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Item Age of the Ribeirão da Folha ophiolite, Araçuaí orogen : the U-Pb zircon (LA-ICPMS) dating of a plagiogranite.(2007) Queiroga, Gláucia Nascimento; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Noce, Carlos Maurício; Alkmim, Fernando Flecha de; Pimentel, Márcio Martins; Dantas, Elton Luiz; Martins, Maximiliano de Souza; Castañeda, Cristiane; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Prichard, HazelO Orógeno Araçuaí, de idade neoproterozóica, se estende da margem sudeste do Cráton do São Francisco ao Oceano Atlântico, entre os paralelos 15° e 21° S. O estágio rifte da bacia precursora do Orógeno Araçuaí é balizado pela idade U-Pb SHRIMP de ca. 875 Ma dada por granitos anorogênicos. A evolução orogênica é subdividida nos estágios pré-colisional (ca. 630-585 Ma), sin-colisional (ca. 585-560 Ma), tardi-colisional (ca. 560-530 Ma) e pós-colisional (ca. 530-490 Ma). Remanescentes de rochas magmáticas de assoalho oceânico, localizados no setor central deste orógeno, têm sido descritos na literatura geológica desde 1990. O mais completo destes registros oceânicos é o ofiolito de Ribeirão da Folha, situado nos arredores da vila homônima, no município de Minas Novas, MG. O ofiolito de Ribeirão da Folha é uma associação litológica tectonicamente desmembrada, composta por fatias de rochas meta-ultramáficas e metamáficas que foram embutidas por empurrões em pacotes da Formação Ribeirão da Folha (unidade distal do Grupo Macaúbas). Esta formação, na área enfocada, consiste de micaxistos e cianita-grafita xistos (pelitos pelágicos), com intercalações de metacherts sulfetados, diopsiditos sulfetados, corpos de sulfetos maciços, formações ferríferas bandadas dos tipos óxido, sulfeto e silicato, e orto-anfibolitos finos (metabasaltos), metamorfisados nas zonas da cianita da fácies anfibolito médio. Dados geotermobarométricos dos micaxistos peraluminosos revelaram condições metamórficas em torno de 550º C a 5,5 kbar. As assinaturas litoquímicas das rochas metamáficas e meta-ultramáficas revelam afinidade ofiolítica e origem em assoalho oceânico. Os dados isotópicos Sm-Nd destas rochas mostram valores positivos de epsilon Nd (+3 a +7), e as idades modelo e isocrônica sugerem desenvolvimento de litosfera oceânica durante o Neoproterozóico. Todas as tentativas anteriores de recuperação de zircão a partir de volumosas amostras das rochas metamáficas foram infrutíferas. Contudo, corpos leucocráticos semelhantes a plagiogranito foram reconhecidos poucos anos atrás e se tornaram um dos principais alvos da tese de doutorado da primeira autora. Estes corpos ocorrem sob a forma de veios irregulares com dimensões milimétricas a centimétricas (até 50 cm), e são encaixados por orto-anfibolito bandado de granulação média a grossa (metadolerito a metagabro). Os corpos leucocráticos consistem de metaplagiogranito foliado, composto essencialmente por plagioclásio cálcico com bordas albíticas, quartzo, hornblenda e epidoto, com titanita, sulfeto, apatita e zircão como os principais minerais acessórios. Os cristais de zircão da amostra de plagiogranito são euédricos e muito límpidos, e mostram morfologia prismática elongada (3:1), sugerindo origem magmática. Análises U-Pb por LA-ICPMS (Laser Ablation Inductively Coupled Mass Spectrometry) foram realizadas em dezoito cristais de zircão e mostram resultados concordantes, indicando idade de cristalização magmática de 660 ± 29 Ma. Esta idade baliza a época de geração de crosta oceânica na bacia precursora do Orógeno Araçuaí. O espalhamento de algumas das análises ao longo da curva concórdia sugere perda de Pb devido ao metamorfismo de fácies anfibolito em ca. 580 Ma. A idade de ca. 660 Ma plagiogranito precede a maior idade U-Pb (ca. 630 Ma) de tonalitos deformados do arco magmático pré-colisional, bem como a idade U-Pb (ca. 582 Ma) dos granitos sincolisionais mais antigos.Item Aspectos petrográficos e petrológicos de um gnaisse calciossilicático (meta-rodingito) em alto grau na base da Klippe Carvalhos, Faixa Brasília, borda Sul do Cráton São Francisco, em Minas Gerais.(2012) Pinheiro, Marco Aurélio Piacentini; Suita, Marcos Tadeu de FreitasNa região Sul do Estado de Minas Gerais, na borda meridional do Orógeno neoproterozóico Tocantins, sul do Cráton São Francisco, ocorrem diversos corpos ultramáficos em meio a metassedimentos oceânicos, turbíditicos e pelágicos a hemipelágicos, metamorfisados em médio a alto grau e posicionados ao longo de falhas de empurrão profundas, associadas a granulitos, retroeclogitos e lentes do embasamento. Dentre estes ultramafitos, de origem controversa e possível natureza ofiolítica, destacam-se os ultramafitos do Morro do Corisco e da Fazenda da Roseta, na região da Liberdade. O ultramafito Fazenda da Roseta é constituído por uma associação de metaespinélio harzburgito, metawebsterito, carbonato serpentinito, metabronzitito pegmatoide e litotipos exóticos gnáissicos, de caráter ultramelanocrático e elevada densidade, que foram objeto do estudo. Essas rochas são caracterizadas por uma variedade textural predominantemente representada por três domínios: granoblástico, simplectítico e poiquiloblástico; constituídos pelas mais variadas proporções modais de clinopiroxênio, granada, hornblenda, plagioclásio, magnetita, ilmenita, espinélio, epídoto, com carbonato e mica branca subordinados, e apatita, como fase acessória. Essas rochas exibem forte enriquecimento em CaO e empobrecimento em Na2O e SiO2, incomuns, quando comparadas com rochas metamáficas e metaultramáficas da região. Em diagramas discriminantes, posicionam-se, nos campos de basaltos toleíticos oceânicos, N-MORB, aos de basaltos de arcos de ilhas (IAT). Os padrões geoquímicos são côncavos para os large-ion lithophile elements (LILE) e sub-horizontalizados para os high-field strength elements (HFES) e ETR pesados (ETRP), em relação à abundância desses elementos em composições de basaltos N-MORB. Quando analisadas em conjunto com as rochas metaultramáficas da região, observam-se possíveis relações parentais com os metawebsterito, meta-harzburgito e metabronzitito, que exibem padrões similares de LILE, com anomalia negativa de Rb, e padrões semelhantes de ETR, com padrões enriquecidos em relação ao condrito e uma forte anomalia negativa de Ce. A partir das considerações litotexturais e geoquímicas, o caráter alóctone dos ultramafitos, retroeclogitos, falhas de empurrão profundas associados e proximidade com serpentinitos, sugere-se que essas rochas foram submetidas a um metassomatismo cálcico primário (rodingitização) e são atribuídas a possíveis membros metarodingíticos, em provável ambiente oceânico, em episódio anterior aos processos de subducção e colisão no cenário de fechamento do Oceano Brasilíades, no panorama de estruturação da Orogênese Brasiliana.Item Complexos máfico-ultramáficos do escudo Sul-rio-grandense : revisão com ênfase na geoquímica dos elementos da série 3D de transição.(1992) Hartmann, Leo Afraneo; Wildner, Wilson; Remus, Marcus Vinicius Dorneles; Suita, Marcos Tadeu de FreitasOs complexos máfico-ultramáficos do Rio Grande do Sul foram reavaliados, com ênfase nos dados disponíveis para elementos químicos da série 3d de transição. Os complexos apresentam geralmente três componentes, quais sejam, ultramáfico (principalmente peridotitos, serpentinitos e xistos magnesianos), máfico e metassomático. Este último componente está bem desenvolvido na maioria dos complexos e foi identificado mas não estudado em detalhe. A suíte gabróica está presente em diversas áreas, tal como Pedras Pretas, e mostra uma química da série 3d de transição desde menos evoluída até mais evoluída, podendo ser classificada da mesma forma que em outras séries do mundo. Os serpentinitos são semelhantes entre si, independente da área avaliada, normalmente mostrando características residuais exceto em Pedras Pretas, onde a química do protólito gabróico foi mantida. Os peridotitos do Cerro da Mantiqueira são harzburgitos e a sua química da série 3d não pode ser distinguida de serpentinitos. Na região do Arroio Cambaizinho, os xistos magnesianos contendo várias proporções de tremolita + clorita + magnetita + ilmenita foram testados em camadas com um a cinco metros de espessura e que apresentam continuidade lateral de afloramento de centenas de metros. Eles mostram química uniforme na mesma banda e parecem corresponder a lavas magnesianas, de afinidade possivelmente komatiítica, metamorfizada na fácies anfibolito. As lavas foram derivadas de um manto enriquecido em elementos LILE ou contaminadas por material crustal.Item Controle das transformações nos padrões de EGP pelo estudo da geoquímica da cromita.(1997) Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Hartmann, Leo AfraneoO estudo de elementos do grupo da platina (EGP) em complexos máfico-ultramáficos (CMU) de natureza variada, mostra que corpos não deformados e não metamorfizados são ricos em elementos do grupo do Pd (PEGP) nos tipos estratiformes e no grupo do irídio (IEGP) nos ofïolíticos. Diferentes tipos de CMU modificados (com deformação, metamorfïsmo e/ou hidrotermalismo variados) mostram padrões anômalos: maciços estratiformes podem possuir padrões normalizados de IEGP do tipo ofïolítico e corpos ofïolíticos padrões ricos em PEGP, do tipo estratiforme. A composição do núcleo da cromita de cromititos maciços, mais refratária durante modificações pós-magmáticas, tende a ser menos modificada e indica a extensão das mudanças em CMU de qualquer natureza. As condições comuns de metamorfisrno de fácies xistos verdes de rochas máfico-ultramáficas, em especial se existem fluidos ricos em CO2, indicam as condições ideais sob as quais pode ocorrer a mobilização e lixiviação preferencial de Rh, Pt, Pd e Au destas rochas. Sob estas condições, rochas cromitíferas estratiformes severamente deformadas, metamorfizadas e/ou hidrotermalizadas podem desenvolver padrões pobres em PEGP e ricos em IEGP, do tipo ofïolítico, e cromititos ofiolíticos podem ter padrões ricos em PEGP, similares aos dos corpos estratiformes. Para interpretar padrões de EGP+Au em CMU modificados é necessário conhecer a evolução geoquímico-petrológica dos cromititos associados.Item Estudo mineroquímico e minerográfico de metaultramafitos e metamafitos da porção meridional do Cráton São Francisco.(2015) Santos, Débora Elisa dos; Carneiro, Maurício Antônio; Suita, Marcos Tadeu de FreitasEssa dissertação resulta de um estudo geológico de caráter regional que contempla duas suítes ígneas de rochas metaultramáficas e/ou metamáficas que ocorrem no Cráton São Francisco Meridional (CSFM): a Suíte ígnea Ribeirão dos Motas (SIRM); e, a Suíte ígnea Cláudio (SIC). Ambas as suítes já foram abordadas na literatura do CSFM, com enfoque geoquímico e petrológico. O enfoque desta dissertação é a minerografia e as características texturais e químicas das fases opacas desses litotipos, suas associações paragenéticas e possíveis ambientes de formação ou de reequilíbrio. Adicionalmente, foram utilizadas técnicas de processamento digital aplicadas à prospecção mineral, aerogeofísica, sensoreamento remoto e litogeoquímica, a fim de se determinar a favorabilidade econômica para depósitos de minerais metálicos nas suítes em estudo. Os litotipos metapiroxenitos e metagabronoritos da Suíte ígnea Ribeirão dos Motas, portadores de minerais metálicos de interesse econômico, hospedam a paragênese pentlandita-pirrotita-calcopirita e pirrotita-pentlandita, respectivamente. São observados, adicionalmente, orcelita e maucherita em metaperidotitos dessa suíte. Fases opacas com alta concentração em EGP (Elementos do Grupo da Platina) não foram identificados nesse trabalho mas dados bibliográficos mostram que as rochas da SIRM tem médias de 28 e 10.6 ppb em platina e paládio, respectivamente. Os minerais metálicos identificados nos litotipos ultramáficos da SIC compreendem pirrotita, pentlandita e, subordinadamente, calcopirita e nicolita. Em todos os casos, as fases sulfetadas apresentam texturas cúmulus, encontram-se intercrescidas e inclusas em piroxênio ou dispersas na matriz. Os teores de SiO2, Ni, Cr, MgO, #Mg, V e Co, e a composição dos minerais cúmulus nos litotipos metaultramáficos-metamáficos da SIRM e dos metaultramafitos da SIC são semelhantes às concentrações desses elementos e composições minerais em complexos estratiformes em outras partes do globo. A soma dos aspectos geotectônicos, geocronológicos, petrográficos, minerográficos, litogeoquímicos e mineroquímicos, sugere que a precipitação de fases sulfetadas seja produto de uma nova injeção de magma em uma câmara magmática previamente diferenciada em rochas da SIRM e de assimilação de rochas encaixantes no caso dos litotipos metaultramáficos da SIC. A integração dos dados aerogeofísicos, de sensoreamento remoto, litogeoquímicos e mineroquímicos revela que a área de estudo apresenta teores significativos de Ni e Cu, em relação a muitas ocorrências mundiais. Desse modo, é possível definir três áreas-chaves com potencial para metalogênese desses metais.Item Estudos químicos, físicos e isotópicos em zircões.(1996) Hartmann, Leo Afraneo; Vasconcellos, Marcos Antonio Zen; Leite, J. D.; Takehara, Lucy; Remus, Marcus Vinicius Dorneles; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; McNaughton, Neal JesseItem Evolução magmática e metamórfica de zircão do Complexo Barro Alto (GO), com base em imagens de elétrons retro-espalhados e análises químicas por microssonda eletrônica.(1999) Takehara, Lucy; Hartmann, Leo Afraneo; Vasconcellos, Marcos Antonio Zen; Suita, Marcos Tadeu de FreitasO zircão é muito utilizado em geocronologia U-Pb por ser considerado um sistema isotópico fechado e apresentar quantidades elevadas de U e Th. No presente trabalho, foram feitos estudos de imagens de elétrons retroespalhados (BSE) e perfis de varredura espacial por espectrômetro dispersivo em comprimento de onda dos elementos Hf, Y e U em cristais de zircão de algumas amostras do Complexo Barro Alto (GO). As imagens de BSE e os perfis evidenciam variações nas estruturas internas e na composição dos cristais de zircão, que são reflexos de processos magmáticos e metamórfïcos sofridos pela rocha hospedeira. Além das feições magmáticas presentes, observamos que os processos metamórficos encontram-se registrados de forma variável nos cristais de zircão, sendo que alguns cristais são menos afetados que outros, indicando serem mais resistentes. Em todos os cristais observados, o metamorfismo regional de médio a alto grau do Ciclo Brasiliano encontra-se registrado de uma forma mais ou menos intensa, evidenciando a abertura do sistema neste período, que afetou consequentemente o sistema isotópico.Item Geologia e petrogênese de corpos máficos-ultramáficos da faixa Brasília Sul, borda sul do Cráton São Francisco - MG.(2013) Pinheiro, Marco Aurélio Piacentini; Suita, Marcos Tadeu de FreitasNo sul de Minas Gerais, porção meridional do orógeno Tocantins, ocorrem variedades de (meta)mafitos-ultramafitos em meio a metassedimentos neoproterozóicos, plataformais a oceânicos. Este trabalho aborda as associações do Complexo Petúnia, sul do Complexo Campos Gerais, e da região de Andrelândia. As do Complexo Petúnia são variedades metamórficas de dunito, olivina (ol) ortopiroxenito pegmatóide, cromitito, hornblendito, gabros, e basaltos (granada anfibolitos). Os ol ortopiroxenitos constituem-se de ortopiroxênio (En87-93) pegmatóide que envolve cúmulus de Crespinélio e ol (Fo84-91), bandados cripticamente, e compõem variedades de xistos e felses de antofilita, clorita (cht), carbonato (car), talco e magnetita (mag). O cromitito é laminado, com cromita fina, ortocumulática (assinatura estratiforme) e cht pseudomórfica intercúmulus. Os metagabros formam tipos coronítico e cataclasado. O primeiro exibe trama sub-ofítica com augita, labradoritabytownita(by) e ilmenita (il), com ol reliquiar compondo reações incompletas com plagioclásio (pl) e il, com coronas múltiplas de serpentina (opx) e anfibólio monoclínico (cam), Fe-tschermakita (tsch) e gedrita. O metagabro cataclasado (diopsídio, albita-oligoclásio e Mg-hornblenda-actinolita) apresenta textura de substituição, granonematoblástica e pseudotaquilito. Os granada anfibolitos (pargasitahornblenda, oligoclásio-andesina, titanita e granada almandínica), nematoblásticos a miloníticos, tem assinaturas variando de basaltos MORB´s aos de arco vulcânico, sugestivos de magmas transicionais, manto fértil e zonas de supra-subducção. Análises termobarométricas (calibrações de Al em anfibólio) forneceram valores de 7,5-9,0 Kbares, e pares de hornblenda (hbl)-pl forneceram valores entre 635- 675°C e 7,5-8,9 Kbares. Dados de concórdia U-Pb (zircão, SHRIMP) do metagabro forneceram idade de cristalização em 2.963±6 Ma. Os baixos valores de EGP nos (meta)ultramafitos e altos no metagabro coronítico (~15ppb de Pt+Pd), e cromititos (ca. 1ppm) aventam a possibilidade de um magma rico em EGP, provavelmente concentrados em horizontes específicos (reefs) com a possivel influência de processos concentradores/dispersores metamórfico/hidrotermais. Na região de Andrelândia, corpos anfibolíticos, em meio às unidades metassedimentares das nappes Andrelândia, Liberdade, Pouso Alto e Lima Duarte, compõe-se de basaltos MORB´s aos de arcos de ilhas. Isto sugere ambientes oceânicos cronocorrelatos associados a zonas de supra-subducção. Idades concórdia U-Pb (zircão, SHRIMP) forneceram valores de cristalização riacianas, ca. 2,15 Ga, com intercepto inferior em torno de 600 Ma. Foram determinadas condições termobarométricas desarmônicas entre as variedades, com valores entre 5,5-8,3Kbares e 550-930°C para anfibolitos em meio a metassedimentos da Nappe Liberdade, 7,5-8,1 Kbares e 700°C, da Andrelândia e, 8,3-8,9 Kbares e 780-810°C, e da Lima Duarte. Um litotipo ultramelanocrático, cálcico, de composição ultrabásica, ocorre associado a metaultramafitos na base da klippe Carvalhos. Apresenta textura granoblástica (gnáissica) com granada (grd), clinopiroxênio (cpx), hbl e epidoto (ep), com simplectitas retrógradas de cpx (dipsídio)/hbl e pl ao redor de grd, com espinélio (spl), il, magnetita e car, e, provavelmente constitua uma variedade metarrodingítica. O cpx granoblástico apresenta composição acima do campo do dipsídio e alto conteúdo de Alvi, e diopsídica em grãos simplectíticos ao redor de grd (Alm28- 33Gro35-42Py24-31). O cam é tsch em grano/poiquiloblastos e hbl-tsch em grãos lamelares (simplectíticos). O ep apresenta conteúdo de Al2O3 expressivo (~28,00%), com o pl em campo de anortita pura e caráter secundário (retrógrado). O spl, essencialmente secundário, tem composição sensu stricto e Mg/Fe+2= 1. A paragênese grd+ cpx± hbl± ep, com pl secundário, simplectítico com Ca-cpx, é sugestiva de rochas submetidas a fácies eclogito. Foram estimadas condições acima de 20Kbares a partir da formação de grd em rochas metaultramáficas, com condições entre 1.350- 1.500°C, determinadas experimentalmente para a transição spl-grd, em estado subsolidus, em sistema CMAS. Pares de grd-cpx, grd-hbl fornecem valores entre 970-1.000°C e 560-760°C, respectivamente. Calibrações clássicas de Al em anfibólio forneceram condições entre 10,5-11,5 Kbares para variedades granoblásticas, e de 8,1-8,4 Kbares para lamelares. Diferenças químicas entre as metaultramáficas (e o metarrodingito) da base da klippe Carvalhos, e os anfibolitos associados, indicam que essas associações não são derivadas de uma fonte magmática comum, com os metaultramafitos e o metarrodingito, possivelmente correlacionados aos metabasaltos retroeclogíticos de idades criogenianas ou ectasianas/calimianas da região, e relacionados a peridotitos orogênicos de alta a ultraalta pressão (HP/UHP), e a seções crustais de ofiolitos meso- a neoproterozóicos desmembrados e extirpados durante a exumação do prisma acrescionário da Nappe Pouso Alto. Os anfibolitos, por sua vez, são relacionados à infraestrutura riaciana (Complexo Mantiqueira), da orogenia neoproterozóica.Item Geoquímica de isótopos estáveis (C, S e O) das rochas encaixantes e do minério de Cu(Au) do depósito cristalino, província mineral de Carajás, Pará.(2009) Ribeiro, Andreza Aparecida; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Sial, Alcides da Nóbrega; Fallick, Anthony Edward; Eli, Fabrício; Goulart, Luís Emanoel AlexandreDescrevemos dados de isótopos estáveis de rochas encaixantes e de minérios sulfetados do depósito de Cu(Au) do Cristalino (DC), Província Carajás, Brasil. Analisamos calcita de rocha total e de sulfetos de vulcânicas máficas a félsicas e “brechas hidrotermais”. O DC, um depósito arqueano (ca. 2.7Ga) IOCG, ocorre em supracrustais hidrotermalizadas (e.g., alcalinização; carbonatação; sulfetação; etc.) do Supergrupo Itacaiúnas. Dioritos cortam estas rochas e podem relacionar ao minério de Cu. Assinaturas isotópicas de ä34S e ä13C e ä18O plotam nos sulfetos do manto e campo primário dos carbonatitos, respectivamente. Os fluidos do minério podem ser derivados de uma intrusão granítica ou diorítica ou lixiviados de rochas vulcânicas máficas do tipo-MORB.Item Litogeoquímica e geologia isotópica estável (C, S, O) do depósito cupro-aurífero do alvo cristalino sul, província mineral de Carajás, Pará.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Ribeiro, Andreza Aparecida; Suita, Marcos Tadeu de FreitasO depósito de Cu(Au) do Cristalino ocorre na porção sudeste da Província Mineral de Carajás, Pará, Brasil. É um depósito de classe mundial, com uma reserva estimada em mais de 500Mt com teores médios de 1,0 % de Cu e 0,3 g/t de Au, hospedado por uma seqüência vulcanossedimentar de baixo a médio grau metamórfico, com formação ferrífera no topo, que é atribuída ao Grupo Grão Pará (com idade de 2,76 Ga), na região da Serra do Rabo. Corpos graníticos, dioríticos e quartzo-dioríticos cortam esta seqüência supracrustal e podem relacionar-se à mineralização de Cu(Au). As rochas hospedeiras estão fortemente brechadas e hidrotermalizadas com alterações potássica e sódica, anfibolitização, cloritização, carbonatação, silicificação, metassomatismo de Fe, sericitização e sulfetação, e com menor enriquecimento em apatita e alanita. O minério ocorre em brechas, e nos tipos stockworks, disseminado, stringer e maciço. Os principais minerais de minério são calcopirita, magnetita, pirita, cobaltita, milerita, vaesita, bravoíta e ouro. Ocorrem ainda ilmenita, hematita e calcocita. Os diagramas litogeoquímicos de balanço de massa e de Harker, para rochas vulcânicas máficas e félsicas revelam diferentes mobilidades por hidrotermalismo (com enriquecimento ou empobrecimento) para Na, K, Ca, Fe, Mg, Mn, P, Sr, Ba, Ni, Co, Cu, e que Al, V, Ti e Zr foram pouco móveis. Ba, K e Cu mostram fortes anomalias em relação ao manto primitivo. Isto sugere que K e Cu podem provir (pelo menos em parte) de uma fonte granítica alcalina. Nos diagramas de balanço de massa, as rochas vulcânicas máficas do depósito Cristalino, comparadas com basaltos dos tipos N, T e P, normalizados ao manto primitivo, mostram que a curva média se aproxima da curva média dos basaltos de pluma mantélica. O comportamento das curvas das rochas vulcânicas félsicas e as de granitos arqueanos (Velho Salobo e Complexo Granítico Estrela) se aproximam e sugerem fontes magmáticas similares. Dados de Y, Zr e Ti das rochas vulcânicas máficas plotados em diagramas discriminantes, também sugerem como protólito basaltos MORB relacionados à pluma mantélica em ambiente intraplaca. Os dados de isótopos estáveis mostram valores de δ34S(CDT) (0,6 a 1,5‰) próximos aos dos sulfetos do manto e ao do campo dos MORB e os de δ13C(PDB) (-7,2/-4,4‰) e de δ18O(SMOW) (+8,1/+9,3‰) posicionam-se no campo dos carbonatitos primários. Conclui-se que S, C e O são primários e mantélicos, podem relacionar-se a fluidos de rochas graníticas do tipo “A” e/ou lixiviados de rochas MORB, ou, ainda, terem sido degaseificados do manto arqueano, os quais influenciaram na formação do minério de Cu(Au) do depósito Cristalino. O depósito Cristalino é similar a depósitos “IOCG” em Carajás, Olympic Dam, e mais com o Distrito de Cloncurry, ambos na Austrália.Item Metamorfismo de fundo oceânico e alto grau em meta-peridotitos ofiolíticos neoproterozóicos, Faixa Brasília Sul, Minas Gerais.(2008) Pinheiro, Marco Aurélio Piacentini; Suita, Marcos Tadeu de FreitasNa região Sul do Estado de Minas Gerais, entre as cidades de São Vicente de Minas, Andrelândia e Liberdade, na borda meridional do Cráton São Francisco, porção sul da Faixa Brasília, de idade neoproterozóica, são identificados vários corpos ultramáficos em meio a metassedimentos oceânicos, turbíditicos e pelágicos a hemipelágicos, metamorfisados em médio a alto grau e posicionados ao longo de falhas de empurrão profundas associadas a granulitos, retroeclogitos e lentes do embasamento. Dentre destes ultramafitos, de origem controversa e possível natureza ofiolítica, destacam-se os ultramafitos do Morro do Corisco e da Fazenda da Roseta, na região de Liberdade. Estes corpos correspondem a meta-harzburgito cumulático serpentinizado, que apresenta texturas de serpentinização primária (fundo oceânico?) Diagramas litogeoquímicos, discriminantes de ambientes tectônicos, posicionam estes meta-peridotitos em campos específicos de peridotitos ofiolíticos, orogênicos ou abissais. Os dados das análises de elementos menores e traços, quando comparados a valores do manto primitivo, apresentam um enriquecimento em elementos litófilos, e valores próximos aos do manto para os elementos siderófilos, similar a rochas ultramáficas de origem oceânica, submetidas a processos de serpentinização e/ou metamorfismo regional.. Os registros petrológico-estruturais evidenciaram uma evolução em, essencialmente, 4 episódios metamórfico-deformacionais que são: 1) um episódio inicial relacionado às condições de formação das rochas primárias ultramáficas cumuláticas, em provável ambiente crustal-subcrustal oceânico; 2) processos primários de metamorfismo e/ou hidrotermalismo (fundo oceânico?), atingindo a fácies anfibolito; 3) um metamorfismo progressivo relacionado, possivelmente, a exumação destes corpos, atingindo condições de fácies granulito de alta pressão, provavelmente relacionada aos processos de subducção e obducção, , 4) um retrometamorfismo final que atingiu fácies xisto verde.Item Neoproterozoic geotectonic evolution of Tocantins structural province central Brazil.(1999) Strieder, Adelir José; Suita, Marcos Tadeu de FreitasTocantins Structural Province (TSP) is the main tectonic feature in Central Brazil. It separates two main cratonic areas (former continental plates): the Amazonian Craton to the West and the São Francisco Craton to the East[ Recent geochronological data (U-Pb and Sm-Nd) and structural studies show that the actual structural framework of the province was developed during the Neoproterozoic. It is herein proposed that Brasiliano Orogenic Cycle in the TSP was developed in four broad tectonic stages: 1) an ocean opening stage began possibly 0169 Ma^ 1# an island-arc system development stage started 0999Ma and its amal! gamation lasted until ca[ 799 Ma^ 2 a continental collision stage began ca[ 799Ma with the accretion of the island!arcs to the upper Amazonian plate\ the closure of the Goiás Ocean and the development of a foreland basin upon the lower São Francisco plate^ and 4) a post-collisional stage (549-499 Ma) with the development of transcurrent faults (Transbrasiliano lineaments)\ back!thrust reverse faults\ and intrusion of alkalic granitic plutons.Item New evidence of Neoarchean crustal growth in southern São Francisco Craton : the Carmópolis de Minas Layered Suite, Minas Gerais, Brazil.(2013) Goulart, Luís Emanoel Alexandre; Carneiro, Maurício Antônio; Endo, Issamu; Suita, Marcos Tadeu de FreitasA Suíte Acamadada Carmópolis de Minas está situada no domínio do Complexo Metamórfico Campo Belo, Minas Gerais, SE-Brasil, que, junto a outros complexos metamórficos nos arredores do Quadrilátero Ferrífero, compõem a crosta siálica arqueana da parte meridional do Craton São Francisco. Essa suíte compreende um segmento remanescente de arco magmático, deformado e metamorfisado em fácies anfibolito-superior a granulito. Exibe estratos acamadados e maciços, constituídos por litotipos com assinatura litogeoquímica equivalente a uma série tholeiítica de baixo-K2O. Uma fase de magmatismo tholeiítico e outra de magmatismo cálcio-alcalino foram identificadas. Uma amostra de anfibolito e duas de metarriolito foram utilizadas para datação U-Pb em zircões usando MC-LA-ICP-MS. O anfibolito apresentou zircões com razões 232Th/238U ≈ 0,17 – 0,83 e idade concórdia de 2.752 ± 18 Ma. Esse resultado foi interpretado como idade mínima da fase tholeiítica. As amostras de metarriolito apresentaram zircões com razões 232Th/238U ≈ 0,25 – 0,66 e foram datadas em 2.713 ± 9,9 e 2.710 ± 31 Ma. Esse intervalo fornece uma aproximação para a idade mínima da fase cálcio-alcalina. Uma das amostras de metarriolito apresentou duas populações de zircões herdados. Essas populações foram datadas em 3.374 ± 30 e 2.859 ± 23 Ma, sugerindo a contribuição de crostas mais antigas na gênese da suíte. Os resultados demonstram que a gênese dessa suíte representa um episódio de formação de crosta juvenil durante o Evento Tectonotermal Rio das Velhas (2.780 Ma). Esse episódio sin a tardi-orogênico envolveu desenvolvimento de arco, magmatismo tholeiítico a cálcio-alcalino, metamorfismo e reciclagem crustal.Item Ocorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri.(2012) Gomes, Newton Souza; Suita, Marcos Tadeu de FreitasDesde o século passado, são reconhecidas duas épocas distintas de atividade magmática nas bacias do Espírito Santo e Mucuri. A primeira delas, interpretada como de idade cretácica, está relacionada à abertura do Atlântico Sul e tem como registro os basaltos toleíticos da Formação Cabiúnas, de idade barremiana. A segunda e mais expressiva atividade vulcânica da bacia se instalou durante o Terciário e gerou os basaltos, descritos como de natureza alcalina da Formação Abrolhos. Estudos recentes realizados em amostras de calha oriundas de duas perfurações realizadas pela Petrobras na parte submersa da Bacia de Mucuri identificaram rochas de natureza intermediária à ácida no topo da Formação Abrolhos. A presença de riolitos e traquitos no topo dos basaltos caracteriza um vulcanismo bimodal inédito na porção submersa da bacia. Em ambos os litotipos, a substituição dos minerais da matriz por carbonato e zeólitas foi originada, provavelmente, pela interação das rochas com a água do mar. Os dois poços amostrados distam cerca de 120km, o que permite inferir que, devido à pequena continuidade lateral característica de magmas ácidos a intermediários, ocorrências tão distanciadas devem refletir uma proximidade com os condutos vulcânicos. A presença de fragmentos de rochas vulcânicas na base dos calcarenitos da Formação Caravelas imediatamente sobreposta permite relacionar a extrusão dos litotipos intermediários a ácidos aos estágios finais do vulcanismo Abrolhos. Além disso, outras ocorrências de rochas riolíticas e ignimbríticas reportadas sobre o embasamento cristalino nas regiões de São Mateus, no Estado do Espírito Santo e no nordeste do Estado de Minas Gerais, em níveis intercalados nos arenitos da Formação Rio Doce no extremo sul do Estado da Bahia, poderiam ter um caráter cogenético e relacionarem-se ao crepúsculo do magmatismo terciário de Abrolhos, cuja dimensão tem sido subestimada até o presente. Estudos geoquímicos, geocronológicos e isotópicos dessas rochas são importantes na definição da extensão do vulcanismo básico a ácido e, consequentemente, contribuirão para um melhor entendimento da evolução tectônica das bacias de Mucuri e do Espírito Santo.Item Provenance and age delimitation of Quadrilátero Ferrífero sandstones based on zircon U–Pb isotopes.(2006) Hartmann, Leo Afraneo; Endo, Issamu; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Santos, João Orestes Schneider; Frantz, José Carlos; Carneiro, Maurício Antônio; McNaughton, Neal Jesse; Barley, Mark E.The Quadrilátero Ferrífero has some of the largest iron and gold deposits in the world and is a major geotectonic unit of the São Francisco Craton in Brazil. U–Pb zircon SHRIMP geochronology of six detrital sedimentary and metasedimentary rocks (114 zircon crystals, 118 spot analyses) has improved the understanding of the sedimentary processes and provenance ages of both rocks and the associated iron formation. The age of deposition of the iron formation is constrained between 2.58 and 2.42 Ga. The presence of an old Paleoarchean crust is dated in detrital zircon crystals, including the oldest zircon in South America (3809G3 Ma). Only high-Th/U, magmatic zircon crystals are present in the dated sedimentary rocks, and these indicate that the crust of the region was formed mostly during the Jequie´ cycle (six age peaks between 3055 and 2635 Ma). This time span ofw420 m.y. is similar to the duration of a long-lived Wilson cycle. Most of the Rio das Velhas Basin was filled during approximately 30 m.y. between 2746 and 2717 Ma, though volcanism probably started earlier. The youngest detrital zircon age from the Minas Supergroup indicates that the intracratonic basin fill, including the iron formation, was deposited after 2580 Ma. Therefore, the crust was cratonized shortly after the intrusion of minor granitic bodies at around 2.62–2.58 Ga. A large gap in orogenic activity is indicated by the absence of zircon ages of 2580–2182 Ma.Item Síntese sobre ofiolitos : evolução dos conceitos.(2012) Queiroga, Gláucia Nascimento; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Martins, Maximiliano de Souza; Pinheiro, Marco Aurélio PiacentiniOfiolitos são fragmentos de antigas litosferas oceânicas formados em margens de placa construtivas ou divergentes transformantes. Por meio de extensos falhamentos de empurrão, esses corpos ou parte deles são colocados na crosta continental, dentro de pacotes de rochas dos cinturões orogênicos, em estado sólido, mas podendo estar, ainda, relativamente quentes. Os possíveis ambientes produtores de litosfera oceânica incluem cadeias meso-oceânicas, bacias relacionadas a arcos-de-ilhas juvenis e bacias de retroarco. Ofiolitos de idade fanerozoica são abundantes em cinturões orogênicos ao re¬dor do mundo, enquanto que os remanescentes oceânicos do Pré-Cambriano são pouco comuns e encontram-se distribuídos, principalmente, na Finlândia, Canadá, Marrocos, Arábia Saudita, Egito, Rússia, Brasil e China. Diversos registros de remanescentes oce¬ânicos pré-cambrianos de diferentes idades foram reconhecidos no Brasil. A maioria desses corpos situa-se nas faixas orogênicas brasilianas e registra o consumo dos oce¬anos neoproterozóicos. A partir do que foi exposto, esse trabalho procura sintetizar as principais informações acerca de sequências ofiolíticas, trazendo uma breve revisão de conceitos e classificações ao longo dos quase 200 anos de utilização desse termo.Item Structural characteristics of chalcopyrite from a Cu(Au) ore deposit in the Carajás Mineral Province, Brazil.(2011) Ribeiro, Andreza Aparecida; Lima, Diana Quintão; Duarte, Hélio Anderson; Murad, Enver; Pereira, Márcio César; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Ardisson, José Domingos; Fabris, José Domingost Mössbauer spectra and X-ray diffraction data show a chalcopyrite from the Cristalino Cu(Au) deposit in the Carajás Mineral Province in northern Brazil to consist of a single, tetragonal phase. This is in stark contrast to a previously described chalcopyrite from the Camaquã copper mine in southern Brazil, obviously reflecting differences in mineral (and thus ore deposit) genesis.