Caracterização petrológica, geoquímica e geocronológica de corpos intrusivos máficos da porção central da Serra do Espinhaço.

dc.contributor.advisorDanderfer Filho, Andrépt_BR
dc.contributor.authorMoreira, Helen Fonseca
dc.contributor.refereeDanderfer Filho, Andrépt_BR
dc.contributor.refereeChaves, Alexandre de Oliveirapt_BR
dc.contributor.refereeMedeiros Júnior, Edgar Batista dept_BR
dc.date.accessioned2018-01-04T14:55:03Z
dc.date.available2018-01-04T14:55:03Z
dc.date.issued2017
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractAo longo da cordilheira do Espinhaço ocorrem diversos diques e soleiras de rochas máficas intrusivas em sucessões sedimentares da bacia homônima e no embasamento. Estudos já realizados na porção meridional e setentrional da cordilheira atestam diferentes eventos magmáticos ao longo da evolução geológica dessa bacia. O presente trabalho apresenta os resultados de estudos petrográficos, geoquímicos e geocronológicos desenvolvidos para corpos máficos que ocorrem na porção central da Serra do Espinhaço, no extremo norte de Minas Gerais. Este setor faz parte do sistema de dobras e falhas de cavalgamento do domínio externo do orógeno Araçuaí. Nos limites da área de estudo, três ocorrências principais foram mapeadas (Costa 2013; Bersan 2015) e caracterizadas. Com base nos resultados obtidos, elas foram classificadas em dois grupos distintos. As ocorrências que compõem o grupo I ocorrem encaixadas em rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço, alojadas como soleiras nas unidades siliciclásticas do Grupo Sítio Novo, ou cortando o embasamento cristalino. Petrograficamente, os corpos do grupo I constituem metagabros de granulação média a grossa, às vezes com textura porfirítica. A assembleia mineral é constituída essencialmente por plagioclásio, anfibólio e clinopiroxênio, além de minerais secundários que sugerem alterações metamórficas de grau baixo, embora feições do protólito ígneo ainda estejam preservadas. Caracterizações litoquímicas mostram que essas rochas foram originadas a partir de um magma subalcalino, com afinidades toleíticas, típico de magmatismo intraplaca continental. As análises de elementos incompatíveis revelam um leve enriquecimento em LREE e LILE em relação aos HFSE. O enriquecimento relativo em elementos litófilos é compatível com os valores levemente negativos de !Hf obtidos, sugerindo assimilação de material crustal. Dados geocronológicos obtidos a partir de análises U-Pb (via LA-ICPMS) em grãos de zircão de duas amostras indicaram idades 206Pb/238U de 895± 3 Ma e 896 ± 2 Ma, consideradas como a melhor estimativa para cristalização magmática dassas rochas. Já as rochas do grupo II correspondem às soleiras máficas que ocorrem na porção nordeste da área de estudo intrudindo rochas paleoproterozoicas do Grupo Terra Vermelha. Do ponto de vista petrográfico, essas rochas apresentam apenas pequenas diferenças em relação às intrusões do grupo I, já que apresentam textura mais fina, exibindo leve foliação e maior abundância de minerais secundários. Os resultados obtidos a partir das caracterizações litoquímicas também indicaram magmas parentais toleíticos de ambiente intraplaca, porém, observa-se um expressivo enquecimento de elementos incompatíveis quando comparadas às rochas do grupo I, sugerindo que as ocorrências dos dois grupos evoluíram de fontes distintas. Para as rochas metamáficas do grupo II, os dados isotópicos de U-Pb forneceram uma idade concórdia de 1730 ± 8 Ma (MSWD = 0.033), que pelas características magmáticas dos zircões datados, foram interpretadas como a idade de cristalização dessas rochas. Assim, com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível reconhecer pelo menos dois eventos magmáticos associados com magmas máficos no domínio do Espinhaço Central, de modo que as intrusões que lá ocorrem apresentem significados tectônicos distintos ao longo da evolução da bacia. Num contexto regional, as rochas dos grupos I e II apresentam correlações com outras rochas de natureza máfica que ocorrem disseminadas em outros domínios do bloco São Francisco, evidenciando que condições extensionais de grande magnitude afetaram significativamente o bloco São Francisco durante o Toniano e Estateriano. Do ponto de vista geodinâmico, registros máficos com características e idades semelhantes às que ocorrem no bloco São Francisco são reportados em outros blocos crustais, como no cráton do Congo e Norte da China, de modo que esses extensivos eventos de magmatismo máfico registrados durante o Toniano e Estateriano podem estar associados a tentativas de fragmentação de massas continentais maiores (ou supercontinentes) das quais esses blocos faziam parte no passado. Embora a configuração dessas massas continentais mais antigas ainda seja alvo de muitas discussões.pt_BR
dc.description.abstractenAlong the the Espinhaço Range, several dykes and sills of mafic rocks occur intruding the sedimentary successions of the homonymous basin or cutting the basement rocks. Studies already developed in the southern and northern segments of Espinhaço attest to different magmatic events throughout the geological evolution of this basin. This work presents the results of petrological, geochemical and geochronological studies performed for mafic bodies that occur in the central portion of the Serra do Espinhaço, at the north end of Minas Gerais state. This area integrates the fold- thrust belt of the external domain of the Araçuaí orogen. Three main occurrences were mapped (Costa 2013; Bersan 2015) and characterized. Based on the results obtained herein, these occurrences were classified into two distinct groups. The group I rocks occur emplaced in the metasedimentary rocks of the Sítio Novo Group (Espinhaço Supergroup) or cutting the crystalline basement. Petrographically, they consist of medium to coarse grained metagabbros that sometimes show porphyritic texture. Plagioclase, amphibole and clinopyroxene form the dominant mineral assemblage. Secondary minerals also are present suggesting low grade metamorphism, although relict igneous features are observed. Geochemically, they are classified as metagabbros formed from a subalkaline magma with tholeiitic affinity, typical of intraplate magmatism. They are slightly enriched in LREE and LILE and depleted in HFSE. Their relative enrichment in LILE is compatible with the slightly negative values obtained for the !Hf parameter, indicating assimilation of crustal material. Zircon U Pb isotopic data obtained from two samples of group I yielded weighted mean 206Pb/238U of 895 ± 3 Ma and 896 ± 2 Ma that were taken as the best estimate of crystallization age of these rocks. Group II rocks correspond to the mafic sills that occur in the northeastern portion of the study area, intruding Paleoproterozoic rocks of the Terra Vermelha Group. Petrographically, they show only small differences in relation to the rocks from the group I.They have greater abundance of secondary minerals such as chlorite, biotite, amphibole and epidote and the primary textures preserved are less common, although they still are verified. Geochemistry analyses performed of these rocks also indicated tholeiitic parental magmas originated from an intra-continental environment, however, the group II rocks show a significant enrichment of incompatible elements when they are compared to those from the group I, suggesting that rocks of the two groups were derived from different magma sources. The U-Pb isotopic data for rocks from Group II, provided a concordia age of 1730± 8 Ma and on basis of the magmatic characteristics of the dated zircons, it was interpreted as the crystallization age of these bodies. Thus, with the results obtained herein, it is possible to recognize at least two magmatic events in Central Espinhaço Range, since the intrusions of this domain revealed different sources and tectonic implications throughout the evolution of the Espinhaço basin.pt_BR
dc.identifier.citationMOREIRA, Helen Fonseca. Caracterização petrológica, geoquímica e geocronológica de corpos intrusivos máficos da porção central da Serra do Espinhaço. 2017. 148 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9241
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 06/12/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.subjectRochas máficaspt_BR
dc.titleCaracterização petrológica, geoquímica e geocronológica de corpos intrusivos máficos da porção central da Serra do Espinhaço.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
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