Métodos para avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de plantas medicinais : a necessidade da padronização.

Abstract
A crescente incidência de patógenos resistentes aos medicamentos atuais incentiva a busca de novos agentes antimicrobianos. Neste contexto, as plantas medicinais se destacam, sendo uma importante fonte de novos fármacos. Existem diversos métodos para avaliar a atividade antibacteriana e antifúngica de extratos, frações, óleos essenciais e substâncias isoladas de vegetais. Os mais conhecidos incluem métodos de difusão, diluição e bioautografia. A proposta desse trabalho é apresentar os métodos mais utilizados atualmente, juntamente com suas vantagens, desvantagens e fatores interferentes. Entre os artigos indexados na biblioteca SciELO, abrangendo os últimos dez anos, somente 4,4% das pesquisas com plantas medicinais estão relacionadas com atividade antimicrobiana. O método mais utilizado foi a microdiluição (57,9%), o mais recomendado devido à alta sensibilidade, à quantidade mínima de reagentes e amostra e à possibilidade de um maior número de réplicas. Nos trabalhos que utilizaram esse método, foram verificadas divergências de fatores que podem interferir nos resultados. A fim de facilitar a obtenção de resultados comparáveis e reprodutíveis, destaca-se a necessidade da padronização dos métodos utilizadas pelos pesquisadores. Recomenda-se utilizar como referência as normas estabelecidas pelo CLSI para meio de cultura e concentração de inóculo nos testes. Além disso, também recomenda-se a inclusão de um controle negativo da forma de solubilização das amostras, com quantificação do crescimento microbiano, para evitar a interferência nos resultados.
Description
Keywords
Microbiologia, Testes de sensibilidade microbiana, Microbiology, Microbial sensitivity tests
Citation
AMPARO, T. R. et al. Métodos para avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de plantas medicinais : a necessidade da padronização. Infarma - Ciências Farmacêuticas, v. 30, n. 1, p. 50-59, 2018. Disponível em: <http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=view&path%5B%5D=2177>. Acesso em: 21 fev. 2019.