CIPHARMA - Mestrado (Dissertações)
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Browsing CIPHARMA - Mestrado (Dissertações) by Subject "Agentes antiinflamatórios"
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Item Avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico contendo extratos de Lychnophora pinaster e Symphytum officinale.(2010) Pinheiro, Paola Torres Silva Gandine; Guimarães, Andrea Grabe; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO processo inflamatório é uma resposta dos tecidos a estímulos nocivos através de alterações celulares e vasculares. Em geral são processos dolorosos e incômodos para os pacientes e o tratamento convencional é realizado com a utilização dos Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), apesar das reações adversas que provocam. No Brasil e em todo o mundo plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são utilizados pela população para tratamento e prevenção de doenças, incluindo as inflamatórias. É o que ocorre com as espécies brasileiras, Lychnophora pinaster Mart. e Symphytum officinale L., utilizadas para tratamento de inflamação, dor e reumatismo, e que já tiveram a ação antiinflamatória demonstrada. Com base no exposto, este trabalho teve por objetivo a avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico, como gel, emulgel e nanoemulsão, contendo extratos de Lychnophora pinaster ou Symphytum officinale. A avaliação da atividade das formulações foi realizada em modelo de edema de pata induzido pela carragenina. Todas as formulações obtidas apresentaram aspecto homogêneo e odor característicos. A medida da viscosidade para as formulações base obtidas para o gel de hidroxietilcelulose 7 %, gel de hidroxietilcelulose 14 % e emulgel foi respectivamente de 1299782,00, 555632,00 e 373067,20 cP. Os emulgéis obtidos (base e contendo os diferentes extratos vegetais) apresentaram pH igual a 6,5, para os géis preparados com a utilização de hidroxietilcelulose a 7 % e 14 % (base e contendo os extratos ou nanoemulsão) a medida deste parâmetro foi 6,0 e 6,5 respectivamente. As formulações emulgel e géis base foram avaliadas durante 180 dias de estocagem, e durante este período não apresentaram alterações nas características observadas. Todas estas formulações foram de fácil aplicação. As nanoemulsões foram obtidas como suspensões coloidais com tamanho da partícula variando entre 233,0 ± 9,39 e 245,1 ± 8,17 nm e apresentaram distribuição de tamanho unimodal, com índice de polidispersão menor que 0,184 ± 0,041. A administração tópica das formulações emulgel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) e gel contendo nanoemulsão de L. pinaster a 2,0 % apresentou maior atividade que o Cataflam Emulgel (cada 1,16 g equivale a 1,0 g de diclofenaco potássico), as nanoemulsões contendo L. pinaster a 1,25 % e 2,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao medicamento Cataflam Emulgel, enquanto que a nanoemulsão contendo L. pinaster a 0,625% e o gel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) não demonstraram atividade farmacológica. A administração tópica das formulações gel e emulgel contendo S. officinale a 10,0 % e 16,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao Cataflam em emulgel, as formulações emulgel contendo S. officinale a 2,0 % e 5,0 % não apresentaram atividade. A comparação entre as formulações mostra que o emulgel e a nanoemulsão contendo Lychnophora pinaster na concentração de 2,0 % e 1,25 %, respectivamente foram as formulações mais interessantes e satisfatórias dentre as analisadas para esta espécie vegetal, visto que apresentaram atividade antiinflamatória significativa com baixas concentrações de extrato, além da facilidade de produção e administração. Em relação ao Symphytum officinale, as formulações emulgel e gel contendo o extrato bruto glicólico da espécie nas concentrações 10,0 e 16,0 % também foram consideradas satisfatórias, pois além da atividade antiinflamatória semelhante ao cataflam em emulgel, elas também se apresentaram de fácil produção e administração.Item Estudo fitoquímico da fração acetato de etila, avaliação da atividade antiinflamatória in vitro e in vivo da toxicidade em camundongos de Lychnophora trichocarpha spreng.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Ferrari, Fernanda Cristina; Guimarães, Dênia Antunes SaúdeAs Lychnophoras(Asteraceae) são espécies nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular em tratamentos de inflamação, dor, contusões, reumatismos e picadas de inseto. A espécie Lychnophora trichocarphafoi escolhida para um estudo fitoquímico biomonitorado e avaliação da atividade antiinflamatória in vivoe in vitropor ter se mostrado ativa em estudos prévios (FERRAZ FILHA et al., 2006, GUZZO et al., 2008) . A avaliação da toxicidadeaguda do extrato etanólico bruto também foi realizada. No estudo fitoquímico foram analisadas as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro. Os extratos etanólicos (LT1 e LT2) foram submetidos à coluna cromatográfica de filtração originando asfrações hexânica (LTH1), acetato de etila (LTA1 e 2) e metanólica (LTM1 e 2). Das frações LTA1 e LTA2 foram isoladas as lactonas sesquiterpênicas, licnofolida e ermantolida C, o esteróide β-sitosterol, e a mistura de triterpenos pentacíclicos, lupeol, αe β-amirinas. Com o objetivo de determinar o mecanismo de ação da atividade antiinflamatória foram utilizadas metodologias in vitro.Através da metodologia do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) foram observadas atividades antioxidantes de 94% para os extratos etanólicos brutos de ambas as coletas e de 69% para LTA1 na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade antioxidante significativa pelo método avaliado. Os extratos LT1 e LT2 inibiram a xantina oxidase em 64 e 58% e as frações LTA1 e LTA2 de 77 e 41%, respectivamente, na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade relevante quando avaliadas separadamente, sugerindo a existência de um sinergismo entre elas. Os extratos LT1 e LT2 e as frações apresentaram inibiçãoda ciclooxigenase-1 de até 100% na concentração de 200 µg/mL. Entre as substâncias isoladas, β-sitosterol e licnofolida apresentaram inibição de 69% e 56%, respectivamente, ambos na concentração de 100µg/mL. Eremantolida C, lupeol e a mistura de lupeol, αe β-amirinas não inibiram significativamente a COX-1. No método do edema de pata induzido pelacarragenina em camundongos, os extratos e frações (10%) e substâncias isoladas (1%)apresentaram atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica montanagel. A variação do edema no grupo controle foi de 22,4 ± 1,5 % (média ± e.p.m). Nos grupos em que foram aplicadas pomadas com as substâncias isoladas, as variações foram significativamente menores: lupeol, αe β-amirinas (6,9 ± 2,6 %), β-sitosterol (9,6 ± 4,3 %), licnofolida (5,3 ± 2,5) e eremantolida C (7,2 ± 1,7 %) e comparáveis ao Diclofenaco (5,30 ± 1,56 %) e à A. montana(5,73 ± 2,10 %). Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico (LT2) foi administrado a camundongos albinos, machos e fêmeas. Foram observados óbitos até o décimo primeiro dia entre os animais que receberam a dose de 0,750 g/kg e até e o sétimo e oitavo dia entre os animais que receberam as doses de 1,125 e 1,500 g/kg respectivamente. Foram detectadas alterações na atividade locomotora e na capacidade exploratória dos animais que receberam a dose de 0,750 g/kg, 1 e 4 horas após a administração do extrato e alteração na força muscular 1 hora após a administração do extrato. A capacidade exploratória também foi reduzida significativamente no grupoque recebeu a dose de 0,50 g/kg 1 e 4 horas após a administração do extrato. Os animais que receberam as doses de0,25; 0,50 e 0,75 g/kg não apresentaram alterações nas dosagens bioquímicas em relação ao grupo controle e apresentaram modificações histopatológicas sutis, como congestão e inflamação renal e hepática A dose de 1,5 g/kg causou sinais de toxicidade mais graves, sendo observadas alterações histopatológicas como hemorragia em 62,5% e congestão pulmonar em 100% dos animais. No cérebro e fígado foi verificada congestão em 62,5% dos animais. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro e suas frações possuematividades antiinflamatórias equivalentes e, assim como as substâncias isoladas possuem atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica Montanagel. A espécie mostrou possuir mais de um mecanismo de ação para a atividade antiinflamatória e as análises de toxicidade mostraram que a via oral não é indicada para o uso, sendo a via tópica adequadapara garantir tal atividade.Item Estudo fitoquímico da fração metanólica do extrato etanólico das folhas e avaliação da atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de Campomanesia velutina (Cambess.) O. Berg.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Michel, Marcela Carolina de Paula; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Guimarães, Andrea GrabeAs espécies do gênero Campomanesia (Myrtaceae), popularmente conhecidas como gabiroba ou guavira, são utilizadas na medicina popular para o tratamento de diversas condições clínicas, incluindo inflamação e reumatismo. Apesar do uso tradicional destas espécies, não existem estudos que corroborem sua utilização para esta finalidade. Assim, este trabalho teve como objetivo pesquisar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do extrato etanólico de Campomanesia velutina e de suas frações acetato de etila e metanólica, bem como realizar o estudo fitoquímico da fração metanólica desta espécie vegetal. No estudo fitoquímico, o extrato etanólico bruto (EB) das folhas de C. velutina foi submetido à cromatografia em coluna de filtração originando as frações hexânica (FH), acetato de etila (FA) e metanólica (FM). Do fracionamento cromatográfico de FM foi isolado o flavonol miricetina 3-O-ramnosídeo. Com o objetivo de avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de EB, FA e FM, os mesmos foram submetidos aos métodos in vivo de edema de pata induzido pela carragenina, contorções induzidas pelo ácido acético e placa quente. No método do edema de pata induzido pela carragenina, EB, FA e FM foram administrados por via oral nas doses de 100 e 300 mg/kg e o edema mensurado antes e 3, 6 e 24 h após a administração da solução de carragenina. EB e FA, nas duas doses avaliadas (100 e 300 mg/kg), bem como FM na maior dose (300 mg/kg) inibiram significativamente a formação do edema. A partir da terceira hora foi observada uma redução gradativa no edema desenvolvido para EB (100 mg/Kg; D% 28,53 ± 5,03; 300 mg/kg, D% 26,84 ± 4,79), FA (100 mg/Kg; D% 31,58 ± 8,46; 300 mg/kg, D% 15,02 ± 4,43) e FM (100 mg/Kg; D% 40,21 ± 4,58; 300 mg/kg, D% 19,79 ± 2,89), enquanto para o grupo não tratado esta variação foi de 54,70% ± 8,95. O efeito observado foi comparável ao fármaco padrão, a indometacina (27,32% ± 3,76). No tempo 6 h, foi observada uma menor variação percentual da espessura das patas em todos os grupos. Vinte e quatro horas após a administração da carragenina houve uma acentuada redução no tamanho do edema desenvolvido em todos os grupos. No método de contorções abdominais, EB na dose de 300 mg/kg e FA nas duas doses avaliadas (100 e 300 mg/kg) produziram redução significativa no número de contorções com 84,01%, 65,45% e 71,43% de inibição em relação ao grupo controle, respectivamente. A atividade antinociceptiva destes grupos foi similar à do fármaco padrão, a indometacina (68,66% de inibição). No método da placa quente, o tempo de latência, ou seja, o tempo necessário para que os animais reagissem ao estímulo nociceptivo provocado pelo calor, foi mensurado antes e 30, 60 e 120 minutos após a administração das soluções do extrato, frações, veículo e morfina (fármaco padrão). A administração por via oral de EB, FA e FM não produziu um aumento significativo nos tempos de latência em relação à observação inicial, indicando que a atividade antinociceptiva observada não envolve mecanismos centrais, sendo mediada perifericamente. O extrato etanólico bruto, suas frações acetato de etila e metanólica e as substâncias isoladas da fração metanólica miricetina 3-Oramnosídeo e S43p foram avaliadas in vitro quanto à sua capacidade de modular a produção de NO, TNF-α e IL-10 por macrófagos J774A.1 estimulados por LPS/IFN-γ. A avaliação in vitro mostrou que FA, miricetina e a substância S43p inibiram a produção de NO nos macrófagos J774A.1. A miricetina também induziu a produção da citocina antiinflamatória IL-10. Nenhuma das amostras foi capaz de inibir a produção de TNF-α. Os resultados obtidos demonstraram pela primeira vez a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de C. velutina. Apesar dos mecanismos de ação envolvidos não terem sido completamente elucidados, parecem envolver a via do NO e da IL-10. As substâncias isoladas parecem contribuir para a atividade. Os resultados obtidos justificam o uso da espécie na medicina popular para o tratamento de condições inflamatórias e dolorosas.