Browsing by Author "Nunes, Adelina Malvina Barbosa"
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Item A branquitude e o ensino superior : reflexos e desafios na docência.(2020) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Muniz, Kassandra da Silva; Miranda, Shirley Aparecida deEsta dissertação tem como objetivo identificar os reflexos da branquitude presentes na docência de ensino superior, e foi estabelecido, como campo de pesquisa, a Universidade Federal de Ouro Preto. Para tal, apresentamos, inicialmente, uma retrospectiva conceitual e antropológica do conceito de raça até o seu uso na atualidade como categoria social, e as características singulares que são decorrência do racismo na sociedade brasileira. Nos propusemos a evidenciar como as ideias eugenistas difundidas no país migraram do campo científico para as políticas de educação. Buscamos demonstrar, teoricamente, os limites de execução das políticas de ação afirmativa de impacto no âmbito do ensino superior federal (Lei no . 10.639/2003, Lei no . 12.711/2012 e Lei no . 12.990/2014), conquistadas pelo Movimento Negro Brasileiro, diante das escolhas dos sujeitos agentes dessas políticas. Apresentamos algumas das contribuições da Psicologia e da Psicanálise brasileira, nos estudos sobre o tema das relações raciais e a psique, e uma análise racializada da subjetividade a partir da Abordagem Centrada na Pessoa. O perfil racial, majoritariamente branco, das e dos docentes do ensino superior emerge como um desafio na inclusão de um projeto antirracista para a educação, cenário que se faz presente também na UFOP. Os procedimentos metodológicos utilizados foram de caráter qualitativo, com coletas de dados por meio de entrevistas semiestruturadas. Os apontamentos emergidos evidenciaram que o padrão normalizador de raça pode afetar a compreensão de si, das e dos docentes, bem como a forma com que percebem o outro, docente ou discente, e a docência. Percebemos que o reconhecimento de alguns privilégios, por vezes, é insuficiente para uma ação de inversão da ordem do racismo nesse espaço. Os reflexos da branquitude puderam ser identificados na organização da universidade, nas experiências vividas e/ou observadas na docência, e nas relações institucionais com os colegas docentes e/ou discentes.Item Políticas de ações afirmativas e seus limites frente à branquitude no Ensino Superior.(2022) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Diniz, MargarethEste artigo teve como referência os resultados da pesquisa de mestrado defendida no Programa de Pós- Graduação em Educação PPGE/UFOP. Foram expostas aqui nossas reflexões acerca da investigação do contexto de três Políticas de Ações Afirmativas (PPA) aplicadas ao Ensino Superior brasileiro (Lei no. 10.639/2003, Lei no. 12.711/2012, Lei no. 12.990/2014). A partir da chave de leitura dos estudos críticos da branquitude no Brasil, enunciamos possibilidades de compreensão dos limites das legislações frente à subjetividade. Observamos que (re)conhecer que a ideologia racial é estruturante da sociedade brasileira não tem sido o suficiente. Concluímos que é preciso saber de si, dar contorno às instâncias subjetivas e interpelar a posição dos sujeitos docentes do Ensino Superior.Item Universidade e saúde mental : oferta de cuidado psicossocial a estudantes universitárias/os/es negras/os/es e/ou LGBTQIA+ no período de pandemia da COVID-19.(2021) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Miranda, Áquila Bruno; Sacramento, Cristina CarlaEste artigo apresenta um relato de experiência do projeto “EntrEncontros: roda de acolhimento em saúde men- tal” (PRACE/UFOP), que, ao longo de 2020, buscou oferecer acolhimento a universitárias/os/es do último ano de curso na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), autodeclarados/as/es negras/os/es e/ou LGBTQIA+. Por meio de uma abordagem psicossocial, foram realizados quatro encontros cujos temas enfatizaram o cuidado e a saúde mental no es- paço universitário, além da ampliação do diálogo com a comunidade acadêmica e externa, por meio de seminários e da criação de uma rede social. Essas ações permitiram perceber: a importância da construção de espaços de cuidado e/ou au- tocuidado que favoreçam a participação da população negra e/ou LGBTQIA+; a relevância dos marcadores raça, gênero, orientação sexual e outros para a saúde mental e a urgência de se pensar as ações afirmativas em articulação com a co- munidade interna e externa à universidade; e a importância de espaços de atenção à saúde mental para estudantes ne- gras/os/es e/ou LGBTQIA+, na comunidade universitária, de forma a tencioná-la como um processo biopsicossocial.Item Whiteness and its expressions in the career of higher teaching.(2021) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Diniz, MargarethThis paper aims to broaden the discussion of the results of a Master’s in Education research on the reflexes of whiteness in Brazilian higher education, based on two central aspects: “the expression of whiteness in the career of higher education” and “white privilege”. Through a theoretical framework that discusses institutional racism in education in the light of critical studies of Brazilian and American whiteness, we seek to identify the racial integration process of the Federal University of Ouro Preto (UFOP) from 1969 (the institution’s founding year) to 2019, locating, in the under-representation of non-whites, the expression of whiteness in the institution, as well as in the process of implementing Law No. 12.711/14, which institutes the Vacancy Reserve for Blacks (RVN) in the federal civil service. The discussion opens the way for the analysis of aspects related to the racialization of subjectivity and the “privilege of race”, which were analyzed based on excerpts from an interview carried out with an effective teacher for 20 years at the institution. The results found reiterate the complexity of the theme and can become even more dense when included in decision spaces. This demonstrates that the objective understanding of racial inequalities in the university needs objective instruments to understand their effect, but these must go together, with a broad and transparent dialog, with the professors, favoring “racial self-awareness” and, therefore, enhancing institutional transformations.