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Item Agalmatolito do Quadrilátero Ferrífero, MG.(2007) Evangelista, Hanna Jordt; Delgado, Carlos Eduardo ReinaldoAgalmatolito é uma rocha peraluminosa de emprego industrial, essencialmente composta por pirofilita. Ocorrências e minas de agalmatolito encontram-se distribuídas em uma área de cerca de 350 km2 a noroeste da província mineral do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Há diversos tipos de rochas comercialmente denominadas agalmatolito, compostas por outros minerais além da pirofilita, tais como moscovita, quartzo, cianita e andaluzita, que mostram substituição, em graus variáveis, por pirofilita e diásporo. Análises por MEV/EDS aliados à microscopia óptica e difração de raios X mostraram que é possível diferenciar moscovita de pirofilita pelas texturas, sendo que a pirofilita ocorre em massas de granulação extremamente fina e sem orientação preferencial, enquanto a moscovita constitui dois tipos texturais: palhetas de porte maior ou agregados de finíssimas placas fortemente orientadas. As encaixantes do agalmatolito que correspondem, em parte, ao protólito dessa rocha, são rochas metavulcânicas e metassedimentares interpretadas como pertencentes ao greenstone belt arqueano Rio das Velhas. As metavulcânicas são compostas por fenocristais relícticos de feldspato alcalino em matriz metamórfica de clorita, moscovita, epidoto e quartzo. As rochas metassedimentares são formações ferríferas bandadas, quartzitos e xistos com variáveis proporções de quartzo, moscovita, cianita, andaluzita, coríndon, granada, estaurolita, cloritóide, clorita, turmalinas e rutilo/leucoxênio. A associação estável de estaurolita e cloritóide permite estabelecer a temperatura do evento metamórfico regional, responsável pela formação das rochas encaixantes e do protólito do agalmatolito, em T~500-550ºC. A transformação de cianita em andaluzita indica que houve queda da pressão para valores inferiores a 4 kbar, talvez ainda durante o metamorfismo regional. O agalmatolito foi formado em T~350-400ºC, às custas de rochas metassedimentares peraluminosas, compostas por proporções variáveis de cianita, andaluzita, moscovita e quartzo. A pirofilita foi gerada por meio de reações hidrotermais em zonas de cisalhamento de possível idade transamazônica, que funcionaram como coletoras dos fluidos ricos em H2O.Item Age of pegmatites from eastern Brazil and implications of mica intergrowths on cooling rates and age calculations.(2003) Viana, Rúbia Ribeiro; Mänttäri, Irmeli; Kunst, Henjes; Evangelista, Hanna JordtU–Pb and K–Ar dating of selected minerals from different types of pegmatites in the northern region of the eastern Brazilian pegmatite province (EBPP) are reported. A concordant U–Pb age of 498 ^ 3 Ma for monazite from a simple, quartz-feldspar pegmatite without gem minerals corresponds to the crystallization age related to the Brasiliano-Pan-African posttectonic magmatic stage. This correlation is substantiated by a discordant 207Pb/206Pb age of 498 ^ 11 Ma for a zircon fraction that comprises large, prismatic crystals of pegmatitic origin with recent lead loss. The U–Pb isotope systematics of another zircon fraction composed of fine-grained, transparent grains indicates inheritance from older basement rocks. K–Ar age determinations for the core and rims of very large crystals of muscovite from more evolved, beryl-bearing pegmatites yield a mean age of 498 ^ 4 Ma. However, K–Ar dating of biotite enclosed in muscovite crystals results in a younger age of 485 ^ 4 Ma. This difference in age of ca. 13 Ma is interpreted to correspond to the time span for cooling from 400 to 350 8C (reported closure temperatures for K–Ar isotope systems of coarse-grained muscovite and biotite, respectively), which suggests a mean cooling rate of 3.3 8C/Ma. As such, it took 60 Ma for the pegmatite and its country rocks to cool from 600 8C (approximate crystallization temperature of pegmatite) to the closure temperature of 400 8C of muscovite, thus leading to an emplacement age of 560 Ma for the fertile pegmatite. This date is within the range of ages obtained for nearby fertile granites. The beryl-bearing pegmatites may be late tectonic and related to the main stage of granitogenesis of the Brasiliano orogeny, not posttectonic as determined for the northern, unfertile pegmatite. q 2003 Elsevier Ltd. All rights reserved.Item Age of the emerald mineralization from the Itabira-Nova Era District, Minas Gerais, Brazil, based on LA-ICP-MS geochronology of cogenetic titanite.(2016) Evangelista, Hanna Jordt; Lana, Cristiano de Carvalho; Delgado, Carlos Eduardo Reinaldo; Viana, Deiwys JoséNo Distrito Esmeraldífero de Itabira-Nova Era, sudeste do Brasil, esmeralda gemológica é extraída em minas subterrâneas em depósitos do Tipo Xisto na zona de contato da sequência metavulcanossedimentar arqueana do Complexo Guanhães com granitos anorogênicos paleoproterozoicos da Suite Borrachudos. Depósitos do Tipo Xisto são comumente gerados por reações promovidas por deformação e calor durante metamorfismo regional. A idade da mineralização na região tem sido motivo de debates por décadas: idades variando do Arqueano ao Neoproterozoico são mencionadas na literatura. Na zona mineralizada da mina Piteiras, titanita portadora de alumínio e flúor é encontrada em rochas metamáficas. O conteúdo de flúor foi provavelmente derivado dos granitos e pegmatitos Borrachudos, tal como o berílio para a esmeralda, portanto ambos minerais podem ter sido gerados durante o mesmo evento. Geocronologia U-Pb via ablação a laser associada a espectrometria de massa por plasma acoplado indutivamente laser (LA-ICP-MS) em titanita foi realizada em uma seção delgada de um flogopita-plagioclásio- hornblenda xisto da mina Piteiras. A idade determinada de 576 ± 7 Ma é também a provável idade de geração da esmeralda durante o ciclo Brasiliano, que foi o único evento tectonometamórfico posterior à intrusão dos granitos. Este evento forneceu calor e fluidos necessários para reações entre as rochas portadoras de berílio e de cromo, possibilitando assim a formação de esmeralda.Item Amazonitização em granito resultante da intrusão de pegmatitos.(2000) Evangelista, Hanna Jordt; Mendes, Julio Cesar; Lima, Ana Luisa CossoGranito do tipo Borrachudos de Santa Maria do Itãbira, Minas Gerais, cortado por amazonita pegmatitos foi transformado marginalmente em granito verde em decorrência de amazonitização. Este trabalho trata dos processos e das variações mineralógicas e químicas envolvidos na transformação do granito normal em granito verde. O pegmatito contém cristais de amazonita de tamanho decimétrico e intensa cor verde, cleavelandita, biotita, quartzo e pequenas quantidades de turmalina preta, galena, fluorita e anatásio. O granito anorogênico alcalino é composto de quartzo, albita quase pura, microclina com triclinicidades variando de 0,68 a 0,93, Fe-biotita e minerais acessórios. O teor de SiO2 médio é de 74% em peso, mas em amostras empobrecidas em quartzo o teor cai para 62%. MgO é muito baixo (<0,05% em peso), Fe2O3total chega a 4,4% e os álcalis perfazem até 8,5% (em peso). O granito apresenta uma forte anomalia negativa de Eu, possivelmente decorrente aã retenção deste elemento em plagioclásio cálcico remanescente no restito da rocha geradora do magma alcalino por fusão parcial. A intensidade da cor verde no granito aumenta na direção do contato com o pegmatito. Quimicamente, esta variação de cor é acompanhada de um aumento no teor de Pb (e, em menor escala, também de Rb), enquanto que não se registraram variações para os elementos maiores e outros traços. O Pb varia de 37 ppm no granito branco até 302 ppm no tipo mais verde, chegando a 406 ppm na amazonita. É possível que a introdução, no estágio sub-sólido, de Pb e água na encaixante granítica durante a intrusão dos pegmatitos foi responsável pela geração de pares H O-Pb na microclina, que são reportados na literatura como sendo a provável causa da cor verde em amazonitas. Considerando as temperaturas relativamente baixas de magmas pegmatíticos e a estrutura maciça do granito, o processo metassomático responsável pela amazonitização foi bastante eficiente, já que as auréolas alcançam localmente largura equivalente à do próprio pegmatito.Item A bacia de antepaís paleoproterozóica Sabará, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2002) Reis, Luciana Andrade; Martins Neto, Marcelo Augusto; Gomes, Newton Souza; Endo, Issamu; Evangelista, Hanna JordtGrupo Sabará é uma seqüência de 3 – 3,5 km de espessura, composta por xistos, metarenitos, metassiltitos, metaconglomerados, metadiamictitos, metarritmitos e filitos, cujos protólitos são grauvacas, arenitos, siltitos, conglomerados, diamictitos, ritmitos e pelitos. Este grupo ocorre de forma susceptível a uma análise sedimentológico-estratigráfica no Sinclinal Dom Bosco, Sinclinal Moeda e na Serra do Curral. O Grupo Sabará foi dividido, neste trabalho, nas seguintes fácies, que ocorrem organizadas em sucessões em granocrescência ascendente (CU): conglomerado maciço (fluxo de detritos), diamictito grosso (fluxo de detritos), diamictito fino (fluxo de detritos), grauvaca mista (fluxo de massa), grauvaca arcosiana (fluxo de massa), arenito tabular (correntes de turbidez), ritmito (correntes de turbidez), siltito (estágios finais de correntes de turbidez), pelito (deposição da suspensão) e folhelho negro (deposição da suspensão), depositados em um sistema de leques proximais/leques submarinos/bacia. O Grupo Sabará representa os depósitos de uma bacia do tipo antepaís relacionada com o Evento Transamazônico. Os clastos presentes nos diamictitos e conglomerados indicam retrabalhamento de seqüências supracrustais e do embasamento (Supergrupo Minas, Supergrupo Rio das Velhas e o embasamento soerguido). Os diagramas de proveniência plotados para o Grupo Sabará apontam para uma mistura de áreas fontes, predominando a proveniência ígnea intermediária e sedimentar quartzosa, embora proveniências ígnea félsica e ígnea máfica também ocorram, indicando compartimentação da área fonte. Os diagramas de proveniência por ambiente tectônico indicam uma proveniência de margem continental ativa/arco magmático continental. O Grupo Sabará representa provavelmente uma bacia de antepaís compartimentada, formada durante a deformação, soerguimento e erosão dos depósitos arqueanos e paleoproterozóicos do Cinturão Mineiro, de idade transamazônica. Esta bacia foi dividida em três sub-bacias: Sub-bacia Antônio Pereira-Ouro Preto-Mariana-Rodrigo Silva, Sub-bacia Lagoa das Codornas e Sub-bacia Sabará-Belo Horizonte-Ibirité-Fernão Dias com base na localização.Item Caracterização químico-mineralógica e espectroscopia Mössbauer de água-marinha da região de Pedra Azul, nordeste de Minas Gerais.(2001) Viana, Rúbia Ribeiro; Evangelista, Hanna Jordt; Costa, Geraldo Magela daÁguas-marinhas de três pegmatitos localizados nas imediações da cidade de Pedra Azul, Minas Gerais, foram caracterizadas em termos de propriedades físicas e composição química, incluindo espectroscopia Mõssbauer. Os corpos pegmatíticos têm forma lenticular, ra- ramente ultrapassam 5m de largura e apresentam um pronunciado zonamento mineralógico e textural. Ó último evento termal registrado nes- tes pegmatitos, conforme determinado pelo método K-Ar em moscovita, ocorreu no Neoproterozóico. Este evento coincide com a manifesta- ção tardia do ciclo tectono-metamórfico Brasiliano. Análises químicas mostram que o sódio é o álcali de maior concentração na água-marinha, possibilitando classificá-la como berilo sódico. A densidade aumenta com a incorporação de álcalis, variando de 2,72 a 2,80 g/cm3 e é superior à maioria dos valores determinados para águas- marinhas de outros pegmatitos de Minas Gerais. Os índices de refração são ne=l ,569 - 1,579 e nw=l,573 - 1,581 e a birrefringência varia de 0,002 a 0,008. Verifica-se que os índices de refração aumentam com o teor de BeO. A cor da água-marinha varia de azul muito pálido a azul médio ou azul esverdeado. Os espectros Mõssbauer obtidos à temperatura ambiente e 80 K mostram predominância de íons cromóforos Fe2+ e sugerem a existência de ferro tanto no sítio octaédrico quanto nos canais estruturais. Estes estudos indicam que a incorporação de Fe3+ pode causar mudança da cor azul mais escura para azul-clara. Com base na composição da água-marinha os pegmatitos classificam-se como do tipo estéreis, isto é, pobres em álcalis raros (Li, Rb e Cs), sendo, portanto, pouco diferenciados. A mineralogia relativamente simples desses pegmatitos, nos quais minerais como lepidolita, espodomênio ou seja minerais de Li estão ausentes, confirmam essa classificação. Portanto, a composição do berilo pode ser usada como traçador na prospecção de pegmatitos com diferentes graus de diferenciação e, conseqüentemente, com diferentes tipos de mineralizações.Item Characterization of beryl (aquamarine variety) from pegmatites of Minas Gerais, Brazil.(2002) Viana, Rúbia Ribeiro; Evangelista, Hanna Jordt; Costa, Geraldo Magela da; Stern, Willem B.Eight samples of the beryl variety aquamarine were selected from four pegmatites in the Governador Valadares and Arac¸uaı´ regions in northeastern Minas Gerais State, Brazil. These samples were fully characterized by chemical analysis, infrared and UV-visible spectroscopy, thermal analyses, and high-temperature X-ray diffraction (from room temperature up to 800 C). Several physical and chemical properties of beryl were found to depend on the amount of water and ions residing in the structural channels. The thermal expansion coefficients from room temperature to about 800 C are temperature-independent, with aa @ )3.2 · 10)6 C)1 and ac @ )8.7 · 10)6 C)1. The contraction of both a and c unit-cell parameters with increasing temperature and the shift of the infrared band centered at about 1200 cm)1 were tentatively ascribed to interactions between channel water and the silicate rings. The color of beryl seems to be dictated by the relative proportions of Fe3+ in the octahedral sites and of fe2+ in the channels. Thus, deep-blue samples have little Fe3+, whereas greener samples have more Fe3+ or less channel Fe2+.Item Chemical zoning of muscovite megacrystal from the Brazilian Pegmatite Province.(2006) Viana, Rúbia Ribeiro; Evangelista, Hanna Jordt; Stern, Willem B.Um grande cristal de muscovita, macroscopicamente homogêneo, procedente do Pegmatito Cruzeiro, localizado na Província Pegmatítica Oriental, em Minas Gerais, exibe padrão de distribuição complexa para alguns elementos traços. Em estudos geocronológicos e petrológicos, como, por exemplo, na separação entre micas magmáticas e pós-magmáticas, a causa de zoneamento deve ser levada em consideração. O complexo zoneamento químico no cristal de mica estudado é melhor explicado pelo crescimento em um magma evoluído, seguido pela alteração, proveniente da percolação de fluidos hidrotermais. O enriquecimento de Rb nas bordas é interpretado como resultado da evolução química do magma residual durante o crescimento do cristal. A diminuição em (IVAl+VIAl), bem como o aumento de (Fe+Mg) e Si ao longo da fratura é explicado pela substituição hidrotermal celadonítica da muscovita. A alteração hidrotermal causou, também, a diminuição nos conteúdos de Rb, Ga, Y, Nb, Sn e Zn ao longo desta fratura, além da concentração residual de Ti. Elementos tais como, Ga, Y, Nb, Sn, e Zn, pouco considerados em discussão de diferenciação ou processos de alteração, mostraram significância tanto quanto os elementos alcalinos.Item Coríndon no Brazil : química, inclusões, espectroscopia e aspectos genéticos.(2006) Liccardo, Antônio; Evangelista, Hanna Jordt; Oliveira, Ester Figueiredo deItem Deposição e evolução diagenética dos reservatórios do membro Mucuri (Cretáceo inferior), nos campos de Rio Preto e São Mateus, bacia do Espírito Santo, Brasil.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 1990) Leite, Mariangela Garcia Praça; Evangelista, Hanna JordtO Membro Mucuri corresponde à seção rifte de coluna sedimentar da Bacia do Espírito Santo, sendo uma das principais acumulações de hidrocarboneto na porção emersa da bacia, onde se situam os campos de Rio Preto e São Mateus. Para o intervalo sedimentar correspondente ao Membro Mucuri, nos dois campos, foram identificadas 14 litofacies, que incluem litologias desde conglomeráticas, peliticas, ate evaporiticas. A relação vertical destas, aliadas a semelhança entre processos deposicionais, permitiu a definição de 5 associações: praia, talude, canal. Intercanal e fundo de lago, todas depositadas em clima seco-arido, no interior de um lago salino. A distribuição vertical das associações litofacies possibilitou a elaboração de um modelo deposicional, que corresponde à porção subaquosa de um leque deltaico do tipo “talude”, retrabalhando por ondas. A sedimentação foi controlada por variações relativas de nível do lago, ficando representada sob a forma de 5 ciclos de granodecrescencia ascendente, reconhecidos em perfis elétricos. A evolução diagenética inicia-se imediatamente após a deposição, tendo sido provavelmente controlada por ácidos carboxílicos nos fluidos intersticiais. Como resultado da variação da concentração desses ácidos, foi possível a divisão da seqüência diagenetica em 3 intervalos: diagense rasa, diagenese intermediaria e diagenese tardia. Com base nos estudos sedimentalógicos e diageneticos bem como nos dados de petrofisica, 5 litofacies foram caracterizadas como fácies- reservatório: arenito como estratificação plana- paralela (AP). Análises estatísticas dos dados de petrofisica sugerem que, dessas fácies, as de melhor potencial são as relacionadas com associação de canal. A maior ocorrência dessa associação, aliada à atuação de águas meteóricas, definem o comportamento, em termos de recuperação de hidrocarbonetos, de cada zona produtora.Item Depósitos de alexandrita de Malacacheta, Minas Gerais.(2000) Basílio, Márcio Silva; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Evangelista, Hanna JordtSince 1975, alexandrite [Be(Al2-xCrx)2O4], the chromium-bearing crysoberyl variety, has been exploited from alluvial and paleo-alluvial deposits in the Malacacheta region. The alluvial deposits consist of resedimented gravel along the present drainage streams. The paleo-alluvial deposits are richer in alexandrite, and show well-developed soil horizons covering the alexandrite-bearing gravel layer. Alexandrite grains show angular shapes with very sharp edges, suggesting transport for short distances. The country rocks are quartz-mica schist and peraluminous mica schist (Salinas Formation), covered by alternating mica schist and quartzite layers (Capelinha Formation). Both formations are of Neoproterozoic age. They host tectonic slabs of metaultramafic rocks, and are cut by intrusive granites of Cambrian age. No alexandrite-bearing rock has been found in the area, probably due to the intense tropical weathering. However, some of the mapped rocks are sources for Be (granites), Cr (metaultramafics) and Al (peraluminous schists), the essential elements for alexandrite crystallization. We suggest a metasomatic system of Cambrian age for alexandrite genesis in the area, involving the interaction of granite-related Be-rich fluids with metaultramafic rocks and peraluminous schists.Item Distrito manganesífero de saúde, grupo Dom Silvério - MG : caracterização mineralógica e petrográfica do protominério.(2004) Cavalcante, Vania Bürger Pires; Evangelista, Hanna JordtO pouco conhecido Distrito Manganesífero de Saúde da região de Dom Silvério, sudeste de Minas Gerais, foi extensivamente explotado até meados do século passado. O protominério de manganês é constituído por diversos litotipos incluindo gonditos e queluzitos. O estudo mineralógico, de química mineral e a interpretação da gênese do depósito constituem o objetivo desse trabalho. O protominério bandado é composto por variáveis quantidades de espessartita, rodonita, rodocrosita, manganocummingtonita, piroxmangita, tefroíta e pirofanita, além dos minerais nãomanganesíferos quartzo, calcita, dolomita, forsterita, diopsídio, biotita, rutilo, titanita, apatita, pirita, calcopirita, cobaltita e niquelina. O bandamento do protominério e a intercalação de quartzitos e metapelitos indicam origem sedimentar com possível contribuição vulcanogênica do Mn. As rochas sedimentares foram metamorfizadas na fácies anfibolito inferior durante o evento tectonometamórfico Brasiliano. Processos tardios levaram à geração de veios compostos por nova geração de silicatos e carbonatos de Mn formados por remobilização metassomática. Evidências de remobilização de As, S, Co, Ni e Sb são indicadas por texturas de substituição envolvendo arsenietos e sulfoarsenietos como niquelina, cobaltita, maucherita e gersdorffita, bem como antimonetos e sulfoantimonetos como breithauptita e hauchecornita, cujo registro não foi encontrado na literatura relativa a outros depósitos de Mn no mundo. A alteração supergênica do protominério gerou os depósitos de manganês de fácies óxido.Item Electron microprobe Th-U-Pb monazite dating and metamorphic evolution of the Acaiaca Granulite Complex, Minas Gerais, Brazil.(2016) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Queiroga, Gláucia Nascimento; Schulz, Bernhard; Marques, Robson de AbreuThe Acaiaca Complex (AC) is located in southeastern Minas Gerais state, and comprises felsic, mafic, ultramafic, and aluminous granulites as well as lower grade gneisses and mylonites. The complex is distributed over an area of ca. 36 km by 6 km, surrounded by amphibolite facies gneisses of the Mantiqueira Complex (MC). The discrepancy in the metamorphic grade between both complexes led to the present study aiming to understand the metamorphic history of the AC by means of geothermobarometric calculations and electron microprobe Th-U-Pb monazite dating. Estimates of the metamorphic conditions of the granulites based on conventional geothermobarometry and THERMOCALC resulted in temperatures around 800 ºC and pressures between of 5.0 and 9.9 kbar and a retrometamorphic path characterized by near-isobaric cooling. Part of the granulites was affected by ana¬texis. The melting of felsic granulites resulted in the generation of pegmatites and two aluminous lithotypes. These are: i) garnet-sillimanite granulite with euhedral plagioclase and cordierite that show straight faces against quartz, and is the crystallization product of an ana¬tectic melt, and ii) garnet-kyanite-cordierite granulite, which is probably the restite of anatexis, as indicated by textures and high magnesium contents. Th-U-Pb monazite geochronol¬ogy of two granulite samples resulted in a metamorphic age around 2060 Ma, which is similar to the age of the MC registered in the literature. The similar Paleoproterozoic metamorphic ages of both complexes lead to the conclusion that the Acaiaca Complex may be the high grade metamorphic unit geochronologically related to the lower grade Mantiqueira Complex.Item Eventos magmáticos arqlieanos de natureza cálcio-alcalina e tholeiítica no Quadrilátero Ferrífero e suas implicações tectônicas.(1997) Carneiro, Maurício Antônio; Teixeira, Wilson; Evangelista, Hanna JordtDiques máficos anfibolitizados, intrusivos em rochas tonalíticas, estas últimas praticamente sem evidências metamórficas, constituem um dos aspectos singulares da evolução crustal arqueana do Quadrilátero Ferrífero, no Estado de Minas Gerais. Estudos petrográficos, geoquímicos e geocronológicos indicam tratar-se de duas suítes magmáticas distintas, uma tholeiítica e a outra cálcio-alcalina, que foram metamorfizadas com intensidade diferente sob as condições das fácies xisto verde alto a anfibolito baixo. Na suíte cálcio-alcalina tonalítica a transformação metamórfica foi dificultada por suas características estruturais e mineralógicas, de modo que a rocha mantém em grande parte as suas feições ígneas originais. Na suíte tholeiítica os efeitos do metamorfismo foram mais efetivos porque a sua composição mineralógica ígnea primária, rica em piroxênios, foi mais sensível às reações metamórficas de hidratação. Além disso, o metamorfismo destas rochas de dique foi mais pronunciado porque os fluidos aquosos necessários às reações mineralógicas tendem a concentrar-se em zonas de fraqueza crustal como aquelas por onde ascendeu o magma tholeiítico. Conclui-se que a recristalização metamórfica não-penetrativa das duas suítes sob as condições da fácies xisto verde alto a anfibolito baixo, bem como a preservação de idades U-Pb neoarqueanas em titanitas dos tonalitos, indicam que a região estudada não foi submetida a qualquer evento tectonometamórfico de caráter penetrativo de fácies mais elevada do que anfibolito baixo no decorrer do Proterozóico. Portanto, a atuação do Evento Transamazônico (2,2 Ma) no Complexo Metamórfïco Bonfim e, por extensão, no Quadrilátero Ferrífero, foi heterogênea, não afetando todas as áreas com a mesma intensidade.Item Evolução petrogenética de terrenos granulíticos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.(2016) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Moraes, Renato deNo presente trabalho são apresentados os resultados de investigação mineralógica, geoquímica e geocronológica de rochas metamórficas de fácies granulito expostas nas porções sudeste de Minas Gerais e centro-sul do Espírito Santo. Quando se analisa a geologia dessa região ao longo de uma seção transversal W-E de 410 km entre os paralelos 20ºS e 21ºS, das proximidades da cidade de Acaiaca até a costa observa-se aumento no volume e diminuição na idade das rochas metamórficas. O objetivo deste estudo foi comparar os diferentes terrenos de fácies granulito situados no domínio externo e interno do Orógeno Araçuaí, de idade Neoproterozóica. Os dois domínios são separados pela Zona de cisalhamento de Abre Campo. Os granulitos situados na porção mais a oeste são pertecentes ao Complexo Acaiaca e são ladeados por rochas de fácies anfibolito do Complexo Mantiqueira, de idade Paleoproterozóica, que representa o embasamento oriental do Quadrilátero Ferrífero. O Complexo Acaiaca é composto por granulitos félsicos, máficos, aluminosos e olivina-piroxênio granofels (composição ultramáfica) gerados em temperaturas entre 710 and 800ºC and pressões entre 5 e 9,9 kbar. Estudo geocronológico em zircão bem como em monazita resultam em idades entre 2037- 2056 Ma, que são semelhantes as idades encontradas para o Complexo Mantiqueira. Isso sugere uma evolução tectono-metamórfica similar para essas unidades: os granulitos ortoderivados do Complexo Acaiaca são geneticamente relacionados ao Arco magmático Mantiqueira e os granulitos paraderivados tiveram seus protólitos depositados em uma bacia de back-arc. A trajetória retrometamórfica é caracterizada por um resfriamento isobárico seguido por uma exumação ao longo de zonas de cisalhamento de possível idade Neoproterozóica. Mais a leste, os terrenos granulíticos formados por granulitos ortoderivados do Complexo Juiz de Fora e paraderivados do Grupo Andrelândia são encontrados na região de Abre Campo e Manhuaçu. O Complexo Juiz de Fora é caracterizado por granulitos maficos e félsicos derivados de protólitos Paleoproterozóicos que são tectonicamente intercalados com os jovens granulitos aluminosos do Grupo Andrelândia. Os dados termobarométricos da recristalização metamórfica Neoproterozóica do Complexo Juiz de Fora e Grupo Andrelândia resultou em 750-870ºC e 6-8 kbar. Uma trajetória retrometamórfica caracterizada pela descompressão indica exumação ao longo de zonas de cisalhamento relacionadas ao colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí. Um pouco mais a leste são encontrados os granulitos da Serra do Caparaó. A Suite Caparaó é composta por granulitos máficos e enderbitos que são geocronologicamente correlacionados ao Complexo Juiz de Fora. Então essas duas unidades possuem uma história metamórfica semelhante. Os dados termométricos indicam condições metamórficas entre 800-850ºC. Na porção mais oriental tem-se o Complexo Paraíba do Sul, inserido no estado do Espírito Santo. É composto essencialmente por granulitos aluminosos e, na região sul do estado, também possui mármores, os quais sugerem o desenvolvimento de uma plataforma carbonática na região. A geocronologia U-Pb em zircão forneceu uma idade máxima de 619 Ma para a sedimentação do protólito dos granulitos aluminosos em uma bacia de back-arc. A evolução tectono-metamórfica do Complexo Paraíba do Sul está relacionada ao desenvolvimento do Arco magmático Rio Doce, responsável pela formação de diversas gerações de granitos. O processo metamórfico Neoproterozóico que gerou granulitos e mármores é caracterizado pro temperaturas de 750 a 800ºC e pressões entre 5 e 8 kbar. As estruturas migmatíticas associadas aos granulitos aluminosos indicam que ocorreu anatexia durante o metamorfismo. Os contatos difusos entre os granulitos aluminosos e pelo menos uma geração de granitos são evidências de uma relação genética entre eles: os granulitos aluminosos são as fontes da fusão que gerou os granitoides diatexíticos. As texturas diagnósticas de descompressão devido ao colapso do Orógeno Araçuaí foram geradas durante a exumação dos granulitos do Complexo Paraíba do Sul ao longo de zonas de cisalhamento. As condições de P e T calculadas para retrometamorfismo são de 650ºC e de 3 - 4 kbar. É possível concluir que as principais diferenças na evolução metamórfica dos granulitos encontrados nos domínios externo e interno do Orógeno Araçuaí não são somente as idades do metamorfismo, mas também as diferentes trajetórias retrometamórficas, que são indicadas pela história de exumação. O terrenos granulíticos encontrados no domínio externo foram metamorfizados no Paleoproterozóico, com retrometamorfismo caracterizado por um resfriamento isobárico e uma posterior exumação ao longo de zonas de cisalhamento de possível idade Neoproterozóica. Em contrapartida, os granulitos pertencentes ao domínio interno foram metamorfizados no Neoproterozóico, com retrometamorfismo caracterizado por descompressão, relacionada a denudação tectônica ocorrida durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.Item Geochemistry of muscovite from pegmatites of the Eastern Brazilian pegmatite province : a clue to petrogenesis and mineralization potential.(2007) Viana, Rúbia Ribeiro; Evangelista, Hanna Jordt; Stern, Willem B.Single crystals of muscovite (N = 143) from different zones of selected granitic pegmatites belonging to two wellknown gem-producing districts of the Eastern Brazilian Pegmatite Province (northern Araçuai and western Governador Valadares in Minas Gerais) were analyzed for major, minor and trace elements. Structural formulae display considerable (Fe+Mg) variation within the octahedral site, coupled with tetrahedral Si-Al substitution (Tschermak substitution – phengite component). Tetrahedral Si varies from 3.06 to 3.21 and AlVI from 1.71 to 1.90 apfu. Trace elements in muscovite are significant indicators for the economic potential of pegmatites as well as for the differentiation degree and origin of the magma. Muscovite with higher Li and B contents is characteristic for gem-tourmaline-bearing pegmatites. Lower concentrations in K/Rb, Ti and Mg and higher F contents are found in muscovites from higher differentiated zones within the pegmatite. In comparison with anatectic pegmatites, relatively low K/Rb ratios of muscovite from the studied pegmatites are indicative of derivation by fractional crystallization of granite magma. Zn, Ga and Y, elements rarely analyzed in micas, tend to increase with decreasing K/Rb ratios, showing them to be good indicators of the fractionation degree of magmas.Item Geologia e arcabouço estrutural do Complexo Lagoa Real, Vale do Paramirim, Centro-Oeste da Bahia.(2007) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Alkmim, Fernando Flecha de; Leite, Carlson Matos Maia; Evangelista, Hanna Jordt; Cunha, José Carlos; Matos, Evando Carele; Noce, Carlos Maurício; Marinho, Moacyr MouraO Complexo Lagoa Real, constituído por meta-granitóides com idade de colocação em torno de 1,7 Ga, ocorre no vale do Paramirim e engloba as rochas denominadas enericamente de Granito São Timóteo e um conjunto de granitóides milonitizados em graus variados gerados no curso de uma deformação compressional sin-metamórfica. A análise estrutural permitiu identificar duas famílias de estruturas: uma compressiva, representada por zonas de cisalhamento, bandamento composicional, foliação milonítica e dobras; e outra distensiva, marcada pela nucleação de zonas de cisalhamento normais. As estruturas deformacionais identificadas assemelham-se com as que são encontradas no sinclinal de Ituaçu, onde afloram as formações Salitre e Bebedouro do Grupo Una. Como não foi encontrada uma trama mais antiga que a primária, sugere-se que a deformação do Complexo Lagoa Real ocorreu durante o Neoproterozóico.Item Geothermobarometry of granulites of the Juiz de Fora complex and the Andrelândia group in the region of Abre Campo and Manhuaçu, Minas Gerais, Brazil(2017) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Marques, Rodson de Abreu; Velasco, Tamires Costa; Soares, Caroline Cibele VieiraGranulitos máficos e félsicos ortoderivados do Complexo Juiz de Fora e granulitos aluminosos paraderivados do Grupo Andrelândia ocorrem na região de Abre Campo e Manhuaçu, estado de Minas Gerais. As rochas orto- e paraderivadas estão tectonicamente intercaladas como resultado da edificação do Orógeno Araçuaí de idade neoproterozoica. Os granulitos máficos são formados pela associação mineral plagioclásio + ortopiroxênio + clinopiroxênio ± hornblenda. Os granulitos félsicos são compostos por plagioclásio + quartzo ± feldspato potássico ± ortopiroxênio ± granada. A associação mineral dos granulitos aluminosos é dada por plagioclásio + quartzo + granada + biotita ± feldspato potássico ± sillimanita. Os cálculos utilizando a geotermobarometria convencional e o programa THERMOCALC resultaram em temperaturas entre 748 °C e 870 °C e pressões entre 5,7 kbar e 7,5 kbar para o metamorfismo de fácies granulito que gerou essas rochas durante o desenvolvimento do Orógeno Araçuaí. A ocorrência local de foliação milonítica e de porfiroclastos intensamente deformados é associada a reativação das zonas cisalhamento Manhuaçu e Abre Campo durante o escape lateral da porção sul do orógeno. Esse estágio é caracterizado pelo desenvolvimento de grandes zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais. A exumação dos granulitos do Complexo Juiz de Fora e do Grupo Andrelândia está relacionada ao colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.Item O grupo Dom Silvério, SE de Minas Gerais : petrografia, metamorfismo, geoquímica e geologia econômica.(1992) Evangelista, Hanna JordtItem Igneous charnockites in the southeastern transition zone between the São Francisco craton and the Costeiro mobile belt, Brazil.(1996) Evangelista, Hanna JordtCharnoquitos ígneos na zona de transição entre o cráton do São Francisco e o cinturão móvel Costeiro, Brasil Rochas félsicas e máficas com ortopiroxênios são importantes componentes da zona de transição entre o Cráton do São Francisco, de idade arqueana, e o Cinturão Móvel Costeiro, do Neoproterozóico, no sudeste do Brasil. O Charnoquito Pedra Dourada é composto de rochas félsicas pertencentes às séries charnoquito-enderbito e granito-tonalito intrusivas em piribolitos gabróicos. Entre as rochas félsicas e máficas ocorrem, além dos contatos claramente intrusivos, também contatos transicionais, do tipo migmatítico. Os charnoquitos mostram texturas magmáticas reliquiares que contrastam com as metamórficas dos piribolitos. Cálculos termobarométricos baseados na composição química de minerais coexistentes sugerem temperaturas entre 605 e 716°C e uma pressão de 7.3kbar (~27km de profundidade) para a formação do corpo de Pedra Dourada. Pelas paragêneses de alto grau destas rochas, estas temperaturas são excessivamente baixas, possivelmente devido a um reequilíbrio nas composições químicas dos minerais durante o subseqüente soerguimento e deformação. Os dados de campo complementados pelas características mineralógicas, texturais e químicas do Charnoquito Pedra Dourada sugerem uma origem por fusão parcial de crosta continental profunda sob as condições anidras da fácies granulito. O magma félsico cristalizou em rochas das séries charnoquítica e granítica. Os piribolitos máficos são provavelmente restitos. Este estudo mostra que charnoquitos de origem ígnea podem ser muito mais comuns nos terrenos do embasamento no mundo do que se tem até então admitido.
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