Browsing by Author "Oliveira, Juliana Jardim de Oliveira e"
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Item De muitos, um : Estado, território e narrativas nacionais nos Estados Unidos e na Argentina no século XIX.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Oliveira, Juliana Jardim de Oliveira e; Chaves, Cláudia Maria das GraçasOs processos de independência das treze colônias norte- americanas e das Províncias Unidas do Rio da Prata, entre o final do século XVIII e o início do século XIX, abriram um leque de possibilidades de experimentações e formas de organização política para esses Estados. Neste trabalho procuramos afirmar que o processo de construção do Estado nessas regiões esteve marcado pela forte influência das tendências pactistas, dos ideais jusnaturalistas e do princípio do consentimento, notadamente através das formas de or ganização federal e confederal. Os Estados nacionais norte americano e argentino experimentaram uma longa disputa política em torno de modelos de centralização do governo e da divisão do poder entre unidades regionais, como os estados e as províncias. Essa disputa traduzia quase sempre uma dificuldade nesses territórios em conjugar os princípios de “povo” a “nação” dentro do Estado moderno. O território, em ambos processos, era o elemento definidor e particularizante e que se tornou inerente à constituição das nacionalidades destes estados ao longo do século XIX. Assim muitas narrativas destacaram a natureza e o território como elementos definidores da nação e, por essa razão, desempenham papel fundamental nesses processos. As obras de Frederick Jackson Turn er (The Frontier in American History) e de Domingo Faustino Sarmiento (Facundo: civilização e barbárie) são aqui analisadas como exemplos destas narrativas pautadas na importância do território e das características naturais do espaço considerado nacional. Evidenciamos, portanto, como essas “geo- narrativas” estiveram intimamente ligadas a formas específicas de se pensar a nação. Intrínsecas a elas está uma concepção de Estado nacional político e essencialmente territorialItem A Guerra Civil no espaço Atlântico : a secessão norte-americana nos debates parlamentares brasileiros (1861-1865).(2017) Oliveira, Juliana Jardim de Oliveira e; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Costa, Wilma Peres; Pimenta, João Paulo Garrido; Izecksohn, VitorA década de 1860 tem sido analisada como um período internacional de crise que serviu de palco para debates e conflitos sobre temas fundamentais e subjacentes ao século XIX. Em xeque estavam o futuro da escravidão no mundo atlântico, o republicanismo, a democracia, a consolidação dos estados nacionais e suas tendências centralizadoras ou descentralizadoras, a guerra como elemento de formação do Estado nacional e a consolidação de um concerto internacional de nações em um mundo capitalista em desenvolvimento. A década de 1860 tem sido analisada como um período internacional de crise que serviu de palco para debates e conflitos sobre temas fundamentais e subjacentes ao século XIX. Em xeque estavam o futuro da escravidão no mundo atlântico, o republicanismo, a democracia, a consolidação dos estados nacionais e suas tendências centralizadoras ou descentralizadoras, a guerra como elemento de formação do Estado nacional e a consolidação de um concerto internacional de nações em um mundo capitalista em desenvolvimento. Neste contexto, a Guerra Civil nos Estados Unidos foi um dos eventos mais importantes no continente americano. Por muito tempo compreendida pela historiografia norte-americana como um evento essencialmente nacional, hoje a Guerra Civil tem sido analisada sob um ponto de vista internacionalizado, revelando que o conflito endereçou diversas questões políticas, econômicas e sociais que, em realidade, correspondiam a dilemas de escopo atlântico. Considerando, portanto, que a Guerra de Secessão reverberou para além das fronteiras norte-americanas, esta tese analisou como referido conflito impactou nos debates parlamentares da Câmara do Deputados do Brasil entre os anos de 1861 e 1865, no intuito de compreender como importantes questões endereçadas pelo conflito foram recebidas, pensadas e reelaboradas pelos deputados brasileiros a partir de suas experiências políticas próprias, nacionais e regionais. O Brasil teve papel de relevo no contexto atlântico e no concerto de nações. O Império era não apenas o segundo maior país nas Américas, exercendo grande influência regional, mas também o segundo maior país independente escravista no mundo. Brasil e Estados Unidos estavam, portanto, interconectados no espaço atlântico e enfrentavam dilemas similares e fundamentais para o processo de consolidação nacional. O objetivo desta tese é demonstrar que diversas questões pertinentes à época eram relevantes não apenas em um escopo nacional, e que as relações entre Brasil e Estados Unidos neste período eram mais conectadas do que foi descrito até agora. Para realizar esta análise, partiu-se das possibilidades oferecidas pela História Atlântica como referencial teórico e das novas interpretações sobre a Guerra Civil nos Estados Unidos, que a compreendem como fenômeno de alcance internacional. Espera-se que este trabalho contribua para uma melhor compreensão das relações entre Brasil e Estados Unidos na segunda metade do século XIX, revelando imbricações em suas histórias no que se refere notadamente à formação do Estado nacional e ao impacto da Guerra na política, na economia e nas sociedades dessas nações. Espera-se contribuir também para o desmantelamento das perspectivas historiográficas tradicionais, que tenderam a colocar Brasil e Estados Unidos em lados opostos de formação ou como as grandes exceções do continente americano.