Browsing by Author "Costa, Adivane Terezinha"
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Item Adequação e avaliação da aplicabilidade de um Protocolo de Avaliação Rápida na bacia do rio Gualaxo do Norte, Leste-Sudeste do Quadrilátero Ferrífero, MG, Brasil.(2012) Rodrigues, Aline Sueli de Lima; Malafaia, Guilherme; Costa, Adivane Terezinha; Nalini Júnior, Hermínio AriasNo presente estudo, adaptou-se um PAR para avaliar as condições ambientais do rio Gualaxo do Norte, Leste-Sudeste do Quadrilátero Ferrífero, MG, Brasil. Em seguida o PAR foi aplicado em 31 trechos ao longo do seu curso e, posteriormente, avaliou-se a aplicabilidade/viabilidade do instrumento adaptado utilizando-se informações científicas sobre o histórico e o atual uso e ocupação da bacia do rio Gualaxo do Norte. Os resultados demonstraram que o PAR adaptado foi eficiente na avaliação das condições ambientais do rio sob investigação. Contudo, foi evidenciada a necessidade de se ater para avaliação de parâmetros, que podem ter sua visibilidade influenciada pelo período do ano (estiagem ou cheia) ou pela própria localização na bacia. Essa constatação permitiu concluir que a construção/adaptação dos PARs deve ser um processo contínuo de ajustes e aprimoramentos para que o seu emprego possa cobrir uma gama diversificada de tipologias fluviais, bacias hidrográficas e ecorregiões.Item Análise estratigráfica e distribuição do arsênio em depósitos sedimentares quaternários da porção sudeste do Quadrilátero Ferrífero, bacia do Ribeirão do Carmo, MG.(2010) Costa, Adivane Terezinha; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Tatumi, Sonia HatsueA região do QF, em Minas Gerais, tornou-se internacionalmente conhecida pela exploração de ouro no século XVIII. Nesse artigo, serão apresentados valores de referência (background) para o arsênio em sedimentos aluviais provenientes de áreas que foram intensamente afetadas pela exploração de ouro no passado, contidas na bacia do ribeirão do Carmo. A análise da sucessão faciológica dos perfis aluviais foi realizada em depósitos sedimentares de planícies de inundação, barrancos de rios (cutbank) e terraços aluviais e foi o alicerce para a obtenção do valor de referência do arsênio em depósitos de fácies de canal e de planícies de inundação. A partir do conhecimento do valor de referência obtido pelo método estatístico, com base na confecção de curvas de freqüência acumulada em escala linear, foram gerados mapas geoquímicos no sistema SIG. A obtenção do valor de referência e do mapa geoquímico do arsênio, na bacia do ribeirão do Carmo, com representação das áreas com concentrações anômalas desse elemento, é fundamental para o diagnóstico e planejamento ambiental de um distrito mineiro potencialmente contaminado por arsênio.Item Avaliação da efetividade dos projetos de recuperação de mata ciliar contra a atuação das ondas nos processos erosivos das margens do reservatório Volta Grande (MG/SP).(2020) Silva, Paola de Oliveira; Leite, Mariangela Garcia Praça; Costa, Adivane Terezinha; Leite, Mariangela Garcia Praça; Lana, Cláudio Eduardo; Rodrigues, Sílvio CarlosO presente estudo orienta-se no sentido de avaliar a efetividade dos projetos de revegetação de mata ciliar promovidos no entorno do reservatório Volta Grande (MG/SP) da empresa CEMIG, cujo objetivo primordial foi a manutenção das margens contra os processos erosivos, principalmente os decorrentes do embate das ondas, preservação do solo e consequentemente o resguardo da capacidade de o reservatório gerar eletricidade bem como da qualidade de sua água. Paralelamente avaliou-se a aplicabilidade de modelos de predição de ondas e erosão já existentes para corpos hídricos no reservatório em questão. Foram definidas áreas de monitoramento, as quais apresentavam diferentes usos e ocupação do solo, sendo uma de mata nativa preservada (Nativa), duas com projetos de revegetação implantados, sendo uma com idade de sucessão ecológica de 20 anos (Noboro) e outra com idade de sucessão ecológica de 10 anos (Santa Bárbara) e por último foi escolhida uma área com supressão da cobertura vegetal, sendo uma área de pastagem (Pasto). Foram monitorados dados de ventos e ondas em cada uma das áreas e ainda foi feita a coleta de amostras de solo, sedimento e água nelas, para avaliar as características pedológicas das áreas estudadas, sendo elas a textura, estrutura, estabilidade e composição química dos solos. Os sedimentos foram avaliados quanto à sua textura, para determinação das praias formadas no reservatório, fator que influencia no modo de embate das ondas nas margens. Por fim, das amostras de água foram obtidos dados que evidenciam alguns parâmetros de sua qualidade, como turbidez e sólidos em suspensão. Nas áreas ainda foram realizados quatro levantamentos topográficos, no sentido de acompanhar a evolução das feições erosivas e o recuo ou manutenção das linhas de margem. Durante o estudo ainda foram realizados monitoramentos de outras feições erosivas ao longo das margens de todo o reservatório, permitindo a observação de importantes avanços erosivos em algumas delas, fator preocupante no que concerne a preservação das margens bem como do reservatório. Como resultado ficou evidente a importância e influência de uma boa e consistente cobertura vegetal nas regiões marginais de corpos hídricos, sendo que as menores taxas de erosão foram encontradas nas áreas Nativa e Noboro, em contrapartida a revegetação na área de Santa Bárbara não se mostrou eficiente nesse sentido. Na área do Pasto, a erosão é intensa e constante, comprovando a fragilidade das encostas expostas. Os resultados tiveram mesmo sentido em relação à qualidade da água, com maior qualidade nas áreas com mata ciliar bem desenvolvida. Uma avaliação de regressão dos dados obtidos demonstrou clara evolução na qualidade dos resultados quando se levou em consideração todos os dados das áreas estudadas, entre características dos ventos e ondas geradas e da estrutura pedológica local, demonstrando a necessidade de adaptação dos modelos existentes de predição de erosão. Como resultado primordial deste estudo a preservação ou recuperação da mata ciliar mostraram-se bastante eficiente, desde que haja a manutenção de espécies nativas e o correto manejo do uso e ocupação do solo.Item Avaliação da exposição da população de Passagem de Mariana (MG) aos elementos-traço, com ênfase ao arsênio.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Mendes, Louise Aparecida; Costa, Adivane TerezinhaO distrito de Passagem de Mariana, localizado na porção sudeste do Quadrilátero Ferrífero, MG, constitui uma área intensamente afetada pela exploração aurífera desde o século XVIII. As minas de ouro antigas expõem minerais sulfetados à oxidação, liberando lentamente elementos-traço, com destaque para o As, para águas subterrâneas e superficiais. O abastecimento em determinadas residências desse distrito é feito através de captação de águas de minas abandonadas, isentas de tratamento e monitoramento de qualidade, sendo essas utilizadas para consumo doméstico. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi a caracterização geoquímica das águas de consumo de reservatórios da estação de tratamento de água e de antigas minas de ouro abandonadas e avaliar a exposição da população aos elementos-traço, com ênfase ao arsênio através das análises de urina e cabelo. Nas águas de minas e da estação de tratamento de água (ETA) o ânion principal foi o bicarbonato (HCO3¯), e o cátion predominante foi o cálcio, sendo, portanto classificadas como bicarbonatadas-cálcicas. Observou-se que todas as amostras apresentaram concentrações de arsênio acima do limite de quantificação (LQ), porém quatro amostras ultrapassaram o valor máximo permitido estabelecido pela Portaria 518 do Ministério da Saúde de 10 μg.L-1. As concentrações de arsênio nas amostras de água variaram de 0,07 a 44,0 μg.L-1. As concentrações de ferro e manganês de algumas amostras excederam o limite estabelecido pela portaria 518 do Ministério da Saúde. No ribeirão do Carmo as concentrações de arsênio em todas as amostragens, variaram de 13,7 a 22,9 μg.L-1, excedendo o limite máximo permitido estabelecido pela COPAM de 10 μg.L-1. O teor de Mn foi superior à concentração de Fe e Al, variando de 454 a 924 μg.L-1, ultrapassando o valor máximo permitido de 100 μg.L-1. Com relação às análises de amostras de urina de 93 moradores de comunidade de Passagem de Mariana, foram detectadas concentrações, acima do LQ, dos elementos As, Cd, Co, Cr, Ni, Mn e Fe. O arsênio foi encontrado em 51,6% das amostras, com concentrações variando de 8,20 a 211 μg.L-1. Algumas amostras de urina do grupo controle, referente àqueles indivíduos que não consomem água contaminada por elementos-traço, apresentaram concentrações elevadas de arsênio, constatando que a água não era o único meio de exposição a esse elemento. Foram criados dois novos grupos: grupo controle efetivo e grupo exposto por fontes diversas, que apresentavam faixas de concentração de As de 8,20 a 12,5 μg.L-1 e 9,80 a 211 μg.L-1, respectivamente. Dentre as 93 amostras de urina avaliadas, 7 apresentaram concentrações de As acima de 40 μg.L-1, o que significa que estas concentrações estão muito elevadas e que podem causar riscos à saúde. Através da estatística verificou-se que 33% da população do distrito de Passagem de Mariana apresentam concentração de arsênio em amostras de urina na faixa de risco toxicológico, ou seja, acima de 15 μg.L-1, sendo 11% (± 1,1) da população com concentrações de arsênio superiores a 40 μg.L-1. Nas amostras de cabelo dos residentes de Passagem de Mariana, foram encontradas concentrações acima do LQ, dos elementos-traço As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni e Zn. A concentração de As variou entre 0,048 a 0,925 μg.g-1. Somente o Cu apresentou concentração mais elevada em relação aos dados encontrados na literatura, cuja concentração variou de 11,1 a 280 μg.g-1 nas amostras de cabelo. Os demais elementos apresentaram concentrações compatíveis com valores de referência obtidos em outros estudos. Verificou-se, portanto, que a população de Passagem de Mariana está sendo afetada pela contaminação de alguns elementos-traço na água e outras fontes, sendo possível observar, a concentração de As urinário elevada, o que indica exposição recente a esse elemento. A avaliação da concentração de As nas amostras de cabelo, aparentemente encontra-se regular, visto que os teores detectados estão abaixo do valor de referência. Porém não se pode desconsiderar a possibilidade de efeitos adversos à saúde causada por esse elemento-traço.Item Avaliação e monitoramento participativo na gestão da qualidade da água.(2021) Couto, Juliana Fernandes; Costa, Adivane Terezinha; Pereira, Alana Lima; Lima, Ana Carolina de Souza; Maciel, Álvaro Simões; Lins, Fabio Carvalho; Reis, Pedro Lourenço dos; Guarda, Vera Lúcia de MirandaAtualmente, há uma crescente preocupação com os efeitos das atividades humanas na qualidade das águas, evidenciando a necessidade do aumento do número de corpos hídricos monitorados. A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê uma gestão descentralizada, integrada e participativa desses recursos, ou seja, uma gestão em que a sociedade participa juntamente com o poder público e usuários com o intuito de promover a melhoria da qualidade do meio ambiente. Este trabalho tem por objetivo gerar uma síntese das diferentes etapas do processo de monitoramento participativo na análise de águas, com base em exemplos já implementados e bem sucedidos. A partir de uma revisão bibliográfica, foram determinadas cinco etapas de desenvolvimento de um programa de monitoramento participativo, que são: Criação do grupo comunitário; Capacitação da comunidade; Parâmetros que podem ser utilizados no monitoramento da qualidade de águas; Participação das pessoas em campo; Avaliação do programa de monitoramento participativo e Participação dos integrantes na esfera de decisão e compartilhamento de informações. O monitoramento participativo é uma forma eficiente de promover ações voltadas à melhoria da qualidade das águas, além de proporcionar o envolvimento e a atuação das comunidades na gestão dos recursos hídricos.Item Avaliação e monitoramento participativo na gestão da qualidade da água.(2021) Couto, Juliana Fernandes; Costa, Adivane Terezinha; Pereira, Alana Lima; Lima, Ana Carolina de Souza; Maciel, Álvaro Simões; Lins, Fabio Carvalho; Reis, Pedro Lourenço dos; Guarda, Vera Lúcia de MirandaAtualmente, há uma crescente preocupação com os efeitos das atividades humanas na qualidade das águas, evidenciando a necessidade do aumento do número de corpos hídricos monitorados. A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê uma gestão descentralizada, integrada e participativa desses recursos, ou seja, uma gestão em que a sociedade participa juntamente com o poder público e usuários com o intuito de promover a melhoria da qualidade do meio ambiente. Este trabalho tem por objetivo gerar uma síntese das diferentes etapas do processo de monitoramento participativo na análise de águas, com base em exemplos já implementados e bem sucedidos. A partir de uma revisão bibliográfica, foram determinadas cinco etapas de desenvolvimento de um programa de monitoramento participativo, que são: Criação do grupo comunitário; Capacitação da comunidade; Parâmetros que podem ser utilizados no monitoramento da qualidade de águas; Participação das pessoas em campo; Avaliação do programa de monitoramento participativo e Participação dos integrantes na esfera de decisão e compartilhamento de informações. O monitoramento participativo é uma forma eficiente de promover ações voltadas à melhoria da qualidade das águas, além de proporcionar o envolvimento e a atuação das comunidades na gestão dos recursos hídricos.Item Avaliação integrada dos sistemas fluviais : subsidio para reconhecimento e classificação do geopatrimônio fluvial.(2020) Oliveira, Carmélia Kerolly Ramos de; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Azevedo, Úrsula Ruchkys de; Pereira, Diamantino Manuel Ínsua; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Costa, Adivane Terezinha; Mansur, Katia Leite; Nolasco, Marjorie Cseko; Botelho, Rosangela Garrido MachadoO reconhecimento dos valores patrimoniais em cursos d’água é imprescindível para conservar, valorizar e gerir os sistemas fluviais. A avaliação e classificação de um rio ou segmento de rio como geopatrimônio fluvial é uma tarefa transdisciplinar, visando entender os elementos naturais na ótica sistêmica, onde as esferas bióticas, abióticas e humana interajam. O geopatrimônio fluvial se caracteriza não por trechos de rios comuns, mas de rios com aspectos singulares em termos de geodiversidade, científicos, histórico-culturais, ecológicos, serviços geossistêmicos, qualidade ambiental e de paisagens com alta qualidade cênica. Nesse contexto, a presente tese tem como objetivo principal desenvolver uma metodologia para a identificação e classificação dos valores patrimoniais dos cursos d’água e seu entorno, por meio de um protocolo sistematizado. O protocolo desenvolvido apresenta vinte e um critérios de diferentes valores e um protocolo secundário que avalia o estado de conservação do sistema fluvial. Os critérios foram aplicados e testados em dois trechos na bacia do Rio São Francisco, o trecho 1 corresponde a bacia o Rio Cipó e o trecho 2 corresponde ao Rio São Francisco desde a represa de Três Maria até a Barra do Guaicuí. Ambos os trechos pertencem a Lei de Rios de Preservação Permanente, Lei 15082/2004, e o trecho 2 possui a Lei nº 14.007/2001, que declara o trecho mineiro do rio São Francisco patrimônio cultural, paisagístico e turístico do Estado. Após aplicação do protocolo e das notas obtidas para cada segmento de rio, utilizou-se um método de auxílio a decisão que foi capaz de classificar o geopatrimônio fluvial em quatro classes de relevância: extrema, alta, média e baixa. De acordo com cada classe é proposto ações para a conservação dos segmentos de rios avaliados. Os resultados demonstraram que é possível criar um protocolo de classificação do geopatrimônio fluvial, que entenda o sistema fluvial de acordo com seus diferentes valores e que seja aderente à realidade desses ambientes.Item Background for chemical elements values for Gualaxo do Norte River basin, MG, Brazil.(2013) Rodrigues, Aline Sueli de Lima; Malafaia, Guilherme; Costa, Adivane Terezinha; Nalini Júnior, Hermínio AriasEste estudo teve como objetivo estabelecer valores de background locais para os elementos Fe, As, Pb, Mn, Ba, Zn e Ni, utilizando sedimentos de cutbanks e terraços aluviais da bacia do rio Gualaxo do Norte, MG, Brasil. Um total de 16 perfis estratigráficos foi levantado ao longo da bacia e 120 amostras foram analisadas. No estabelecimento dos valores de background consideraram-se análises mineralógicas, granulométricas, interpretações faciológicas, avaliações geoquímicas (por digestão parcial com água régia e leitura via ICP-OES) e aplicação de técnicas estatísticas (representações boxplot, técnica iterativa 2σ, curva de frequência acumulada e a função de distribuição calculada). Os resultados evidenciam valores de background relativamente elevados para os elementos As, Pb, Mn, Ba, Zn e Ni cujas concentrações possivelmente estão relacionadas com a geologia local, estando as concentrações superiores a esses valores ligadas a atividades de exploração mineral, especialmente a aurífera. Para o Fe o valor de background estabelecido é inferior aos valores identificados na maioria dos perfis analisados. O valor de background estabelecido para o Fe correspondeu a uma concentração de 8,2%. No entanto, concentrações superiores a 48% foram identificadas na área de estudo. Nesses casos, há forte evidência de enriquecimento do elemento pela mineração do elemento na cabeceira da bacia hidrográfica investigada. Em conclusão, pode-se dizer que os valores propostos são importantes para a gestão ambiental/ territorial local, servindo de subsídios para a confecção de guias de alerta aos gestores públicos com relação à necessidade de remediação de locais onde são identificadas concentrações anômalas de elementos tóxicos.Item Cadmium behavior in a karst environment hydrological cycle.(2020) Lucon, Thiago Nogueira; Costa, Adivane Terezinha; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Leite, Mariangela Garcia PraçaKarst regions are important water providers, supplying approximately 25% of the world population. These areas present higher vulnerability to contamination due to hydrodynamics, which hampers the natural depuration of these waters until reaching the underground environment. High concentrations of cadmium (Cd) are observed in the São Miguel watershed, state of Minas Gerais, Brazil. This toxic element is generally and predominantly released into the atmosphere by burning materials that have Cd in their composition, potentially contaminating surface and groundwater. Therefore, the objective of the study is to map Cd concentrations in the hydrological cycle of the São Miguel karst watershed and, through natural background level values (NBL 90%) of rainwater, surface water and groundwater, to understand the seasonal behavior of this element, and to identify the most vulnerable areas to contamination. To achieve this goal, rainwater, surface, and groundwater seasonal monitoring were conducted in 87 sampling stations. A total of 335 samples were collected, distributed over a watershed area of 520 km2 . Concentrations of cadmium above 1 μg/L were found in 21.49% of samples during the rainy season. The origin and distribution of Cd were related to rainfall. For rainwater samples, 90% presented Cd concentration of 3.06 μg/L. When these waters precipitate, they contaminate surface waters (NBL 90% = 1.50 μg/L) and groundwater (NBL 90% = 2.81 μg/L). This study presented a hydrochemical cycle map and proposed NBL values of Cd for surface water and groundwater, helping to understand how the environment is contaminated by this element.Item Caracterização estratigráfica dos depósitos sedimentares cenozoicos da Bacia do Ribeirão Sardinha, porção sul do Quadrilátero Ferrífero (MG), e estabelecimento de background geoquímico.(2018) Santos, Rayme Loureiro dos; Costa, Adivane TerezinhaEste trabalho apresenta os resultados de levantamentos sedimentológicos e geoquímicos realizados na Bacia do Ribeirão Sardinha, porção sul do Quadrilátero Ferrífero, estado de Minas Gerais, Brasil. O estudo fundamentou-se na caracterização faciológica de perfis verticais de depósitos de barrancos e terraços e em dados mineralógicos e químicos relacionados às fácies identificadas e aos sedimentos atuais do afluente principal (barras e canal). A amostragem das fácies reconhecidas e dos sedimentos atuais totalizaram 54 amostras. A mineralogia foi obtida via difração de raios X e os dados geoquímicos, através da espectrometria de emissão óptica por plasma acoplado indutivamente (inductively coupled plasma optical emission spectrometry — ICP-OES). Os dados químicos foram submetidos a análises de componentes principais (principal component analysis — PCA) e utilizados para a aplicação da técnica Tukey inner fence (TIF), que possibilitou o estabelecimento de valores de background dos seguintes elementos: Fe, Mn, Al, Ba, Cu, Zn, As, Ni, Cr e Co. Os resultados de PCA indicam uma forte relação entre o Mn e os sedimentos atuais do Ribeirão Sardinha. Outros padrões geoquímicos foram realçados pelas altas concentrações de Fe e Mn, relacionadas aos sedimentos arenosos e cascalhosos de barras e canal, e pelos elevados teores de Al e K vinculados aos sedimentos finos constituintes dos depósitos de planícies de inundação e de lagoas de cheia. Os cálculos dos valores de background mostram um valor de referência elevado para o As (32,89 mg/kg) e anomalias referentes às altas concentrações de Al, Cu, Zn, Ni e Cr, sugerindo fontes geogênicas. Por outro lado, anomalias referentes aos valores elevados de Co, Ba e Mn estão relacionadas a fontes antropogênicas.Item Caracterização geoquímica das águas e sedimentos da Bacia do Ribeirão Sardinha, porção sul do Quadrilátero Ferrífero (MG).(2017) Santos, Rayme Loureiro dos; Costa, Adivane Terezinha; Leite, Mariangela Garcia Praça; Costa, Adivane Terezinha; Lana, Cláudio Eduardo; Horn, Adolf HeinrichA bacia do ribeirão Sardinha, objeto de estudo, desenvolveu-se sobre um substrato geologicamente diversificado que inclui rochas cristalinas do embasamento arqueano, sequências metavulcanossedimentares arqueanas do Supergrupo Rio das Velhas e rochas metassedimentares paleoproterozóicas do Supergrupo Minas. O Supergrupo Rio das Velhas apresenta mineralizações auríferas associadas às assembleias de elementos traço como As, Cd, Pb, Zn e Cu, que podem apresentar, dependendo das concentrações, elevada toxicidade. Já o Supergrupo Minas, se destaca devido à grande ocorrência de rochas itabiríticas, principal fonte de minério de ferro na região. Portanto, vários elementos químicos são disponibilizados para a bacia continuamente por fontes geogênicas, entretanto, os processos de liberação dos elementos podem ser alterados devido às interferências antropogênicas e mudanças na dinâmica do ambiente superficial. É neste cenário que se insere este trabalho, que apresenta como objetivo principal a análise geoquímica das águas, dos sedimentos atuais e dos depósitos sedimentares de barrancos e terraços do ribeirão Sardinha. A partir da análise dos sedimentos, também foram propostos valores de referência para elementos químicos de maior relevância. A análise sazonal das águas do ribeirão Sardinha contou com 10 pontos bem distribuídos ao longo da bacia para aferição dos parâmetros físico-químicos (sólidos totais dissolvidos (STD), condutividade elétrica (CE), turbidez (T), pH e Eh) e coleta de amostras para análise química. Dentre os elementos químicos investigados, considerou-se os cátions principais (Na+, Ca2+, K+ e Mg2+), os metais Al, Fe e Mn e elementos traço como Ba, Cu, Li, Ti, Cd, Co, Cr, Ni, V, Zn, As e Pb. Foram realizadas análises de 54 amostras de sedimentos, sendo13 referentes aos sedimentos atuais da bacia (em barras e canal), 15 correspondentes às fácies dos barrancos e 26 em fácies dos terraços. Foi realizado o levantamento de 8 perfis estratigráficos, em 4 barrancos e 4 terraços, onde foi feito o reconhecimento faciológico baseando-se na caracterização textural, mineralógica e na identificação de estruturas sedimentares. As amostras de sedimentos foram coletadas em cada fácies. Dos elementos químicos investigados, achou-se conveniente selecionar apenas aqueles de maior ocorrência na região de estudo, como As, Ba, Co, Cr, Cu, Li, Ni, V, Zn, Mn, Al, Fe, Pb e Ti. Três terraços foram selecionados para datação através da aplicação da técnica de Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). A análise dos parâmetros físico-químicos das águas da bacia do ribeirão Sardinha indicou que os dados de STD, CE e T estão abaixo dos limites estabelecidos pelo CONAMA (2005) e COPAM/CERH-MG (2008). Os valores de pH foram básicos e as medidas de Eh indicaram condições oxidantes. Com relação aos elementos químicos analisados nas águas, observou-se que os valores de Fe ultrapassaram o permitido pelo CONAMA (2005) e COPAM/CERH-MG (2008) apenas em dois pontos, situados no baixo curso da bacia, durante o período chuvoso. No caso do Mn, os valores foram superiores ao admitido pelos órgãos supracitados em todos os pontos de amostragens durante o período de chuva e apenas em dois pontos localizados no baixo curso da bacia no período de seca. Os elementos traço investigados não apresentaram concentrações críticas. Quanto às análises químicas dos sedimentos, os gráficos de dispersão que envolveram Mn, Ba, Co, Ni, Fe e Ti mostraram um padrão diferenciado para as amostras dos terraços, indicando que houve uma mudança no processo de disponibilização dos elementos mencionados após a formação destes depósitos. Através da técnica de PCA, foi possível identificar padrões geoquímicos formados por grupos de amostras que apresentaram altas concentrações de Fe, Mn e elementos traço, correspondentes aos sedimentos atuais da bacia de estudo, e de Al relacionadas às fácies sedimentológicas compostas por material coluvionar e por sedimentos depositados em lagoa de cheia. Notou-se correlações entre elementos traço e elevadas concentrações de Fe e/ou Mn, provavelmente devido a uma grande influência de mecanismos de sorção em óxido-hidróxidos de Fe e Mn. Os dados de assinatura geoquímica vertical mostraram que o Fe e o Mn tenderam a se acumular nas fácies de canal e barras e que o Al, apesar de estar presente em vários tipos de fácies, apresentou concentrações mais altas nas fácies constituídas por material coluvionar e formadas por depósitos de lagoa de cheia e planície de inundação. Elementos como Ba, Zn, Ni, Cr e Co frequentemente ocorreram associados às fácies de canal e barras. Com relação as anomalias verificadas nos gráficos de estabelecimento dos valores de referência, foi possível estabelecer três padrões: o primeiro, relacionado às altas concentrações de Li, Pb, Cu, Ni e Cr, refere-se às fontes geogênicas; o segundo, associado aos teores elevados de Co, Mn e Ba, refere-se às interferências antropogênicas; e o último, formado pelos elementos Al e Zn, está relacionado tanto às fontes geogênicas quanto às intervenções antropogênicas. Em quase todos os pontos de amostragem de sedimentos, as concentrações de As e Ni encontraram-se acima dos limites de intervenção agrícola e as de Ba e Cr acima dos limites de alerta estabelecidos em São Paulo/Holanda.Item Comportamento hidrogeoquímico da região cárstica do Alto São Francisco (MG) : implicações associadas a sazonalidade e ciclo de contaminantes, áreas de recarga, descarga e comunicações hidráulicas(2018) Lucon, Thiago Nogueira; Leite, Mariangela Garcia Praça; Costa, Adivane Terezinha; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Leite, Mariangela Garcia Praça; Hoeser, Hubert Matias Peter; Santiago, Aníbal da Fonseca; Auler, Augusto; Karmann, IvoEste estudo visa compreender o comportamento e a qualidade das águas da bacia hidrográfica do rio São Miguel (≈520 km2), centro-oeste de Minas Gerais, afluente do rio São Francisco e inserida na bacia hidrográfica do Alto São Francisco (235.635 km2). A região abrange em sua maior parte os municípios de Pains e Arcos, seguida por áreas dos municípios de Iguatama, Formiga e Córrego Fundo. Para tanto, foi realizado um monitoramento hidroquímico sazonal das águas (meteóricas, superficiais e subterrâneas) em 89 pontos da bacia, durante dois períodos secos e dois chuvosos. As análises incluíram a determinação dos parâmetros físico-químicos, como temperatura, pH, Eh, condutividade elétrica (CE), sólidos totais dissolvidos (STD), oxigênio dissolvido e turbidez, assim como a concentração dos ânions nitrato (NO3-), fosfato (PO43-), bicarbonato (HCO3), sulfato (SO42-) e cloreto (Cl-), e cátions maiores e elementos menores, traço, terras raras e as assinaturasisotópicas de δ18O e δ2H. Com o auxílio estatístico, foram propostos valores de Natural Background Level - NBL 90% para os principais íons das águas da bacia. As águas analisadas foram classificadas predominantemente como cálcicas bicarbonatadas, apresentando os maiores valores de NBL 90% para o cálcio (Ca2+), potássio (K+), bicarbonato (HCO3), sulfato (SO42-), cloreto (Cl-), nitrato (NO3-) e arsênio (As3+) durante o período chuvoso; diferentemente, os elementos magnésio (Mg2+), sódio (Na+), fosfato (PO43-) e zinco (Zn) apresentaram decréscimo nesta mesma estação. Os valores acima de NBL 90% para NO3-, PO43- e Cl estão diretamente ligados à ação antrópica. Para o elemento cádmio (Cd), verificou-se que as concentrações mais elevadas deste elemento entram na bacia a partir de águas meteóricas, contaminando posteriormente as águas superficiais e subterrâneas. O estudo apresenta de forma inédita todo o funcionamento hidrodinâmico da bacia cárstica em estudo, apontando com apoio das assinaturas isotópicas para o δ18O e δ2H, as áreas de recarga e descarga, além da identificação das redes de fluxo e interconexões hidráulicas subterrâneas. O estudo fez uso de diversas ferramentas que se mostram indispensáveis para subsidiar a gestão dos recursos hídricos em áreas cársticas, podendo os resultados serem utilizados pelo poder público como valores de referência para regiões cársticas semelhantes, além de ajudar a compreender o comportamento hidroquímico, principalmente para os elementos de elevada toxicidade.Item Construção de mapas geoquímicos a partir de sedimentos ativos de margens oriundos do Rio Gualaxo do Norte, MG, Brasil.(2015) Rodrigues, Aline Sueli de Lima; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Costa, Adivane Terezinha; Malafaia, GuilhermeConsiderando que o mapeamento de recursos naturais podem subsidiar o estabelecimento de políticas de governo para o meio ambiente, de forma a contribuir com a utilização adequada dos recursos naturais, bem como possibilitar a melhoria na qualidade de vida, este estudo visou construir mapas de distribuição dos elementos Fe, As, Pb, Mn, Ba, Zn e Ni na bacia do rio Gualaxo do Norte, MG, Brasil. Para isso, foram coletadas 51 amostras de sedimentos ativos de margens ao longo da referida bacia. Em seguida, os resultados das análises químicas dessas amostras, em associação com os valores de background propostos para os elementos, foram utilizados para a construção de diferentes mapas geoquímicos, por meio do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Os resultados obtidos evidenciam contribuições antropogênicas no enriquecimento de metais tais como Mn, Ba e Fe, assim como evidenciam que as contaminações por elevadas concentrações desses elementos podem extrapolar para bacias subsequentes à estudada, o que certamente agrava o problema de poluição identificado. Em adição, foi evidenciado que as atividades atuais de exploração aurífera na bacia, podem não estar disponibilizando concentrações elevadas de As e Pb, ambos metais altamente tóxicos, o que pode ser explicado pela diminuição considerável de exploração, quando comparada à exploração histórica na região.Item Contaminação de depósitos sedimentares quaternários pela exploração aurífera histórica no sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2011) Costa, Adivane Terezinha; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Castro, Paulo de Tarso AmorimItem Contaminantes inorgânicos e materiais particulados depositados na bacia do rio doce - impactos do desastre de Fundão.(2018) Fernandes, Carla da Silva; Teixeira, Mônica Cristina; Teixeira, Mônica Cristina; Batista, Bruno Lemos; Costa, Adivane TerezinhaO presente trabalho teve como principal objetivo avaliar a poeira gerada pela deposição da lama de rejeito, nas regiões inicialmente afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015. A região está inserida na bacia hidrográfica do rio Gualaxo do Norte, fazendo parte do Quadrilátero Ferrífero, onde ocorrem intensas atividades relacionadas à extração mineral. Dezoito pontos de amostragem foram selecionados, abrangendo áreas da bacia do rio (médio e baixo curso) afetadas pela lama de rejeito advindo do rompimento e áreas não afetadas (alto curso). Foram avaliadas as características físicas e químicas das amostras de poeira coletadas no período de julho a setembro de 2016. As análises incluíram a determinação do diâmetro das amostras ultrafinas, inferior a 0,044 mm, por dispersão de luz dinâmica (DLS). Para a análise da composição química quantitativa das amostras de poeira foi utilizada a Fluorescência de Raio – X por Reflexão Total (TXRF). Para as amostras de áreas não afetadas pelo derramamento de lama ou seja, o alto rio Gualaxo do Norte detectaram-se, nas quatro frações avaliadas, altas concentrações de Ca, Cu, Fe, Mn e Zn, sendo que o Ca e o Fe apresentaram valores de 163400,00 e 9940,00 mg Kg -1, respectivamente; valores estes considerados elevados quando comparados aos demais elementos. Em relação aos elementos avaliados nas amostras de poeira coletadas no médio curso do rio Gualaxo do Norte destacam-se a presença dos elementos Ca, Fe, Mn e Zn, característico da litologia; além do Cu cujos valores detectados variaram entre 13,27 (fração 1, ponto D11) e 5393,00 mg Kg -1 (fração 4, ponto D5). Na região do baixo Gualaxo do Norte observou-se que, dentre os quatros pontos avaliados, o D18 apresentou as maiores concentrações de Ca (27310,00 mg Kg 1), Fe (15174,00 mg Kg -1), K (1784,00 mg Kg -1) e Mn (382,60 mg Kg 1), na fração 4, sendo essa a que apresenta maior risco à saúde devido ao fato de ser também a fração mais fina e portanto, inalável. A partir dos dados obtidos, verificou-se que Ca, Fe, Mn e Zn são os elementos que apresentaram maiores concentrações nas amostras avaliadas. Elementos potencialmente tóxicos como Arsênio e Chumbo foram encontrados em menor proporção e com menor frequência nas amostras coletadas. Sendo assim, as queixas de saúde da população afetada podem estar atreladas não apenas à composição química da poeira proveniente da lama de rejeito disponibilizado pelo rompimento da barragem de Fundão, mas também à intensificação da presença de materiais particulados na atmosfera após o desastre da Barragem de Fundão.Item Contribuições à estratigrafia neocenozoica do Quadrilátero Ferrífero a partir do reconhecimento e caracterização de leques aluviais dissecados.(2023) Lopes, Fabricio Antonio; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lana, Cláudio Eduardo; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Costa, Adivane Terezinha; Lima, Carlos Cesar Uchoa de; Santos, Gisele Barbosa dos; Barros, Luiz Fernando de PaulaA geomorfologia da região do Quadrilátero Ferrífero é marcada por serras altas, rios encaixados e vales amplos, extremamente propícia ao desenvolvimento de leques aluviais. Apesar de propícia, escassos são os trabalhos que focaram no entendimento da referida feição geomorfológica e sedimentar. Este estudo buscou entender a gênese e evolução dos leques aluviais inconsolidados do Quadrilátero Ferrífero, acrescentando suas análises aos estudos sobre a estratigrafia neocenozoica regional, principalmente àqueles voltados à reconstituição paleogeográfica. Para identificar os leques aluviais foram realizadas análises da literatura geomorfológica e dos mapas geológicos da região que direcionaram os trabalhos de campo, onde foi possível o reconhecimento efetivo dos depósitos. Uma vez reconhecidos, os mesmos foram alvo de mapeamentos, análises morfométricas, morfológicas e sedimentológicas. Além disso, os sedimentos das fácies mais representativas foram coletadas e enviadas para datação por luminescência opticamente estimulada (LOE). A coleta foi realizada em tubos de metal com amostrador e alavanca específicos e desenvolvidos para minimizar problemas relacionados ao caráter rudáceo dos sedimentos. As análises morfológica e morfométrica permitiram evidenciar uma descaracterização do formato (semi-cônico) natural dos leques aluviais devido a atuação de processos naturais, representados pela expressiva incisão da rede de drenagem e, antrópicos, figurados pela abertura de estradas, loteamentos, atividades mineiras e agropecuária. Apesar disso, os leques do Quadrilátero Ferrífero apresentam características morfométricas similares aos parâmetros estabelecidos pela literatura especializada nacional e internacional. A presença de Itabiritos e minerais ferrosos possibilitou a segregação entre depósitos de leques aluviais e meras rampas de colúvio. Os estudos das fácies sedimentares dos leques aluvias do Quadrilátero Ferrífero evidenciaram ausência de processos agradacionais, estando os mesmos inativos. Cerca de 40% das fácies encontradas são de fluxos de detritos plásticos (Gmm) e pseudoplásticos (Gcm) intercaladas a eventuais fácies de preenchimento de canal (Gt), fluxos hiperconcentrados (Sm) e de lama (Fm). Cerca de 91% são cascalhosas. Importante destacar que as características sedimentares também estão similares com parâmetros e modelos propostos pela literatura especializada. Os dados de geocronologia obtidos por LOE elucidaram importância da utilização dos amostrador e alavanca para melhor aproveitamento do tempo e qualidade das amostras. Além disso, a utilização do protocolo SAR de 15 alíquotas foi fundamental para obtenção de idades confiáveis, onde os grãos de quartzo demonstraram alta sensibilidade e curvas dose-resposta adequadas, permitindo melhores reflexões e confiabilidade das idades. Com exceção ao leque aluvial Chapada da Canga, cuja idade máxima estimada remonta ao Neo-Oligoceno, os leques aluviais inconsolidados do Quadrilátero Ferrífero tiveram sua gênese ao longo do Pleistoceno. Na maioria das vezes essa gênese relaciona-se a um clima seco, com possível retração da vegetação e preenchimento sedimentar dos vales fluviais. A colmatação de fácies holocênicas em clima seco também foi elucidada nos leques da Serra de Ouro Branco (9.710 ka) e do Complexo Bonfim Setentrional (9.300 e 9.500 ka). A jovem fácies Gmm do leque 1 do Complexo Bonfim Setentrional, de 3.730 ka, relaciona-se ao retrabalhamento de sedimentos mais antigos. O principal reflexo da tectônica Cenozoica no contexto dos leques aluviais do Quadrilátero Ferrífero refere-se à forte incisão fluvial holocênica, provocada por soerguimentos da plataforma continental brasileira. Na mesma medida em que a referida dissecação fluvial gerou os terraços da região, também recortou os sedimentos dos leques aluviais. Essa dinâmica associada ao uso e ocupação do terreno são os fatores que descaracterizaram os depósitos, levando os mesmos a serem confundidos com meras pilhas estéreis de cascalhos erodidos e vegetados.Item Contribuições sobre a dispersão de minerais ferrosos e evolução morfossedimentar da porção Nordeste do médio curso do rio Paraopeba, borda Oeste do Quadrilátero Ferrífero, MG.(2017) Lopes, Fabrício Antonio; Lana, Cláudio Eduardo; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lana, Cláudio Eduardo; Mucida, Danielle Piuzana; Costa, Adivane TerezinhaA mineração no Quadrilátero Ferrífero remonta ao século XVII. Essa atividade, apesar de importante para o desenvolvimento regional, é geradora de diversos impactos ambientais negativos, principalmente relacionados aos recursos hídricos. Com o fortalecimento das leis ambientais e consequente rigidez da fiscalização dos empreendimentos, foram elaboradas alternativas para minimizar os referidos impactos. Dentre as alternativas, a construção das barragens de rejeito e bacias de contenção de sedimentos tornou-se uma solução para frear o assoreamento dos cursos fluviais a jusante das cavas de mineração. Entretanto, a forte ascensão da produção do minério de ferro vivenciada nos últimos anos tem ultrapassado a capacidade de retenção dessas, sendo possível inferir que o material excedente esteja alcançando os rios. Este trabalho apresenta dados sobre a dispersão natural e antrópica de minerais ferrosos nos sedimentos aluviais das sub-bacias dos ribeirões Casa Branca e Piedade, importantes afluentes da margem direita do médio rio Paraopeba. Mediante análises composicionais dos sedimentos de assoalho de canais e depósitos aluviais mais antigos foi possível realizar comparações temporais do aporte de minerais ferrosos. Adicionalmente, por meio de levantamentos estratigráficos, estudos de proveniência sedimentar e obtenção de idades de deposição foi possível elucidar importantes informações a respeito da evolução morfossedimentar da área. Dentre os cinco pontos estudados, três apresentaram fácies de canal (Gt) associadas às de fluxos de detritos (Gmm) e fluxo em lençol (Gh). Por meio da análise de proveniência sedimentar das referidas fácies, pelo método U-Pb, foram identificados espectros de idades congruentes com os existentes na literatura para as Formações Moeda e Cauê, sugerindo a serra homônima como área-fonte dos pacotes sedimentares analisados. Estes dados enfraquecem a hipótese de que o conteúdo ferruginoso dos depósitos provenha de porções ferralitizadas da paleomorfologia do Complexo Bonfim. Os dados referentes aos sedimentos do leito atual indicam a mesma proveniência, mostrando que os cursos atuais constituem um análogo encaixado dos paleocanais. As idades de deposição obtidas por luminescência opticamente estimulada e a posição topográfica dos depósitos revelam altas taxas de incisão fluvial. Embora altos, os valores são compatíveis com aqueles encontrados em outros cursos fluviais do Quadrilátero Ferrífero, o que sugere confiabilidade das idades e necessidade de estudos integradores mais aprofundados. Os dados aqui obtidos corroboram a hipótese de que a periferia oriental do Complexo Bonfim tenha sido dominada por um sistema de leques aluviais, cujos resquícios se encontram preservados nos atuais topos de morro. A identificação de fácies de rios entrelaçados inseridas no contexto de leques aluviais foi fundamental para a execução deste trabalho, já que a identificação de terraços na área é comprometida provavelmente pela alta velocidade da incisão fluvial. As análises composicionais das frações cascalho e areia muito grossa apontaram quantidades anômalas de ferro nos sedimentos da atual calha dos rios, o que pode ser atribuído à instalação das mineradoras a montante.Item Elementos químicos determinados em mel e pólen de abelha nativa brasileira como bioindicador de origem natural e de poluição ambiental no Quadrilátero Ferrífero - MG, Brasil.(2017) Oliveira, Fernanda Ataide de; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Itabaiana, Yasmine Antonini; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Costa, Adivane Terezinha; Santiago, Aníbal da Fonseca; Horn, Adolf Heinrich; Fostier, Anne HélèneBioindicação é um método de avaliação de impacto ambiental. Atualmente existe um crescente interesse internacional desta prática utilizando abelhas e seus produtos. O mel e o pólen têm demonstrado grande capacidade de monitorar a qualidade ambiental e de rastrear suas origens geográficas através da análise de concentrações de elementos químicos. No estado de Minas Gerais a mineração é uma das principais atividades industriais e se destaca principalmente no centro-sul do Estado, na região conhecida como Quadrilátero Ferrífero. Os municípios do Quadrilátero Ferrífero são responsáveis por 72% do total da produção de minério de ferro brasileiro, e em função da sua história e dos seus recursos são considerados como a mais importante província mineral do Brasil, possuindo além da explotação do minério de ferro a de granito, pedra sabão, ouro, manganês entre outros. O principal objetivo do presente estudo foi avaliar a utilização do mel e pólen de abelha nativa jataí (Tetragonisca angustula) como bioindicador em áreas antropizadas na região do Quadrilátero Ferrífero - MG. Nesta pesquisa foram selecionados nove locais e foram realizadas três coletas por local, no período de dois anos. Foram determinados no mel e pólen de jataí 45 elementos químicos por ICP OES e ICP-MS. Para a avaliação dos méis e polens como bioindicadores foram analisadas as concentrações dos elementos químicos, e as técnicas usadas foram: Análise Exploratória de Dados, Normalização e Análise de Componentes Principais (PCA). Os elementos químicos mais abundantes nas amostras de mel e pólen das abelhas jataí nesta pesquisa foram o potássio, seguido do cálcio, fósforo, sódio, enxofre e magnésio. As concentrações dos elementos potencialmente tóxicos determinados nos méis de jataí foram abaixo dos limites máximos estabelecidos pelas legislações nacionais e internacionais para mel apícola. Entretanto, as concentrações máximas de As, Ni e Pb determinadas no pólen de jataí, foram acima dos valores máximos estabelecidos pelas legislações nacionais e do MERCOSUL para o mel apícola. As normalizações foram obtidas através das divisões das médias das concentrações dos elementos químicos, pelas concentrações dos respectivos elementos químicos do padrão NIST 1515. Os valores das normalizações separados por local foram apresentados na forma de curvas nos diagramas do mel e do pólen. Os resultados nesses diagramas apontaram para correlações positivas entre as amostras e os locais, principalmente quando analisado o grupo dos Elementos Terras Raras. Esses resultados indicaram uma possível assinatura química no mel e pólen. Nos diagramas das análises de PCA as amostras se separaram de acordo com as similaridades das concentrações dos elementos químicos, que foram relacionados às contribuições geogênicas e às contaminações antrôpicas dos locais. Dessa forma, neste trabalho, o mel e pólen de jataí foram considerados bioindicadores.Item Estudo da qualidade da água na sub-bacia do Ribeirão do Carmo (MG), com ênfase na geoquímica e na comunidade zooplanctônica.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Silva, Cláudia de Lima e; Costa, Adivane TerezinhaA poluição de um sistema hídrico, mesmo que num curto período, gera um impacto para sua biota, bem como para a população que depende deste recurso para viver, pois estes sendo pontuais ou difusos limitam o uso do curso d’água a atividades menos exigentes, podendo inclusive, inviabilizar a sua recuperação. Intervenções antrópicas no sistema aquático natural têm como resultados alterações físico-químicas na qualidade da água, bem como alterações texturais nos depósitos sedimentares recentes, causando possível liberação de gases e disponibilidade e/ou retenção de nutrientes e elementos traço, como também a redução ou perda da biodiversidade aquática (Tundisi, 2008). A área de estudo encontra-se inserida na porção sudoeste do Quadrilátero Ferrífero, em uma região que entre os séculos 17 e 18 destacou-se no cenário nacional devido à exploração aurífera (Palermo et al., 2004), principal fonte de impacto e contaminação da água e solos. Esta exploração deixou um legado ambiental para as futuras gerações – a contaminação dos rios da região com elementos traço em concentrações consideradas tóxicas à biota, afetando até os dias de hoje, a população e o ecossistema local. O município de Ouro Preto possui 69.495 habitantes, em uma área territorial de 1.245 Km2 , abrigando as nascentes do Ribeirão do Carmo, e o município de Mariana, aproximadamente 54.689 habitantes, em uma área territorial de 1.193 Km2. O objetivo deste projeto foi verificar se a geoquímica e a poluição orgânica local afetavam a comunidade zooplanctônica. Observou-se que a maioria dos elementos químicos analisados apresentou concentrações mais elevadas nas amostras de sedimento do que nas amostras de água, contudo, acredita-se que estes elementos, no sedimento, estejam adsorvidos em óxihidróxidos de Fe, Mn e Al. Os seguintes parâmetros pH, oxigênio dissolvido, Al, Fe, Mn e P violaram as concentrações estipuladas pela DN 01/2008, de maneira difusa na área de estudo. A comunidade zooplanctônica presente nas águas superficiais foi composta pelos seguintes grupos: Rotifera, Protozoa, e Crustacea, sendo o grupo Rotifera o mais representativo, com 51% das espécies identificadas, seguido do grupo Protozoa, com 45% e por último o grupo Crustacea com apenas 4%. Os seguintes organismos foram identificados em todos os pontos: Arcella discoides, A. vulgaris, Vorticella, Bdelloida e Lecane lunaris, sendo a espécie A. vulgaris a mais representativa dentro da área de estudo, tanto para as amostras de água, quanto para as amostras de sedimento, independente da sazonalidade. O grupo Rotifera apresentou maior sensibilidade com relação às alterações nas concentrações dos elementos químicos, sendo a espécie C. dossuaris a mais sensível a possíveis alterações, seguida da espécie C. uncinata. A área de estudo apresentou uma concentração moderada de carga orgânica, com nichos bem distintos, sugerindo que a mesma encontra-se em equilíbrio ecológico. Os valores referentes aos índices de diversidade indicaram que, possivelmente as espécies identificadas desenvolveram adaptações favoráveis a sua permanência em locais com concentrações elevadas de elementos tóxicos à biota, bem como em locais que apresentam algum tipo de stress para estes organismos. As espécies mais adaptadas pertencem ao grupo das tecamebas (Protozoa), sendo o microorganismo Arcella vulgaris o que mais se adaptou às condições adversas encontradas no sedimento e nas águas superficiais. Dentro da área estudada, o trecho do rio localizado no ponto Colina pode ser considerado o mais poluído, já que apresenta valores elevados de condutividade elétrica, baixa concentração de oxigênio dissolvido e valores de pH tendendo a acidez, além das violações dos parâmetros estabelecidos pela DN 01/2008. O ponto Tripuí apresentou valores de alguns parâmetros físico-químicos comparados a rios não poluídos, podendo ser considerado como ponto controle.Item Estudo do potencial geoturístico do patrimônio mineiro da serra de Ouro Preto, sudeste do quadrilátero ferrífero, MG.(2020) Queiroz, Yanne da Silva; Santos, Edgar do Amaral; Madeira, Mariana de Resende; Nardy, Beatriz Coura; Guirra, Alesson Pires Maciel; Freitas, Renata D. A.; Assis, Vanessa S. R.; Costa, Adivane Terezinha; Castro, Paulo de Tarso AmorimA presença de ouro de aluvião nos córregos do Tripuí e Ribeirão do Carmo, na região de Ouro Preto e Mariana, localizada na porção sul do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, levou à nucleação dos primeiros centros urbanos do estado. No século XVIII, a região possuía diversas minas de ouro no flanco sul do Anticlinal de Mariana que foram fechadas após o fim da exploração do mineral, deixando um registro arqueológico, histórico, científico e cultural associado à geologia local. O presente artigo tem como objetivo a criação de um georroteiro no flanco sul do Anticlinal de Mariana, também conhecido como Serra de Ouro Preto, por meio da inventariação do patrimônio mineiro e geológico dos geossítios da região, realizada com a coleta de dados em visitas de campo. As galerias mineiras tiveram maior destaque neste trabalho, pois são classificadas como geossítios de acordo com parâmetros de relevância turística, social e ambiental. As visitas aos geossítios possibilitaram o diagnóstico da situação dos mesmos em relação à preservação do patrimônio e em relação aos meios turísticos e ambientais. Após a realização da pesquisa, serão realizadas atividades de extensão para divulgação destes geossítios nas comunidades próximas. O fomento à pesquisa e extensão nas comunidades do entorno dos geossítios, portanto, é de grande valia, uma vez que esses grupos locais poderão desenvolver e resgatar sua identidade, além de criar mecanismos de desenvolvimento sustentável em práticas geoturíscas.