Browsing by Author "Rezende, Renato Andrade"
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Item Análise contextualizada da percepção do empreendedor industrial sobre o licenciamento ambiental em Minas Gerais.(2016) Rodrigues, Sander Elias; Fonseca, Alberto de Freitas Castro; Fonseca, Alberto de Freitas Castro; Guerra, Wilson José; Rezende, Renato AndradeA efetividade do licenciamento ambiental é um dos temas mais debatidos da política ambiental brasileira. Esses debates são, frequentemente, amparados por opiniões, as quais, nem sempre, são analisadas criteriosamente e com atenção ao contexto jurisdicional, regulatório e procedimental de quem opina. Tal situação pode ser problemática, pois a efetividade do licenciamento ambiental, em grandes federações como o Brasil, varia de estado para estado, de município para município. Opiniões generalizadas podem induzir alterações equivocadas no uso do instrumento. Esta dissertação teve como objetivo realizar uma análise criteriosa de opiniões sobre a efetividade do licenciamento ambiental no estado de Minas Gerais, que é um dos estados mais industrializados do Brasil. Mais especificamente procurou-se qualificar a percepção de representantes das indústrias sobre a efetividade do licenciamento ambiental no Estado, levando em consideração o tipo de licença concedida às indústrias, o nível de dificuldade em cada etapa do licenciamento, dentre outros fatores. A pesquisa seguiu uma abordagem metodológica mista e sequencial, contemplando técnicas qualitativas e quantitativas. Os dados foram coletados através de questionários estruturados (com questões abertas e fechadas) aplicados via telefone. Foram coletados questionários de representantes de 261 indústrias distintas, atuantes em 30 setores industriais que operam em mais de 120 municípios. Os depoimentos qualitativos e as estatísticas descritivas dos dados corroboram pesquisas anteriores que apontam que o licenciamento no Estado é percebido como um processo difícil e caro, marcado por burocracia e morosidade. Este estudo também avaliou se as percepções de dificuldade e de morosidade estavam associadas aos tipos de licença ambiental, bem como se as percepções de etapa mais difícil do processo estavam associadas ao tipo de licença ambiental. Para tal foram realizados testes chi-quadrados, os quais revelaram resultados que vão contra a intuição, ao indicar que a opinião dos representantes industriais não variava conforme o contexto. As potenciais causas desses resultados são analisadas. A dissertação termina discutindo as implicações dos resultados e sugerindo estudos futuros.Item Análise espacial como suporte ao planejamento ambiental da região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2017) Oliveira, Janaína Silva de; Prado Filho, José Francisco do; Rezende, Renato Andrade; Silva, Marcelo Dutra daEm Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero abriga jazidas minerais e remanescentes naturais que garantem os serviços ecossistêmicos para a porção mais populosa do Estado: a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quando mal planejados, os diversos usos da terra podem causar a fragmentação de habitats e desencadear conflitos territoriais. O presente estudo visou analisar o padrão estrutural da paisagem na porção oeste do Quadrilátero Ferrífero como subsídio ao planejamento ambiental do território. Para atingir o objetivo, foram utilizadas técnicas de Sistema de Informação Geográfica (SIG) e de Ecologia de Paisagem que permitiram avaliar o cenário ambiental da região entre os anos de 1984 e 2013. Os resultados evidenciaram forte efeito das atividades antrópicas sobre os fragmentos de vegetação nativa; uma conflituosa representatividade espacial das áreas legalmente protegidas; e os principais fragmentos de habitat que podem contribuir para a manutenção da paisagem natural.Item Análise temporal da flora nativa no entorno de unidades de conservação – APA Cachoeira das Andorinhas e Floe Uaimii, Ouro Preto, MG.(2011) Rezende, Renato Andrade; Prado Filho, José Francisco do; Sobreira, Frederico GarciaA crescente fragmentação das paisagens tem contribuído para a perda da diversidade biológica nas diversas regiões brasileiras. Isso se deve, na grande maioria dos casos, à maneira desordenada com que o homem vem usando e ocupando as terras. A criação de áreas protegidas ou unidades de conservação (UC) tem sido um dos principais mecanismos utilizados para a proteção da biodiversidade (in situ), além de assumir objetivos mais amplos como a proteção dos recursos hídricos, de espécies ameaçadas, dos recursos genéticos, do grau de endemismo, dos habitats, entre outros. Contudo, é preciso que haja instrumentos de avaliação periódica do seu estado de conservação, visando fornecer subsídios aos planos de manejo através da identificação das potenciais ameaças à funcionalidade ecológica dessas áreas protegidas. Com base em mapas temáticos de classificação da cobertura do solo, elaborados para os anos de 1989 e 2008, no intuito de analisar as alterações ocorridas na área de estudo neste mesmo período, este trabalho quantificou a dinâmica da flora nativa no interior e entorno da Área de Proteção Ambiental Estadual Cachoeira das Andorinhas e da Floresta Estadual do Uaimii, localizadas no Município de Ouro Preto (MG). Os resultados mostram que, ao longo dos 19 anos de comparação, a área ocupada pela flora nativa manteve-se praticamente a mesma, com índices de 82 a 83% no interior das UCs e 74% no seu entorno. Com os resultados da fragmentação, torna-se possível identificar as áreas mais críticas ou sujeitas a maior pressão antrópica e direcionar programas específicos, no âmbito gerencial, para minimizá-los.Item Evolução da paisagem na Região do Sinclinal Moeda (MG) : o uso de métricas como instrumento para o planejamento e gestão integrada do território.(2015) Oliveira, Janaína Silva de; Prado Filho, José Francisco do; Rezende, Renato AndradeA região do Sinclinal Moeda, localizada na porção oeste do Quadrilátero Ferrífero, é alvo de conflitos socioambientais: de um lado, o interesse imobiliário e minerário que movimentam a economia dos municípios e do Estado; de outro, o interesse conservacionista motivado pela relevância ambiental, cultural e paisagística. Desde a década de 1980, áreas legalmente protegidas têm sido criadas por instituições governamentais e setores empresariais na tentativa de minimizar os efeitos adversos das mudanças ocasionadas pela dinâmica antrópica, sobretudo a fragmentação ambiental. Mas a criação destas áreas pode não ser suficiente para garantir a proteção ambiental da região de estudo. A inexistência ou a ineficiência de instrumentos de gestão ou de planejamento adequado do território pode resultar na fragmentação e no isolamento de áreas naturais e, consequentemente, ameaçar à conservação da biodiversidade local. Neste sentido, estudos de ecologia da paisagem têm contribuído com o planejamento integrado do território, pois permitem avaliar a dinâmica, a estrutura e a funcionalidade da paisagem em diferentes escalas. O problema norteador da pesquisa foi avaliar como as interferências antrópicas alteraram a paisagem da região do Sinclinal Moeda, tendo como referência os anos de 1984 e 2013. Foram criadas cinco classes temáticas que englobaram as atividades antrópicas em solo exposto e ocupação; as áreas naturais em vegetação densa e vegetação rarefeita; e a água para ambientes lênticos. Foram utilizadas técnicas específicas de Sistema de Informação Geográfica (SIG) para analisar a dinâmica da paisagem e relacioná-la com os conflitos de interesse citados; e aplicadas métricas da paisagem para quantificar as alterações estruturais dos remanescentes naturais entre os anos estudados e verificar possível conectividade entre os fragmentos existentes. Os resultados demostraram que embora o potencial econômico relacionado à mineração ainda seja proeminente, a ocupação antrópica na região foi o principal fator que causou a perda significativa de área da classe vegetação rarefeita. Já a classe vegetação densa evidenciou uma recuperação ambiental por apresentar aumento de área total entre os anos estudados. As métricas da paisagem revelaram, em geral, situações opostas das áreas naturais. A classe temática vegetação densa manteve fragmentos maiores e recuperou os fragmentos medianos, que apresentaram tendência de conectividade com formatos mais regulares e menos complexos e tornam-se menos susceptíveis ao efeito de borda. A classe vegetação rarefeita apresentou alto índice de fragmentação e seus remanescentes estão propensos a sofrer com o efeito de borda. Ainda assim, para ambas as classes há uma perspectiva de conectividade e manutenção da potencialidade paisagística da região do Sinclinal Moeda.Item A fragmentação da flora nativa como instrumento de análise da sustentabilidade ecológica de áreas protegidas – Espinhaço Sul (MG).(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Rezende, Renato Andrade; Prado Filho, José Francisco doA crescente fragmentação das paisagens tem contribuído para a perda da diversidade biológica nas diversas regiões brasileiras e pode-se associá-la à maneira desordenada com que o homem vem ocupando as terras. A manutenção e sobrevivência de grande parte das comunidades biológicas dependem da estruturação espacial da paisagem e da conservação dos remanescentes de vegetação nativa que geralmente estão restritos às áreas protegidas criadas pelos órgãos de governo. Este tem sido o principal mecanismo utilizado pelo Estado para a conservação da biodiversidade, onde a representatividade dos ecossistemas e o potencial de conectividade estrutural da paisagem com vistas à manutenção de fluxo biológico assumem importância fundamental. A área de estudo, localizada no extremo sul da Serra do Espinhaço e região central de Minas Gerais, é considerada como de relevante importância biológica sendo constituída por um mosaico de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável. Com o intuito de se conhecer a dinâmica da fragmentação da flora nativa, formada pela floresta estacional semidecidual, campo rupestre e campo, e suas possíveis implicações sobre o isolamento das áreas protegidas e manutenção de fluxos biológicos foram realizadas análises temporais da cobertura do solo por meio de índices espaciais da paisagem (Fragstats), nos anos de 1985 e 2008. Também foram feitas avaliações sobre o estado de percolação da paisagem com base nos limiares de percolação (Stauffer) e de fragmentação (Andrén). Os resultados demonstraram que mesmo com a vocação mineral, historicamente responsável pela ocupação territorial e desenvolvimento econômico da região, houve manutenção do habitat natural na área de estudo, inclusive no interior das áreas protegidas, indicando que as atividades antrópicas desenvolvidas nos últimos 23 anos, de modo geral, não alteraram a vegetação nativa em termos quantitativos. Os índices de quantificação estrutural da paisagem permitiram constatar que houve diminuição da fragmentação do habitat natural e intensificação na conectividade entre as manchas florestais remanescentes que se tornaram mais alongadas e próximas umas das outras, ocupando grandes extensões territoriais e com significativas porções de áreas nucleares. A análise conjunta das métricas da paisagem e dos limiares de percolação e fragmentação indica que as áreas protegidas se mantiveram estruturalmente conectadas, proporcionando condições para a sustentação de fluxos biológicos e proteção da biodiversidade. Apesar da condição privilegiada em termos de habitat natural o grau de fragmentação da paisagem (46%) desperta a atenção para necessários cuidados com relação ao uso do solo no entorno das áreas protegidas. A dinâmica da fragmentação da flora nativa no Espinhaço Sul indica uma situação adequada para a implantação de corredores ecológicos visando resguardar a condição de conectividade estrutural verificada entre as áreas protegidas.