Revisão Estratigráfica da Bacia dos Parecis - Amazônia.

Abstract
A Bacia dos Parecis está localizada na região centro-oeste do Brasil, na porção sudoeste do Cráton Amazônico, entre os cinturões de cisalhamento Rondônia e Guaporé. Está dividida, de oeste para leste, em três domínios tectono-sedimentares:o extremo oeste é uma depressão tectônica, a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é uma bacia interior tipo “sag”. Durante Paleozóico (do Ordoviciano ao Eo-Permiano) a região Amazônica foi afetada por um evento extensional, quando foram depositados, na Bacia dos Parecis, as formações Cacoal, Furnas, Ponta Grossa, Pimenta Bueno e Fazenda da Casa Branca. A Formação Cacoal é composta de conglomerados, rochas sedimentares líticas, folhelhos e dolomitos, interpretados como depositados em leques aluviais, deltas e lagos. Os ambientes deposicionais das formações Furnas e Ponta Grossa, compostas respectivamente de arenito com seixos e folhelho, são interpretados como de planície de maré e marinho, respectivamente. Os conglomerados, folhelhos e arenitos da Formação Pimenta Bueno, e conglomerados, arcóseos e folhelhos da Formação Fazenda da Casa Branca são interpretados como glacial ou periglacial. Desde o Permiano ao Triássico existe um “gap” no registro estratigráfico da Bacia dos Parecis. Sucessão de rochas vulcânicas e sedimentares mesozóica registra outro evento extensional na região Amazônica. Este evento está representado na Bacia dos Parecis pelos arenitos eólicos jurássicos da Formação Rio Ávila e basaltos das formações Anarí e Tapirapuã. No Cretáceo os arenitos e conglomerados do Grupo Parecis, foram depositados em ambientes fluvial e eólico. Corpos kimberlíticos do Cretáceo cortam os sedimentos nas porções noroeste e sudeste da bacia. Areia, silte e argila cenozóicos cobrem discordantemente os depósitos da Bacia dos Parecis.
Description
Keywords
Stratigraphy, Evolução de bacias, Bacia dos parecis
Citation
BAHIA, R. B. C. et al. Revisão Estratigráfica da Bacia dos Parecis - Amazônia. Revista Brasileira de Geociências, v. 36, p. 692-703, 2006. Disponível em: <http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/9311> . Acesso em: 07 out. 2014.