Browsing by Author "Reis, Anderson Roberti dos"
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Item 1492 : partos do fecundo oceano - relatos históricos sobre o descobrimento da América em dois tempos (as Décadas de Anglería e de Herrera).(2014) Reis, Anderson Roberti dos; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraO artigo busca analisar as concepções de tempo e de escrita da história em dois cronistas, Pedro Mártir de Anglería e Antonio de Herrera y Tordesillas, ambos narradores dos eventos de 1492 em forma de “Décadas”. O primeiro escrevendo no calor dos acontecimentos, na virada do XV para o XVI, e o segundo, no início do século XVII. Para atingir tais objetivos, buscamos uma contextualização de suas produções e procuramos verificar como suas concepções de história e de narrativa ligavam-se a preceitos políticos e providenciais. Além disso, realizamos uma discussão sobre o próprio conceito de crônica e seus modos de registrar a história espanhola como um fenômeno atlântico ao longo do século XVI, mostrando o modo pelo qual as fórmulas de Anglería e de Herrera relacionavam-se com a tradição e a modernidade.Item Em seu tempo e lugar : a escrita da história do Inca Garcilaso de la Vega em Los Comentarios Reales de los Incas (1560-1617).(2016) Lobo Chamorro, Atahualpa Yupanqui; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Kalil, Luis Guilherme Assis; Reis, Anderson Roberti dosA análise empreendida nesta dissertação pretende caracterizar os recursos mobilizados e os protocolos de escrita da história vigentes durante a elaboração de Los Comentarios Reales de los Incas (1609), tendo como base a escritura de uma história da historiografia e uma história conceitual de fins do século XVI e início do XVII. Neste sentido trataremos a crônica efetuada pelo Inca Garcilaso como um discurso propriamente histórico, com suas próprias noções de tempo, história, verdade e autoridade, destacando o papel da emergência do observador de primeira ordem como critério de validação da escrita. O recorte proposto abrange o período de elaboração da obra até sua publicação, coincidindo com a formação do corpus textual da historiografia sobre o Novo Mundo e das redes de sociabilidade dos letrados cristãos, momento de reavaliação dos conteúdos clássicos da antiguidade do Mediterrâneo, em que ganha destaque o papel da filologia e da retórica como pilares das escritas cristãs da história elaboradas durante a primeira modernidade. Partindo da demanda mais ampla de inserção das novas realidades do Novo Mundo no esquema ocidental vigente, a escrita garcilasiana da história dos Incas se constitui como uma reivindicação de uma versão mais apropriada, tendo em vista a dificuldade de compreensão da realidade andina, que teria gerado distorções do passado Ameríndio.Item O quinto Netuno : a expansão marítima da Inglaterra durante a dinastia Tudor a partir dos conceitos de autoridade e experiência.(2023) Silva, Renato Denadai da; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Reis, Anderson Roberti dos; Oliveira, Flavia Preto de Godoy; Rangel, Marcelo de Mello; Freitas Neto, José Alves deEste trabalho analisa o processo de expansão marítima inglesa entre os séculos XV e XVI a partir dos conceitos de autoridade e experiência. Para tanto, a pesquisa se centrou em torno de dois grandes objetivos: reavaliar como esses termos foram entendidos e empregados no início da Primeira Modernidade, bem como certos pressupostos que balizaram as análises sobre os primórdios das navegações na Inglaterra. Quanto ao primeiro ponto, ao investigar os sentidos atribuídos a autoridade e experiência e as maneiras pelas quais foram invocados e utilizados no período em questão, ficou demonstrado não se tratar de instâncias excludentes ou necessariamente antagônicas, como geralmente foram caracterizadas na historiografia, em especial aquela que definiu a Primeira Modernidade como o momento elevação da experiência em detrimento da autoridade como fundamento da produção e legitimação de conhecimentos. A documentação selecionada também nos permitiu afirmar que ideias relativas à ocupação sobre áreas da América, à propensão às navegações como “natureza” ou “destinos” nacionais e à relação refratária aos reinos ibéricos não estiveram presentes no primeiro século da expansão marítima inglesa, conforme sustentado por determinadas correntes historiográficas. O aparecimento desses tópicos se deu a partir da produção de propagandistas dos empreendimentos marítimos de fins do século XVI, cujas visões acerca do processo expansionista e colonial acabou incorporada pela produção posterior que os empregou como fontes.