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Item Alabandite (MnS) in metamorphosed manganiferous rocks at Morro da Mina, Brazil : palaeoenvironmental significance.(2019) Cabral, Alexandre Raphael; Zeh, Armin; Viana, Nívea Cristina da Silva; Castro, Marco Paulo de; František, Lehmann; Queiroga, Gláucia NascimentoThe mineral alabandite, cubic MnS with variable amounts of FeS, occurs in a number of mineral assemblages in manganiferous metasedimentary rocks, some of which are mined as manganese ore. One of them is Morro da Mina, Mina Gerais, Brazil, where alabandite is a minor component of “queluzite”, a manganese-silicate–carbonate rock. The Morro da Mina alabandite contains 7.3 ± 1.4 mol% FeS and makes up aggregates with graphite and molybdenite. A comparison of alabandite occurrences worldwide indicates four main types of mineral assemblages: (1) alabandite + graphite; (2) alabandite + graphite + molybdenite; (3) alabandite + rhodochrosite + molybdenite; (4) and alabandite + rhodochrosite. The different assemblages suggest that manganese sulfide formed in a range of marine palaeoenvironments, from highly reducing and sulfidic – i.e., euxinic – settings to manganeseoxide-precipitating conditions. Morro da Mina represents assemblage (2), which is characteristic of a euxinic water column in a stratified ocean. In general, our comparison of alabandite-bearing mineral assemblages indicates that palaeoenvironmental information can be retrieved from sedimentary rocks that experienced variable degrees of metamorphic overprint.Item An Early Tonian rifting event affecting the São Francisco-Congo paleocontinent recorded by the Lower Macaúbas Group, Araçuaí Orogen, SE Brazil.(2019) Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Martins, Maximiliano de Souza; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Dussin, Ivo Antonio; Souza, Maria Eugênia Silva deAfter it had been assembled in the very early Orosirian, the western São Francisco–Congo Paleocontinent experienced several rifting events since the Statherian (ca. 1750 Ma) to Cryogenian (ca. 700 Ma). Records of anorogenic magmatism and/or associated sedimentation from those events have been found in the Neoproterozoic Araçuaí–West Congo orogenic system (AWCO), located between the São Francisco (eastern Brazil) and Congo (central Africa) cratons. Based on detailed field studies and data from lithochemistry, zircon and titanite U-Pb dating, whole-rock Nd and Hf-in-zircon isotopic analyses, we characterize a previously poorly described Early Tonian, rift-related, volcano-sedimentary succession in order to decipher the evolution of the AWCO precursor basins. That volcano-sedimentary succession, found in the Capelinha Formation type-area, now assigned to the Lower Macaúbas Group, includes quartzites with lenses of ortho-amphibolite (metabasalt) covered by pelitic schists. Zircon grains from ortho-amphibolite samples yielded ages of 957 ± 14 Ma and 576 ± 13 Ma, constraining their magmatic crystallization and regional metamorphism, respectively. These mafic rock show ƐNd(t) from −3.64 to +0.21 and Nd TDM ages from ca. 1.4 to ca. 1.7 Ga. Positive covariation of FeOtot/MgO + FeOtot, TiO2, P2O5, V and Zr, enrichment in light rare earth elements, slightly positive Eu/Eu* anomaly and depletion of high field-strenght elements, suggest tholeiitic protolith related to a continental rifting setting. The metasedimentary rocks show broad spectra of detrital zircon ages from the Early Tonian (ca. 940 Ma) to Paleoarchean, with wide-ranging ƐHf values from predominantly negative (as low as −10.76) to positive (+9.94), evoking well-known sediment sources in the São Francisco–Congo Paleocontinent. The youngest age peak (949 ± 12 Ma) constrains a maximum sedimentation age coeval with the basaltic volcanism represented by the ortho-amphibolite. The Capelinha volcano-sedimentary succession nearly correlates in age and origin with other anorogenic units (e.g., Ilhéus and Pedro Lessa dike swarms, Salto da Divisa granitic suite, Gangila basaltic and Mayumbian felsic volcanisms) found in a large region covered by the AWCO and neighbouring cratonic region. However, the Capelinha magmatism seems to preceed by some 20–30 m.y. the main peak (930–900 Ma) of this Early Tonian anorogenic magmatism, suggesting a long-lived and complex rift system.Item An exotic Cretaceous kimberlite linked to metasomatized lithospheric mantle beneath the southwestern margin of the São Francisco Craton, Brazil.(2022) Carvalho, Luisa Diniz Vilela de; Jalowitzki, Tiago Luis Rei; Cipriano, Ricardo Augusto Scholz; Gonçalves, Guilherme de Oliveira; Rocha, Marcelo Peres; Pereira, Rogério Silvestre; Lana, Cristiano de Carvalho; Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Fuck, Reinhardt AdolfoWe present major and trace element compositions of mineral concentrates comprising garnet xenocrysts, ilmenite, phlogopite, spinel, zircon, and uncommon minerals (titanite, calzirtite, anatase, baddeleyite and pyrochlore) of a newly discovered Late Cretaceous kimberlite (U-Pb zircon age 90.0 ± 1.3 Ma; 2r) named Osvaldo França 1, located in the Alto Paranaíba Igneous Province (APIP), southeastern Brazil. Pyrope grains are lherzolitic (Lherz-1, Lherz-2 and Lherz-3), harzburgitic (Harz-3) and wehrlitic (Wehr-2). The pyrope xenocrysts cover a wide mantle column in the subcratonic lithosphere (66–143 km; 20–43 kbar) at relatively low temperatures (811–875 C). The shallowest part of this mantle is represented by Lherz-1 pyropes (20–32 kbar), which have low-Cr (Cr2O3 = 1.74–6.89 wt.%) and fractionated middle to heavy rare earth elements (MREE-HREE) pattern. The deepest samples are represented by Lherz-2, Lherz-3, Harz-3, and Wehr-2 pyropes (36–43 kbar). They contain high-Cr contents (Cr2O3 = 7.36–11.19 wt.%) and are char- acterized by sinusoidal (Lherz-2 and Wehr-2) and spoon-like (Lherz-3 and Harz-3) REE patterns. According to their REE and trace elements, pyrope xenocrysts have enriched nature (e.g., Ce and Yb vs. Cr2O3), indicating that the cratonic lithosphere has been affected by a silicate melt with subalkaline/ tholeiite composition due to their low Zr, Ti and Y concentrations. Besides minerals with typical kimber- litic signatures, such as ilmenite and zircon, the exotic compositions of phlogopite and ulvöspinel suggest an enriched component in the magma source. The formation of rare mineral phases with strong enrich- ment of light-REE (LREE) and high field strength elements (HFSE) is attributed to the late-stage kimber- litic melt. We propose a tectonic model where a thermal anomaly, represented by the low-velocity seismic anomaly observed in P-wave seismic tomography images, supplied heat to activate the alkaline magmatism from a metasomatized cratonic mantle source during the late-stages of Gondwana fragmen- tation and consequent South Atlantic Ocean opening. The metasomatism recorded by mineral phases is a product of long-lived recycling of subducted oceanic plates since the Neoproterozoic (Brasiliano Orogeny) or even older collisional events, contributing to the exotic character of the Osvaldo França 1 kimberlite, as well as to the cratonic lithospheric mantle.Item Análise estratigráfica das formações Serra do Catuni e Chapada Acauã inferior, grupo macaúbas, ao longo do paralelo 17°30’S, região Centro-Oeste de Minas Gerais.(2023) Oliveira, Leon Dias; Queiroga, Gláucia Nascimento; Martins, Maximiliano de Souza; Castro, Marco Paulo de; Martins, Maximiliano de Souza; Uhlein, Alexandre; Alkmim, Fernando Flecha deA bacia Macaúbas, neoproterozoica e precursora do orógeno Araçuaí–Oeste Congo, registra pelo menos três fases de rifteamento antes da instauração da margem passiva. A última fase, desenvolvida durante o período Criogeniano, é formada por uma pilha sedimentar que apresenta expressiva variação faciológica vertical e lateral no sentido do aprofundamento da bacia, em direção a leste, onde ocorrem as maiores espessuras da unidade. Dentre outras, contém camadas de diamictitos, postulados na literatura especializada como remanescentes da atividade de geleiras relacionadas às glaciações do Neoproterozóico, de abrangência global. A análise estratigráfica das formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior ao longo da região balizada pelo paralelo 17°30’S e pelos meridianos 43°30’W e 43°00’W (segmento rio Macaúbas, Planalto de Minas, Terra Branca, Caçaratiba e Turmalina) constitui o objetivo da presente dissetação, e visa contribuir para o entendimento da evolução tectôno-sedimentar deste sistema rifte. Foram realizados levantamentos estratigráficos em escala de detalhe (1:100) ao longo das unidades criogenianas presentes nestas regiões, que permitiram a identificação de seis associações de litofácies relacionadas a um ambiente marinho profundo. Variações na composição do arcabouço sedimentológico e na distribuição espacial das associações de litofácies possibilitou o reconhecimento de quatro setores, de oeste para leste: rio Macaúbas, Terra Branca, Baixadão e Turmalina, que correspondem a diferentes porções de dois grabens separados por um alto estrutural. A análise das associações de litofácies possibilitou agrupá-las em três sequências sedimentares associadas aos diferentes estágios subsequentes que refletem a evolução progressiva de falhas normais deste sistema rifte, denominadas início, clímax e término de rifte. A sequência início de rifte registra a primeira fase da sedimentação da bacia, caracterizada como produto de sucessivos pulsos de correntes de turbidez e fluxos de detritos coesivos de baixa resistência, impulsionados pela atividade tectônica inicial do processo de rifteamento. Seu registro sedimentar apresenta granulometria fina a média, em sua base, e tende a apresentar granulometria grossa e mal selecionada em seu topo. A sequência clímax de rifte sobrepõe abruptamente a sedimentação inicial e é caracterizada como produto de fluxos de detritos coesivos de resistência alta e moderada e correntes de turbidez de alta densidade, em sistema de leques subaquosos associados as escarpas de falha. Seu registro sedimentar apresenta granulometria grossa e baixo maturidade textural. Por fim, a sequência término de rifte é caracterizada como a fase final de evolução do sistema rifte e sua transição para o estágio margem passiva da bacia Macaúbas. Seu registro sedimentar foi gerada por correntes de turbidez e processos pelágicos. Assim, de forma geral, as formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior registram a evolução de uma bacia rifte marinha, cujo preenchimento sedimentar, foi inicialmente gerado por processos gravitacionais, correntes de turbidez e fluxos de detritos, desencadeados por atividade tectônica, que são sobrepostos por uma espessa sedimentação marinha distal. Desta forma, as formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior são interpretadas como equivalentes laterais e correspondem ao preenchimento de dois grabens, proximal e distal, respectivamente.Item Bismuth‐melt trails trapped in cassiterite–quartz veins.(2019) Guimarães, Frederico Sousa; Cabral, Alexandre Raphael; Lehmann, Bernd; Rios, Francisco Javier; Ávila, Moisés Augusto Bacellar; Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia NascimentoNative bismuth in the form of metallic melt has been considered instrumental to the formation of some metallic ore deposits via a mechanism dubbed the “Liquid Bismuth Collector Model.” Here, we provide petrographical documentation of trail‐forming, μm‐sized blebs of native bismuth in cassiterite–quartz veins from the Santa Bárbara greisen Sn deposit in the Rondônia tin province of northern Brazil. These inclusions suggest the trapping of a Bi melt that took place during vein formation, in a mecha‐ nism similar to the entrapment of fluid inclusions.Item Caracterização geológica da Formação Capelinha como uma Unidade Basal do Grupo Macaúbas em sua Área Tipo, Minas Gerais.(2014) Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Queiroga, Gláucia Nascimento; Novo, Tiago Amâncio; Alkmim, Fernando Flecha deA Formação Capelinha é composta na região homônima por uma unidade basal predominantemente metapsamítica, formada por mica xistos, xistos quartzosos e quartzitos, puros ou micáceos, com magmatismo básico associado, e por uma unidade majoritariamente metapelítica, superior, composta por xistos peraluminosos granatíferos, às vezes com estaurolita e/ou cianita. No sentido de determinar o papel das rochas metabásicas e metassedimentares da Formação Capelinha na evolução do Orógeno Araçuaí, foram realizados estudos estratigráficos, estruturais, geoquímicos e geocronológicos (U-Pb em zircões ígneos através de LA-ICP-MS e Sm-Nd em rocha total). Os dados obtidos demonstram que a Formação Capelinha apresenta uma extensão territorial muito mais abrangente do que postulada na sua definição original. No atual estágio de conhecimento, verifica-se que a estruturação geral da Faixa de Dobramentos Capelinha (FDC) se assemelha a um cinturão de dobramentos assimétricos e invertidos, com a unidade inferior da Formação Capelinha se inserindo nos núcleos de anticlinais quilométricos. O acervo estrutural indica vergência para sul, contra o Bloco de Guanhães, onde a superfície de descolamento se revela na forma de uma falha de cinemática normal destral que separa as rochas arqueanas do Complexo Guanhães das rochas metassedimentares metamáficas Neoproterozóicas do Grupo Macaúbas. Três determinações geocronológicas pelo método U-Pb LA-ICP-MS nos quartzitos da unidade inferior indicam idade máxima de sedimentação em torno de 970 Ma. As análises litoquímicas realizadas a partir de amostras de rocha metabásica confirmam uma composição basáltica e afinidade toleítica da rocha gerada em ambiente continental intra-placa. Dados Sm-Nd indicam idade-modelo (TDM) no intervalo entre 1700 e 1500 Ma e εNd (956 Ma) variável entre -0,04 e -3,66. Os estudos geocronológicos U-Pb, feitos em cristais de zircão de duas amostras de anfibolito, revelam idade de cristalização magmática em ca. 956 Ma e idade de recristalização metamórfica em torno de 569 Ma. Todas as estruturas e a zoneografia metamórfica Barroviana clássica refletem o estágio colisional do orógeno Araçuaí. Uma determinação geocronológica pelo método U-Pb LA-ICP-MS realizada em xisto da unidade superior indica uma idade máxima de sedimentação em torno de 1123 Ma. Considerando as relações de contato, as características gerais dos anfibolitos da região de Capelinha e os dados geocronológicos obtidos para as unidades metassedimentares, a idade de cristalização magmática obtida (957±14 Ma) sugere um magmatismo sinsedimentar, contemporâneo ao estágio de rifteamento que levou a abertura da bacia Macaúbas no período Toniano, com a Formação Capelinha posicionando-se estratigraficamente na base do Grupo Macaúbas, como possível equivalente lateral das unidades pré-glaciais.Item Evolução do Grupo Macaúbas e Formação Salinas no Orógeno Araçuaí Central, MG.(2019) Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Martins, Maximiliano de Souza; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Queiroga, Gláucia Nascimento; Uhlein, Alexandre; Fonseca, Marco Antônio; Reis, Humberto Luis Siqueira; Hartmann, Leo AfraneoO Cráton São Francisco, juntamente com a sua contraparte africana, o Cráton do Congo, representa uma parte interna e estável de um dos paleocontinentes envolvidos na montagem de Gondwana Ocidental, no período Neoproterozoico. O Paleocontinente São FranciscoCongo experimentou vários eventos de rifteamento desde o Estateriano (ca. 1750 Ma) até o Criogeniano (ca. 700 Ma). Registros de magmatismo anorogênico e/ou sedimentação associada a esses eventos foram encontrados no sistema orogênico Neoproterozoico AraçuaíCongo Ocidental (AWCO), localizado entre os crátons São Francisco (leste do Brasil) e Congo (África central). Após os eventos de rifteamento Paleo-Mesoproterozoicos, eventos extensionais Tonianos e Criogenianos formaram a Bacia Macaúbas, precursora do AWCO, que registra uma série de eventos de rifteamentos, iniciados no Toniano com um rifte continental (ca. 957-875 Ma), preenchido pelas formações Capelinha (redefinida e descrita detalhadamente nesta tese), Matão, Duas Barras e Rio Peixe Bravo, atribuídas ao Grupo Macaúbas inferior (ou pré-diamictitos). Com base em estudos de campo detalhados, dados litoquímicos, geocronologia U-Pb em grãos de zircão e titanita e análises isotópicas de Nd em rocha total, a Formação Capelinha foi caracterizada como uma sucessão vulcano-sedimentar, agora atribuída à base do Grupo Macaúbas e datada em 957 ± 14 Ma (cristalização magmática) e 576 ± 13 Ma (metamorfismo). Os dados geoquímicos do orto-anfibolito da unidade basal da Formação Capelinha sugerem protólito toleítico relacionado a um cenário de rifteamento continental. As rochas metassedimentares mostram um amplo espectro de idades de zircões detríticos do início do Toniano (ca. 940 Ma) com valores negativos de ƐHf. O pico mais jovem (949 ± 12 Ma) limita a idade de sedimentação no mesmo tempo do magmatismo basáltico representado pelo orto-anfibolito. A sucessão vulcano-sedimentar da Formação Capelinha se correlaciona em idade e origem com outras unidades anorogênicas encontradas em uma grande região coberta pelo AWCO e pelos cratons adjacentes. Adicionalmente, o magmatismo de Capelinha parece preceder em cerca de 20-30 Ma o pico principal (930-900 Ma) deste magmatismo anorogênico, sugerindo um sistema de riftes complexo e duradouro. Contrastando com o rifte abortado do início do Toniano, o rifte Criogeniano evoluiu para uma margem passiva (ca. 725-675 Ma) e espalhamento oceânico (ca. de 650 Ma). O rifte continental Criogeniano culminou na deposição das formações Serra do Catuni, Nova Aurora e Chapada Acauã proximal (ocidental) do Grupo Macaúbas superior (rico em diamictitos). As formações Chapada Acauã distal (descrita detalhadamente nesta tese) e Ribeirão da Folha do Grupo Macaúbas Superior, compreendem a sedimentação de margem passiva a oceânica, sendo que a Formação Ribeirão da Folha inclui rochas máficas e ultramáficas em sua sucessão. Durante o Ediacarano, o setor ensiálico da Bacia Macaúbas começou a ser invertido e a maior parte de seu segmento oceânico já havia sido consumida sob o Arco Magmático Rio Doce (630-580 Ma). O golfo Macaúbas foi então convertido na Bacia Salinas (ca. 550 Ma), preenchida pela Formação homônima. Descrições detalhadas de litofácies, juntamente com um estudo isotópico detalhado de grãos de zircão detrítico (U-P e Lu-Hf) e análises isotópicas de δ 13C e δ 18O, fornecem novas interpretações sobre as formações Chapada Acauã e Salinas. A Formação Chapada Acauã Inferior inclui associações de fácies ricas em diamictitos depositadas por fluxos de massa e correntes de turbidez em contexto glaciomarinho. A Formação Chapada Acauã Superior foi depositada em ambiente marinho distal, parcialmente sob ação de descargas de icebergs e compreende pelitos com dropstones, arenitos, e lentes de carbonato (o δ13C corrobora o sinal original da água do mar). A Formação Salinas mostra uma sucessão monótona de turbiditos. As idades U-Pb em grãos de zircão detrítico indicam que a Formação Chapada Acauã foi depositada entre o final do Toniano e o início do Criogeniano (ca. 750-667 Ma), e uma idade máxima de sedimentação para a Formação Salinas de ca. 550 Ma. Espectros de idade de grãos de zircão para a unidade inferior da Formação Chapada Acauã revelam contribuição massiva de fontes juvenis e recicladas de idade RiacianaOrosiriana (ƐHf = +14,64 a -18,53). Apesar de possuir um conjunto de dados semelhante, a unidade superior da Formação Chapada Acauã mostra picos proeminentes de idade Criogeniana (ca. 715 Ma) e Mesoproterozoicas. Em contraste, a Formação Salinas revelou picos de idade em 670-551 Ma, com valores de ƐHf entre +6,29 e -18,25, atestando uma contribuição massiva do Arco Magmático Rio Doce (630-580 Ma). Os dados apresentados nesta tese sugerem uma idade Criogeniana para a Formação Chapada Acauã, em contraste com a sedimentação orogênica da Formação Salinas, de idade Ediacarana, sugerindo uma importante mudança de proveniência sedimentar. Os dados apresentados, também fornecem novas restrições de tempo para um evento glacial severo registrado pelo Grupo Macaúbas. O intervalo de idade Criogeniana também corresponde ao evento magmático anorogênico de 720-670 Ma que inclui a Província Alcalina do Sul da Bahia, as formações Lower Diamictite e Louila, entre outras evidências encontradas no AWCO e no Cráton São Francisco-Congo. Regionalmente, a Orogênese Brasiliana imprimiu um regime metamórfico tipo Barroviano nas rochas do Grupo Macaúbas e da Formação Salinas ao longo da porção centro-norte do Orógeno Araçuaí. As granadas dessas unidades foram cristalizadas durante o estágio colisional do Orógeno Araçuaí, que formou a foliação regional em torno de 570 Ma. Os valores de PT calculados para bordas e núcleos de granadas, revelaram curvas de trajetória no sentido horário com temperaturas crescentes da zona da granada (500-570ºC) para a zona da estaurolita (520-580ºC) e pressões de 4,1-5,7 kbar (zona da granada) a 3,5-5,6 kbar (zona estaurolita). A datação Th-U-Pb de grãos de monazita por microssonda eletrônica (EMPA) revelou idades de recristalização de 520 Ma e ca. 490-480 Ma. Estas idades são interpretadas como registro de um evento generalizado de produção de fluidos, datado em ca. 520-480 Ma, que ocorreu durante a fase de colapso extensional do Orógeno Araçuaí. O objetivo principal dessa tese é fornecer novas interpretações acerca da idade, proveniência e configuração tectônica dos eventos extensionais Toniano e Criogeniano que afetaram a Bacia Macaúbas no Neoproterozoico, aqui representados pelas formações Capelinha e Chapada Acauã. Além disso, esta tese fornece novas restrições de tempo para um evento glacial registrado pelas rochas do Grupo Macaúbas, interpretações de diferentes processos de sedimentação em ambiente glaciomarinho, além de revelar proveniências sedimentares contrastantes entre as bacias Macaúbas e Salinas. Adicionalmente, as idades químicas Th-U-Pb (CHIME) obtidas em grãos de monazita em conjunto com as trajetórias P-T-t obtidas para os xistos granatíferos das formações Capelinha e Salinas, restringem ainda mais o tempo de evolução do Orógeno Araçuaí.Item Ferroan alkalic volcanism associated with Calymmian rifting in the Paramirim aulacogen, São Francisco craton, Brazil : new insights from lithofacies analysis and evidence of mantle-derived alkaline H2O-rich metasomatic fluids affecting ancient crustal materials.(2020) Santos, Cláudia dos; Danderfer Filho, André; Queiroga, Gláucia Nascimento; Zincone, Stéfano Albino; Castro, Marco Paulo de; Lana, Cristiano de CarvalhoRift-related volcanism is widely used in models of supercontinent reconstruction, while the associated metasomatic fluids provide information about the mantle-crust process during intracrustal melting events. The Paleoproterozoic/Mesoproterozoic Paramirim aulacogen corresponds to multiple intracratonic rift cycles that register many basin developing events. Intense volcanic activity is recorded in some rift events, but the volcanic lithofacies and their petrogenesis are poorly constrained. Herein, we present lithofaciological characterization, whole-rock and mineral chemistry, and U-Pb and Lu-Hf isotope data from the 1.58 Ga volcanic rocks. Trachytic and trachy-andesitic lava flows and primary to secondary volcaniclastic lithotypes characterize this volcanism. The primary volcaniclastic rocks resulted from direct volcanic activity and can be divided into pyroclastic and hydroclastic lithofacies associations. The pyroclastic lithotypes correspond to air-fall, density currents and blockand-ash flow deposits formed in explosive eruptions; hydroclastic lithotypes are represented by hyaloclastites and peperites, reflecting effusive eruptions and interactions between magma, water and sediments. The secondary volcaniclastic lithotypes resulted from late-stage reworking processes and consist of debris flows, ephemeral streams associated with high energy and gravitational flow deposits. The lava flows show well-preserved primary volcanic features, such as magma flow textures and euhedral phenocrysts. Based on petrographic and chemical characteristics, associated with negative ɛHf(t) values, we infer that high melt rate of an ancient crust, previously metasomatized by H2O-rich alkaline mantle-derived fluids, generated the alkalic ferroan lavas. These fluids promoted potassic and sodic metasomatism that affected all the volcanic rocks, modifying the chemistry of the feldspars to pure orthoclase (Or96-98) and albite (Ab98-100). In some lavas, a higher concentration of Na-rich fluids synthesized aegirine at a minimum temperature of 200 °C and promoted its peralkaline character. The potassic-sodic metasomatism influenced the volcano-sedimentary sequence of the Pajeú Group and the oldest rocks of the basement but did not affect the overlying sedimentary sequences, indicating that fluids ceased with the end of volcanism. We suggest that the H2O-rich alkaline fluids arose by focused degassing in response to a rising asthenospheric mantle during the Calymmian rift of the Paramirim aulacogen.Item Formação e evolução da crosta continental terrestre no paleoarqueano : relações entre TTGs e dioritos durante a constituição do Bloco Gavião, Cráton São Francisco.(2022) Santos, Cláudia dos; Queiroga, Gláucia Nascimento; Zincone, Stéfano Albino; Zincone, Stéfano Albino; Castro, Marco Paulo de; Marques, Rodson de Abreu; Dantas, Elton Luiz; Barbuena, DaniloOs processos responsáveis pela formação e evolução da crosta continental terrestre durante o eo-paleoarqueano são incertos devido à escassez de crosta preservada. Os principais remanescentes da crosta continental antiga são representados por gnaisses tonalíticos-trondhjemíticosgranodioríticos (TTG). A interpretação da gênese e diversidade das composições químicas dos TTGs é fundamental para o entendimento de como a crosta continental evoluiu ao longo do tempo. O Bloco Gavião (BG), cráton São Francisco (Brasil), é uma região promissora para investigar essas questões, uma vez que contém remanescentes de crosta eo-paleoarqueana expostos e bem preservados. Este estudo apresenta novas idades de U-Pb, isótopos Hf, geoquímica de rocha total e química mineral de tonalitos e dioritos de 3,51 a 3,4 Ga do Complexo Caldeirão (BG) e faz uma comparação com dados geoquímicos e isotópicos anteriormente publicados de rochas eo-paleoarqueanas do BG. Além disso, foi realizada uma comparação entre os isótopos de Hf de zircões do BG com zircões hadeanos/eopaleoarquianos de outros cratons primitivos. As rochas estudadas apresentam características químicas semelhantes aos TTGs de baixa e média pressão definidos por Moyen (2011), porém possuem baixo teor de SiO2 e alto conteúdo de óxidos ferromagnesianos, quando comparados aos típicos TTGs arqueanos. Os dados apresentados trouxeram novas evidências sobre a gênese dos TTGs, mostrando que os tonalitos e dioritos do Complexo Caldeirão foram formados por processos de mistura entre magmas derivados do manto e crosta mais antiga disponível na área. O evento de ~ 3.4 Ga do Bloco Gavião é representado por tonalitos e dioritos do Complexo Caldeirão e TTGs de média e alta pressão do domo Sete Voltas. Este estudo mostra que essas rochas podem ser cogenéticas e a variabilidade geoquímica, frequentemente atribuída a diferentes profundidades para o processo de fusão parcial de crosta máfica, é interpretada por processo de cristalização fracionada controlado pelo fracionamento e/ou acúmulo de plagioclásio e hornblenda/hornblendito. Os remanescentes crustais eo-paleoarqueanos do Bloco Gavião registram uma história de ~ 360 milhões de anos de eventos magmáticos datados de ~ 3,66 Ga a 3,30 Ga. Cada um dos eventos mais jovens do que 3,6 Ga registram novas adições juvenis que assimilaram a crosta mais velha, enquanto que as rochas mais antigas do que 3,6 Ga são formadas exclusivamente pelo retrabalhamento de uma protocrosta hadeana e, em menor extensão, da crosta eoarquiana inicial. A mudança no processo de geração de crosta no BG, registrada pela entrada de material juvenil, foi documentada em um período de ~ 3,8- 3,5 Ga em outros complexos cratônicos primitivos, incluindo Wyoming, Pilbara, Kaapvaal, Slave, Singhbhum e Yilgarn. Conforme documentado nesses outros crátons, este estudo sugere que a mudança no registro do isótopo Hf para rochas mais jovens que 3,6 Ga reflete uma transição da tectônica stangant-lid para uma tectônica mobile-lid no processo de formação da crosta continental do cráton do São Francisco. Esta mudança no regime geodinâmico parece ter sido global em ~ 3,8- 3,5 Ga e pode ter facilitado a extração de magmatismo juvenil, formação de magmatismo evoluído e a produção/estabilização do manto litosférico depletado, que foi fundamental para a formação dos primeiros crátons da Terra.Item Geochemistry and δ11B evolution of tourmaline from tourmalinite as a record of oceanic crust in the Tonian Ibaré ophiolite, southern Brasiliano Orogen.(2020) Arena, Karine da Rosa; Hartmann, Leo Afraneo; Lana, Cristiano de Carvalho; Queiroga, Gláucia Nascimento; Castro, Marco Paulo deThe isotopic and geochemical evolution of tourmaline constrain the processes of paleo-oceanic lithosphere in ophiolites. The Brasiliano Orogen is a major structure of South America and requires characterization for the understanding of Gondwana supercontinent evolution. We made a pioneering investigation of tourmaline from a tourmalinite in the Ibaré ophiolite by integrating fi eld work with chemical analyses of tourmaline by electron microprobe (EPMA) and δ11B determinations via laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometer (LA-ICP-MS). Remarkably massive tourmalinite (>90 vol.% tourmaline, some chlorite) enclosed in serpentinite has homogeneous dravite in chemical and isotopic composition (δ11B = +3.5 to +5.2‰). These results indicate a geotectonic environment in the altered oceanic crust for the origin of the tourmalinite. This fi rst δ11B characterization of tourmaline from tourmalinite sets limits to the evolution of the Neoproterozoic to Cambrian Brasiliano Orogen and Gondwana evolution.Item Geoquímica de feldspato, mica, berilo e turmalina e geocronologia U-Pb em monazita dos pegmatitos fazenda Concórdia e São Domingos - Espírito Santo, Brasil.(2020) Costa, Flávia Compassi da; Cipriano, Ricardo Augusto Scholz; Marques, Rodson de Abreu; Queiroga, Gláucia Nascimento; Castro, Marco Paulo deOs pegmatitos Fazenda Concórdia e São Domingos, inseridos no contexto geotectônico do limite entre as faixas Ribeira e Araçuaí, dentro da Província Pegmatítica Oriental do Brasil, estão localizados, respectivamente, nos municípios de Mimoso do Sul e de Muqui – sul do Espírito Santo. O objetivo principal deste trabalho é estudá-los, a partir de aspectos geoquímicos, a fi m de caracterizar a evolução desses corpos. As técnicas analíticas empregadas foram: microssonda eletrônica (para a composição química dos feldspatos, micas, berilos e turmalina); LA-Q-ICP-MS (para a caracterização dos elementos traços dos minerais citados); e LA-SF-ICP-MS (para a obtenção das idades pela razão U-Pb, em grãos de monazita). Ambos os pegmatitos apresentam zoneamento simples e contêm quartzo, feldspato e mica, porém o pegmatito Fazenda Concórdia possui também turmalina, berilo e topázio. Em relação à geoquímica, foi possível perceber que esses corpos apresentam um trend de evolução em que o pegmatito São Domingos é menos diferenciado que o pegmatito Fazenda Concórdia. Quando comparados aos pegmatitos do Campo Marilac (Distrito Pegmatítico de Governador Valadares), onde ocorrem pegmatitos simples a complexos, os pegmatitos Fazenda Concórdia e São Domingos não apresentam um grau de evolução elevado/complexo. A monazita do pegmatito São Domingos apresenta a mesma idade da rocha encaixante (Grupo Bom Jesus do Itabapoana), sendo assim produto da fusão das rochas desse grupo.Item A mineral system approach on the Paleoproterozoic Au-bearing quartz veins of the Jacobina Range, northeastern of the São Francisco Craton, Brazil.(2021) Miranda, Daniel Augusto de; Misi, Aroldo; Klein, Evandro Luiz; Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia NascimentoThe Jacobina Range mountain chain is located in the northeastern part of Bahia state, Brazil. It is 250 km long, with N–S direction located at the eastern border of the Gavi˜ ao-Lençois ´ block, and corresponds to the northern portion of the Contendas-Mirante-Jacobina Lineament. There are several structurally controlled Au-bearing quartz veins hosted by metasedimentary rocks of the siliciclastic Jacobina Group and Vale do Coxo metaultramafic schists that are exploited by artisanal miners. Four of these deposits were mapped. They are hosted by two Paleoproterozoic fault systems, named from east to west, as Pindobaçu and Maravilha. The Pindobaçu fault system, D1 phase, second-order thrust, and reverse faults hosts both central and oblique mineralized veins at Morro da Palmeirinha and Maravilha deposits, respectively. The Maravilha fault system, D2 phase, second-order transpressive fault, hosts the mineralized central shear vein at the Jaqueira deposit. The D3 phase, second-order normal faulting hosts mineralized central shear vein at Mina Velha. The sericitic alteration is dominant in the D1 and D2 phase deposits, while sulfidation prevails in the D3 phase. Gold grades are lower at the deposits with schist as host rocks when compared to deposits were quartzite is the predominant host rock. Chlorite geothermometry showed that the hydrothermal system temperature conditions ranged between 303 ◦C and 346 ◦C at Jaqueira and the primary H2O + CO2+NaCl (type I) and H2O + NaCl (subtype II.a) fluid inclusion assemblage seems to be heterogeneously entrapped during the phase separation, which was triggered by a decrease in pressure, with retrometamorphic conditions, during the orogenic uplift at the Jacobina Range. Later, this assemblage was reequilibrated according to the hydrothermal system temperature conditions. The vapor-rich H2O + NaCl fluid inclusion assemblage subtype II.d suggests a possible magmatic contribution in fluid composition at the Mina Velha deposit. The H2O + NaCl, secondary subtypes II.b and II.c fluid inclusion assemblages from Jaqueira and Mina Velha deposits are of uncertain origin. The hydrothermal mineralization at Jacobina Range is interpreted as an orogenic mineral system, and the following elements were characterized: (1) participation of orogenic and possibly magmatic fluid composition; (2) the fault systems in a compression-driven fluid flow type acted as conduits of the mineralizing fluids, and the second-order structures were the throttle of the hydrothermal system; (3) the later phases of tectonic evolution were the driver; (4) the inductor of gold precipitation was fluid-rock interaction; (5) dispersion in the gold content occurred when schist host rocks are present.Item Mineralogical evolution of the northern Bossoroca ophiolite, São Gabriel terrane.(2020) Massuda, Amanda Juliano; Hartmann, Leo Afraneo; Queiroga, Gláucia Nascimento; Castro, Marco Paulo de; Leandro, Carolina Gonçalves; Savian, Jairo FranciscoMineralogical evolution of ophiolites is significant to understand paleo-oceanic crust and mantle requiring multi-proxy techniques to identify steps in the processes. We studied the Bossoroca ophiolite from the southern Brasiliano Orogen, a prime example of Tonian accretion to an oceanic island arc. Integration of field geology, aeromagnetometry, aerogamaspectrometry, electron microprobe analyses, and compositional maps of minerals led to the decoding of oceanic and continental processes. The ophiolite is highly magnetic and low-K and is positioned at the base of the superstructure. We studied amphibolite, tourmalinite, and chromite-talc-magnesite granofels from the ophiolite, Capivaras diorite from the Cambaí Complex infrastructure and one metavolcanoclastic rock from the Vacacaí Group superstructure. Honblende is zoned in all rock types. Low-Ti hornblende is compatible with medium-pressure metamorphism at 7 kbar. This M1 to M2 amphibolite facies resulted in the widespread association of olivine + talc in metaserpentinite. Dravite is similar to tourmaline from the Ibaré ophiolite. Andesine and oligoclase are dominant and albite minor. Cr-spinel in granofels recrystallized in greenschist facies; host rock originated by carbonatization of serpentinite formed in the oceanic crust along with chloritite and tourmalinite. Serpentinite rare earth elements (REE) suggest origin in depleted mantle peridotite. The ophiolite evolved in the Adamastor Ocean until incorporation into the island arc.Item A Neoproterozoic hyper-extended margin associated with Rodinia's demise and Gondwana's build-up : the Araguaia Belt, central Brazil.(2019) Hodel, F.; Trindade, Ricardo Ivan Ferreira da; Macouin, Melina; Meira, V.T.; Dantas, E.L.; Paixão, Marco Antonio Pires; Rospabé, M.; Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Alkmim, Ana Ramalho; Lana, Cristiano de CarvalhoThe Araguaia Belt encloses a poorly constrained Pan-African (Brasiliano Cycle) continental suture marked by a series of (~750 Ma) ophiolitic units which, when properly characterized, could provide important informations on its geological history, closely linked with the Rodinia demise and further western Gondwana amalgamation. We present new bulk-rock and mineral major and trace element compositions for these ultramafic and mafic units. They mainly consist in fully serpentinized harzburgite, scarce dunite lenses and chromite pods, tectonically overlain by basaltic pillow lavas. Low Al2O3/SiO2 ratios (0.01 to 0.06), rather highMgO concentrations (42.28 to 45.29 wt%) and spinels' Cr# and Mg# ratios comprised between 0.36 and 0.51 and 0.59 and 0.72, respectively, indicate a depleted oceanic-like protolith. MORB-peridotite interactions are evidenced both by pyroxenite, olivine gabbro and diabase occurrences in the serpentinites and by high TiO2 (up to 0.42 wt%) contents in spinels from some Serra do Quatipuru serpentinites. These observations support that the Araguaia Belt ophiolitic bodies are the remnants of the upper mantle section of a MOR or subcontinental lithosphere. The serpentinites wholerock REE content can be modeled as resulting from a dry partial melting involving 14 to 24% of melt extraction, coupled with refertilization by fertile melts, generated deeper in the mantle. Such an oceanic-like setting is also supported by the N-MORB signature of Serra do Tapa and Morro do Agostinho pillow lavas basalts. All together, these results tend to infirm the supra-subduction zone (SSZ) setting previously proposed for these ophiolitic units. Important LILE, B and Li enrichments in the serpentinites likely result from a metasomatic event involving sediments-derived fluids that occurred during the obduction of the units on the Amazonian Craton. Our results combined with (1) the apparent scarcity of igneous crustal rocks, (2) the proximal nature of the metasedimentary rocks hosting the ophiolitic units, and (3) the occurrences of Amazonian Craton fragments eastward of the ophiolitic bodies, allow us to propose that the Araguaia Belt comprises a fossil ocean-continent transition (OCT) accreted on the eastern border of the Amazonian Craton.Item Oceanic crust and mantle evidence for the evolution of tonian-cryogenian ophiolites, southern Brasiliano Orogen.(2020) Werle, Mariana; Hartmann, Leo Afraneo; Queiroga, Gláucia Nascimento; Lana, Cristiano de Carvalho; Silva, Juliana Pertille da; Michelin, Cassiana Roberta Lizzoni; Remus, Marcus Vinicius Dorneles; Roberts, Malcolm; Castro, Marco Paulo de; Leandro, Carolina Gonçalves; Savian, Jairo FranciscoUnravelling the complexity of tonian-cryogenian (950–680 Ma) evolution of ophiolites requires the search for rare mineral systems and their quantification with varied techniques. Ophiolites in the Brasiliano Orogen are widely distributed over 2,000 km along the eastern half of South America. We selected two ophiolites from different geotectonic settings of the Sul-Riograndense Shield, southern Brasiliano Orogen, to delimit the evolution of the oceanic phase of the orogen. The southern portion of the Bossoroca ophiolite is inserted in the Sao ˜ Gabriel juvenile terrane and contains rare metasomatic tourmaline in chloritite close to serpentinite and metamorphosed Cr-spinel. The southern Bossoroca ophiolite was intruded by Cerro da Cria and Ramada Granites and the U-Pb-Hf isotopic study of zircon from these rocks constrains the crustal evolution of the Sao ˜ Gabriel juvenile terrane. Capan´e ophiolite has similar age (793–715 Ma) as the Bossoroca ophiolite and was inserted in the Porongos fold-thrust belt with preserved Cr-spinel of mantellic composition. Integrated use of Cr-spinel mineral chemistry, B isotopes in tourmaline in the Bossoroca ophiolite and zircon U-Pb-Hf isotopes of granites associated with the southern Bossoroca ophiolite revealed several steps in the evolution of the ophiolites in the Dom Feliciano Belt. Capan´e Cr-spinel cores have mantle-derived compositions (Mg# 0.66 – 0.69; Cr# 0.51 – 0.53), tourmaline from the Bossoroca ophiolite is dravite and has δ11B = 0 to + 3, and granites crystallization ages are 578 ± 3.2 and 612 ± 12 Ma (εHfzrn = − 10 to − 25). Zircon from other dravite occurrences of the Bossoroca ophiolite were previously dated at 920 Ma. We unraveled the main steps in the evolution of ophiolites from the southern Brasiliano Orogen, with emphasis on the Bossoroca and Capan´e ophiolites, during their trajectory from mid-ocean ridge (920 Ma), formation of dravite in oceanic crust, preservation of mantellic cores in Cr-spinel, and intrusion of craton-generated granites at 612–578 Ma.Item Proto-Adamastor ocean crust (920 Ma) described in Brasiliano Orogen from coetaneous zircon and tourmaline.(2018) Hartmann, Leo Afraneo; Werle, Mariana; Michelin, Cassiana Roberta Lizzoni; Lana, Cristiano de Carvalho; Queiroga, Gláucia Nascimento; Castro, Marco Paulo de; Arena, Karine da RosaProto-Adamastor ocean bathed Rodinia and successor continental fragments from 1.0e0.9 Ga up to 0.75 Ga, and evolved into world Adamastor Ocean at 0.75e0.60 Ga. Mesoproterozoic oceanic crust is poorly preserved on continents, only indirect evidence registered in Brasiliano Orogen. We report first evidence of ophiolite originated in proto-Adamastor. We use multi-technique U-Pb-Hf zircon and d11B tourmaline isotopic and elemental compositions. The host tourmalinite is enclosed in metaserpentinite, both belonging to the Bossoroca ophiolite. Zircon is 920 Ma-old, 3 Hf(920 Ma)¼þ12, HfTDM ¼ 1.0 Ga and has ‘oceanic’ composition (e.g., U/Yb < 0.1). Tourmaline is dravite with d11B ¼ þ1.8& (Tur 1), 0& (Tur 2), 8.5& (Tur 3). These characteristics are a novel contribution to Rodinia and associated world ocean, because a fragment of proto-Adamastor oceanic crust and mantle evolved at the beginning of the Brasiliano Orogen.Item Provenance shift through time in superposed basins : from early cryogenian glaciomarine to late ediacaran orogenic sedimentations (Araçuaí Orogen, SE Brazil).(2020) Castro, Marco Paulo de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Martins, Maximiliano de Souza; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Oliveira, Leon Dias; Lana, Cristiano de Carvalho; Babinski, Marly; Alkmim, Ana Ramalho; Silva, Marco Antônio daRecords of Precambrian glaciation have been reported from southeastern Brazil for over a century. We present sedimentological, stratigraphic and isotopic (U-Pb and Lu-Hf on detrital zircons, C and O on carbonates) studies on diamictite-rich to diamictite-free successions of the Araçuaí Orogen, the Brazilian counterpart of the Araçuaí – West Congo Orogenic System (AWCO). From base to top, the Chapada Acauã Formation (Macaúbas Group) includes a diamictite-rich unit, with lenses of graded sandstone and clast-supported conglomerate, that gradually passes to graded sandstone, pelite with sparse oversized clasts and rare carbonate lenses on top, representing mass flow and turbidity current deposits of submarine fan, followed by finer-grained turbiditic sedimentation with iceberg discharges along fan fringes, from glaciomarine to post-glacial scenarios. The Salinas Formation comprises a deep-sea sand-mud sequence composed of pelites and pelitic wackes. The Chapada Acauã Formation was deposited in-between 750 and 667 Ma. It shows wide spectra of zircon ages (typical of continental rift to passive margin settings) that start around 3.2 Ga and display main age peaks indicating sediment provenance from the Rhyacian-Orosirian basement (εHf(t) = +14.6 to −18.5) and Early Tonian anorogenic rocks (950–880 Ma; εHf(t) = −3.2 to −23.2) for the diamictite-rich lower unit and, for the upper unit, also in Early Cryogenian anorogenic rocks (ca. 715 Ma, εHf(t) = −9.6). In contrast, the Salinas Formation shows most ages in-between 676 and 620 Ma and a maximum sedimentation age around 551 Ma, with εHf(t) from +6.9 to −18.2, unravelling an important shifting of sediment provenance to sources located in magmatic arcs and collisional granites of the Araçuaí and Ribeira orogens. The Early Cryogenian age and negative Hf signature for the glaciomarine Chapada Acauã Formation point to sediment sources in the 720–670 Ma anorogenic igneous rocks found in AWCO and adjacent Congo – São Francisco Craton, and suggest correlation with the Sturtian global glaciation.Item Pseudosection modeling and U-Pb geochronology on Piranga schists : role of Brasiliano Orogeny in the Southeastern Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil.(2019) Queiroz, Yanne da Silva; Queiroga, Gláucia Nascimento; Moraes, Renato de; Fernandes, Victor Matheus Tavares; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Schulz, Bernhard; Schmiedel, Julia; Martins, Maximiliano de Souza; Castro, Marco Paulo de; Lana, Cristiano de CarvalhoIn the Southeastern Quadrilátero Ferrífero, a package of metapelitic rocks previously attributed to the Archean Rio das Velhas Supergroup crops out in Piranga locality. This study presents the mineral chemistry and U-Pb-Hf zircon geochronology on foliated staurolite-garnet mica schists. Garnet and staurolite index minerals are syn- to post-kinematic towards the main schistosity. Garnet porphyroblasts display well-developed compositional zoning of Mg-Fe-Mn-Ca, with increase of almandine and pyrope and decrease of spessartine towards the rim, implying in prograde metamorphic pattern. Estimates of P-T values for the metamorphic peak resulted in temperatures between 630 to 650ºC and pressure around 7 kbar. Pseudosections show well-defined stability fields in amphibolite facies, with a metamorphic path displaying progressive increase in P-T conditions. Maximum depositional age of 1,875 ± 51 Ma is established for the Piranga mica schists pointing to a depositional history that is younger than those previously described. Metamorphic Cambrian ages characterize the strong influence of deformational processes related to the final stages of Brasiliano Orogeny in the Southeastern Quadrilátero Ferrífero.Item Stratigraphy, petrography and tectonics of the manganese-bearing Buritirama Formation, Northern Carajás Domain, Amazon Craton.(2019) Salgado, Silas Santos; Caxito, Fabrício de Andrade; Queiroga, Gláucia Nascimento; Castro, Marco Paulo deThe Buritirama Formation (BF) occurs at the extreme north of the Carajás Province, close to the contact with the Bacajá domain, in the southeastern portion of the Amazon Craton (Brazil). The BF consists of a 40 km long, ca. 3 km wide NW-SE trending structure arranged in four imbricated thrusts that individualize three main stratigraphic units. The lower unit is composed of orthoquartzite followed by carbonate-silicate rocks. The intermediate unit hosts a supergene manganese ore deposit formed by weathering of kutnohorite-rich marble. Quartzite/mica-quartz schist followed by carbonate-silicate rocks make up the upper unit. The local basement is constituted by orthogneiss-migmatite (Xingu Complex) and the Buritirama metagranite. Mineral chemistry data and metamorphic textures record high consumption of carbonate and quartz to produce clinopyroxenes. The structural assemblage of the BF records mass transport from NE to SW and the following deformational phases: D1 (compressional ductile), D2 (compressional brittle) and D3 (extensional brittle). The BF is interpreted as part of a platformal depositional system positioned at the border of the Carajás domain, which was probably inverted, deformed and metamorphosed during the Transamazonian event (ca. 2.1 Ga), in a deformation belt related to the amalgamation between the Carajás and Bacajá domains.Item The fast exhumation pattern of a Neoproterozoic nappe system built during West Gondwana amalgamation : insights from thermochronology.(2021) Teixeira, Alice Westin; Campos Neto, Mario da Costa; Hollanda, Maria Helena Bezerra Maia de; Salazar Mora, Claudio Alejandro; Queiroga, Gláucia Nascimento; Frugis, Gabriella Labate; Castro, Marco Paulo deIn this contribution we investigate the exhumation T-t path of a nappe system located in the southernmost edge of the Brasília Orogen, southeast Brazil, developed during the West Gondwana assembly. The allochthons represent an inverted metamorphic pile of nappes and were deformed during the collision between the Paranapanema (active margin) and S˜ ao Francisco (passive margin) paleocontinents. The nappe system comprises UHT rocks of a magmatic arc root (upper Socorro-Guaxup´e Nappe), the accretionary wedge – foreland units metamorphosed under high-pressure conditions (intermediate Andrelandia ˆ Nappe System) and the lower passive margin metasedimentary sequences (the high-pressure Carrancas Nappes System and the Lima Duarte Nappe). New U-Th-PbT in monazite and 40Ar/39Ar in hornblende, biotite and muscovite ages combined with previously published data indicate different patterns of cooling for each allochthon. The upper nappes register a collision to exhumation/cooling path, from 630–625 Ma to 590–580 Ma, which indicates that the geological process active during the West Gondwana amalgamation involved fast exhumation tectonics. Cross-sections along the main transport direction of the nappes indicate a progressive decrease of metamorphic age peaks (630–625 Ma to 590–570 Ma) and 40Ar/39Ar cooling ages (600 Ma to 540 Ma) from the internal regions (SW) to the front (NE) of the nappe system, which indicate that the propagation of the nappe pile advanced progressively from the upper to the lower nappes.