Browsing by Author "Bandeira, Lorena Cera"
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Item Influência da alteração dos níveis de ferro sobre o curso crônico da infecção de camundongos pela cepa Y do Trypanosoma cruzi e sobre a dinâmica das populações dos parasitos reisolados por hemocultura.(2010) Bandeira, Lorena Cera; Carneiro, Cláudia Martins; Veloso, Vanja Maria; Carneiro, Cláudia Martins; Estanislau, Juliana de Assis Silva Gomes; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoNo presente trabalho foi investigada, na primeira etapa, a cura parasitológica e o processo inflamatório cardíaco e hepático em camundongos cronicamente infectados pela cepa Y do Trypanosoma cruzi e que foram submetidos à alteração dos estoques de ferro pelo uso da Desferrioxamina (DFA), tratados ou não com Benzonidazol (Bz). Utilizaram-se 80 camundongos Swiss, machos, 30 dias de idade, distribuídos em quatro grupos experimentais: INT - infectado e não tratado; BZ - infectado e tratado com Bz durante 21 dias; DFA-35 - infectado e tratado com DFA durante 35 dias e DFA/BZ-35 - infectado e tratado com Bz e DFA durante 35 dias. Dezoito meses após o inóculo foi observado que 16 camundongos (13,3%) sobreviveram à infecção. É importante mencionar que camundongos infectados com a cepa Y não sobrevivem à fase aguda da infecção. Foram utilizadas técnicas de ELISA, Hemocultura e PCR e, apesar da taxa de sobrevida de 20% nos grupos BZ e DFA-35 e 40% no grupo DFA/BZ-35, nenhum dos camundongos foi considerado curado. Isoladamente, os índices de cura foram 0% pela ELISA, 81,25% pela hemocultura e 25% pela PCR. Foi avaliado também o processo inflamatório do coração e fígado destes animais para verificar a influência dos diferentes protocolos sobre estes órgãos. Os resultados demonstraram que os animais do grupo BZ apresentaram processo inflamatório cardíaco e hepático mais intenso que o observado nos demais grupos. Fragmentos de DNA do T. cruzi foram detectados em 47,5% (67/144) das reações de PCR realizadas em diferentes tecidos dos 16 camundongos avaliados. O cólon (12/16 -75%) e o baço (4/16 - 25%) apresentaram a maior e a menor taxa de positividade respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que os diferentes esquemas terapêuticos não promoveram a cura parasitológica nos animais. Entretanto a associação DFA/BZ-35 além de permitir uma maior sobrevida também protegeu o coração do desenvolvimento de lesões, semelhante ao observado nos animais apenas submetidos ao tratamento com DFA. Na segunda etapa, foi realizada a caracterização biológica e bioquímica das populações isoladas por hemocultura. Utilizaram-se 120 camundongos Swiss, alocados nos seguintes grupos experimentais: Cepa Y, Isolado 1A, Isolado 1B, Isolado 2A, Isolado 2B e Isolado 3. A sobrevida foi maior para os animais inoculados com os isolados 1A, 2A, 2B e 3. O período pré-patente (PPP) e o pico máximo de parasitemia (PMP) observados para os isolados foram significativamente menores do que os valores da cepa Y. O isolado 1A apresentou o maior período patente (PP) (18 dias) e o isolado 1B o dia do pico máximo de parasitemia (DPMP) mais tardio. Em relação ao processo inflamatório no coração e fígado, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos estudados. A avaliação do perfil eletroforético de isoenzimas revelou que não houve alteração para os sistemas avaliados (GPI, PGM, G6PD, ICD, GDH, MPI e 6PGDH) quando comparados à cepa Y. Esses resultados sugerem que o protocolo utilizando Bz e DFA associados pode ter alterado a dinâmica populacional dessa cepa ou ainda favorecido o surgimento de uma população menos patogênica, entretanto, não alterou seu comportamento bioquímico.Item Influência da doença de Chagas na farmacocinética do Benznidazol no modelo cão.(2022) Bandeira, Lorena Cera; Carneiro, Cláudia Martins; Pinto, Leonardo Santos Ribeiro; Carneiro, Cláudia Martins; Pinto, Leonardo Santos Ribeiro; Diniz, Andrea; Moreira, Fernanda de Lima; Veloso, Vanja Maria; Jeremias, Wander de JesusA alta variabilidade na eficácia e na segurança da quimioterapia anti-chagásica envolvendo o benznidazol (BNZ) pode ser devido às alterações farmacocinéticas. Tais alterações podem ser ocasionadas pela inibição de enzimas de metabolismo e transportadores de membranas devido ao aumento de mediadores do processo inflamatório na doença de Chagas. O presente estudo avaliou o impacto das infecções experimentais aguda e crônica pela cepa Be-78 do T. cruzi na farmacocinética do BNZ no modelo cão. Foram investigados 19 cães (n= 10 cães com infecção aguda; n= 9 cães com infecção crônica), SRD, com idade entre 04-10 meses e peso entre 20-35 kg. Os cães de ambas as fases da infecção foram divididos em dois grupos, sendo o Grupo I (infectado não tratado) e Grupo II (infectado e tratado). O estudo foi divido em 4 ocasiões. Na Ocasião 1 (antes da infecção) foi realizada coleta de sangue para análise de perfil das citocinas IL-6, IFN-γ, IL-10 e TNF-α por meio de ensaio de ELISA. Na Ocasião 2 (após a infecção, antes do início do tratamento) foi coletado sangue para análise de citocinas e carga parasitária por meio de qPCR. Na Ocasião 3 (após 10, 30, 40 e 60 dias de dose múltipla oral 3,5mg/Kg/12h de BNZ) foi realizada coleta seriada de sangue no intervalo de dose de 12h para análise farmacocinética para o Grupo II; e coleta de sangue para análise de citocinas e carga parasitária para os Grupos I e II. Na Ocasião 4 (após 30 dias do término do tratamento) foi coletado sangue para análise de citocinas e carga parasitária. O BNZ nas amostras de soro foi quantificado por CLAE-DAD. O método bioanalítico validado seguindo o guia da ANVISA, apresentou ausência de efeitos matriz e residual; limites de quantificação, estabilidade, precisão e exatidão compatíveis para a análise do BNZ em soro. Os parâmetros farmacocinéticos do BNZ, obtidos a partir de um modelo não compartimental, foram similares entre os momentos de coleta seriada na Ocasião 3 na fase aguda e também na fase crônica da infecção. O perfil farmacocinético do BNZ obtido em cães na fase aguda da doença é semelhante ao observado em cães sadios (dados históricos do nosso grupo de pesquisa). Por outro lado, foi observado que a infecção crônica aumenta os valores de Cmax (9,70 vs 17,97), Css (7,70 vs 12,56) e AUC0-12 (90,39 vs 150,76), e ainda reduz Vdss (17,34 vs 9,20) e CLss (0,84 vs 0,56) quando comparados com o grupo de cães sadios. Em relação a fase aguda, a fase crônica também eleva os valores de Cmax (10,55 vs 17,97), Css (7,08 vs 12,56), Cmin (4,32 vs 8,25) e AUC0-12 (84,98 vs 150,76) e reduz Vdss (13,92 vs 9,20) e CLss (0,99 vs 0,56). Os mediadores inflamatórios IFN-γ, IL-10, TNF-α e IL-6 estão aumentados nas fases aguda e crônica da doença, sendo a IL-6 a citocina produzida em maior quantidade e a única com aumento significativo (em até 7 vezes) de suas concentrações séricas nos cães da fase crônica em relação à fase aguda, mesmo quando o tratamento com o BNZ é administrado. Nos grupos I e II da fase aguda é observada uma elevada carga parasitária na Ocasião 2 que é reduzida significativamente nas Ocasiões 3 e 4. Nos grupos I e II da fase crônica observa-se uma baixa carga parasitária nas Ocasiões 2 e 3, e um aumento significativo da carga parasitária na Ocasião 4. Portanto, a infecção crônica experimental pela cepa Berenice-78 do T. cruzi altera significativamente a farmacocinética do BNZ em cães, provavelmente pela inibição do transporte de membrana glicoproteína-P (P-gp) causada pelo aumento da citocina pró-inflamatória IL-6.Item Pharmacokinetics of Benznidazole in experimental chronic Chagas Disease using the Swiss mouse-Berenice-78 Trypanosoma cruzi strain model.(2021) Jesus, Suzana Marques de; Pinto, Leonardo Santos Ribeiro; Moreira, Fernanda de Lima; Nardotto, Glauco Henrique Balthazar; Cristofoletti, Rodrigo; Melo, Luísa Helena Perin de; Fonseca, Kátia da Silva; Barbêdo, Pauliana; Bandeira, Lorena Cera; Vieira, Paula Melo de Abreu; Carneiro, Cláudia MartinsChronic Chagas disease might have an impact on benznidazole pharmacokinetics with potential alterations in the therapeutic dosing regimen. This study aims to investigate the influence of chronic Trypanosoma cruzi infection on the pharmacokinetics and biodistribution of benznidazole in mice. Healthy (n= 40) and chronically T. cruzi (Berenice-78 strain)-infected (n= 40) Swiss female 10-month-old mice received a single oral dose of 100 mg/kg of body weight of benznidazole. Serial blood, heart, colon, and brain samples were collected up to 12 h after benznidazole administration. The serum and tissue samples were analyzed using a high-performance liquid chromatography instrument coupled to a diode array detector. Chronic infection by T. cruzi increased the values of the pharmacokinetic parameters absorption rate constant (Ka) (3.92 versus 1.82 h21 ), apparent volume of distribution (V/F) (0.089 versus 0.036 liters), and apparent clearance (CL/F) (0.030 versus 0.011 liters/h) and reduced the values of the time to the maximum concentration of drug in serum (Tmax) (0.67 versus 1.17 h) and absorption half-life (t1/2a) (0.18 versus 0.38 h). Tissue exposure (area under the concentration-versus-time curve from 0 h to time t for tissue [AUC0–t,tissue]) was longer and higher in the colon (8.15 versus 21.21mg · h/g) and heart (5.72 versus 13.58mg · h/g) of chronically infected mice. Chronic infection also increased the benznidazole tissue penetration ratios (AUC0–t,tissue/AUC0–t,serum ratios) of brain, colon, and heart by 1.6-, 3.25-, and 3-fold, respectively. The experimental chronic Chagas disease inflammationmediated changes in the regulation of membrane transporters probably influence the benznidazole pharmacokinetics and the extent of benznidazole exposure in tissues. These results advise for potential alterations in benznidazole pharmacokinetics in chronic Chagas disease patients with possibilities of changes in the standard dosing regimen.