Browsing by Author "Tazava, Edison"
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Item Mineralização de Au-Cu-(±Etr-U) associada às brechas hidrotermais do depósito de Igarapé Bahia, Província Mineral de Carajás, PA.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 1999) Tazava, Edison; Gomes, Newton SouzaO depósito de Au-Cu de Igarapé Bahia está localizado na Província Mineral de Carajás (PA) e é caracterizado por apresentar uma seqüência de rochas vulcanossedimentares arqueanas, metamorfizadas na fácies xisto verde, composta por rochas metavulcânicas básicas na base e por rochas metapiroclásticas/metassedimentares no topo da seqüência. A zona de mineralização principal é caracterizada por um domínio de brechas heterolíticas magnetíticas e sideríticas, posicionadas entre o pacote de rochas metavulcânicas e o de metapiroclásticas/metassedimentares. Essas brechas são ricas em calcopirita e, subordinadamente, bornita e possuem ouro associado. A seqüência vulcanossedimentar foi submetida à intensa alteração hidrotermal, sendo os principais resultados desta alteração, representados pela cloritização, que atingiu todas a rochas da seqüência, sulfetação, carbonatação, Fe-metassomatismo, turmalinização, silicificação e, subordinadamente, biotitização. Nas brechas mineralizadas, ocorre um enriquecimento principalmente em ETR, Mo, U, F, Cl e P. A presença desses elementos indica que fluidos salinos, ricos em flúor e com elevadas temperaturas, teriam sido os responsáveis pelo transporte do grande volume de ETR. Dados de isótopos de carbono e oxigênio em carbonatos hidrotermais sugerem a existência de dois fluidos responsáveis pela alteração e, conseqüentemente, pela mineralização. Um fluido de origem magmática é caracterizado pelos estreitos valores negativos de δ13C (-9,3 a -5,8 ‰). Além disso, a ampla variação de δ18O (0,7 a 9,4‰) mostra que os valores mais positivos podem estar associados a fluidos magmáticos de mais altas temperaturas. Estes teriam interagido progressivamente com fluidos, cujos valores muito baixos da composicão isotópica do oxigênio são sugestivos da participação de componentes meteóricos de baixas temperaturas. As evidências químicas e mineralógicas associadas à composição isótopica de carbono e oxigênio permite sugerir para o depósito Igarapé Bahia um modelo genético semelhante ao proposto para o depósito de óxido de ferro-(Cu-Au-U-ETR) Olympic Dam, sul da Austrália, no qual também se constata uma interação de fluidos magmáticos e superficiais na gênese da mineralização. Todos os depósitos classificados como do tipo óxido de ferro-(Cu-Au-U-ETR) são encontrados a partir do Proterozóico. Assim, o depósito de Igarapé Bahia seria o v primeiro depósito desta classe descrita no Arqueano. Apesar da química e da mineralogia da mineralização serem indicativas do envolvimento de fontes graníticas na gênese da mineralização, esta fonte ácida ainda não foi constatada nos vários furos de sondagem realizados na área. Todavia, a fonte da mineralização poderia estar relacionada a um dos eventos de granitogênese ocorrentes na região.Item Mineralogical characterisation of iron ore tailings by integrated mineral analyser.(2016) Silva, Fabiane Leocádia da; Araujo, Fernando Gabriel da Silva; Tazava, EdisonOre technological characterisation consists of a sequence of operations used in obtaining essential information used for route scaling and improvements on overall yield in a process, comprising, within the mineralogical characterisation stage, the fundamental and textural basis for technical and economic feasibility of a mineral project. Among the various mineralogical characterisation techniques that currently exist, there is a special interest in integrated mineral analysers, which are instruments used to perform quick and precise automatic qualitative and quantitative mineralogical analysis. The produced results were validated through the characterisation of tailing samples from the flotation and magnetic separation of iron ore. Qualitatively, the tailing samples revealed a mineralogy composed essentially by quartz, hematite, goethite and magnetite. Quantitatively, higher volumetric fractions in quartz and lower volumetric fractions in iron oxides/hydroxides and accessory minerals were verified on the flotation and coarse magnetic separation tailing samples, while fine magnetic separation tailings samples presented higher proportions in iron oxides/hydroxides and lower proportions of quartz. The results were all validated by previous studies undertaken through complementary techniques.Item Ocorrência de ferropirosmalita nas brechas mineralizadas do depósito dE Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia, província mineral de Carajás.(1999) Tazava, Edison; Oliveira, Claudinei Gouveia de; Gomes, Newton SouzaNos últimos anos, diversos trabalhos têm reportado a presença de minerais da série da pirosmalita [(Fe,Mn)8Si6O15(OH,CI)10] em depósitos de sulfetos maciços vulcano-exalativos e depósitos de Fe-Mn metamorfizados. Neste trabalho, apresentamos uma descrição inédita da ferropirosmalita no depósito de Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia, localizado no distrito auro-cuprífero da Província Mineral de Carajás. Admite-se que esse depósito foi gerado por processos similares àqueles envolvidos na génese dos depósitos da classe óxidos de ferro-(Au-Cu-U-ETR) do tipo Olympic Dam. A ferropirosmalita descrita ocorre sob dois contextos: í) associada a veios e vênulas carbonáticas; e ii) associada a brechas heterolíticas compostas por fragmentos de formação ferrífera bandada, metavulcânicas básicas e matriz rica em magnetita, calcopirita, bornita, pirita, siderita, minerais ricos em urânio e elementos terras raras, anfibólio, stilpnomelana, clorita e quartzo. O crescimento da ferropirosmalita teria envolvido a substituição de minerais ricos em ferro (clorita, magnetita e siderita), controlado pela introdução de fluidos magmáticos ricos em cloro. A percolação dos fluidos foi induzida pela permeabilidade elevada das brechas e também pela descontinuidade ao longo das paredes de vênulas carbonáticas. O modo de ocorrência da ferropirosmalita e o seu rescimento em equilíbrio com anfibólio (ferro-hornblenda actinolítica) são sugestivos de crescimento metassomático para o mineral, supostamente sob condições térmicas na transição das fácies xisto verde/anfibolito. A ferropirosmalita descrita no depósito de Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia representa assim um exemplo pouco comum da formação desse mineral sob condição hidrotermal/magmática.