Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal.

dc.contributor.advisorMagalhães, Cíntia Lopes de Britopt_BR
dc.contributor.authorMenegatto, Marília Bueno da Silva
dc.contributor.refereeMagalhães, Cíntia Lopes de Britopt_BR
dc.contributor.refereeFerreira, Jaqueline Maria Siqueirapt_BR
dc.contributor.refereeVieira, Etel Rochapt_BR
dc.contributor.refereeSilva, André Talvani Pedrosa dapt_BR
dc.contributor.refereeBezerra, Frank Silvapt_BR
dc.date.accessioned2023-05-31T19:55:04Z
dc.date.available2023-05-31T19:55:04Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractO Oropouche orthobunyavirus (OROV) é o arbovírus causador da Febre Oropouche, cujos sintomas são febre alta, cefaléia, mialgia, artralgia, fotofobia, tontura, náuseas e vômito. Mais de meio milhão de pessoas já foram infectadas com o OROV desde seu isolamento em 1955, sendo a Febre Oropouche uma doença negligenciada de caráter emergente. Até o momento não há medicamentos antivirais ou vacinas disponíveis contra a infecção e ainda, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos em sua patogenicidade. Assim, estudos que busquem entender os mecanismos envolvidos na patogênese do OROV são de extrema importância. Nesse sentido, dados da literatura vêm demonstrando que o estresse oxidativo pode estar envolvido na patogênese de vários agentes virais, dentre alguns arbovírus como Dengue, Zika, Chikungunya e Mayaro. O estresse oxidativo é a condição que se estabelece quando há um desequilíbrio entre os oxidantes, como as “Espécies Reativas de Oxigênio” (ERO), e os antioxidantes, como as enzimas Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT), a favor dos oxidantes. Sendo assim, este estudo teve como objetivo investigar em modelo animal, a homeostase redox em órgãos alvos da infecção. Primeiramente camundongos BALB/c de 21 dias de vida foram infectados via subcutânea com 6x106 Unidades Formadoras de Placas (UFP) do OROV e monitorados por 21 dias quanto ao desenvolvimento da doença e sobrevida. Os animais desenvolveram doença aguda autolimitada, com menor ganho de peso entre os dias 2 e 5, sem mortalidade. Para os próximos experimentos, os animais foram infectados da mesma forma e eutanasiados no 4o dia pós infecção (dpi). Ao final desse período, os animais infectados apresentaram aumento significativo do baço, leucopenia, anemia e trombocitopenia. Ainda, desenvolveram anticorpos neutralizantes anti-OROV, aumento dos níveis séricos das transaminases hepáticas (AST/ALT) e das citocinas pró-inflamatórias Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α) e Interferon-γ (IFN-γ). O genoma do OROV e partículas virais infecciosas foram detectados no fígado e baço dos animais. A histopatologia revelou inflamação hepática e aumento do número e área total de nódulos linfóides no baço. No que diz respeito à homeostase redox, a infecção pelo OROV levou a um aumento dos níveis de ERO e dos biomarcadores de estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada no fígado e baço. Ainda, nesses mesmos órgãos, a infecção pelo OROV levou a uma diminuição nas atividades das enzimas SOD e CAT. Juntos, estes resultados mostram que a infecção pelo OROV culmina com desequilíbrio na homeostase redox e consequente estresse oxidativo em órgãos alvos da infecção, ajudando a elucidar alguns aspectos importantes que podem contribuir na patogênese da Febre Oropouche.pt_BR
dc.description.abstractenOropouche orthobunyavirus (OROV) is the arbovirus that causes Oropouche fever, the symptoms of which are common to most arboviruses such as high fever, headache, myalgia, arthralgia, photophobia, dizziness, nausea and vomiting. More than half a million people have been infected with OROV since its isolation in 1955. Although Oropouche fever is classified as a neglected and emerging disease, to date, there are no antiviral drugs or vaccines available against the infection and little is known about its pathogenicity. Thus, studies that seek to understand the mechanisms involved in the pathogenesis of OROV are extremely important. In this sense, literature data have shown that oxidative stress may be involved in the pathogenesis of several viral agents, such as Dengue, Zika, Chikungunya and Mayaro. Oxidative stress is the condition established when there is an imbalance between oxidants, such as “Reactive Oxygen Species” (ROS), and antioxidants, such as Superoxide Dismutase (SOD) and Catalase (CAT) enzymes, in favor of oxidants. Therefore, this study aims to investigate, using an animal model, the redox homeostasis in target organs of the infection. First, 21-day-old BALB/c mice were subcutaneously infected with 6x106 Plaque Forming Units (PFU) of OROV and monitored for 21 days for disease development and survival. The animals were susceptible to infection however they developed acute self-limiting disease. Infected animals stopped gaining weight from days 2 to 5 post infection (dpi). From then on, 4 dpi was defined as the day of euthanasia for the following experiments. At the end of 4dpi, the infected animals showed a significant enlargement of the spleen, leukopenia, anemia and thrombocytopenia. They developed anti- OROV neutralizing antibodies, increased liver transaminases and increased serum levels of the pro-inflammatory cytokines Tumor Necrosis Factor alpha (TNF-α) and Interferon-γ (IFN-γ). Viral genome and infectious viral particles were detected in liver and spleen of the animals. Histopathology revealed liver inflammation and increased number of total area and number of lymphoid nodules in the spleen. With regard to redox homeostasis, OROV infection led to increased levels of ROS and the oxidative stress biomarkers malondialdehyde (MDA) and protein carbonyl in the liver and spleen. Also, in these same organs, OROV infection led to a decrease in the activities of SOD and CAT enzymes. Together, these results show that OROV infection culminates in an imbalance in redox homeostasis and consequent oxidative stress in target organs of the infection, helping to elucidate some important aspects that may contribute to the pathogenesis of Oropouche Fever.pt_BR
dc.identifier.citationMENEGATTO, Marília Bueno da Silva. Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal. 2023. 76 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16748
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/05/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectInfecções por Bunyaviridaept_BR
dc.subjectEstresse oxidativopt_BR
dc.subjectPatogênesept_BR
dc.subjectEspécies reativas de oxigêniopt_BR
dc.titleAvaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal.pt_BR
dc.typeTesept_BR
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