NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas
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Browsing NUPEB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas by Subject "Açaí"
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Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) : efeitos sobre a modulação do sistema glutationa, do perfil de genes do estresse do retículo endoplasmático e do metabolismo de fase I em ratas intoxicadas com paracetamol.(2019) Viana, Ana Maria Fernandes; Pedrosa, Maria Lúcia; Pedrosa, Maria Lúcia; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Esteves, Elizabethe Adriana; Maldonado, Izabel Regina dos Santos CostaO paracetamol é um antipirético e analgésico que em doses terapêuticas é metabolizado por enzimas de fase I e II, originando conjugados de glicuronídeo e de sulfato, com reduzida formação de NAPQI que é detoxificado pela glutationa e excretado. Em overdose de paracetamol ocorre produção aumentada de NAPQI que é responsável por danos celulares. O açaí (Euterpe oleracea Mart.), reconhecido pelas suas características fitoquímicas e pelos seus efeitos anti-inflamatório e antioxidante, pode apresentar efeito hepatoprotetor para overdose com paracetamol. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do pré-tratamento com açaí sobre fatores envolvidos nos danos hepáticos desencadeados pelo paracetamol. Ratas Fischer (40) foram distribuídas nos grupos: controle (C), açaí (A), paracetamol (P), paracetamol + açaí (PA) e paracetamol + acetilcisteína (PNac). Água, açaí filtrado (3 g de açaí filtrado/Kg) e acetilcisteína (140 mg de acetilcisteína/Kg) foram administrados por gavagem durante 7 dias. No sétimo dia de experimento os grupos P, PA e PNac receberam 835 mg de paracetamol/Kg e os demais receberam água filtrada. Após a intoxicação, as ratas foram submetidas ao jejum por 12 h e eutanasiadas. O grupo P apresentou, além da degeneração hidrópica, aumento de esteatose microvesicular, número de células inflamatórias e danos oxidativos no fígado. Além disso, foram observadas redução da concentração de glutationa total, menor expressão gênica de CYP1A2 e CYP2E1, e aumento da expressão gênica de GADD34 e CHOP, genes envolvidos no estresse do retículo endoplasmático. O pré-tratamento com açaí modulou o sistema glutationa e recuperou a concentração de glutationa total, aumentou a expressão de genes CYP1A2 e CYP2E1 envolvidos no metabolismo de paracetamol e diminuiu a expressão de GADD34 e CHOP, com aumento da expressão de eIF2α e ATF4, genes que favorecem a resposta antioxidante, reduzem a tradução de novas proteínas e inibem a apoptose. O perfil histológico do grupo PA foi semelhante ao grupo P exceto por apresentar diminuição do número de células, indicando redução das células inflamatórias no fígado. Esses resultados indicam que o açaí atua sobre diferentes mecanismos, sugerindo seu potencial terapêutico para amenizar os danos provocados pelo paracetamol.Item Adição de polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius) à dieta hipercolesterolemiante modifica a expressão de genes hepáticos do metabolismo de colesterol e o perfil de adipocinas séricas em ratos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Souza, Melina Oliveira de; Pedrosa, Maria LúciaO fruto do açaí (Euterpe oleracea Martius) ganhou popularidade no Brasil, Estados Unidos e outros países sendo considerado como um “superalimento”. Sua polpa vem sendo estudada em nosso e outros laboratórios, e suas atividades funcionais confirmadas. Visando ampliar o conhecimento sobre seus mecanismos de ação, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da polpa de açaí sobre fatores envolvidos na homeostase do colesterol hepático e sobre a concentração de adipocinas em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta. Ratos Fischer (fêmeas) foram divididos em quatro grupos de 8 animais de acordo com o tratamento recebido. O grupo C recebeu dieta padrão AIN-93M (4% óleo de soja), o grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol), o grupo CA recebeu a mesma dieta padrão suplementada com 2% da polpa de açaí e o grupo HA recebeu a mesma dieta hipercolesterolemiante suplementada com 2% da polpa de açaí. Ao final de cinquenta e seis dias, os animais foram anestesiados e o sangue foi coletado para a determinação do perfil lipídico e concentração de adipocinas. Após eutanásia, o fígado foi removido para determinação da expressão gênica. O grupo HA apresentou uma melhora significativa do perfil lipídico sérico, com redução do colesterol total, das lipoproteínas aterogênicas e do índice aterogênico, comparado os animais do grupo H. A polpa de açaí não afetou a expressão gênica da enzima CYP7A1 mas, por outro lado, promoveu um aumento significativo na expressão hepática dos genes dos transportadores ABCG5 e ABCG8 nos animais hipercolesterolêmicos. ABCG5 e ABCG8 formam um heterodímero funcional que promove a secreção hepatobiliar do colesterol. Além disso, o grupo HA apresentou aumento na expressão gênica hepática do receptor de LDL, proteína responsável pela captação da lipoproteína LDL plasmática, e na concentração de colesterol eliminado no conteúdo fecal. Com relação as adipocinas, a polpa de açaí reduziu os níveis séricos de leptina e aumentou o de adiponectina nos animais hipercolesterolêmicos. A concentração sérica de TNF- não apresentou diferença estatística entre os quatro grupos experimentais. Nossos resultados sugerem que o consumo da polpa de açaí melhora o perfil lipídico sérico de ratos hipercolesterolêmicos por modular a expressão de proteínas chaves do metabolismo hepático do colesterol e regula a concentração sérica de adipocinas, indicando ter este fruto um importante valor na prevenção das doenças cardiovasculares.Item Artrite reumatoide experimental : o papel do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) no estresse oxidativo e na inflamação.(2019) Silva, Carla Teixeira; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento de; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Peluzio, Maria do Carmo Golveia; Pedrosa, Maria LúciaA artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por inflamação sinovial crônica que conduz a uma destruição articular/óssea e associa-se à incapacitação progressiva, complicações sistêmicas, morbidade e mortalidade precoce. O processo de destruição da articulação observado na artrite reumatoide é mediado por vias intracelulares de sinalização, que envolvem fatores de transcrição, tais como o fator nuclear κB, citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, ligantes celulares, e moléculas de adesão. A produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (ERO) pode levar ao aumento da inflamação na AR em humanos e animais. O consumo de alimentos com putativos efeitos funcionais em humanos e modelos experimentais de AR tem mostrado efeitos benéficos no controle dos sintomas O açaí (Euterpe oleracea Mart.), fruto rico em polifenóis, insere-se neste contexto pois apresenta alta capacidade antioxidante e propriedades anti-inflamatórias. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre marcadores do metabolismo oxidativo e inflamatórios de camundongos C57BL/6 portadores de artrite induzida por antígeno (mBSA). Camundongos C57BL/6 fêmeas foram divididos em cinco grupos experimentais: três grupos (C, AR e AÇT) receberam dieta padrão AIN-93M e outros dois (AÇ e AÇP) receberam uma dieta com 2% de açaí, ao longo de 2 semanas. Após este período, foi realizada uma imunização na base da cauda dos animais dos grupos AR, AÇP e AÇT, com emulsão composta por mBSA+CFA+Mycobactrium tuberculosis. Neste momento, o grupo AÇT passou a receber dieta com 2% de açaí. Novamente, após duas semanas, os mesmos animais receberam um desafio intra-articular contendo mBSA. Os animais foram eutanasiados após 24h desse desafio. Camundongos do grupo AR apresentaram aumento na produção de anticorpos anti-mBSA, maior edema de pata e infiltrado inflamatório articular, maior peso de órgãos linfoides, aumento do estresse oxidativo e da produção de citocinas pró- inflamatórias. O consumo de açaí na dieta mostrou efeito protetor sobre a AR, com redução na produção de anticorpos, do edema e infiltrado inflamatório, como consequência da melhora no balanço oxidante/antioxidante local e modulação na produção de citocinas e balanço de células Treg/Th17 de forma sistêmica. Estes resultados mostram a necessidade da realização de mais estudos que melhor esclareçam os mecanismos aqui envolvidos, e apontam para um possível efeito antioxidante e anti-inflamatório do açaí na AR experimental, possibilitando sua utilização como estratégia dietética preventiva e/ou terapêutica para a doença.Item Avaliação dos efeitos antioxidantes e pró-longevidade do extrato de açaí (Euterpe oleraceae Mart.) no organismo modelo Caenorhabditis elegans(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Nunes, David Silva; Oliveira, Riva de PaulaO alto consumo de comidas e bebidas ricas em flavonóides tem sido associado com o menor risco de doenças degenerativas crônicas como aterosclerose e câncer devido tanto às suas atividades antioxidantes diretas de remoção de radicais livres, quanto à sua capacidade de atuar como antioxidante indireto ativando diferentes vias de sinalização contra o estresse oxidativo. O Euterpe oleracea Mart. ou açaizeiro é uma palmeira nativa das regiões amazônicas cuja fruta é rica em flavonóides, especialmente em antocianinas e proantocianidinas (cianidina-3-glicosídeo e cianidina-3-rutinosídeo). Recentemente, diversos estudos têm destacado as propriedades antioxidantes, pró-apoptóticas, antiproliferativas e pró-longevidade do açaí, tanto em ensaios in vitro quanto em modelos animais. Neste trabalho, o Caenorhabditis elegans foi utilizado como organismo modelo para testar as atividades antioxidantes in vivo de diferentes extratos de açaí que possam ser exploradas para aumentar as defesas inatas ao estresse oxidativo e a longevidade. Através do método do pH diferencial, foi verificado que a quantidade de antocianinas presentes nos dois extrato de açaí liofilizado (AL-1 e AL-2) apresentaram em torno de 19,2 a 34,7 mg de antocianinas monoméricas/100g de extrato. Para testar se o tratamento com os extratos de açaí liofilizado (AL-1 e AL-2) aumentam a resistência ao estresse oxidativo, animais tipo selvagem foram tratados por 48 horas do estágio larval L1 até L4 com 100 e 200 mg/ml de extrato de açaí e depois submetidos ao estresse provocado por hidroperóxido de terc-butila (t-BOOH). Animais tratados com 200 mg/ml não se desenvolvem e permanecem em L1. Já os animais selvagens tratados com 100 mg/ml de AL-1 e AL-2 foram mais resistentes ao estresse oxidativo provocado por 5 mM de t-BOOH do que os animais não tratados. Por outro lado, o tratamento dos animais tipo selvagem com 100 mg/ml de AL-1 por 168 horas não aumentou a resistência ao estresse térmico a 35oC. O tratamento contínuo com 100 mg/ml de AL-1 também não aumentou a longevidade dos animais tipo selvagem. Apesar de apresentarem uma maior resistência ao estresse, os animais tratados com 100mg/ml do extrato de açaí por 48 horas não apresentaram uma diferença significativa quanto aos marcadores bioquímicos (atividade da catalase) e indicadores de resistência (proteína carbonilada e sulfidrila totais) em relação aos animais do grupo controle. Para verificar se o aumento da resistência ao estresse oxidativo promovido pelo tratamento com extrato de açaí depende das vias de sinalização p38/SKN-1 e DAF-16, os ensaios de resistência ao estresse oxidativo foram repetidos usando mutantes de deleção sek-1(ku7), a p38 MAPKK, skn-1(RNAi) e daf-16(mgDf46). Aparentemente, o tratamento com 100 mg/ml AL-1 não aumentou a resistência ao estresse oxidativo dos mutantes sek-1 e daf-16, sugerindo que este aumento depende da ativação de SEK-1 e DAF-16. Por outro lado, não foi observada a indução da localização nuclear nos animais tratados contendo gene repórter DAF-16::GFP. Estes dados sugerem que o aumento da resistência ao estresse oxidativo induzido pelo tratamento com extrato de açaí possivelmente depende da p38 MAPK e DAF-16, porém sem ocorrer ativação da localização nuclear de DAF-16.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) no tratamento da mucosite intestinal induzida por quimioterápico em camundongos.(2017) Silva, Raiana Mendes e; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Vieira, Paula Melo de Abreu; Generoso, Simone de VasconcelosA quimioterapia tem como base a utilização de fármacos que agem no metabolismo celular, retardando ou inibindo o crescimento desordenado de células tumorais. O 5- Fluorouracil (5-FU) é uma droga antimetabólica muito utilizada na terapia de diversos tipos de câncer e age inibindo a síntese de DNA e RNA e conduzindo a apoptose das células tumorais e de células saudáveis de tecidos com alta taxa de divisão celular, como o trato gastrintestinal. Um grave efeito colateral deste e de outros quimioterápicos é a mucosite intestinal para a qual não existe ainda um tratamento efetivo. A patobiologia da mucosite intestinal está relacionada com a produção de espécies reativas de oxigênio, fatores de transcrição e mediadores inflamatórios, que por sua vez lesionam a mucosa e culminam na interrupção do tratamento oncológico. O açaí é um fruto rico em polifenóis e tem sido estudado no tratamento de diversas doenças, por possuir propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, efeitos antiproliferativos e pró-apoptóticos. Por este motivo, e considerando a falta de estudos sobre os efeitos deste fruto na mucosite, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito terapêutico do consumo de uma dieta suplementada com 2% deaçaí na mucosite intestinal induzida por 5-FU (dose única de 200mg/kg de peso) em camundongos BALB/c fêmeas, após três e sete dias da administração do fármaco. Avaliou-se o efeito da dieta contendo açaí na variação do peso corporal, ingestão alimentar, comprimento e peso do intestino delgado, polifenóis séricos, capacidade antioxidante total do soro (TAC),análise histopatológica dos segmentos intestinais, atividade de mieloperoxidase (MPO) no lavado intestinal, malondialdeído (MDA) no jejuno e IL-1β e IL-4 no íleo. Os resultados mostraram que a mucosite intestinal induziu perda ponderal e redução do consumo alimentar. Além disso, o 5-FU induziu redução da relação vilo/cripta de todos os segmentos intestinais e redução do peso do intestino delgado nos animais eutanasiados três dias após administração do quimioterápico. Nos animais eutanasiados sete dias após indução da mucosite intestinal, foram observadas reduções da relação vilo/cripta no jejuno distal e íleo dos camundongos que receberam 5-FU (MI) em comparação com o grupo que recebeu 5-FU e a dieta suplementada com açaí (MI+Açaí). Não foram observadas diferenças significativas no comprimento do intestino delgado, níveis de IL-1β, MPO, polifenóis e TAC. O tratamento com a dieta contendo açaí não foi capaz de atenuar os efeitos citotóxicos do 5-FU no terceiro dia após administração da droga, mas induziu uma pequena melhora nos aspectos morfométricos no íleo e jejuno distal no sétimo dia após indução da mucosite intestinal.Item Efeito protetor do açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre a esteatose hepática, resistência à insulina e estresse oxidativo induzidos por dieta hiperlipídica em camundongos.(2015) Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Pedrosa, Maria Lúcia; Silva, Marcelo Eustáquio; Pedrosa, Maria Lúcia; Martino, Hércia Stampini Duarte; Leite, Jacqueline Isaura Alvarez; Magalhães, Cíntia Lopes de BritoA crescente incidência da obesidade e comorbidades associadas está relacionada a um aumento paralelo da Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (NAFLD), uma das mais frequentes causas de doença crônica do fígado da atualidade. A NAFLD representa um espectro de condições caracterizadas por acúmulo de triacilgliceróis nos hepatócitos, que incluem a esteatose, esteato-hepatite, que pode evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Embora sua patogênese exata permaneça desconhecida, a hipótese mais aceita define que alterações metabólicas desencadeadas pela resistência à insulina levam ao desenvolvimento da esteatose hepática, considerada o primeiro evento, seguido do estresse oxidativo que contribui para a evolução do quadro. Compostos bioativos presentes em alimentos, principalmente polifenóis têm sido considerados promissores na prevenção de distúrbios metabólicos. O açaí (Euterpe oleracea Mart.) ganhou reconhecimento internacional devido ao seu alto conteúdo de polifenóis e capacidade antioxidante. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do consumo de um extrato aquoso de açai (EAA) sobre alterações metabólicas desencadeadas pelo consumo de dieta hiperlipídica em camundongos. Camundongos Swiss machos foram divididos inicialmente em 2 grupos experimentais, um grupo (C) recebeu dieta padrão AIN-93M, e o outro grupo (HF) recebeu uma dieta hiperlipídica (32% de banha suína e 1% de colesterol) por seis semanas, após este período, os grupos C e HF foram subdivididos em quatro grupos de acordo com o tratamento recebido. Os grupos C e CA receberam dieta padrão, e os grupos HF e HFA receberam dieta hiperlipídica, os grupos CA e HFA receberam tratamento com o EAA (3g/Kg de peso corporal), administrado diariamente via gavagem por mais seis semanas. Camundongos do grupo HF apresentaram maior ganho de massa corporal associado à resistência à insulina, alterações no perfil das adipocinas TNFα e adiponectina, hepatomegalia, elevação dos níveis séricos das transaminases e esteatose hepática. Além disso, apresentaram alterações nos níveis de mRNA de genes relacionados ao metabolismo de lipídios hepático e aumento no estresse oxidativo. O tratamento com o EAA apresentou efeito protetor sobre a esteatose hepática, através da melhora nos níveis de adipocinas, sensibilidade a insulina e aumento na expressão dos genes relacionados a β-oxidação de ácidos graxos mediada por PPAR-α. E ainda, promoveu uma melhora no balanço oxidante/antioxidante hepático. Estes dados indicam que o açaí pode representar uma estratégia dietética viável, associada a prevenção e/ou tratamento de distúrbios metabólicos.Item Efeitos do treinamento físico associado à suplementação com açaí sobre parâmetros hepáticos e cardíacos de ratos submetidos a uma dieta hiperlipídica.(2019) Lavorato, Victor Neiva; Silva, Marcelo Eustáquio; Silva, Marcelo Eustáquio; Alzamora, Andréia Carvalho; Natali, Antônio José; Reis, Emily Correna Carlo; Isoldi, Mauro César; Pedrosa, Maria LúciaO objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio (TFA) e da suplementação com açaí sobre a funcionalidade e estrutura cardíaca, em nível molecular, celular e tecidual, em conjunto com o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) em um modelo animal submetido à dieta hiperlipídica. Para isso, foram utilizados ratos Fisher com sessenta dias de idade, divididos em cinco grupos experimentais: C: Controle; H: Dieta Hiperlipídica; HA: Dieta Hiperlipídica + Açaí; HT: Dieta Hiperlipídica + TFA; HAT: Dieta Hiperlipídica + Açaí + TFA. Os grupos alimentados com dieta hiperlipídica receberam 21,8% de banha e 1% de colesterol. Os grupos suplementados com açaí liofilizado (HA e HAT) receberam 1% de açaí na dieta. Os animais dos grupos treinados (HT e HAT) foram submetidos a um programa progressivo de corrida em esteira por 8 semanas, sendo a duração e a intensidade final de 60 minutos e 60-70% da velocidade máxima de corrida, respectivamente. O grupo que recebeu dieta hiperlipídica aumentou as concentrações plasmáticas de amilase, creatinina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), lipase, proteínas totais e globulinas. No fígado, foi identificado presença de esteatose microvesicular, macrovesicular e inflamação. Além disso, ocorreu aumento do total de ácidos graxos monoinsaturados no fígado e ácidos graxos saturados e monoinsaturados, com diminuição do total de ácidos graxos polinsaturados nas fezes. No ventrículo esquerdo, a dieta hiperlipídica aumentou o percentual de colágeno, a expressão de NADPH oxidase 4 (Nox-4) e proteína desacopladora 2 (UCP-2), a concentração de malondialdeído (MDA) e reduziu a atividade de catalase e glutationa Stransferase (GST). Além disso, a dieta hiperlipídica causou efeitos deletérios nos parâmetros mecânicos e do transiente de [Ca2+]i, com redução da expressão de trocador de sódio/cálcio (NCX). O grupo que recebeu a suplementação com açaí reduziu os níveis plasmáticos de colesterol total e AST, sem alterar o perfil de ácidos graxos totais do fígado e fezes. O tratamento com açaí diminuiu o percentual de esteatose macrovesicular e de inflamação de grau 3. No coração, a suplementação com açaí reduziu o percentual de colágeno, a expressão de Nox-4 e UCP-2, a concentração de MDA e aumentou a atividades de catalase e GST. Em relação à contratilidade dos cardiomiócitos, observouse aumento da amplitude de contração celular e redução do tempo para o pico do transiente de [Ca2+]i, com aumento da expressão de NCX. O grupo treinado aerobicamente não alterou os parâmetros séricos e o perfil de ácidos graxos do fígado e fezes. No fígado, o TFA foi capaz de atenuar a inflamação estabelecida pela dieta hiperlipídica e reduzir o percentual de esteatose macrovesicular de grau 3. No ventrículo esquerdo, o TFA reduziu o percentual de colágeno, a expressão de Nox-4 e UCP-2, a concentração de MDA e aumentou a atividades de catalase e GST. No que diz respeito à contratilidade dos cardiomiócitos, o TFA melhorou todos os danos ocasionados pela dieta hiperlipídica, com aumento da expressão de receptor de rianodina do tipo 2 (RyR2) e NCX. O TFA também aumentou a expressão de interleucina 10 (IL-10). O tratamento associado entre açaí e TFA apresentou benefícios nas análises hepáticas e cardíacas, porém sem efeitos adicionais.Item O extrato aquoso de açaí (Euterpe oleracea Mart) modula a resistência ao estresse oxidativo no organismo modelo Caenorhabditis elegans através de mecanismos diretos e indiretos.(2014) Bonomo, Larissa de Freitas; Oliveira, Riva de PaulaO açaí (Euterpe oleracea Mart.) surgiu recentemente como uma promissora fonte de antioxidantes naturais. Apesar de seu valor como alimento funcional, estudos sobre os efeitos do açaí in vivo são ainda limitados. Neste trabalho, utilizamos o modelo Caenorhabditis elegans para avaliar as propriedades antioxidantes do açaí in vivo e para desvendar seu mecanismo de ação. A suplementação com 100 mg/mL do extrato aquoso de açaí (EAA) por 48 horas aumentou tanto a resistência ao estresse oxidativo quanto a resistência ao estresse osmótico independentemente de qualquer efeito na reprodução e no desenvolvimento dos animais. O tratamento com EAA inibiu o crescimento bacteriano, mas esta propriedade antimicrobiana não influenciou a resistência ao estresse oxidativo. O aumento da resistência ao estresse oxidativo mediado pelo EAA apresentou correlação com a redução da produção de ERO, prevenção da redução de grupos sulfidrilas (SH) e da ativação de gcs-1 observadas em condições de estresse oxidativo. Nossos estudos mecanísticos demonstraram que o EAA promove resistência ao estresse oxidativo, agindo de maneira dependente de DAF-16 e da via de sinalização ativada em resposta ao estresse osmótico OSR-1/UNC-43/SEK-1. Finalmente, o EAA aumentou a agregação de proteínas com expansões poliglutamínicas e diminuiu a atividade do proteassoma. Os resultados obtidos sugerem que os compostos naturais presentes no EAA podem melhorar a capacidade antioxidante de um organismo, sob condições de estresse, por mecanismos diretos e indiretos.Item A polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) melhora o estado oxidativo de mulheres saudáveis.(2015) Barbosa, Priscila Oliveira; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Costa, Daniela Caldeira; Martino, Hércia Stampini DuarteO aumento da morbimortalidade em decorrência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) cresceu de maneira alarmante no Brasil e no mundo. Este fato tem chamado atenção para o desenvolvimento de estratégias que possam prevenir e controlar o surgimento de novos casos. Entre as ações propostas para combater a epidemia de DCNT está a redução dos fatores de risco modificáveis como, tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física. Em função disso, diversas medidas têm sido aplicadas à promoção da saúde, com por exemplo, o incentivo ao aumento na ingestão de frutas e verduras. Estes alimentos contêm uma série de componentes benéficos incluindo fibra, ácido fólico, vitaminas, minerais e um grande número de fitoquímicos não nutrientes, tais como os carotenoides e os polifenóis. Um fruto que vem ganhando destaque entre as pesquisas científicas por sua alta concentração de compostos fenólicos e possível efeito protetor, é o açaí. Estudos in vitro e em modelos experimentais envolvendo o açaí apresentam resultados promissores sobre o seu potencial papel como antioxidante, porém ainda são escassos os trabalhos que avaliam o efeito do seu consumo por humanos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo de polpa de açaí sobre biomarcadores do estado redox em mulheres. Foi realizado um estudo de intervenção nutricional com 30 mulheres aparentemente saudáveis. As voluntárias consumiram 200g/dia de polpa de açaí de origem comercial, durante 4 semanas. Foram realizadas análises de composição bromatológica da polpa oferecida, bem como quantificação do teor de polifenóis e a atividade antioxidante no início e ao final do período experimental. Antes e após a intervenção foi realizada antropometria, aferição da pressão arterial e coleta do sangue para as dosagens bioquímicas e determinação das concentrações séricas de dialdeído malônico (MDA), proteína carbonilada e grupos sulfidrilas. Em relação à análise da polpa comercial utilizada, o teor de umidade encontrado foi 90% e cada 100g correspondia a um valor calórico de 51,5 kcal. A polpa era composta por 47% de lipídeos, 11% de proteínas, 11,6% de carboidratos, 27,2% de fibras e 3,2% de cinzas. O teor de polifenóis encontrados na polpa no início do estudo foi de 131 mg EAG/100g e de 155mg EAG/100g. Este resultado indica que as condições de armazenamento da polpa de açaí durante o período de intervenção não resultaram em perdas importantes no seu conteúdo de polifenóis. A quantificação do poder antioxidante da polpa pelo método do ABTS apresentou um resultado inicial de 8,6 μM de trolox/g. No que diz respeito às variáveis antropométricas, clínicas e bioquímicas, após a introdução da polpa de açaí foi possível observar uma redução nos níveis de proteínas totais (p=0,007) e de globulina (p=0,003) e um aumento nos níveis de albumina (p=0,008) e da relação A/G (p=0,007). Já em relação aos biomarcadores do estado oxidativo, após o consumo de polpa de açaí houve uma redução nos níveis séricos de MDA (p˂0,001) e de proteína carbonilada (p=0,001) e um aumento nos grupos sulfidrilas (p<0,001). Estes resultados indicam que o consumo de 200g de polpa de açaí disponível comercialmente, durante quatro semanas, foi capaz de melhorar o estado oxidativo em mulheres saudáveis, reforçando o possível efeito funcional do açaí.Item Polpa de açaí modula a produção de espécies reativas de oxigênio por neutrófilos e a expressão gênica de enzimas antioxidantes em tecido hepático de ratos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Pedrosa, Maria LúciaAçaí (Euterpe oleracea Mart.) recentemente foi identificado como uma fonte promissora de antioxidantes naturais. O estresse oxidativo e a redução dos mecanismos de defesa antioxidante são fatores importantes no desenvolvimento das complicações do diabetes. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o possível efeito protetor da polpa de açaí sobre a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) por neutrófilos e sobre o sistema de defesa antioxidante hepático em ratos controle e diabéticos. Ratas Fischer foram divididas em 4 grupos de 8 animais de acordo com o tratamento recebido, Controle (C), Açaí (A), diabético (D), e diabético + açaí (DA). O diabetes foi induzido por uma única injeção intraperitoneal de estreptozotocina (35mg/kg de peso corporal) no primeiro dia do experimento. Os grupos C e D receberam dieta padrão (AIN-93), os grupos A e DA receberam dieta padrão acrescida com 2% da polpa de açaí. Ao final de 4 semanas os animais foram anestesiados e eutanasiados. A suplementação da dieta com 2% da polpa de açaí por 30 dias aumentou os níveis de mRNA para γ-glutamilcisteína sintetase (γ-GCS) e glutationa peroxidase (GPx) no tecido hepático, aumentou o conteúdo de glutationa total e reduziu a produção de EROs por neutrófilos em ratos controle. Os ratos diabéticos apresentaram redução na expressão de mRNA que codificam para a Zn-superóxido dismutase (Zn-SOD), GPx and γ-GCS e aumento nos níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e proteínas carboniladas quando comparado aos ratos controle. A suplementação com a polpa de açaí não alterou a expressão de enzimas antioxidantes em ratos diabéticos, no entanto apresentou efeito protetor, através da redução da peroxidação lipídica e aumento de glutationa total no fígado desses animais. Esses resultados sugerem que a polpa de açaí pode modular a produção de ROS por neutrófilos a apresentar efeito favorável sobre o sistema de defesa antioxidante hepático.Item Suplementação da dieta com polpa do fruto do açaí (Euterpe oleraceae Martius) melhora o perfil lipídico e a capacidade antioxidante – uma avaliação in vivo.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Souza, Melina Oliveira de; Pedrosa, Maria LúciaO açaí (Euterpe oleraceae Martius) é um fruto tipicamente brasileiro e economicamente importante. Relatos populares indicam um efeito positivo do uso medicinal do seu suco e trabalhos que descrevem sua composição demonstraram a presença de compostos fenólicos, fibras, ácidos graxos insaturados e fitosteróis, componentes dietéticos relacionados com o controle da hipercolesterolemia e do balanço redox fisiológico. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar in vivo algumas propriedades funcionais do açaí, especialmente os efeitos hipocolesterolemiante e antioxidante, em ratos controles e hipercolesterolêmicos alimentados com a polpa do açaí. Ratos Fischer (fêmeas) foram divididos em quatro grupos (8 animais por grupo): grupo C recebeu dieta padrão AIN-93M (4% óleo de soja); grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol); grupo CA recebeu dieta padrão suplementada com 2% de açaí e grupo HA recebeu dieta hipercolesterolemiante suplementada com 2% de açaí. Os animais foram alimentados ad libitum por 8 semanas. Os dados foram analisados por ANOVA, análise bivariada. Diferenças de P<0,05 foram consideradas significativas. Como esperado a dieta hipercolesterolemiante provocou um aumento do colesterol sérico total e da fração não-HDL e uma diminuição do colesterol HDL. Redução na atividade da paraoxonase e aumento na atividade da superóxido dismutase foram também observados. A adição de açaí, tanto na dieta hipercolesterolemiante quanto na padrão, mostrou efeito positivo. Os animais do grupo HA apresentaram redução de 33% nos níveis séricos de colesterol total e da fração não-HDL, quando comparados aos animais do grupo H. Além disso, a atividade da Paraoxonase – Arilesterase foi aumentada significativamente quando ambas as dietas eram suplementadas com o açaí (C: 37.1 ± 7.6U/mL / CA: 65.17 ± 7.45 U/mL / H: 16.7 ± 3.24U/mL / HA: 27.39 ± 9.09U/mL). A atividade da Superóxido Dismutase e a concentração de Glutationa Total também foram aumentadas no grupo H e a presença de açaí na dieta hipercolesterolemiante reverteu este efeito. Além disso, foi observada uma redução de 48% na concentração de proteína carbonílica (produto de oxidação protéica) nos animais onde as dietas foram suplementada com açaí (grupos CA e HA) comparado aos grupos C e H. Nossos resultados mostram que o consumo da polpa de açaí melhora o status antioxidante e o perfil lipídico em um modelo animal de hipercolesterolemia induzida pela dieta, sugerindo ter o açaí um valor significativo como alimento funcional.