As formações córrego da Bandeira e córrego Pereira (grupo Conselheiro Mata, supergrupo Espinhaço) na porção noroeste da Serra do Cabral (MG) : definição das seções-tipo e contribuição ao estudo de proveniência sedimentar.

Abstract
As formações Córrego da Bandeira e Córrego Pereira (Grupo Conselheiro Mata, Supergrupo Espinhaço) possuem maior área de distribuição na terminação periclinal do anticlinal da Serra do Cabral, localizado na porção noroeste da mesma. O mapeamento geológico 1:20.000 desta região, aliado a levantamento de um perfil de detalhe, não só atende aos requisitos de classificação taxonômica de unidades estratigráficas segundo a área de ocorrência, como também coloca em evidência dados importantes para a reconstrução paleotectônica da Bacia Espinhaço e composição das áreas-fonte. A Formação Córrego da Bandeira teria sido depositada em um ambiente marinho plataformal de baixa energia, principalmente na porção SW, localmente com porções mais rasas (sujeitas à ação de ondas de tempestades), com pulsos de sedimentos mais grossos na região N. Esta porção estaria sujeita a climas áridos e contaria com a exposição, intemperismo e transporte de uma porção aflorante do embasamento cristalino, fornecendo feldspato e monazita como material detrítico. Uma plataforma carbonática proximal também seria criada e retrabalhada, fornecendo sedimentos de mesma natureza.Um ciclo regressivo tornaria a bacia mais rasa, iniciando a deposição dos arenitos da Formação Córrego Pereira. A deposição teria ocorrido num ambiente marinho raso a litorâneo, de energia mais alta, com fluxo de sedimentos para NE e N, a partir de um alto local a N. Uma fonte reciclada, ou várias fontes atuando em conjunto são reconhecidas durante os processos de sedimentação da Formação Córrego Pereira.
Description
Keywords
Serra do Cabral, Proveniência sedimentar, Supergrupo Espinhaço
Citation
LOPES, T. C. et al. As formações córrego da Bandeira e córrego Pereira (grupo Conselheiro Mata, supergrupo Espinhaço) na porção noroeste da Serra do Cabral (MG): definição das seções-tipo e contribuição ao estudo de proveniência sedimentar. Geonomos, v. 20, p. 44-57, 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/article/view/11718>. Acesso em: 20 de jun. 2017.