PPGAC - Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Browsing PPGAC - Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas by Subject "Artes cênicas"
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Item [10]obediência cênica.(2017) Caiafa, Frederico Alves; Oliveira, Aline Mendes de; Oliveira, Aline Mendes de; Amaral, Maria Elisa Martins Campos do; Dias, Luciana da CostaA [10]obediência Cênica é a impossibilidade de seguir regras estéticas para se realizar qualquer atividade artística, no âmbito da presença e em espaço urbano. Nesse sentido, a intenção é tratar a arte desta cena como não pertencente à área alguma. Cunhei o termo a partir da transgressão gráfica e por miscigenar significantes de naturezas diversas na produção de uma nova escrita para o título. Por intermédio de um exercício ético, estético e político, elenca-se pontos de semelhança em cada capítulo a fim rascunhar uma “cartografia analítica”, um rizoma de afecção performática, sintonizada às ideias ao redor da origem transgressora que nomeia esta pesquisa. Até o encontro com este modus operatio de trabalho e de vida que faz uso de aportes de campos diversos e contíguos às artes cênicas – filosofia, política, etc. – para criar a superfície de observação da produção desta escrita e consequente análise dos trabalhos escolhidos. Ao afeiçoarmo-nos por ações artísticas e de intervenção, criações que se associam a uma arte e a um certo ativismo, ou mesmo o inventado termo artivismo, enquanto outras atuam por frentes diretas, como no caso do terrorismo poético e do escrache. Assim, unem-se diversas linguagens que estão na mesma posição enquanto postura civil por se confrontarem com limites impostos à sua liberdade criativa. Arte vândala que se intenciona a dar outra forma, movediça, ao que se estabelece no cotidiano da tela urbana propondo a desobediência como resposta às “leis injustas”.Item O ator-dramaturgo : perspectivas e procedimentos entre autoralidade e cena.(2019) Pires, Felipe Moratori; Oliveira, Letícia Mendes de; Oliveira, Letícia Mendes de; Rojo de la Rosa, Sara del Carmen; Cavalcante, Alex Beigui de Paiva; Fahrer, Lucienne GuedesEsta dissertação, denominada O ator-dramaturgo: perspectivas e procedimentos entre autoralidade e cena, tem como principal objetivo a investigação da fusão, ou fronteira, das funções “dramaturgia” e “atuação” em processo de criação para teatro. Para isso, são desenvolvidas discussões acerca da crise do gênero dramático, suas aproximações com a crise do próprio gesto de escrever e a emergência da corporeidade, tendo como ponto de partida a virada epistemológica do século XIX. As discussões sobre o conceito de escrita, e sua crise no contexto contemporâneo, são realizadas a partir da filosofia crítica de Vilém Flusser, que permite reflexões que tensionam a natureza unidimensional da escrita em contraste com a natureza quadridimensional da cena teatral. A compreensão do trabalho do ator nestadissertação é norteada pelas teorias de Jersy Grotowski, cujo legado se atualiza no Brasil por meio dos estudos de Luis Otávio Burnier e o grupo que fundou, o Lume Teatro, compreensão que propõe o ator como criador, o centro psíquico e físico da sua própria arte, e, sobretudo, elaborador da sua própria dramaturgia. Os tensionamentos teóricos sobre escrita e imagem nos procedimentos de composição cênica, junto às perspectivas das poéticas do corpo, são observados no processo de criação do espetáculo “Terra sem Acalanto”, da companhia Sala de Giz, de Juiz de Fora (MG). O espetáculo em questão é objeto de pesquisa prática no qual o autor exerceu as funções de dramaturgismo e atuação.Item A construção da atmosfera cênica no trabalho do diretor : análise do processo de criação do espetáculo “Maria que virou Jonas” da diretora Cibele Forjaz.(2016) Carvalho, Robison Breno Oliveira; Oliveira, Rogério Santos de; Silva, Narciso Laranjeira Telles da; Pinto, Davi de OliveiraO ambiente de ensaio pode ser considerado um lugar teatral, ou seja, um local onde as relações teatrais se estabelecem. A partir das relações que acontecem na sala de ensaio é que se instaura a atmosfera cênica. O foco central desta pesquisa trata da criação e efetivação da atmosfera cênica no processo da criação de um espetáculo, observado no trabalho do diretor teatral. Este processo foi observado entre os meses de outubro e fevereiro, o período de criação do espetáculo “Maria que virou Jonas ou a força da imaginação” da Cia Livre na cidade de São Paulo sob a direção de Cibele Forjaz. O que se pretende a partir destas observações é um entendimento sobre as relações estabelecidas pelos procedimentos da diretora na sala de ensaio. Considerando que tais procedimentos conduzem ao estabelecimento de uma atmosfera cênica que permeará os ensaios até a efetivação do espetáculo que será levado a público.Item Luz e criação cênica : inquietações de um ator-iluminador.(2018) Aguiar, Cristiano Diniz; Gomes, Ricardo Carlos; Gomes, Ricardo Carlos; Hildebrando, Antônio Barreto; Oliveira, Letícia Mendes deO trabalho parte das minhas inquietações como ator/iluminador quanto às dificuldades de meus colegas de cena ao se relacionarem com a luz. Essa questão surgiu durante minha graduação em teatro na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Desde então, passei por uma iniciação científica sob tal tema e atuei como professor em disciplinas de Iluminação nas graduações em Teatro da UFMG, UFSJ e UFOP, onde pude desenvolver exercícios que buscam instrumentalizar o ator para perceber como a luz desenha seu corpo no espaço, propiciando-lhe uma relação consciente com a teatralidade (SARRAZAC, 2013) da luz. Busquei em Picon-Vallin (2006) e Simões (2008) bases teóricas sobre a visualidade da cena e a relevância da luz cênica na cena contemporânea, assim, vemos a relevância da consciência dessas questões para um ator inserido em tal contexto.Item Para além do figurino : “peles em processo” como dispositivo criativo para atores e atrizes na sala de ensaio.(2017) Silva, Antônio Apolinário da; Gomes, Ricardo Carlos; Gomes, Ricardo Carlos; Almeida, Verônica Fabrini Machado de; Peretta, Éden SilvaA presente dissertação discorre sobre questões relacionadas ao figurino teatral como elemento fundamental do discurso cênico. Considera os diversos elementos que envolvem a pele do ator/performer como constituintes de uma segunda pele, capaz de conduzir, estimular e alimentar a concepção cênica, a partir das provocações feitas sobre seu corpo na sala de ensaio. Examina também outros dispositivos de criação: as peles plurais formadas pelos elementos estéticos da encenação – caracterização, iluminação, adereços cenográficos, etc., aqui denominados de “peles em processo”. A pesquisa dialoga com o conceito de “eu-pele”, do psicanalista Didier Anzieu; com a concepção de “cinco peles”, do pintor austríaco Friedensreich Hundertwasser, referida pelo crítico de arte Pierre Restany e com o conceito de “Teatro performativo”, da pesquisadora Josette Féral. São analisadas quatro práticas processuais de obras cênicas/performativas pela ótica dos conceitos referidos.Item Rastros cênicos : um percurso autoetnográfico sobre mulheres encenadoras.(2020) Veras, Julia Sant Anna dos Santos; Oliveira, Letícia Mendes de; Oliveira, Letícia Mendes de; Abreu, Ana Carolina Fialho de; Souza, Raquel Castro de; Oliveira, Aline Mendes deEsta dissertação traz uma reflexão no campo da gênese da encenação contemporânea e da participação feminina na história do teatro, recortada principalmente na cena brasileira, narrada a partir de uma perspectiva pessoal de encontros com os nomes abordados. O trabalho tem o objetivo de apresentar estudos sobre a direção teatral, tendo como ponto de partida uma investigação feminista. A coleta e a análise deste trabalho perpassam por conceitos da teoria do teatro e da história da encenação. Para tanto, verifica-se aqui uma opção autoetnográfica (CALVA, 2019) na construção da narrativa teórico-crítica da pesquisa. O estudo lança um olhar para a artes cênicas a partir de três perspectivas: a história (ANDRADE; EDELWEISS, 2008); descrição e análise, a partir do espetáculo E se elas fossem para Moscou? de Christiane Jatahy (2014-2020), refletindo a cena contemporânea (FÉRAL, 2015), (BIDENT, 2016), (COSTA, 2009) (CARREIRA; BULHÕESCARVALHO, 2013); a criação, no exame da encenação Daquele Naipe (2018-2020) cuja poética reflete reverberações entendidas como ação de resistência às estruturas de poder (KILOMBA, 2019).Item Sobre o habitar e um teatro que habita : a habitação teatral como processo e poética da cena.(2019) Castro, Luciana Araújo; Pereira, Elvina Maria Caetano; Pereira, Elvina Maria Caetano; Mendes, Julia Guimarães; Gasperi, Eduardo Rocco deEsta dissertação realiza uma reflexão sobre a prática de habitação teatral desenvolvida pelo grupo Teatro Público – do qual sou atriz integrante – como processo e poética da cena contemporânea. Num primeiro momento, apresento um mapeamento do campo teórico e prático da pesquisa, com base em experiências artísticas do século XX que foram determinantes para o rompimento dos parâmetros tradicionais de produção e recepção em arte, para a diluição dos limites entre as linguagens artísticas e, consequentemente, para o surgimento de novas formas estéticas cada vez mais “contextuais” (ARDENNE, 2002), “relacionais” (BOURRIAUD, 2009) e “liminares” (CABALLERO, 2016). Após localizar a prática de habitação teatral dentro do recorte trazido pelas noções de “práticas cênicas” (CABALLERO, 2016), “práticas espaciais” (GARROCHO, 2015) e “arte pública” (BARRETO, 2009), recorro a outras modalidades artísticas que compartilham de alguns princípios e características, para traçar suas semelhanças e diferenças a fim de justificar a escolha por uma nova nomenclatura. Em seguida, descrevo e analiso as experiências de habitação teatral Naquele Bairro Encantado e Saudade, de maneira a tornar visíveis os modos como a relação com a espacialidade, o caráter convivial e a permanência contribuem para a diluição das fronteiras entre arte e vida; e em que medida os bairros e seus moradores se tornam coautores da prática artística. Por fim, as reflexões suscitadas pela experiência prática se desdobram numa possível conceituação para o termo “habitação teatral”, em diálogo com as discussões sobre o habitar propostas por Martin Heidegger, Juhani Pallasmaa e Óscar Cornago.