Browsing by Author "Ferreira, Gabrielly Ramalho"
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Item Os efeitos do rompimento da barragem de Fundão sobre o mercado suplementar de saúde.(2022) Ferreira, Gabrielly Ramalho; Ribeiro, Mirian Martins; Oliveira, Heder Carlos de; Ribeiro, Mirian Martins; Silva, Fernanda Faria; Botega, Laura de AlmeidaEste trabalho busca avaliar os efeitos do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG) em novembro de 2015, sobre seu mercado de saúde suplementar. A hipótese principal é a de que tal rompimento causou choques no mercado de trabalho, que tiveram impacto sobre os beneficiários de planos de saúde no município. Isso deve ocorrer em função da associação entre mercado de trabalho e mercado de planos e seguros de saúde. Para isso, utiliza-se o Método de Controle Sintético, aplicado em um painel balanceado em nível municipal para o período de 2010 a 2020. Este modelo permite analisar as taxas de beneficiários para cada tipo de plano de saúde ao longo dos anos, por meio de uma comparação entre Mariana e demais municípios de Minas Gerais com perfil minerador semelhante, que possam reproduzir as características da unidade tratada, sem ter sofrido o choque. Os resultados indicam uma redução na taxa de beneficiários em função do rompimento da barragem em Mariana, sobretudo nos planos coletivos, com destaque para os empresariais. Nesse aspecto, percebe-se que os beneficiários do sexo masculino foram mais afetados do que os do sexo feminino. As estimativas também demonstram, para todos os tipos de planos analisados, que a taxa de beneficiários vinha apresentando retração desde 2013, período em que o país sofreu com uma crise no setor de mineração pela queda do preço do minério no mercado internacional. Entretanto, o rompimento trouxe consequências ainda mais fortes para Mariana quando comparada ao seu grupo sintético. Ou seja, o choque de 2015 foi mais um fator importante que prejudicou a recuperação do município, não apenas no setor econômico, como no de saúde. Ademais, os efeitos sobre os planos individuais revelam que não houve uma transferência dos beneficiários de planos coletivos para esses, sugerindo que esta transferência se deu dos serviços de saúde privados para os públicos.