Maciel, Emílio Carlos RoscoeVieira, Jorge Augusto Moutella de Campos2020-02-112020-02-112017VIEIRA, Jorge Augusto Moutella de Campos. Museu de fantasmas: mito, política e representação na tetralogia do poder de Aleksandr Sokurov. 2017. 72 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2017.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11886Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.A presente dissertação tem por objeto a Tetralogia do Poder, um conjunto de quatro filmes do diretor russo Aleksandr Sokurov: Moloch, Taurus, O Sol e Fausto. Nosso principal objetivo é o de desvelar as relações que os filmes mantêm entre si e que sustentam o caráter seriado do estudo sobre o Poder do diretor russo. Nesse sentido, coube-nos esclarecer, conforme a desenhávamos, a figura do Poder que o mosaico da Tetralogia nos oferece. Para isso, partimos da hipótese de que os filmes de Sokurov têm como tema principal e eixo condutor os comércios e os embates entre o laicizado Estado soberano nacional moderno e a teologia. A partir disso, passamos a investigar a divisão entre o caráter público e o caráter privado do poder representada nos três primeiros filmes, bem como os procedimentos formais utilizados pelo diretor russo. Depois, passamos a investigação do filme Fausto, atentando para as diferenças e semelhanças entre este e as três obras precedentes. Retomamos ainda as condições culturais da modernidade para o surgimento do mito do Fausto, estendendo a análise dos quatro filmes, assim, para as relações que o poder mantém com as formas de representação e os lugares de legitimação dos discursos. Concluímos, pois, que os quatro filmes conformam um discurso que relativiza a perspectiva histórica dos discursos dados, do senso-comum sobre inimigos das “repúblicas democráticas”, a saber, Hitler, Lênin, Hirohito. Contudo, essa relativização não serve ao propósito de enaltecer ou elogiar os derrotados, senão ao propósito de revelar os mecanismos políticos que aproximam “vítimas” e “algozes”, mostrando-os como beneficiários contenciosos dos mesmos pactos diabólicos, iludidos cada qual com seus paraísos ideais.pt-BRabertoMitoPoliticaGoverno representativo e representaçãoFausto - personagem fictícioAleksandr SokúrovMuseu de fantasmas : mito, política e representação na tetralogia do poder de Aleksandr Sokurov.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 03/12/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.