Guedes, Claudia DumansFreitas, Tália Carvalho de2013-06-112013-06-112009FREITAS, T. C. de. Avaliação da capacidade de adsorção de diferentes carvões derivados de Moringa oleifera na remoção de microcistinas de águas contaminadas. 2009. 108,f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2906As cianobactérias constituem um grupo de organismos procariontes freqüentemente referidos como algas azuis. Estes organismos fazem parte do fitoplâncton natural, principalmente de água doce. No entanto, a sua proliferação excessiva leva ao acúmulo de grandes densidades de células na superfície da água, denominadas florações, que podem produzir uma variedade de toxinas como as microcistinas. Nas últimas décadas, o aparecimento de florações de cianobactérias, principalmente em reservatórios destinados ao abastecimento público de água, vem sendo relacionado ao processo de eutrofização dos sistemas aquáticos e a mudança climática global. As cianotoxinas não são eficientemente removidas pelos processos convencionais de tratamento, de modo que a sua presença em altas concentrações na água bruta pode vir a permanecer na água tratada. Neste trabalho foram produzidos carvões ativados em pó derivados de cascas de sementes da árvore Moringa oleifera que foram testados na remoção da variante microcistina-RR produzida pela espécie Microcystis protocystis. Os carvões produzidos foram ativados fisicamente por CO2 e por vapor d’água e apresentaram uma capacidade adsortiva em relação à microcistina-RR superior àquela apresentada por um carvão comercial denominado PICA G210 AS. A distribuição de poros da superfície do carvão constituiu o parâmetro mais influente no seu desempenho adsortivo em relação à microcistina; o volume de mesoporos foi o fator decisivo na escolha do melhor material para a remoção de toxinas. O estudo da cinética de adsorção confirmou a maior eficiência do carvão de Moringa em relação ao carvão comercial PICA G210 AS. A etapa determinante da velocidade de adsorção foi a difusão intrapartícula através da superfície do sólido adsorvente. A hidrofobicidade característica dos carvões ativados e da molécula orgânica da toxina desempenha um papel importante no processo de adsorção. O mecanismo da reação envolve um processo de fisissorção. Existe tanto um componente eletrostático entre grupos arginina de carga positiva do adsorbato e grupos funcionais superficiais de carga negativa da superfície do adsorvente, quanto interações do tipo van der Waals entre o heptapeptídeo e a superfície pouco polar do carvão.pt-BRCyanobacteriaMicrocystinMoringa oleiferaActivated carbonCarvões ativadosAvaliação da capacidade de adsorção de diferentes carvões derivados de Moringa oleifera na remoção de microcistinas de águas contaminadas.Dissertacao