CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Browsing CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas by Author "Alves, Tânia Maria Almeida"
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Item Avaliação anti-Trypanosoma cruzi in vitro e in vivo de lactona sesquiterpênica isolada de Lychnophora passerina.(2018) Milagre, Matheus Marques; Lana, Marta de; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Alves, Tânia Maria Almeida; Vieira Filho, Sidney Augusto; Lana, Marta deAtualmente, a única droga disponível para tratar a DCh no Brasil é o benznidazol (BZ), que apresenta várias limitações e efeitos adversos, dessa forma estimulando a busca por novas opções terapêuticas. Assim, este projeto visa o uso em solução da lactona sesquiterpênica goyazensolida (GZL), previamente ativa contra o Trypanosoma cruzi in vitro, com os seguintes objetivos: (1) Determinar o limiar de citotoxicidade in vitro sobre células de mamíferos (H9c2) e avaliar sua atividade tripanocida contra amastigotas, estabelecendo seu índice de seletividade; (2) Avaliar os sinais de toxicidade aguda in vivo e sua atividade frente à infecção experimental de T. cruzi em modelo murino. Para avaliar a citotoxicidade foram realizados os testes MTT e Vermelho Neutro (VN) e, para verificar a atividade da GZL contra o T. cruzi, células H9c2 foram infectadas com um isolado resistente da cepa Y de T. cruzi e tratadas durante 24 e 48h. Na avaliação da toxicidade aguda in vivo, foi determinada a dose máxima tolerada, feito o hemograma e dosagem de parâmetros bioquímicos para avaliação da toxicidade hepática e renal. Para avaliar a atividade terapêutica da GZL, camundongos Swiss infectados com as cepas Y e CL de T. cruzi foram tratados pelas vias oral e intravenosa (IV) por 20 dias consecutivos nas doses de 1, 5 e 25 mg/kg/dia [via oral e IV, cepa Y (isolado resistente ao BZ) e CL (sensível ao BZ)] e 1, 3 e 9 mg/kg/dia IV (cepa CL), paralelamente a grupos controles BZ 100mg/kg/dia e infectado não tratados (INT). A parasitemia dos animais foi avaliada diariamente até consistente negativação. A ação do tratamento foi avaliada ainda por exames parasitológicos (hemocultura e PCR) e sorológico (ELISA). Os resultados obtidos revelaram a citotoxicidade in vitro da GZL em concentrações acima de 250 ng/mL nos tratamentos de 24 e 48h avaliadas pelos testes MTT e VN, sendo o índice de seletividade em 24h de 351 calculado a partir da relação dos parâmetros de MTT e do teste de ação tripanocida da GZL in vitro. Houve discreta nefrotoxicidade revelada pelo aumento de creatinina observado nos animais tratados com GZL 25 mg/kg IV em relação ao grupo CNT. Na avaliação pós-tratamento em animais infectados pela cepa Y, foi observada uma diminuição significativa da parasitemia a partir do 5º dia de tratamento com GZL nas doses de 1,0 mg/kg/dia (IV e oral) e 5,0 mg/kg/dia, via oral e BZ 100 mg/kg/dia, quando comparados ao grupo controle INT. As taxas de sobrevivência dos camundongos tratados com GZL foram de 100% na dose de 5,0 mg/kg/dia oral, seguidos dos tratados com 1,0 mg/kg/dia IV e BZ 100 mg/kg/dia oral, que foram de 87,5%, enquanto o grupo controle INT apresentou 25% de sobrevida. Nenhum dos camundongos foram considerados curados segundo o critério de cura adotado (MS, 2016). Os animais infectados pela cepa CL e tratados com GZL demonstraram no 180º dia pós-tratamento uma diminuição significativa da parasitemia a partir do primeiro dia do PP em relação ao grupo INT, porém inferior ao observado no grupo tratado com BZ. A maioria dos grupos tratados não apresentou 100% de negatividade na HC e PCR simultaneamente, entretanto o grupo tratado com BZ apresentou 57,1% de cura com sobrevida de 87,5%, seguido por GZL 3 mg/kg/dia IV que curou 12,5% dos animais com sobrevida de 100%. Este resultado, em particular, aliado aos demais, representam uma boa perspectiva do uso da GZL para o tratamento da DCh a ser explorada.