Browsing by Author "Delgado, Carlos Eduardo Reinaldo"
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Item Agalmatolito do Quadrilátero Ferrífero, MG.(2007) Evangelista, Hanna Jordt; Delgado, Carlos Eduardo ReinaldoAgalmatolito é uma rocha peraluminosa de emprego industrial, essencialmente composta por pirofilita. Ocorrências e minas de agalmatolito encontram-se distribuídas em uma área de cerca de 350 km2 a noroeste da província mineral do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Há diversos tipos de rochas comercialmente denominadas agalmatolito, compostas por outros minerais além da pirofilita, tais como moscovita, quartzo, cianita e andaluzita, que mostram substituição, em graus variáveis, por pirofilita e diásporo. Análises por MEV/EDS aliados à microscopia óptica e difração de raios X mostraram que é possível diferenciar moscovita de pirofilita pelas texturas, sendo que a pirofilita ocorre em massas de granulação extremamente fina e sem orientação preferencial, enquanto a moscovita constitui dois tipos texturais: palhetas de porte maior ou agregados de finíssimas placas fortemente orientadas. As encaixantes do agalmatolito que correspondem, em parte, ao protólito dessa rocha, são rochas metavulcânicas e metassedimentares interpretadas como pertencentes ao greenstone belt arqueano Rio das Velhas. As metavulcânicas são compostas por fenocristais relícticos de feldspato alcalino em matriz metamórfica de clorita, moscovita, epidoto e quartzo. As rochas metassedimentares são formações ferríferas bandadas, quartzitos e xistos com variáveis proporções de quartzo, moscovita, cianita, andaluzita, coríndon, granada, estaurolita, cloritóide, clorita, turmalinas e rutilo/leucoxênio. A associação estável de estaurolita e cloritóide permite estabelecer a temperatura do evento metamórfico regional, responsável pela formação das rochas encaixantes e do protólito do agalmatolito, em T~500-550ºC. A transformação de cianita em andaluzita indica que houve queda da pressão para valores inferiores a 4 kbar, talvez ainda durante o metamorfismo regional. O agalmatolito foi formado em T~350-400ºC, às custas de rochas metassedimentares peraluminosas, compostas por proporções variáveis de cianita, andaluzita, moscovita e quartzo. A pirofilita foi gerada por meio de reações hidrotermais em zonas de cisalhamento de possível idade transamazônica, que funcionaram como coletoras dos fluidos ricos em H2O.Item Age of the emerald mineralization from the Itabira-Nova Era District, Minas Gerais, Brazil, based on LA-ICP-MS geochronology of cogenetic titanite.(2016) Evangelista, Hanna Jordt; Lana, Cristiano de Carvalho; Delgado, Carlos Eduardo Reinaldo; Viana, Deiwys JoséNo Distrito Esmeraldífero de Itabira-Nova Era, sudeste do Brasil, esmeralda gemológica é extraída em minas subterrâneas em depósitos do Tipo Xisto na zona de contato da sequência metavulcanossedimentar arqueana do Complexo Guanhães com granitos anorogênicos paleoproterozoicos da Suite Borrachudos. Depósitos do Tipo Xisto são comumente gerados por reações promovidas por deformação e calor durante metamorfismo regional. A idade da mineralização na região tem sido motivo de debates por décadas: idades variando do Arqueano ao Neoproterozoico são mencionadas na literatura. Na zona mineralizada da mina Piteiras, titanita portadora de alumínio e flúor é encontrada em rochas metamáficas. O conteúdo de flúor foi provavelmente derivado dos granitos e pegmatitos Borrachudos, tal como o berílio para a esmeralda, portanto ambos minerais podem ter sido gerados durante o mesmo evento. Geocronologia U-Pb via ablação a laser associada a espectrometria de massa por plasma acoplado indutivamente laser (LA-ICP-MS) em titanita foi realizada em uma seção delgada de um flogopita-plagioclásio- hornblenda xisto da mina Piteiras. A idade determinada de 576 ± 7 Ma é também a provável idade de geração da esmeralda durante o ciclo Brasiliano, que foi o único evento tectonometamórfico posterior à intrusão dos granitos. Este evento forneceu calor e fluidos necessários para reações entre as rochas portadoras de berílio e de cromo, possibilitando assim a formação de esmeralda.