PCR realizada um mês após o tratamento revelou resultados negativos em 3/5 e 2/5 dos animais infectados com as cepas Y e Be-78, respectivamente. O tratamento levou à redução significativa nos níveis de anticorpos anti-T.cruzi no sangue dos cães, sendo não detectáveis em alguns períodos enquanto a pressão da droga foi mantida; porém, após o término do tratamento, os níveis de IgG total e IgG2 elevaram-se novamente; indicando que a cura parasitológica não foi alcançada. Entretanto, mesmo não sendo capaz de induzir a cura parasitológica, o tratamento com Ravuconazol levou à redução significativa das lesões cardíacas e da expressão de mRNA para IFN- no tecido cardíaco nos animais infectados com a cepa Y, enquanto a expressão de IL-10 foi aumentada. Deste modo, conclui-se que o Ravuconazol possui potente atividade supressiva, mas não curativa no modelo agudo da doença de Chagas canina, provavelmente devido às propriedades farmacocinéticas desfavoráveis nesse modelo (tempo de meia-vida de 8,8 horas). Em humanos, o perfil farmacocinético da droga é mais favorável (tempo de meia-vida de 120 horas), fazendo desse composto um forte candidato à quimioterapia da doença de Chagas humana.Item Avaliação da citotoxicidade e da atividade in vitro de sistemas autonanoemulsionáveis contendo fármacos anti-Trypanosoma cruzi.(2016) Castro, Kelly Christyne Miranda Pereira de; Bahia, Maria Terezinha; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Bahia, Maria Terezinha; Leite, Elaine Amaral; Silva, Glenda Nicioli daPara melhorar a eficácia de fármacos como nifurtimox, benznidazol e ravuconazol pode-se utilizar sistemas autonanoemulsionáveis para entrega de fármacos (SNEDDS). O estudo teve como objetivos: (i) avaliar a toxicidade dos SNEDDS e dos respectivos excipientes utilizados no preparo dos SNEDDS Nfx 1 e 2, SNEDDS Bz 3 e SNEDDS Rv 4 em células H9c2, uma linhagem de cardiomiócitos de ratos neonatos, e Hep G2, uma linhagem de hepatócitos de carcinoma humano; e (ii) avaliar a atividade anti-Trypanosoma cruzi dos SNEDDS Nfx 2 e SNEDDS Rv 4 in vitro, utilizando como modelo experimental células H9c2 infectadas pelas cepas Y e Colombiana do T. cruzi. Os excipientes usados no preparo dos SNEDDS não induziram diminuição da viabilidade das células H9c2 e Hep G2 nas mesmas concentrações usadas nas formulações nas doses efetivas de tratamento (5 e 10 μM, para nifurtimox; e 2nM, para ravuconazol). No entanto, o Tween 80 usado no preparo das formulações SNEDDS Nfx 1 e SNEDDS Bz 3, mostrou-se tóxico nos testes de citotoxicidade em células Hep G2, nas concentrações entre 0,065% e 0,26% v/v, reduzindo a viabilidade em mais de 40%. Os SNEDDS Nfx 1 e SNEDDS Bz 3 foram tóxicos a partir da concentração de 25 μM referente ao fármaco livre, por isso não foram realizados os testes de atividade com estes SNEDDS. O SNEDDS Nfx 2 apresentou menor toxicidade em relação ao SNEDDS Nfx 1, apresentando toxicidade a partir da concentração de 50 μM; e o SNEDDS Rv 4 não apresentou toxicidade significativa. Com isso, os SNEDDS Nfx 2 e SNEDDS Rv 4 foram utilizados nos testes de atividade in vitro e apresentaram efeito inibitório superior aos respectivos fármacos livres sobre formas amastigotas das cepas Y e Colombiana do T. cruzi. Este estudo in vitro evidenciou que os SNEDDS podem ser formulações seguras e potencialmente mais ativas contra as formas amastigotas do parasito.Item Avaliação da eficácia de lactona sesquiterpênica nanoestruturada em modelo experimental de infecção pelo Trypanosoma cruzi.(2010) Branquinho, Renata Tupinambá; Lana, Marta de; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Bahia, Maria Terezinha; Souza, Jacqueline de; Vilela, José Mário CarneiroOs objetivos deste trabalho foram isolar desenvolver, caracterizar e validar formulações farmacêuticas nanoestruturadas (NC) com lactona sesquiterpênica (LS), licnofolida (LIC) obtida de Lychnophora trichocarpha com atividade anti- T.cruzi “in vitro”. Partes aéreas da planta foram coletadas e secadas e suas frações acetato de etila separadas em coluna cromatográfica de sílica gel até a obtenção da LIC pura. A LIC foi caracterizada pelo ponto de fusão e RMN. As NC foram utilizadas como estratégia para melhorar sua eficácia, alterar sua biodistribuição e reduzir os efeitos tóxicos sendo preparadas com o polímero de poli-ε-caprolactona (PCL) por deposição interfacial do polímero pré-formado, caracterizadas por análise do tamanho médio das partículas (243nm) e índice de polidispersão (<0,15) determinados por espectroscopia de correlação de fótons, o potencial zeta (-52,7mV), morfologia determinada por microscopia de força atômica. A dissolução de LIC in vitro revelou ser lenta e se completou em 24h. A liberação do LIC das NC foi feita pelo método de diálise reversa em condições equilíbrio. Uma reduzida liberação foi observada quando comparada a LIC livre alcançando 97% de dissolução em 48h. Foram desenvolvidos e validados dois métodos de quantificação da LIC por CLAE com detector DAD e espectrofotometria por UV, ambos a 265nm. A eficiência de encapsulação foi de aproximadamente 100%, confirmando a afinidade da LIC pelo núcleo oleoso usando as metodologias de quantificação mencionadas. Os estudos “in vivo” foram realizados em camundongos Swiss tratados via oral e o benznidazol (BZ) foi utilizado como fármaco de referência. O efeito das diferentes formulações (NC-LIC, LIC free, BZ 25mg, BZ 50mg) foi estudado em grupos de oito camundongos inoculados com 10.000 tripomastigotas sanguíneos das cepas CL, Y e Colombiana, consideradas suscetíveis, parcialmente resistentes e resistentes ao tratamento com BZ, respectivamente. As formulações com LIC foram administradas em doses de 2,0mg/Kg por 10 dias. Grupos controle tratados com DMA-PEG, NC brancas e não tratados foram avaliados em paralelo. A eficácia do tratamento foi avaliada por hemocultura, PCR e ELISA. Animais infectados com a cepa CL e Y de T.cruzi tratados com a formulação NC-LIC apresentaram redução significativa da parasitemia que se manteve subpatente a seguir. Uma porcentagem média de 50% dos animais foi curada parasitologicamente e 100% sobreviveram até serem necropsiados seis meses pós-tratamento. Uma percentagem de 16,5% dos animais infectados com estas cepas e tratados com LIC também foi curada. Nos animais infectados com a cepa Colombiana uma redução mais intensa da parasitemia foi observada em relação a outras formulações estudadas, incluindo o tratamento com BZ, seguida de um significativo aumento da sobrevida dos animais. Os dados demonstraram pela primeira vez o efeito da LIC “in vivo” e que as NC com LS aumentaram sua eficácia terapêutica. Este trabalho demonstrou ainda que LIC é uma droga potente e que uma melhora do esquema terapêutico poderá ser o objetivo maior de futuras investigações.Item Avaliação da eficácia do tratamento específico com Benznidazol na progressão da doença de Chagas Experimental e a correlação entre a eficácia do tratamento nos modelos canino e murino.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Caldas, Ivo Santana; Bahia, Maria TerezinhaNeste trabalho foi avaliado o benefício do tratamento precoce da doença de Chagas experimental na diminuição das lesões cardíacas de cães e camundongos inoculados com cepas sensíveis (Be-78), parcialmente sensíveis (Y, ABC e AAS) e resistentes (VL10) ao Benznidazol. Em adição, foi avaliada a influência do tratamento específico na evolução dos anticorpos da classe IgG e das subclasses IgG1 e IgG2 (cães) e IgG1, IgG2a e IgG2b (camundongos) na tentativa de identificar um novo marcador sorológico para ser utilizado no controle de cura da doença de Chagas. O tratamento com Benznidazol previniu a inflamação e a fibrose no miocárdio de todos os cães e camundongos experimentalmente infectados que alcançaram a cura parasitológica, exceto nos cães inoculados com a cepa Y do T.cruzi, que apresentaram fibrose. Entre os cães tratados e não curados o tratamento induziu a diferentes padrões de resposta: (1) não foi observada redução da inflamação e nem da fibrose no tecido cardíaco dos animais inoculados com as cepas ABC e VL10, (2) redução das lesões cardíacas dos cães não curados inoculados com a cepa AAS. De forma diferente, o tratamento específico não foi capaz de diminuir a intensidade de inflamação no miocárdio de nenhum camundongo tratado e não curado inoculado com as cepas ABC, AAS e VL10, entretanto preveniu a fibrose entre os animais inoculados com a cepa VL10. Os resultados da dosagem de anticorpos específicos mostraram que a intensidade da inflamação no miocárdio dos animais inoculados com as diferentes cepas do T. cruzi e não tratados pode ser correlacionada com os níveis de IgG1 nos dois modelos experimentais usados neste estudo. Foi observado que quanto maior é o infiltrado inflamatório no miocárdio de camundongos e cães inoculados com as cepas Be-78, Y, ABC, AAS e VL10 do T.cruzi, maiores são os níveis de IgG1 detectados no soro. O tratamento específico induziu uma redução nos níveis de todas as classes e subclasses de imunoglobulinas avaliadas. Entretanto a negativação da sorologia foi observada apenas nos animais tratados e curados, nos tratados que não alcançaram a cura parasitológica os níveis de todas as classes e subclasses de imunoglobulinas avaliadas atingiram níveis próximos ao observado nos soros dos animais controle infectado.Item Avaliação da susceptibilidade/resistência ao benznidazol em populações de Trypanosoma cruzi submetidas a diferentes formas de manutenção no laboratório.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Santos, Fabiane Matos dos; Bahia, Maria TerezinhaO objetivo deste estudo foi avaliar a possibilidade de indução de resistência ao benznidazol de populações do Trypanosoma cruzi consideradas 100% sensíveis ao fármaco. Para isto, foram utilizados camundongos Swiss infectados com cinco (Be-62A, Be-62B, Be-78C, Be-78D e Be-78E) populações do T. cruzi, obtidas de diferentes cães chagásicos crônicos infectados com as cepas do T. cruzi Be-62 e Be-78, ambas 100% sensíveis ao benznidazol. Quatro diferentes populações resistentes do T. cruzi foram selecionadas após dois a 11 ciclos sucessivos de tratamento com benznidazol. Para avaliar a estabilidade do fenótipo de resistência ao benznidazol as populações do T. cruzi foram mantidas durante seis a 12 meses sem a pressão do fármaco: (1) através de passagens sangüíneas sucessivas em camundongos não tratados, e (2) em meio de cultura acelular, meio LIT. Novas alterações do nível de resistência ao benznidazol foram detectadas após a manutenção do parasito sem a pressão do fármaco. Todas as populações do T. cruzi benznidazol-resistentes mantidas através de passagens sangüíneas sucessivas em camundongos continuaram a apresentar 100% de resistência ao fármaco. Entretanto, a maior dificuldade encontrada na detecção da falha terapêutica indica o aumento de subpopulações do T. cruzi sensíveis ao benznidazol dentro de cada isolado. Por outro lado, os isolados Be-78C e E (100% resistentes), passaram a apresentar 50% e 20% de susceptibilidade ao benznidazol após serem mantidos por um ano e seis meses em meio de fenótipo de resistência , respectivamente. Estes resultados colaboram com a hipótese de que a forma de manipulação do T. cruzi pode influenciar o fenótipo de resistência ao benznidazolItem Avaliação da terapia com células tronco mesenquimais da medula óssea na cardiopatia chagásica de cães infectados por Trypanosoma cruzi.(2019) Nascimento, Alvaro Fernando da Silva do; Bahia, Maria Terezinha; Carvalho, Adriana Bastos; Bahia, Maria Terezinha; Roatt, Bruno Mendes; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Santos, Silvana Maria Elói; Lima, Wanderson Geraldo deNeste estudo foi avaliada a eficácia das células-tronco mesenquimais (MSCS) de medula óssea, isoladamente ou em combinação com a terapia convencional para insuficiência cardíaca, no tratamento da cardiopatia chagásica crônica. Cães infectados com a cepa VL-10 de Trypanosoma cruzi foram tratados com MSCs de origem autóloga ou alogeneicas. Os animais receberam, em dose única, por via intravenosa, 5 milhões de células/kg entre 6 a 8 meses após a infecção. Adicionalmente, outros grupos de animais receberam o tratamento farmacológico (enalapril 5mg e carvedilol 3,125mg) associado ou não à terapia celular. A avaliação da função cardíaca foi realizada através de ecocardiografias seriadas (antes e 45, 90 e 180 dias após o tratamento). O efeito da terapia celular na intensidade das lesões teciduais foi avaliado por análise quantitativa de miocardite e fibrose no tecido muscular cardíaco (câmaras cardíacas, ápice e septo interventricular) dos animais necropsiados 6-8 meses após os tratamentos. A função sistólica, avaliada pela fração de ejeção, não apresentou diferença significativa entre os animais dos diversos grupos experimentais ao longo do período avaliado. No entanto, a comparação dos valores de FEVE obtidos antes e seis meses após o tratamento mostra diferentes padrões de evolução da função sistólica entre os animais dos diversos grupos experimentais. Os animais não infectados mantiveram a FEVE acima de 40% durante o período de avaliação. Os animais dos grupos MSCAUT, MSCAUT+TF e TF não apresentaram alterações acentuadas na função sistólica no período de acompanhamento. Por outro lado, entre os animais do grupo MSCALO foi observada a redução da percentagem de animais com disfunção sistólica (55% para 22%). Em contraste, um aumento da percentagem de animais com disfunção sistólica (30% para 60%) foi detectado entre animais infectados e não tratados. Além disso, se apenas animais com disfunção sistólica no período prétratamento forem considerados, uma melhora significativa na função sistólica dos animais tratados com MCSALO, em relação aos animais infectados e não tratados, pode ser observada. Em concordância, o tratamento com MSCs foi capaz de reduzir significativamente a miocardite e a fibrose na maioria das regiões cardíacas avaliadas. Além disso, foi observada a redução da apoptose e o aumento da mitose no átrio direito dos animais tratados com MSCS em relação aos animais infectados e não tratados. Diferentemente, o tratamento farmacológico foi capaz induzir a redução da apoptose, mas não de aumentar a mitose no átrio direito dos animais. Em seguida, foi avaliada a expressão dos fatores de transcrição associados às linhagens de células T efetoras Th1 e Th2. Os resultados desta avaliação mostraram que a infecção por T. cruzi induziu uma expressão aumentada de mRNA dos marcadores de resposta Th1 e Th2 no átrio direito de animais. O perfil de resposta imune induzido pela infecção por T. cruzi não foi alterado pelo tratamento com MSCAUT, MSCAUT+TF ou TF. Por outro lado, expressões reduzidas de mRNA para T-bet, IFN-γ, TNFα, CCL5 / CCR5 e expressão aumentada de mRNA para IL-10 foram detectadas no tecido (átrio direito) dos animais tratados com MSCALO. Em geral, os resultados deste estudo mostraram o efeito benéfico do tratamento da cardiopatia chagásica com MSCs, especialmente com MSCS de origem alogeneica. Entretanto, novos estudos, utilizando um maior número de animais com disfunção sistólica no momento do tratamento, devem ser realizados para confirmar o por T. cruzi.Item Avaliação da terapia de combinação do Itraconazol e Benznidazol no tratamento da doença de Chagas experimental.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Luehring, Tassiane Assiria Fontes Martins; Bahia, Maria TerezinhaEste trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência do efeito sinérgico da combinação de Benznidazol (Bz) e Itraconazol (Itz) no tratamento da doença de Chagas experimental. Camundongos Swiss fêmeas (n=10) inoculados pela cepa Y do Trypanosoma cruzi. foram tratados via oral, por 20 dias consecutivos, com Bz ou Itz (100, 75, 50mg/kg/dia) em monoterapia ou em combinação nas seguintes doses: Bz/Itz = 100/100, 100/50, 75/75, 75/50, 50/100, 50/50 mg/kg/dia. A avaliação do efeito do tratamento foi realizada pelo exame de sangue a fresco (antes e após a imunossupressão com ciclofosfamida) e PCR em tempo real, utilizando amostras de sangue coletadas 30 e 180 dias após o término do tratamento. Inicialmente foi avaliado o efeito do tratamento das diferentes doses de cada composto administradas isoladamente. Apenas o tratamento realizado com Bz 100mpk foi capaz de induzir cura, que foi de 70%. No entanto, todos os animais tratados com Bz ou Itz apresentaram redução dos níveis de parasitemia em relação ao grupo controle infectado e não tratado, sendo observado um efeito anti-T. cruzi dose dependente para ambas as drogas. Foi detectada redução da parasitemia em todos os grupos de animais tratados com a combinação Bz/Itz em relação aos animais tratados com Itz 100mpk, com exceção dos animais tratados com Bz/Itz 50/100mpk, sendo importante destacar as combinações Bz/Itz 100/100, 100/50 e 75/75mpk, as quais apresentaram níveis de parasitemia inferiores aos animais tratados com Bz 100mpk. Todas as combinações induziram maiores percentuais de cura em relação às mesmas doses administradas isoladamente, sendo importante destacar novamente as combinações Bz/Itz 100/100, 100/50 e 75/75mpk com 80% de cura. Nossos resultados mostram que a combinação Bz/Itz foi eficaz em induzir semelhante nível de cura em animais infectados pela cepa Y (80%) em relação ao melhor efeito da monoterapia com Bz (70%) com utilização de dose 25% menor deste fármaco. Adicionalmente foi observado nos animais tratados com a combinação Bz/Itz nas doses 100/100, 100/50 e 75/75mpk, níveis de IgG similares aos animais tratados com Bz 100mpk aos 30 dias após o término do tratamento e redução das lesões cardíacas. Estes resultados indicam a importância de avaliar a terapia de combinação utilizando o Bz e outros compostos, inclusive aqueles que atuam na via de síntese do ergosterol.Item Avaliação do efeito do tratamento com benznidazol em combinação com derivados azólicos na infecção experimental por Trypanosoma cruzi.(2013) Diniz, Lívia de Figueiredo; Bahia, Maria TerezinhaA doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é um importante problema de saúde pública e o tratamento dessa parasitose apresenta limitações relacionadas à eficácia e toxicidade dos fármacos disponíveis. Nesse sentido, a terapia de combinação de fármacos parece ser uma abordagem ideal na busca de novos tratamentos, pois pode possibilitar aumento da eficácia, redução da toxicidade e da probabilidade de desenvolvimento de resistência. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento com benznidazol (Bz) quando combinado com os inibidores da enzima esterol C14α-demetilase (CYP51), os derivados azólicos posaconazol (Ps) e ravuconazol (Rv) (ou a pró- droga do Rv, o E1224), na infecção por T. cruzi in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a eficácia do Ps em combinação com Bz durante a infecção aguda de camundongos pela cepa Y de T. cruzi. O tratamento combinado, utilizando doses subótimas, foi mais eficaz em induzir cura parasitológica quando comparado com a utilização de cada fármaco isoladamente, indicando uma interação positiva entre Bz e Ps. Quando avaliada a eficácia do tratamento sequencial com Bz ou Ps administrados em doses ótimas durante um curto intervalo de tempo (10 dias cada), verificou-se que a ordem de administração dos fármacos interfere no resultado do tratamento, sendo a sequência Bz seguido de Ps mais eficaz. Além disso, a terapia combinada induziu uma redução significativa da carga parasitária em camundongos infectados pela cepa VL-10 de T. cruzi, altamente resistente ao Bz, quando comparada às drogas administradas em monoterapia. Considerando esses resultados promissores, foi a seguir investigada a atividade da combinação do Bz com o Rv. Inicialmente foram realizados experimentos in vitro para definir a natureza da interação entre esses fármacos. A princípio, foram determinados os valores de IC-50 do Bz e do Rv sobre formas epimastigotas e amastigotas das cepas Y e Colombiana de T. cruzi. A seguir, o efeito de combinações de Rv e Bz, preparadas de acordo com o método de proporções fixas, foi avaliado nesses modelos. A análise dos resultados foi feita por meio do cálculo das concentrações inibitórias fracionárias (FICs) e do somatório das FICs (ΣFICs) para cada combinação. A natureza da interação foi classificada em função do ΣFICs: sinergismo se ΣFIC≤0,5; indiferença (aditividade) se 0,5<ΣFIC<4 e antagonismo se ΣFIC>4. As combinações de Rv e Bz mostraram-se aditivas, com valores de ΣFIC próximo a 1 para ambas as cepas e diferentes formas evolutivas do parasito estudadas. Dessa forma, o próximo passo foi avaliar o efeito do Rv (em forma de pró-fármaco, o E1224) em combinação com o Bz na infecção por T. cruzi in vivo. Inicialmente foi realizado um experimento para definição das doses de E1224 a serem utilizadas em monoterapia. O pró-fármaco foi efetivo em curar camundongos infectados pela cepa Y de T. cruzi de forma mais eficiente do que o composto precursor, o ravuconazol. Não foi observado efeito dose-dependente; os tratamentos com doses de 10 a 50mg/kg de peso induziram 71 % a 100 % de cura. De forma diferente, o tratamento dos animais infectados pelas cepas Colombiana e VL -10 foi eficaz em induzir uma intensa redução da carga parasitária, mas não em induzir cura. Finalmente, o tratamento com combinações de Bz e E1224 administrado a camundongos infectados pela cepa Colombiana resultou em maior taxa de cura, em relação às monoterapias, quando a terapêutica foi iniciada aos 4 dias após a infecção. Entretanto, quando usado um protocolo mais estringente, no qual o tratamento foi iniciado aos 10 dias após a infecção, houve redução significativa da carga parasitária, mas ausência de cura parasitológica. Os resultados obtidos nesse estudo demonstram o benefício da terapia da combinação usando derivados azólicos e benznidazol no tratamento da infecção experimental por T. cruzi e ampliam os dados pré-clínicos relacionados ao uso de combinações de fármacos no tratamento de protozooses.Item Avaliação in vivo da atividade anti-Trypanosoma cruzi de derivados nitroimidazólicos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Andrade, Isabel Mayer de; Bahia, Maria TerezinhaO objetivo deste estudo foi avaliar a atividade anti-Trypanosoma cruzi de compostos nitroimidazólicos usando quatro ensaios seqüenciais: (i) a avaliação da eficácia de uma dose única de cada composto em reduzir a parasitemia e mortalidade, (ii) a determinação da dose efetiva de cada novo composto usando um esquema terapêutico rápido, por 7 dias, (iii) avaliação da eficácia dos composto em induzir cura em camundongos infectados pela cepa Y, que é moderadamente resistente ao Benznidazol (Bz) e (iv) avaliação da eficácia em induzir cura em camundongos infectados com cepas resistentes ao Bz (cepas VL-10 e Colombiana). Os animais foram infectados com a cepa Y e tratados com Fexinidazol (Fex), DNDi-IM2, DNDi-IM3, DNDi-IM4 e com a droga de referência (Bz). Nossos resultados mostraram que para todos os nitroimidazóis avaliados, uma única dose de 500 mpk (mg/kg) foi eficiente em suprimir ou reduzir a carga parasitária e mortalidade de camundongos infectados pela cepa Y. No segundo esquema de tratamento foi observada uma relação entre a dose do composto avaliado e a resposta terapêutica. O tratamento com 300mpk/dia foi capaz de induzir maior (Fex e DNDi-IM3) similar (DNDi-IM2) ou menor (DNDi-IM4) redução dos níveis de parasitemia, quando comparados com o tratamento com Bz. Em seguida, para verificar a eficácia de cada composto avaliado em induzir cura parasitológica em camundongos infectados pela cepa Y, os animais foram tratados por 20 dias. Confirmando os resultados anteriores, o composto DNDi-IM4 não foi eficiente em induzir cura nos animais infectados pela cepa Y. O DNDi-IM2 induziu 33,3% de cura, sendo o Bz induziu 60,1% de cura. Diferentemente, o tratamento com 300mpk do Fex e do DNDi-IM3 induziu cura parasitológica em 80% e 100% dos camundongos, respectivamente. Considerando, que o Fex demonstrou alta atividade tripanocida, este composto foi utilizado para o tratamento de animais infectados com as cepas VL-10 e Colombiana, resistentes ao Bz. O tratamento com Fex induziu cura em 89% e 78% dos animais infectados pelas cepas VL-10 e Colombiana, respectivamente, sendo que o Bz não foi capaz de induzir cura em nenhum dos animais. O Fex ainda induziu 70% de cura em animais infectados com a cepa VL-10 quando administrado no curso da infecção crônica. Adicionalmente, o tratamento com Fex foi eficaz em reduzir a miocardite em todos os animais infectados com as cepas VL-10 e Colombiana, mesmo nos animais não curados. De maneira geral, nossos resultados mostraram que todos os nitroimidazois avaliados apresentaram atividade anti-T. cruzi, mas com as diferenças individuais na sua eficácia.Item Avaliação in vivo da eficácia antimalárica, toxicidade cardiovascular e neurocomportamental do arteméter por via oral veiculado em nanocápsulas.(2017) Souza, Ana Carolina Moreira; Guimarães, Andrea Grabe; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Richard, Sylvain; Guimarães, Andrea Grabe; Fagundes, Elaine Maria de Souza; Leite, Elaine Amaral; Bahia, Maria Terezinha; Isoldi, Mauro CésarO arteméter (ATM) é um antimalárico utilizado clinicamente em combinação (ATC) com outros antimaláricos (WHO, 2016). Apresenta meia vida plasmática curta, baixa biodisponibilidade por via oral e toxicidade cardiovascular e neurológica, entre outros efeitos adversos. Nanocápsulas de poly-ε-caprolactona veiculando ATM (ATM-NC) foram desenvolvidas e caracterizadas anteriormente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia antimalárica in vivo e os efeitos cardiovasculares e neurocomportamentais de ATM-NC administrado por via oral em comparação ao ATM em sua forma livre. Foram utilizados camundongos C57BL6 fêmeas previamente infectados por Plasmodium berghei para a avaliação da eficácia antimalárica e machos para a avaliação dos efeitos cardiovasculares e neurocomportamentais. Os animais foram tratados por via oral, duas vezes ao dia por 4 dias com veículo (sorbitol/carboximetilcelulose) ou NC branca, ATM livre ou ATM-NC, nas doses de 40, 80 e 120 mg/kg. ATM-NC (120 mg/kg) aboliram a parasitemia e promoveram a sobrevida de 100 %. Para avaliar a cardiotoxicidade foram realizados: 1) eletrocardiograma (ECG) na derivação periférica II antes e após o tratamento em camundongos anestesiados, não infectados e infectados. O ATM livre induziu cardiotoxicidade evidenciado pelo prolongamento dos intervalos QT e QTc. Para a maior dose estudada (120ºmg/kg), em camundongos não infectados, ATM-NC impediu estes prolongamentos em 34 % e 30 %, respectivamente, comparado ao ATM livre. Nos camundongos infectados, ATM-NC também reduziu o prolongamento dos intervalos QT e QTc em 28 % e 27 %, respectivamente. 2) Ecocardiograma (ECO) foi realizado em camundongos não infectados e tratados com ATM livre e ATM-NC na dose de 120 mg/kg. Para este estudo não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos avaliados. Os cardiomiócitos de camundongos previamente tratados com a dose de 120 mg/kg foram isolados e avaliados in vitro 3) sob estimulação em campo (1 Hz) em sistema Ionoptix para o transiente de Ca2+ e contratilidade do sarcômero, 4) em sistema patch-clamp para o potencial de ação (PA) e a corrente nos canais de Ca2+. O ATM livre reduziu o transiente de Ca2+ em 41 %, o Ca2+ diastólico em 12 % e a porcentagem de encurtamento do sarcômero de 4,6 % (controle) para 3,1 %. Além disso, o ATM livre causou o prolongamento do PA comparado ao veículo (350,0 ± 49,3 ms e 137,7 ± 20,5 ms, respectivamente). 5) Cardiomiócitos de camundongos não tratados foram isolados e incubados com ATM livre nas concentrações 0,1; 1 e 10 µM. ATM livre 10 µM reproduziu os efeitos sobre Ca2+ observados nos cardiomióciotos dos camundongos tratados, assim indicando efeitos cardiotóxicos. Por outro lado, ATM-NC não causou nenhuma alteração significativa em nenhum dos parâmetros avaliados. A avaliação da neurotoxicidade foi realizada em camundongos não infectados e infectados. Para os camundongos não infectados o ATM livre (120 mg/kg) reduziu significativamente a capacidade de exploração nos braços abertos do labirinto em cruz elevado, indicando transtorno neurocomportamental como a ansiedade. Para animais infectados o tratamento com ATM livre (120 mg/kg) desencadeou comportamentos similares a ansiedade e diminui a capacidade locomotora dos camundongos, pois reduziu em 65 % e 67 % a capacidade exploratória dos braços abertos e fechados do labirinto em cruz elevado. ATM-NC impediu a manifestação dos efeitos neurocomportamentais em camundongos não infectados e reduziu os efeitos sobre os camundongos infectados. Concluímos que o ATM em NC apresentou eficácia por via oral e que NC são capazes de impedir ou minimizar os efeitos cardiotóxicos e neurocomportamentais causados pelo ATM em sua forma livre.Item Benznidazol em combinação com alopurinol : aumento da atividade anti-Trypanosoma cruzi in vitro e in vivo.(2014) Mazzeti, Ana Lia; Bahia, Maria Terezinha; Diniz, Lívia de FigueiredoO tratamento da doença de Chagas apresenta limitações relacionadas à sua eficácia variável, particularmente na fase crônica, e aos efeitos adversos frequentes, que podem levar à interrupção do tratamento. A terapia de combinação de fármaco parece ser uma estratégia ideal, já que pode contribuir para o aumento da eficácia do tratamento, diminuição da toxicidade e da probabilidade de desenvolvimento de resistência. No presente estudo foi avaliada a atividade do alopurinol (Al) em combinação com o benznidazol (Bz) na infecção experimental por T. cruzi. Inicialmente, foi verificada a atividade da combinação Bz/Al sobre a infecção de células H9c2 infectadas pela cepa Y de T. cruzi, incubando-as com diferentes concentrações de cada composto isoladamente ou em combinação. Foi utilizado, in vitro, o método de diluição “tabuleiro de dama” (checkerboard) e os resultados foram analisados utilizando índice de combinação (CI) calculado pelo software Calcusyn. A avaliação global dos resultados demonstrou que os CI variaram no intervalo de 0,62 a 1,76, o que sugeriu um efeito aditivo resultante da associação in vitro dos compostos avaliados. Posteriormente, foi realizada a avaliação in vivo da combinação Bz/Al. Para isso, camundongos Swiss fêmeas foram inoculados com 5000 formas tripomastigotas sanguíneos da cepa Y de T. cruzi. O tratamento foi administrado por via oral durante 20 dias consecutivos, iniciado quatro dias após a inoculação. Os animais foram tratados com Bz (100, 75, 50 e 25 mg/kg) ou Al (90, 60 e 30 mg/kg) isoladamente ou em combinação (Bz/Al: 75/90 75/60 75/30, 50/90 , 50/60, 50/30, 25/90 , 25/60 e 25/30 mg/kg ). Os seguintes parâmetros foram utilizados para determinação da cura parasitológica: exame de sangue a fresco durante e até 60 dias após o tratamento e ensaio de PCR em tempo real de amostras de sangue (30 e 180 dias após o tratamento). A análise dos níveis de parasitemia após o tratamento com Bz mostrou um efeito tripanocida dose-dependente. Entretanto, mesmo havendo uma redução significativa do nível de parasitemia após o tratamento, a cura parasitológica foi identificada apenas nos animais tratados com 75 e 100mg de Bz por kg de peso corporal (20 e 70 % de cura, respectivamente). De forma diferente, não foi verificada efeito dose-dependente resultante do tratamento com Al. Além disso, não foi observada redução da parasitemia nem cura entre os animais que receberam diferentes doses desse fármaco. Posteriormente, foi avaliado o efeito das combinações entre Bz/Al, in vivo. O efeito benéfico das combinações dos fármacos foi demonstrado pela redução significativa da parasitemia detectada em todos os animais que receberam a terapia de combinação. Além disso, foi observado um aumento no índice de cura entre os animais tratados com os fármacos em combinação, uma vez que a administração de Bz-75 mg/kg + Al-90 mg/kg ou Bz-75 mg/kg + Al-60 mg/kg induziu 100 % de cura, e a combinação de Bz-75 mg/kg + Al-30 mg/kg ou Bz-50 mg/kg + Al-60 mg/kg induziu, respectivamente, 80 e 20 % de cura. Em conclusão, a combinação de Bz e Al apresentou um efeito benéfico, uma vez que foi identificada cura parasitológica em uma proporção maior de animais tratados com os medicamentos em associação do que naqueles que receberam as mesmas doses de cada fármaco em monoterapia. Nossos resultados reforçam a importância da identificação de combinações de compostos já comercializados que apresentem uma interação positiva no tratamento da infecção por T. cruzi. Esta abordagem pode contribuir para otimizar os custos e tempo investidas na pesquisa relacionada à toxicidade e a biodisponibilidade de novas drogas para o consumo humano.Item Benznidazole alters the pattern of Cyclophosphamide-induced reactivation in experimental Trypanosoma cruzi-dependent lineage infection.(2010) Santos, Daniela Maria dos; Martins, Tassiane Assíria Fontes; Caldas, Ivo Santana; Diniz, Lívia de Figueiredo; Coelho, George Luiz Lins Machado; Carneiro, Cláudia Martins; Oliveira, Riva de Paula; Silva, André Talvani Pedrosa da; Lana, Marta de; Bahia, Maria TerezinhaThe factors involved in the reactivation of chronic Chagas disease infection are not clear enough and may be related to host immune unbalance and/or parasite genetic diversity. To evaluate the role of the Trypanosoma cruzi genetic background in the Chagas disease reactivation, we inoculated Cyclophosphamide-immunos upressed (CyI) Swiss mice with clonal stocks from T. cruzi I (Cuica cl1, P209 cl1, Gamba cl1, SP104 cl1), T. cruzi II (IVV cl4, MVB cl8) and T. cruzi (Bug2148 cl1, MN cl2) lineages. We used the parasitemia as the parameter for Chagas disease reactivation and observed that CyI animals infected with T. cruzi stocks showed no reactivation and those infected with T. cruzi II stocks showed only 5% of reactivation. In contrast, immunosuppressed mice infected with stocks from T. cruzi I lineage showed 77.5 and 51.25% reactivation of the infection when Cyclophosphamide treatment was performed 60 and 180 days after inoculation, respectively. Next, we evaluated the efficacy of the Benznidazole (Bz) pre-treatment in reducing or preventing the recurrence of the infection in these CyI animals. In general, the percentage of the parasite recurrence was not altered among the CyI mice that received the Bz pretreatment during the acute phase of the infection. Interestingly, when pre-Bz treatment was performed during the chronic phase, we observed two different patterns of response: (i) an increased protection among the animals inoculated with the SP104 cl1 (genotype 19) and Cuica cl1 (genotype 20) stocks; (ii) an increased percentage of parasitemia reactivation among mice inoculated with Gamba cl1 (genotype 19) and P209 cl1 (genotype 20) T. cruzi stocks. Our results corroborate our hypothesis by showing that the T. cruzi genetic background in combination with specific Bz treatment has an important role in the Chagas disease reactivation in immunosuppressed animals.Item Benznidazole and Posaconazole in experimental Chagas disease: positive interaction in concomitant and sequential treatments.(2013) Diniz, Lívia de Figueiredo; Urbina, Julio Alberto; Andrade, Isabel Mayer de; Mazzeti, Ana Lia; Martins, Tassiane Assíria Fontes; Caldas, Ivo Santana; Silva, André Talvani Pedrosa da; Ribeiro, Isabela; Bahia, Maria TerezinhaBackground: Current chemotherapy for Chagas disease is unsatisfactory due to its limited efficacy, particularly in the chronic phase, with frequent side effects that can lead to treatment discontinuation. Combined therapy is envisioned as an ideal approach since it may improve treatment efficacy whilst decreasing toxicity and the likelihood of resistance development. We evaluated the efficacy of posaconazole in combination with benznidazole on Trypanosoma cruzi infection in vivo. Methods and Findings: Benznidazole and posaconazole were administered individually or in combination in an experimental acute murine infection model. Using a rapid treatment protocol for 7 days, the combined treatments were more efficacious in reducing parasitemia levels than the drugs given alone, with the effects most evident in combinations of sub-optimal doses of the drugs. Subsequently, the curative action of these drug combinations was investigated, using the same infection model and 25, 50, 75 or 100 mg/kg/day (mpk) of benznidazole in combination with 5, 10 or 20 mpk of posaconazole, given alone or concomitantly for 20 days. The effects of the combination treatments on parasitological cures were higher than the sum of such effects when the drugs were administered separately at the same doses, indicating synergistic activity. Finally, sequential therapy experiments were carried out with benznidazole or posaconazole over a short interval (10 days), followed by the second drug administered for the same period of time. It was found that the sequence of benznidazole (100 mpk) followed by posaconazole (20 mpk) provided cure rates comparable to those obtained with the full (20 days) treatments with either drug alone, and no cure was observed for the short treatments with drugs given alone. Conclusions: Our data demonstrate the importance of investigating the potential beneficial effects of combination treatments with marketed compounds, and showed that combinations of benznidazole with posaconazole have a positive interaction in murine models of Chagas disease.