Browsing by Author "Medeiros Júnior, Edgar Batista de"
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Item A-type Medina batholith and post-collisional anatexis in the Araçuaí orogen (SE Brazil).(2018) Serrano, Paula; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Boa, Tobias Fonte; Araujo, Cristina; Dussin, Ivo Antonio; Queiroga, Gláucia Nascimento; Lana, Cristiano de CarvalhoThe Medina batholith and its host granitic migmatites record intriguing plutonic processes in the northern Araçuaí orogen (SE Brazil). This orogen shows a long lasting (630–480 Ma) succession of granite production events from the earliest pre-collisional plutons to the latest post-collisional intrusions. The Medina batholith includes granite intrusions ascribed to the post-collisional stage. They show high alkali and halogen contents, low CaO (at SiO2=71%:Na2O+K2O=7 to 9%; CaO=1.6%), and high FeOt/(FeOt+MgO) ratios (0.78 to 0.92). The Medina granites are metaluminous to weakly peraluminous, with ASI (molecular ratio Al/(Ca-1.67P+Na_K)) values of 1.76 to 2.07, and have high concentrations of high field strength elements (Zr+Nb+Ce+Y N 700 ppm), as well as high Ga/Al ratios. Accordingly, the Medina intrusions are typical ferroan A-type granites. U\\Pb ages fromzircon (501±2 Ma) and monazite (497±2 Ma) constrain the emplacement timing of theMedina batholith. Surprisingly, all monazite ages from host rocks also cluster around 500Ma, despite their nature and distance from the batholith, suggesting that they would have shared a same thermal process. The studied host rocks are granitic migmatites varying from patch metatexite to nebulitic diatexite, comprising paleosome of foliated sillimanite-garnet-biotite metagranite to gneiss, and non-foliated garnet-cordierite neosome poor to free of biotite. A metatexite (R14) located relatively far from the Medina batholith, and a diatexite (M26) found at the batholith contact were sampled for detailed studies. The paleosome of foliated metagranite (R14A) only shows zircon grains with igneous features and Th/U ratio from1.64 to 0.26. Although the spreading of zircon spots, themain cluster yields a Concordia age at 556±6 Ma, constraining the protolithmagmatic crystallization. A minor cluster furnishes a Concordia age at 499±7 Ma, in agreement with the U\\Pb monazite age at 501±2Ma. Extracted from the same metatexite sample, the non-foliated garnet-cordierite neosome (R14B) shows both igneous and metamorphic zircon domains with Th/U ratios ranging from 1.47 to 0.00. Again, the U\\Pb spots cluster at two distinct Concordia ages (562±3Ma and 499±3Ma). The youngest of them, fitting with themonazite age (495±3Ma), constrains melt crystallization,while the oldest age suggests paleosome inheritance. The nebulitic diatexite (M26) showsmonazite (497±2Ma) and zircon (Th/U=1.7 to 0.0; Concordia ages at 564±2Ma and 507±3Ma) populations similar to themetatexite neosome, alsowith the youngest ages bracketing themelt crystallization process around 500 Ma. Accordingly, all those ages at around 500Ma disclose a partial melting episode coeval with the Medina batholith emplacement. Phase equilibrium modeling on a garnet-cordierite neosome furnished P-T conditions of 750–840 °C at 2.4–3.5 kbar for that post-collisional anatexis. Evidence for such a late thermal event are common in the Araçuaí orogen, even far from the post-collisional batholiths. Thus, a possible major heat source can be envisaged, like a mantle plume triggering crustal anatexis and regional fluid circulation during the gravitational collapse of the Araçuaí orogen.Item Caracterização petrológica, geoquímica e geocronológica de corpos intrusivos máficos da porção central da Serra do Espinhaço.(2017) Moreira, Helen Fonseca; Danderfer Filho, André; Danderfer Filho, André; Chaves, Alexandre de Oliveira; Medeiros Júnior, Edgar Batista deAo longo da cordilheira do Espinhaço ocorrem diversos diques e soleiras de rochas máficas intrusivas em sucessões sedimentares da bacia homônima e no embasamento. Estudos já realizados na porção meridional e setentrional da cordilheira atestam diferentes eventos magmáticos ao longo da evolução geológica dessa bacia. O presente trabalho apresenta os resultados de estudos petrográficos, geoquímicos e geocronológicos desenvolvidos para corpos máficos que ocorrem na porção central da Serra do Espinhaço, no extremo norte de Minas Gerais. Este setor faz parte do sistema de dobras e falhas de cavalgamento do domínio externo do orógeno Araçuaí. Nos limites da área de estudo, três ocorrências principais foram mapeadas (Costa 2013; Bersan 2015) e caracterizadas. Com base nos resultados obtidos, elas foram classificadas em dois grupos distintos. As ocorrências que compõem o grupo I ocorrem encaixadas em rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço, alojadas como soleiras nas unidades siliciclásticas do Grupo Sítio Novo, ou cortando o embasamento cristalino. Petrograficamente, os corpos do grupo I constituem metagabros de granulação média a grossa, às vezes com textura porfirítica. A assembleia mineral é constituída essencialmente por plagioclásio, anfibólio e clinopiroxênio, além de minerais secundários que sugerem alterações metamórficas de grau baixo, embora feições do protólito ígneo ainda estejam preservadas. Caracterizações litoquímicas mostram que essas rochas foram originadas a partir de um magma subalcalino, com afinidades toleíticas, típico de magmatismo intraplaca continental. As análises de elementos incompatíveis revelam um leve enriquecimento em LREE e LILE em relação aos HFSE. O enriquecimento relativo em elementos litófilos é compatível com os valores levemente negativos de !Hf obtidos, sugerindo assimilação de material crustal. Dados geocronológicos obtidos a partir de análises U-Pb (via LA-ICPMS) em grãos de zircão de duas amostras indicaram idades 206Pb/238U de 895± 3 Ma e 896 ± 2 Ma, consideradas como a melhor estimativa para cristalização magmática dassas rochas. Já as rochas do grupo II correspondem às soleiras máficas que ocorrem na porção nordeste da área de estudo intrudindo rochas paleoproterozoicas do Grupo Terra Vermelha. Do ponto de vista petrográfico, essas rochas apresentam apenas pequenas diferenças em relação às intrusões do grupo I, já que apresentam textura mais fina, exibindo leve foliação e maior abundância de minerais secundários. Os resultados obtidos a partir das caracterizações litoquímicas também indicaram magmas parentais toleíticos de ambiente intraplaca, porém, observa-se um expressivo enquecimento de elementos incompatíveis quando comparadas às rochas do grupo I, sugerindo que as ocorrências dos dois grupos evoluíram de fontes distintas. Para as rochas metamáficas do grupo II, os dados isotópicos de U-Pb forneceram uma idade concórdia de 1730 ± 8 Ma (MSWD = 0.033), que pelas características magmáticas dos zircões datados, foram interpretadas como a idade de cristalização dessas rochas. Assim, com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível reconhecer pelo menos dois eventos magmáticos associados com magmas máficos no domínio do Espinhaço Central, de modo que as intrusões que lá ocorrem apresentem significados tectônicos distintos ao longo da evolução da bacia. Num contexto regional, as rochas dos grupos I e II apresentam correlações com outras rochas de natureza máfica que ocorrem disseminadas em outros domínios do bloco São Francisco, evidenciando que condições extensionais de grande magnitude afetaram significativamente o bloco São Francisco durante o Toniano e Estateriano. Do ponto de vista geodinâmico, registros máficos com características e idades semelhantes às que ocorrem no bloco São Francisco são reportados em outros blocos crustais, como no cráton do Congo e Norte da China, de modo que esses extensivos eventos de magmatismo máfico registrados durante o Toniano e Estateriano podem estar associados a tentativas de fragmentação de massas continentais maiores (ou supercontinentes) das quais esses blocos faziam parte no passado. Embora a configuração dessas massas continentais mais antigas ainda seja alvo de muitas discussões.Item Contrasting P-T conditions of Oriental Terrane and Central Superterrane (Ribeira Belt), NW of Rio de Janeiro state, Brazil.(2021) Marques, Rodson de Abreu; Duarte, Beatriz Paschoal; Tupinambá, Miguel Antônio; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Ferreira, Sandro Lúcio MauriRochas de idade neoproterozoica- cambriana do Terreno Oriental e do Superterreno Central da Faixa Ribeira ocorrem no noroeste do estado do Rio de Janeiro. Este trabalho insere na literatura novos dados de campo, petrologia, química mineral e de geotermobarometria convencional, fundamentais ao entendimento da geologia da região. As rochas metabásicas do Domínio Cambuci, associadas à bacia de retroarco do Superterreno Central, registram dois eventos metamórficos: M0 (anterior à formação da foliação principal, sob condições de 788 °C) e M1 (contemporânea à foliação principal, com pico em 718-752 oC e 6.62 kbar). As rochas do Domínio Costeiro, interpretadas como representantes do arco Rio Doce (Suíte Angelim) e da bacia de retroarco (Grupo São Fidélis) do Terreno Oriental, registram pico metamórfico em facies granulito e os valores de pressão e temperatura obtidos (752-784 oC e 8.2-9.0 kbar) foram os mais elevados dentre os domínios estudados. Para o Domínio Italva, representante da bacia de retroarco do Terreno Oriental, os valores de temperatura e pressão obtidos para o pico metamórfico foram 731 oC e 6.78 kbar, com pico metamórfico na zona de transição entre as condições de fácies anfibolito superior e granulito. Este trabalho apresenta a mais nova abordagem da evolução metamórfica no Terreno Oriental da Faixa Ribeira, sugerindo um caminho P-T-t no sentido anti-horário para as rochas dos domínios Cambuci. Portanto, esse resultado contribui para a compreensão da evolução dos cinturões de orogenicos durante a amalgamados no Gondwana durante o Neoproterozoico.Item O efeito do microfissuramento no desenvolvimento de patologias em rochas ornamentais : o exemplo dos granitos Branco Viena e Branco Itaúnas.(2019) Calegari, Salomão Silva; Soares, Caroline Cibele Vieira; Hartwig, Marcos Eduardo; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Marques, Rodson de Abreu; Pontello, MarianaO objetivo do presente estudo foi o de investigar as causas das patologias (pequenos pontos acastanhados) que surgem nos granitos Branco Viena e Branco Itaúnas durante ou logo após o seu desdobramento em chapas, o que afeta a sua comercialização. Para tanto, estes materiais foram analisados quanto a suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados revelaram diferenças marcantes na densidade, abertura e padrão de distribuição de microfissuras entre os dois materiais, bem como na porosidade aparente, absorção d’água e velocidade de propagação de ondas ultrassônicas. Os dados revelaram que as patologias são causadas pelo microfissuramento dos materiais, sendo este efeito mais pronunciado no granito Branco Itaúnas. Os pontos acastanhados (óxido de Fe) são o produto da alteração química (acelerada) de cristais de granada (Almandina)Item Electron microprobe Th-U-Pb monazite dating and metamorphic evolution of the Acaiaca Granulite Complex, Minas Gerais, Brazil.(2016) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Queiroga, Gláucia Nascimento; Schulz, Bernhard; Marques, Robson de AbreuThe Acaiaca Complex (AC) is located in southeastern Minas Gerais state, and comprises felsic, mafic, ultramafic, and aluminous granulites as well as lower grade gneisses and mylonites. The complex is distributed over an area of ca. 36 km by 6 km, surrounded by amphibolite facies gneisses of the Mantiqueira Complex (MC). The discrepancy in the metamorphic grade between both complexes led to the present study aiming to understand the metamorphic history of the AC by means of geothermobarometric calculations and electron microprobe Th-U-Pb monazite dating. Estimates of the metamorphic conditions of the granulites based on conventional geothermobarometry and THERMOCALC resulted in temperatures around 800 ºC and pressures between of 5.0 and 9.9 kbar and a retrometamorphic path characterized by near-isobaric cooling. Part of the granulites was affected by ana¬texis. The melting of felsic granulites resulted in the generation of pegmatites and two aluminous lithotypes. These are: i) garnet-sillimanite granulite with euhedral plagioclase and cordierite that show straight faces against quartz, and is the crystallization product of an ana¬tectic melt, and ii) garnet-kyanite-cordierite granulite, which is probably the restite of anatexis, as indicated by textures and high magnesium contents. Th-U-Pb monazite geochronol¬ogy of two granulite samples resulted in a metamorphic age around 2060 Ma, which is similar to the age of the MC registered in the literature. The similar Paleoproterozoic metamorphic ages of both complexes lead to the conclusion that the Acaiaca Complex may be the high grade metamorphic unit geochronologically related to the lower grade Mantiqueira Complex.Item Evolução arqueana e paleoproterozoica de corpos plutônicos aflorantes no Bloco Itacambira – Monte Azul e em suas imediações : geocronologia U-pb, isótopos de Hf e geoquímica.(2019) Bersan, Samuel Moreira; Danderfer Filho, André; Danderfer Filho, André; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Silva, Luiz Carlos daO paleocontinente São Francisco, localizado na porção centro-oriental do Brasil, é formado por núcleos arqueanos e terrenos relacionados com arcos magmáticos paleoproterozoicos, amalgamados no decorrer de processos orogênicos globais entre o Sideriano e o Orosiriano (~2.36-2.0 Ga). Embora bem investigado na porção setentrional e meridional, o domínio central e elo entre essas duas regiões do paleocontinente São Francisco carece de investigações para embasar melhor a sua evolução crustal. Na presente tese foram conduzidos estudos no embasamento leste da faixa Araçuaí, no bloco Itacambira-Monte Azul (BIMA) e no segmento meridional do bloco Gavião, região norte de Minas Gerais, a partir de estudos petrográficos, litogeoquímicos, geocronológicos (U-Pb em zircão e titanita) e isotópicos (Lu-Hf em zircão) em plutonitos arqueanos (Pedra do Urubú, Rio Gorutuba e Barrocão) e paleoproterozoicos (Barrinha-Mamonas, Estreito, Paciência, Morro do Quilombo, Serra Branca, Mulungú, Confisco e Montezuma/Complexo Córrego Tinguí). Os granitoides que integram os plutons arqueanos apresentam assinaturas geoquímicas e petrográficas semelhantes à biotita-granitos arqueanos gerados pelo retrabalhamento de crosta continental mais antiga. Resultados geocronológicos obtidos neste trabalho, aliados a dados compilados da literatura, indicam que esses granitos foram gerados em dois eventos distintos de retrabalhamento crustal, um de idade Mesoarqueana, e outro no Neoarqueano. Além disso, zircões herdados com idades entre o Paleo e o Neoarqueano (entre 3.36 Ga e 2.51 Ga) são abundantes nos granitoides paleoproterozoicos tardi- a pós-colisionais que ocorrem no BIMA. Esses zircões apresentam assinaturas de Hf negativas e sugerem uma evolução arqueana duradoura para esse segmento do paleocontinente São Francisco. Processos de retrabalhamento crustal são predominantes, enquanto eventos de crescimento crustal seriam esporádicos em torno de 3.05 Ga. Os diversos plutons paleoproterozoicos afloram segundo uma orientação preferencial N-S ao longo da região centrosetentrional do BIMA e na região do Complexo Córrego Tinguí, no setor meridional do bloco Gavião. As assinaturas químicas dessas rochas, que variam de appinitos, sienitos, quartzomonzonitos a granitos, mostram que esses diversos corpos plutônicos são dominantemente potássicos a ultrapotassicos, com afinidade alcalina a alcalina-cálcica, com forte enriquecimento em LILEs e elementos terras raras leves, empobrecimento em Nb, Ta e Ti, além de moderados a altos Mg#. Esse magmatismo potássico/ultrapotássico é compatível com um ambiente tectônico tardi- a pós-colisional, no qual o processo de slab-break off foi seguido pelo colapso orogenético e ascensão de uma pluma mantélica, associadas à um magma gerado pela fusão parcial de uma fonte mantélica previamente metassomatizada por subducção, com posterior hibridização de magmas gerados pela fusão parcial de crosta continental (protolitos ígneos e/ou sedimentares). As datações U-Pb em zircão e titanita para esses granitoides indicam um evento duradouro, com idades de cristalização entre 2.06 Ga e 1.98 Ga, compatíveis com o estágio tardi- a pós-colisional registrado para o paleocontinente São Francisco ao longo da transição entre o Riaciano e o Orosiriano. Apesar das semelhanças geoquímicas e geocronológicas, uma assinatura isotópica contrastante registrada em zircões cristalizados e herdados presentes nessas rochas, se mostra compatível com a existência de dois terrenos crustais distintos: um de natureza predominantemente arqueana que possivelmente representa a borda ocidental retrabalhada do paleocontinente São Francisco; e um terreno dominantemente juvenil, exótico em relação à crosta paleo a neoarqueana do núcleo desse paleocontinente, provavelmente relacionado a um ambiente de arco de ilhas, posteriormente acrescionado à sua margem. Dessa forma, os resultados apresentados nesta tese trazem indícios de que a evolução paleoproterozoica do segmento estudado registrada em granitoides tardi- a pós-colisionais é mais complexa do que previamente proposto, mostrando-se em alguns aspectos similar com aquela registrada na região do cinturão Mineiro, na porção meridional do paleocontinente São Francisco.Item Evolução petrogenética de terrenos granulíticos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.(2016) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Moraes, Renato deNo presente trabalho são apresentados os resultados de investigação mineralógica, geoquímica e geocronológica de rochas metamórficas de fácies granulito expostas nas porções sudeste de Minas Gerais e centro-sul do Espírito Santo. Quando se analisa a geologia dessa região ao longo de uma seção transversal W-E de 410 km entre os paralelos 20ºS e 21ºS, das proximidades da cidade de Acaiaca até a costa observa-se aumento no volume e diminuição na idade das rochas metamórficas. O objetivo deste estudo foi comparar os diferentes terrenos de fácies granulito situados no domínio externo e interno do Orógeno Araçuaí, de idade Neoproterozóica. Os dois domínios são separados pela Zona de cisalhamento de Abre Campo. Os granulitos situados na porção mais a oeste são pertecentes ao Complexo Acaiaca e são ladeados por rochas de fácies anfibolito do Complexo Mantiqueira, de idade Paleoproterozóica, que representa o embasamento oriental do Quadrilátero Ferrífero. O Complexo Acaiaca é composto por granulitos félsicos, máficos, aluminosos e olivina-piroxênio granofels (composição ultramáfica) gerados em temperaturas entre 710 and 800ºC and pressões entre 5 e 9,9 kbar. Estudo geocronológico em zircão bem como em monazita resultam em idades entre 2037- 2056 Ma, que são semelhantes as idades encontradas para o Complexo Mantiqueira. Isso sugere uma evolução tectono-metamórfica similar para essas unidades: os granulitos ortoderivados do Complexo Acaiaca são geneticamente relacionados ao Arco magmático Mantiqueira e os granulitos paraderivados tiveram seus protólitos depositados em uma bacia de back-arc. A trajetória retrometamórfica é caracterizada por um resfriamento isobárico seguido por uma exumação ao longo de zonas de cisalhamento de possível idade Neoproterozóica. Mais a leste, os terrenos granulíticos formados por granulitos ortoderivados do Complexo Juiz de Fora e paraderivados do Grupo Andrelândia são encontrados na região de Abre Campo e Manhuaçu. O Complexo Juiz de Fora é caracterizado por granulitos maficos e félsicos derivados de protólitos Paleoproterozóicos que são tectonicamente intercalados com os jovens granulitos aluminosos do Grupo Andrelândia. Os dados termobarométricos da recristalização metamórfica Neoproterozóica do Complexo Juiz de Fora e Grupo Andrelândia resultou em 750-870ºC e 6-8 kbar. Uma trajetória retrometamórfica caracterizada pela descompressão indica exumação ao longo de zonas de cisalhamento relacionadas ao colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí. Um pouco mais a leste são encontrados os granulitos da Serra do Caparaó. A Suite Caparaó é composta por granulitos máficos e enderbitos que são geocronologicamente correlacionados ao Complexo Juiz de Fora. Então essas duas unidades possuem uma história metamórfica semelhante. Os dados termométricos indicam condições metamórficas entre 800-850ºC. Na porção mais oriental tem-se o Complexo Paraíba do Sul, inserido no estado do Espírito Santo. É composto essencialmente por granulitos aluminosos e, na região sul do estado, também possui mármores, os quais sugerem o desenvolvimento de uma plataforma carbonática na região. A geocronologia U-Pb em zircão forneceu uma idade máxima de 619 Ma para a sedimentação do protólito dos granulitos aluminosos em uma bacia de back-arc. A evolução tectono-metamórfica do Complexo Paraíba do Sul está relacionada ao desenvolvimento do Arco magmático Rio Doce, responsável pela formação de diversas gerações de granitos. O processo metamórfico Neoproterozóico que gerou granulitos e mármores é caracterizado pro temperaturas de 750 a 800ºC e pressões entre 5 e 8 kbar. As estruturas migmatíticas associadas aos granulitos aluminosos indicam que ocorreu anatexia durante o metamorfismo. Os contatos difusos entre os granulitos aluminosos e pelo menos uma geração de granitos são evidências de uma relação genética entre eles: os granulitos aluminosos são as fontes da fusão que gerou os granitoides diatexíticos. As texturas diagnósticas de descompressão devido ao colapso do Orógeno Araçuaí foram geradas durante a exumação dos granulitos do Complexo Paraíba do Sul ao longo de zonas de cisalhamento. As condições de P e T calculadas para retrometamorfismo são de 650ºC e de 3 - 4 kbar. É possível concluir que as principais diferenças na evolução metamórfica dos granulitos encontrados nos domínios externo e interno do Orógeno Araçuaí não são somente as idades do metamorfismo, mas também as diferentes trajetórias retrometamórficas, que são indicadas pela história de exumação. O terrenos granulíticos encontrados no domínio externo foram metamorfizados no Paleoproterozóico, com retrometamorfismo caracterizado por um resfriamento isobárico e uma posterior exumação ao longo de zonas de cisalhamento de possível idade Neoproterozóica. Em contrapartida, os granulitos pertencentes ao domínio interno foram metamorfizados no Neoproterozóico, com retrometamorfismo caracterizado por descompressão, relacionada a denudação tectônica ocorrida durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.Item Geologia e recursos minerais na região de São João do Paraíso (RJ).(2019) Marques, Rodson de Abreu; Mattos, Livia Costa Novello de; Marangon, Guilherme Rodrigues; Melo, Marilane Gonzaga de; Ferreira, Sandro Lúcio Mauri; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Velasco, Tamires Costa; Licursi, Ernesto Adler; Bottacin, Cícero DiasA região de São João do Paraíso (noroeste do Rio de Janeiro) representa um importante pólo gerador de rochas ornamentais e de revestimento. Atualmente, são escassos os trabalhos que retratam as feições de campo, aspectos petrológicos e recursos minerais desta região. O objetivo do presente trabalho é apresentar os aspectos geológicos e recursos minerais baseados no levantamento de campo realizado e análises minerais por meio de estereomicroscópio, microscópio e refratômetro. Na região afloram granitoides diatexíticos leucocráticos (com composição de plagioclásio, quartzo, K-feldspato, granada e biotita), mármores de composição calcítica, paragnaisses de composições variadas, além de inúmeros corpos pegmatíticos. Tais litotipos apresentam grande potencial para o uso como rochas ornamentais e, no caso dos pegmatitos, como fonte de minerais gema, especialmente de berilo em sua variedade água marinha, e de turmalina negra (shorlita).Item Geothermobarometry of granulites of the Juiz de Fora complex and the Andrelândia group in the region of Abre Campo and Manhuaçu, Minas Gerais, Brazil(2017) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Marques, Rodson de Abreu; Velasco, Tamires Costa; Soares, Caroline Cibele VieiraGranulitos máficos e félsicos ortoderivados do Complexo Juiz de Fora e granulitos aluminosos paraderivados do Grupo Andrelândia ocorrem na região de Abre Campo e Manhuaçu, estado de Minas Gerais. As rochas orto- e paraderivadas estão tectonicamente intercaladas como resultado da edificação do Orógeno Araçuaí de idade neoproterozoica. Os granulitos máficos são formados pela associação mineral plagioclásio + ortopiroxênio + clinopiroxênio ± hornblenda. Os granulitos félsicos são compostos por plagioclásio + quartzo ± feldspato potássico ± ortopiroxênio ± granada. A associação mineral dos granulitos aluminosos é dada por plagioclásio + quartzo + granada + biotita ± feldspato potássico ± sillimanita. Os cálculos utilizando a geotermobarometria convencional e o programa THERMOCALC resultaram em temperaturas entre 748 °C e 870 °C e pressões entre 5,7 kbar e 7,5 kbar para o metamorfismo de fácies granulito que gerou essas rochas durante o desenvolvimento do Orógeno Araçuaí. A ocorrência local de foliação milonítica e de porfiroclastos intensamente deformados é associada a reativação das zonas cisalhamento Manhuaçu e Abre Campo durante o escape lateral da porção sul do orógeno. Esse estágio é caracterizado pelo desenvolvimento de grandes zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais. A exumação dos granulitos do Complexo Juiz de Fora e do Grupo Andrelândia está relacionada ao colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.Item Ocorrência de rochas da fácies granulito no Cinturão Mineiro, Minas Gerais, Brasil.(2010) Gomes, Newton Souza; Evangelista, Hanna Jordt; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Filippo, Raphael Carneiro; Germano, Luciano FernandesNa região de Lagoa Dourada, inserida no Cinturão Mineiro, ocorrem granitoides paleoproterozóicos, que intrudem seqüências supracrustais arqueanas do greenstone belt Rio das Velhas. Os granitóides são cortados por rochas máficas anfibolitizadas, que portam xenólitos de granulitos. Trata-se de granulitos máficos caracterizados pela textura granoblástica e pela paragênese ortopiroxênio-clinopiroxênio-anfibólio-plagioclásio. Como fases secundárias, registram-se actinolita, cummingtonita, carbonato, epídoto, granada e quartzo. Determinações geotermométricas baseadas nos pares minerais ortopiroxênio-clinopiroxênio e anfibólio-plagioclásio produziram valores de temperatura entre 700 e 853ºC. As fases secundárias são produtos de um processo metamórfico posterior.Item Petrogênese de rochas metaultramáficas do Quadrilátero Ferrífero e adjacências e geocronologia de terrenos associados.(2017) Fonseca, Gabriela Magalhães da; Jordt, Hanna Evangelista; Queiroga, Gláucia Nascimento; Jordt, Hanna Evangelista; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Zincone, Stéfano Albino; Szabo, Gergely Andres Julio; Uhlein, AlexandreNo Quadrilátero Ferrífero (QF), Cinturão Mineiro (CM) e Complexo Mantiqueira (CMA) encontram-se muitos corpos de esteatito e serpentinito e raros corpos de rochas metaultramáficas que preservam algum mineral e/ou textura da rocha ígnea original. O estudo petrogenético comparativo destes corpos objetivou obter informações sobre o tipo de magmatismo ultramáfico nas adjacências de Rio Manso, Amarantina, Mariana, Lamim, Queluzito e Lagoa Dourada. Adicionalmente foi realizada uma investigação detalhada, em termos geoquímicos e geocronológicos, dos terrenos de gnaisses atribuídos ao Complexo Mantiqueira (CMA) e Complexo Santa Bárbara (CSB) encaixante de inúmeros corpos ultramáficos a leste do QF. Os afloramentos das rochas metaultramáficas ocorrem na forma de blocos de metros a decâmetros, são maciços e estão encravados em terrenos gnáissicos do embasamento de composição granítica a tonalítica, que frequentemente apresentam intercalações de anfibolitos concordantes com a bandamento. Com exceção das amostras de Rio Manso que possuem textura spinifex, os metaperidotitos preservam uma textura equigranular plutônica com minerais ígneos como olivina, piroxênio e espinélio distribuídos em uma matriz metamórfica fina composta por talco, serpentinas, cloritas, anfibólios e minerais opacos. Os corpos das rochas encaixantes são constituídos por gnaisses de composição granítica a tonalítica, em alguns locais apresentam intercalações de níveis anfibolíticos, geralmente concordantes com o bandamento. Os metaperidotitos, com exceção das amostras de Rio Manso que possuem textura spinifex, possuem textura equigranular, que é característica de origem plutônica, com minerais ígneos preservados como olivina, piroxênio e espinélio distribuídos em matriz metamórfica fina com talco, serpentinas, cloritas, anfibólios e minerais opacos. O estudo geoquímico dos corpos ultramáficos do QF e CM, especialmente em relação ao conteúdo de ETR, juntamente com dados de petrografia, química mineral e metamorfismo, mostrou que as rochas metaultramáficas são semelhantes a peridotitos komatiiticos. A comparação da composição química com rochas komatitiiticas de outras partes do mundo mostra que os metaperidotitos são quimicamente semelhantes aos komatiitos não-desfalcados em alumínio, com conteúdo de MgO > 22% em peso e TiO2 < 0,9% em peso. Os litotipos encontrados no QF possuem empobrecimento em ETRL, possivelmente refletindo a fonte mantélica, enquanto as rochas do CM são enriquecidas em ETRL, sugerindo uma fonte de manto, possivelmente metassomatizado, mais rica nesses elementos. Portanto, os resultados deste trabalho sugerem que houve dois eventos de magmatismo ultramáfico nas regiões estudadas. O mais antigo, no QF (regiões de Amarantina, Rio Manso e Mariana), que teve como fonte manto empobrecido, está associado ao greenstone belt Rio das Velhas arqueano. O segundo tipo, no CM (regiões de Lamim, Queluzito e Lagoa Dourada) possivelmente originou-se a partir de manto metassomatizado durante acreção do arco magmático paleoproterozoico que deu origem ao CM. Os terrenos gnáissicos atribuídos ao CMA a leste do QF foram caracterizados com detalhe por serem encaixantes de inúmeros corpos metaultramáficos. Predominam biotita gnaisses, leucognaisses e augen gnaisses que possuem características químicas de três grupos: TTGs, formados pela fusão de rochas metaígneas máficas, biotita gnaisse, provenientes da fusão de TTGs e metassedimentos, e granitos híbridos de alto-K, formados por mistura de magmas. Geocronologia U-Pb em zircão via LA-ICPMS resultou em idades mais antigas do que as descritas na literatura para o CMA e são correlacionadas a eventos magmáticos que ocorreram no QF. Foram encontradas idades herdadas de 3202, 2974 e 2789 Ma, mostrando que já existia crosta arqueana no CMA. As amostras com idade magmática mais antiga vão de 3146 a 3140 Ma. Correspondente ao evento Rio das Velhas II tem-se três amostras de 2812 a 2778 Ma. Relacionadas ao evento Mamona, cinco amostras com intervalo de idades entre 2738 Ma e 2678 Ma, sendo que nove amostras apresentam idades de cristalização magmática mais novas do que 2680 Ma, mostrando que no CMA houve intenso magmatismo de idade inferior ao evento Mamona. Estes litotipos mais jovens, de 2501 a 2440 Ma, podem ter sido a fonte para os sedimentos da Serra do Caraça. Idades metamórficas entre 2100 a 1978 Ma ocorrem em diversas amostras e são equivalentes ao Ciclo Transamazônico. Como as idades obtidas para as rochas atribuídas na literatura ao CMA são mais antigas do que as idades postuladas por diversos autores para este Complexo, sugere-se que o CSB se estende mais para leste, o que constitui uma relevante contribuição para o conhecimento do embasamento oriental do QF.Item Petrogênese do complexo Acaiaca - MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna JordtO Complexo Acaiaca (CA) é constituído predominantemente por rochas de fácies granulito que se distribuem por parte do município de Acaiaca e de municípios vizinhos, a leste do Quadrilátero Ferrífero. O presente trabalho teve como objetivo investigar a diversidade litológica do CA em toda a sua faixa de ocorrência, enfatizando a caracterização microestrutural, mineralógica, geoquímica e petrogenética. O reconhecimento litoestrutural mostrou que a unidade se distribui ao longo de uma estreita faixa de até 6 km de largura e que se estende por cerca de 36 km na direção NS, encaixada em terreno de gnaisses de fácies anfibolito. Os granulitos comumente possuem uma foliação milonítica subverticalizada e paralela ao bandamento mineralógico de direção NNESSW. Granulitos ortoderivados félsicos, máficos e ultramáficos e granulitos paraderivados são litotipos encontrados neste Complexo. Outros tipos de rocha na área do CA são gnaisses de fácies anfibolito, meta–gabros, anfibolitos, meta–diabásios, quartzitos, meta–granitos e pegmatitos. Os granulitos félsicos são derivados de granitóides peraluminosos que apresentam afinidade orogênica a pós-orogênica. São constituídos por biotita + granada + plagioclásio + quartzo ± feldspato potássico ± ortopiroxênio. Resultados do geotermômetro granada–biotita indicam temperaturas entre 622 e 700 ºC que, no entanto, são relativamente baixas devido a parcial reequilíbrio composicional retrometamórfico dos minerais. Os granulitos máficos têm afinidade geoquímica com basaltos de arco de ilhas. São constituídos pela paragênese ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio ± hornblenda, típica de fácies granulito de baixa pressão. Resultados geotermobarométricos indicam que as condições mais prováveis para a sua formação estão entre 720 e 820 ºC e 6,5 e 7 kbar. Granulitos derivados de rochas pelíticas são compostos por duas associações minerais distintas: granada + biotita + sillimanita + plagioclásio + quartzo ± feldspato potássico ± cordierita e biotita + cianita + plagioclásio + quartzo + cordierita ± granada ± estaurolita. A primeira constitui uma paragênese de fácies granulito típica de pressão intermediária. A segunda apresenta fases minerais em desequilíbrio textural, que podem ser agrupadas em duas paragêneses: estaurolita + plagioclásio + cianita + biotita + quartzo, típica de fácies anfibolito de média a alta pressão, e cordierita + granada + sillimanita + plagioclásio + biotita + quartzo, típica de fácies granulito de baixa a média pressão. A geotermobarometria indicou que as condições mais prováveis para a geração dos granulitos de protólito pelítico estão entre 662 e 732 °C e em torno de 6,5 kbar. Os resultados deste estudo permitem concluir que o principal evento metamórfico que afetou as rochas do CA foi de fácies granulito com pressão intermediária de 6,5 kbar e pico metamórfico em torno de 800 ºC e, seguido de uma trajetória retrometamórfica provavelmente relacionada a uma descompressão quase isotérmica.Item Petrogenesis and age of skarns associated with felsic and metamafic dykes from the Paraíba do Sul Complex, southern Espírito Santo State.(2017) Mesquita, Raissa Beloti de; Evangelista, Hanna Jordt; Queiroga, Gláucia Nascimento; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Dussin, Ivo AntonioThis paper concerns the study of petrography, mineral chemistry and geochronology of skarns generated at the contact of marbles of the Paraíba do Sul Complex with felsic and metamafic dykes in the southern Espírito Santo State. The marbles were metamorphosed under P-T granulite facies conditions during the syn-collisional stage of the Neoproterozoic Araçuaí orogen. Metamafic bodies are composed of amphibolite and hornblende granofels, while felsic dykes consist of alkali-feldspar granite, monzogranite or syenogranite. From marble towards the dyke, skarns related to the metamafic bodies are composed of carbonate + olivine and diopside + hornblende zones. Skarn associated to the granitic dykes are composed of three different zones: carbonate + tremolite, diopside, scapolite + diopside. Variations in mineral chemical compositions along the metasomatic zones suggest introduction of Mg and Ca from the marbles, Fe from the metamafic dykes and Na from the granitoids. The presence of spinel in the metamafic dykes and their skarns indicates that both were metamorphosed under granulite facies conditions during the 580–560 Ma syn-collisional stage. U-Pb zircon geochronology (LA-ICP-MS) of an alkali-feldspar granite dyke resulted in a crystallization age of ca.540 Ma, which suggests that its skarns are therefore younger than skarns associated with the syn-collisional metamafic dykes.Item Petrografia e geoquímica dos granulitos do Complexo Acaiaca, região Centro-Sudeste de Minas Gerais.(2010) Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna JordtO Complexo Acaiaca abrange uma região composta, predominantemente, por rochas de fácies granulito e essa região está localizada próximo à cidade de Acaiaca, Minas Gerais. O Complexo se estende por, no mínimo, 36 km na direção norte-sul e atinge cerca de 6 km de largura na porção central. Granulitos félsicos (biotita granulitos e charnockitos), granulitos máficos (piroxênio ± hornblenda granulitos), granulitos ultramáficos (olivina-piroxênio granofels) e granulitos aluminosos (granada-sillimanita ± cordierita granulitos e granada-ordierita-cianita granulitos) são litotipos encontrados nesse Complexo. Os granulitos félsicos são derivados de rochas de composição riolítica. Os máficos são derivados de rochas quimicamente semelhantes a basaltos de ambientes de arco de ilhas. Os granulitos aluminosos apresentam protólito sedimentar pelítico a grauvaquiano. O olivina-piroxênio granofels possui composição química semelhante a harzburgitos. As paragêneses minerais indicam metamorfismo de fácies granulito de pressão intermediária para formação das mesmas. Os gnaisses de fácies anfi bolito encontrados na área do Complexo Acaiaca comumente apresentam microestruturas miloníticas e evidências de geração por retrometamorfismo a partir dos granulitos em zonas de cisalhamento.Item Pseudosection modeling and U-Pb geochronology on Piranga schists : role of Brasiliano Orogeny in the Southeastern Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil.(2019) Queiroz, Yanne da Silva; Queiroga, Gláucia Nascimento; Moraes, Renato de; Fernandes, Victor Matheus Tavares; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Evangelista, Hanna Jordt; Schulz, Bernhard; Schmiedel, Julia; Martins, Maximiliano de Souza; Castro, Marco Paulo de; Lana, Cristiano de CarvalhoIn the Southeastern Quadrilátero Ferrífero, a package of metapelitic rocks previously attributed to the Archean Rio das Velhas Supergroup crops out in Piranga locality. This study presents the mineral chemistry and U-Pb-Hf zircon geochronology on foliated staurolite-garnet mica schists. Garnet and staurolite index minerals are syn- to post-kinematic towards the main schistosity. Garnet porphyroblasts display well-developed compositional zoning of Mg-Fe-Mn-Ca, with increase of almandine and pyrope and decrease of spessartine towards the rim, implying in prograde metamorphic pattern. Estimates of P-T values for the metamorphic peak resulted in temperatures between 630 to 650ºC and pressure around 7 kbar. Pseudosections show well-defined stability fields in amphibolite facies, with a metamorphic path displaying progressive increase in P-T conditions. Maximum depositional age of 1,875 ± 51 Ma is established for the Piranga mica schists pointing to a depositional history that is younger than those previously described. Metamorphic Cambrian ages characterize the strong influence of deformational processes related to the final stages of Brasiliano Orogeny in the Southeastern Quadrilátero Ferrífero.Item Sistemas de alteração e gênese de solos em piroclastos da Ilha de Trindade, Atlântico Sul.(2020) Mateus, Ana Carolina Campos; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Petit, Sabine; Oliveira, Fábio Soares de; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Petit, Sabine; Joussein, Emmanuel; Patrier, Patrícia; Garnier, JérémieEste estudo objetivou caracterizar as feições de alteração e a gênese de solos sobre piroclastos da Ilha de Trindade (IT), Atlântico Sul, através de estudos macromorfológicos, micromorfológicos, mineralógicos e geoquímicos. As coletas das amostras foram realizadas no Vulcão do Paredão de idade Holocênica (perfil P1) e a Formação Quartenária Morro Vermelho (perfis P2, P3 e P4). Os piroclastos de P1 e P2 são interpretados como depósito de brecha vulcânica, enquanto o piroclasto de P3 é um depósito de lápili. P4 apresenta fragmentos de rochas com composição mineralógica diferente dos outros perfis sugerindo outro evento de deposição de bombas piroclásticas. As erupções associadas podem ser consideradas como estrombolianas. Os piroclastos são de cor cinza escuro com algumas regiões avermelhadas alteradas. Análises ao microscópio óptico suportada por difração de raios-X revelaram uma mistura de biotita, goethita, ilmenita, anatásio, magnetita, hematita, piroxênios, zeólitas e olivina como seus principais componentes minerais. A análise petrológica mostra estruturas vesiculares e amigdaloides, com uma textura hipocristalina e uma massa vítrea de sideromelano que muda para palagonita, indicando claramente uma erupção freatomagmática. Análises de infravermelho nas regiões palagonitizadas revelaram a presença de haloisita, sugerindo alteração do sideromelano para minerais de argila tubular. Amígdalas e microfraturas estão parcial ou totalmente preenchidas de zeólitas, que são formados pela percolação de água que reage com a palagonita e precipitação de elementos químicos do fluido hidrotermal. Iddingsitas e Ti-magnetitas ocorrem nas fraturas e bordas das olivinas. O avanço da alteração em direção ao perfil do solo, deixando apenas relíquias de cristais de olivinas ou atingindo sua transformação total nos horizontes superiores, mostra que o intemperismo é o principal processo de formação das iddingsitas. Algumas Ti-magnetitas são zonadas com núcleo rico e borda pobre em Cr, sugerindo uma origem mantélica do magma. O diopsídeo explica o alto conteúdo de elementos traços. Dados geoquímicos mostram que os piroclastos estão subsaturados em sílica e encontram-se nos campos dos ultrabásicos e dos foiditos no diagrama de classificação TAS. Os solos de P1 e P2 apresentam, respectivamente, horizontes A-Bi-C e A-C decapitado; e os solos de P3 e P4 apresentam horizontes AC. Os solos mostram uma matriz argilosa avermelhada e acastanhada e são friáveis com uma consistência plástica. Suas microestruturas são granulares, grãos simples e microagregados intergrãos e, os agregados mostram b-fábrica indiferenciada. Os constituintes mineralógicos da fração pó total são biotita, hematita, magnetita, ilmenita, piroxênio, olivina, haloisita, goethita, anatásio e rutilo. A fração argila é marcada pela presença de haloisita, ferrihidrita e pequenas quantidades de alofana. Todos os solos apresentaram propriedades ândicas e podem ser classificados como Andossolos não alofânicos. Além disso, as características micromorfológicas se assemelham aos Andossolos de outras ilhas vulcânicas descritas na literatura (Pico, Faial, Terceira, Canarias, Santa Fé). A predominância da haloisita na fração argila formada pela alteração do sideromelano, sugere que a alofana seria uma fase intermediária dessa rápida transformação favorecida pelas condições climáticas da IT. A geoquímica total mostrou que em todos os perfis o Al, Fe e Ti se acumulam devido a suas baixas mobilidades e o Ca, Na, K e Mg são os mais intensamente lixiviados. Os perfis localizados nas cotas mais baixas tendem a ter valores de K e Mg mais elevados no horizonte A devido a influência dos sprays salinos e a deposição de elementos químicos provenientes das regiões mais elevadas. Ti, Mn, Fe, Co, Cr, Ni, V, Zr, S foram enriquecidos nos solos de P1 e P3 devido à perda de elementos mais móveis durante o processo de formação do solo. Zn e Cu se concentram no horizonte A dos perfis P3 e P4 que apresentaram maior concentração de matéria orgânica e fragmentos de piroclastos inalterados. A lixiviação das ETRs do alto para a encosta inferior levou ao enriquecimento desses elementos, especialmente ETRs leves, no solo de baixa altitude (258 m). O perfil de alta altitude mostrou anomalias positivas de Ce devido a maior exposição ao intemperismo.Item Two generations of mafic dyke swarms in the Southeastern Brazilian coast : reactivation of structural lineaments during the gravitational collapse of the Araçuaí-Ribeira Orogen (500 Ma) and West Gondwana breakup (140 Ma).(2020) Mendes, Raíssa Santiago; Caxito, Fabrício de Andrade; Neves, Mirna Aparecida; Dantas, Elton Luiz; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Queiroga, Gláucia NascimentoMafic dyke swarms emplaced in regional NW-SE trending structures crosscutting the Precambrian basement in the Southeastern Brazilian coast are commonly interpreted as associated to West Gondwana breakup. Recently, however, U-Pb dating suggested that at least some of those dykes were emplaced earlier, at ca. 500–490 Ma, during the gravitational collapse of the Araçuaí Orogen. In order to clarify this issue, we studied dykes from the southern Espírito Santo State. Our results indicate that dykes emplaced in the same regional lineaments can be separated into two distinct groups, according to petrographic, geochemical, isotopic and geochronological characteristics. Group 1 is tholeiitic, with 87Sr/86Sr(i) of 0.7041–0.7065, εNd(t) of −3.4 to −5.5 and TDM ages between 0.8 and 1.5 Ga. Zircon crystals from a dyke of this group yielded the first robust lower Cretaceous U-Pb age for mafic dykes of SE Brazil with a Concordia age of 141.9 ± 1.9 Ma and εHf(t) in a range of −5.5 to −7.9. Group 2 is alkaline, shows higher 87Sr/86Sr(i) of 0.7064–0.7088, evolved εNd(t) < −12 and older TDM ages of 1.7–1.9 Ga. The youngest zircon crystals from a dyke of this group yielded a Concordia age of 504.7 ± 6.9 Ma and εHf(t) of −18.9. Our results suggest that the regional NW-SE trending lineaments of the Brazilian coast were active in at least three episodes, serving as conduits for mafic magmatism of distinct sources and tectonic settings: First, in the Cambrian, during the Araçuaí-Ribeira Orogen collapse, when they served as conduits for both the post-tectonic G5 Supersuite (530–490 Ma; composed of granitic and mafic plutons) and the alkaline dykes of Group 2; second, during the lower Cretaceous breakup of West Gondwana, when they served as conduits for the tholeiitic dykes of Group 1, synchronous to syn-rift evolution of the Phanerozoic Brazilian coast basins; and third, during the Cenozoic, when they were reactivated as normal brittle faults.Item Zircon in emplacement borders of post-collisional plutons compared to country rocks : a study on morphology, internal texture, U–Th–Pb geochronology and Hf isotopes (Araçuaí orogen, SE Brazil).(2020) Araujo, Cristina Santos; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Lana, Cristiano de Carvalho; Dussin, Ivo Antonio; Queiroga, Gláucia Nascimento; Serrano, Paula; Medeiros Júnior, Edgar Batista deZircon is a powerful tool to study the internal evolution of igneous bodies and their interactions with country rocks. At pluton borders, zircon may record the emplacement history from the crystallization onset to deuteric processes, as well as inheritance from country rocks. We present a detailed morphology and internal structure study coupled with isotopic analyses (UeThePb and LueHf) on a great number of zircon grains extracted from samples collected at the borders of three distinct post-collisional intrusions of the Araçuaí orogen: granites from the Arace^ e Pedra Azul and Vitoria plutons, and a tonalite from the Mestre Alvaro pluton. For comparison, we also present mineral and bulk-rock chemistry data from these samples of post-collisional intrusions, as well as zircon UePb-Hf data from their country rocks (the Nova Venecia migmatitic paragneisses and Atal eia granites) and a wide dataset compilation. Zircon saturation geothermometry suggests igneous temperatures above 800 C for pluton borders. Zircon geochronology resulted in crystallization ages for borders of the plutons at 523 ± 2 Ma (Arace^ e Pedra Azul), 505 ± 1 Ma (Vitoria), and 527 ± 2 Ma (Mestre Alvaro). Lu eHf data (Arace^ e Pedra Azul pluton: εHf(t) 18.6 to 23.8, TDM ages from 2.25 to 2.47 Ga; Vitoria pluton: εHf(t) 7.4 to 10.3, TDM ages from 1.58 to 1.71 Ga; Mestre Alvaro pluton: εHf(t) 0.7 to 8.8, TDM ages from 1.27 to 1.66 Ga; Nova Venecia migmatitic paragneiss: εHf(t) þ4.1 to 39.2, TDM ages from 1.20 to 3.47 Ga; and Ataleia granite: εHf(t) 3.2 to 8.1, TDM ages from 1.42 to 1.64 Ga) indicate involvement of country rocks in the petrogenesis of post-collisional intrusions. Together, new and compiled data suggest: i) magma hybridization at high temperature, involving country rocks; ii) rapid growth of zircon crystals probably at rapid cooling rates; and iii) in situ dissolutionerecrystallization and overgrowth processes in zircon crystals in response to interactions with residual (late-stage) melts and/or deuteric fluids.