Bahia, Maria TerezinhaSantos, Daniela Maria dos2013-03-152013-03-152007SANTOS, D. M. dos. Influência da variabilidade genética do Trypanosoma cruzi na reativação da doença de Chagas experimental após imunossupressão com ciclofosfamida. 2007. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2551A variabilidade genética do Trypanosoma cruzi parece correlacionar-se a algumas variáveis da doença como tropismo tecidual, infectividade e resistência a drogas. Neste estudo, clones das linhagens do T. cruzi I (Gamba cl1 e SP104 cl1 - genótipo 19) e (Cuica cl1 e P209 cl1 - genótipo 20), e do T. cruzi II (Bug2148 cl1 e MN cl2 - genótipo 39) e (MVB cl8 e IVV cl4 - genótipo 32) foram avaliadas quanto à capacidade de gerar reativação da doença crônica em camundongos imunossuprimidos com ciclofosfamida (Cy) e ainda, se o tratamento prévio com o fármaco benznidazol (Bz) previniria esta recrudescência clone-específica. Entre os clones de ambas as linhagens do T. cruzi não houve alteração no perfil da curva de parasitemia nos animais infectados. Porém, após o protocolo de imunossupressão com Cy, no final da fase aguda e durante a fase crônica, clones da linhagem T. cruzi I induziram índices de reativação da parasitemia de 77,5% e 51,25%, respectivamente, enquanto clones da linhagem T. cruzi II apresentaram reativação de 4,7% apenas no final da fase aguda nos camundongos avaliados. De modo geral, o tratamento com Bz induziu uma redução dos índices de reativação tanto na fase aguda (72,22%) quanto na fase crônica (31,37%) da infecção. No entanto, Bz não foi capaz de prevenir a reativação da parasitemia em animais inoculados com os clones Gamba cl1, Cuica cl1 e P209 cl1 na fase aguda. Outro aspecto associado ao Bz, ainda na fase aguda, foi a queda induzida dos níveis totais de IgG avaliados. Finalmente, a imunossupressão induziu aumento de parasitismo tecidual durante a fase crônica mostrando-se, principalmente, associada aos animais infectados com clones da linhagem T. cruzi I. Nosso estudo demonstrou, pela primeira vez, a correlação entre a divergência filogenética do T. cruzi e a reativação da doença de Chagas em condição de imunossupressão, sendo esta relacionada a parasitos da linhagem genética T. cruzi I. Além disso, foi demonstrado que a eficácia da prevenção secundária na reativação pelo tratamento com Bz, provavelmente também dependente das características genéticas das populações do T. cruzi. Nossos resultados abrem perspectivas para se validar a terapêutica imunossupressora em indivíduos chagásicos submetidos à quimioterapia antineoplásica e/ou corticoidoterapia ou mesmo a proposição de novos fármacos imunossupressores.pt-BRImunossupressãoTrypanosoma cruzi - genéticaDoença de ChagasBiologia molecularParasitologiaInfluência da variabilidade genética do Trypanosoma cruzi na reativação da doença de Chagas experimental após imunossupressão com ciclofosfamida.Dissertacao