CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Browsing CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas by Subject "Agentes hipotensores"
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Item Efeitos de polimorfismos nos genes ADIPOQ e NOS3 e fatores de risco no controle e nos níveis de pressão arterial em hipertensos.(2022) Cunha, Warlley Rosa; Belo, Vanessa de Almeida; Lima, Angélica Alves; Paula, Gustavo Henrique Oliveira de; Belo, Vanessa de Almeida; Soares, Fernanda Rodrigues; Nascimento, Renata Cristina Rezende Macedo doO tratamento e o controle da hipertensão arterial (HA) são essenciais para reduzir a morbimortalidade das doenças cardiovasculares. Enquanto polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes adiponectina (ADIPOQ) e óxido nítrico sintase endotelial (NOS3) têm sido associados a distúrbios cardiovasculares, a contribuição desses SNPs para o controle e níveis de pressão arterial (PA) em hipertensos com adesão à terapia ainda não está claro. Particularmente, não há estudos testando os efeitos dos polimorfismos da ADIPOQ no controle da pressão arterial. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar se os genótipos, haplótipos e a interação entre os SNPs dos genes NOS3 (rs3918226 e rs1799983) e ADIPOQ (rs266729 e rs1501299) afetam o controle e os níveis de PA em hipertensos em tratamento com anti- hipertensivos. Foram recrutados, em um estudo transversal de fevereiro a setembro de 2021, 196 hipertensos adeptos a terapia onde a média das três últimas medidas de PA obtida dos prontuários foi usada para agrupá-los em: HA controlada (PA <140 / 90mmHg) e HA não controlada (PA ≥ 140 / 90mmHg). Amostras de sangue venoso foram coletadas destes indivíduos e os genótipos foram determinados pelo ensaio de discriminação de alelos Taqman®. As frequências dos haplótipos foram estimadas usando o programa haplo.stats. Análises de regressão logística múltipla e regressão linear múltipla foram realizadas ajustando para etnia, dislipidemia, obesidade, doenças cardiovasculares e níveis de ácido úrico. Todos os SNPs apresentaram equilíbrio de Hardy-Weinberg. O genótipo CG para o polimorfismo rs266729 do gene ADIPOQ apresentou associação com a HA não controlada e com maiores níveis de pressão arterial sistólica (PAS) e média (PAM) (P<0,05). Além disso, o haplótipo GT dos polimorfismos rs266729 e rs1501299 do ADIPOQ foi associado a HA não controlada e a maiores níveis de pressão arterial diastólica (PAD) e PAM em comparação com o haplótipo CT. Não foram observados efeitos dos genótipos ou haplótipos dos SNPs do gene NOS3 nem a interação com SNPs do gene ADIPOQ no controle da PA em hipertensos em tratamento. Os resultados deste trabalho sugerem que polimorfismos no gene ADIPOQ influenciam o controle da HA e níveis pressóricos de hipertensos em tratamento, surgindo como potencial marcador para resposta a terapia anti-hipertensiva.Item Efeitos do exercício físico associado aos medicamentos anti-hipertensivos sobre a função cardiovascular.(2019) Castro, Quênia Janaína Tomaz de; Guimarães, Andrea Grabe; Soares, Pedro Paulo da Silva; Cáu, Stêfany Bruno de Assis; Alzamora, Andréia Carvalho; Leite, Romulo; Guimarães, Andrea GrabeA hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica, sendo um dos principais fatores que colaboram para o surgimento de doenças cardiovasculares (DCV). O controle da pressão arterial (PA) contribui para a regressão da hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE). O presente trabalho teve como objetivo verificar, experimentalmente em SHR e clinicamente em estudo de metanálise, se a associação entre o exercício físico regular e o tratamento farmacológico, pode promover a regressão da HVE, e experimentalmente, se menores doses de captopril e losartana podem atingir este efeito quando associados ao exercício físico regular. Os animais foram distribuídos nos grupos sedentários (n=6 cada) e treinados em esteira (n=6 cada). O treino foi realizado durante 60 min/dia, 5 dias por semana, na velocidade 18 m/min durante 8 semanas. Os animais foram tratados por via oral com veículo, captopril 12,5, 25 ou 50 mg/kg ou losartana 2,5, 5 ou 10 mg/kg. Ao final de 8 semanas, foram avaliados a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), e os intervalos PR, QRS, QT e QT corrigido (QTc) do eletrocardiograma (ECG). Posteriormente, os animais foram eutanasiados e os corações foram extraídos. Os ventrículos esquerdos foram utilizados para determinar a atividade de MMP-2 por zimografia gelatinolítica, e para avaliação histológica (HE e tricrômico de Masson). O exercício físico isoladamente não alterou nenhum dos parâmetros analisados. O tratamento com captopril reduziu PA, FC, QT, QTc, em todas as doses, porém não alterou a atividade de MMP-2 e a estrutura cardíaca. Associado ao exercício, o captopril 25 e 50 mg/kg promoveu redução de 6,7% e 14,2% no intervalo QTc, respectivamente, e na dose de 50 mg/kg, reduziu 13,6% de QT, comparado ao sedentário. O tratamento com losartana 5 e 10 mg/kg reduziu QT tanto em sedentários quanto treinado e reduziu PA apenas na dose de 10 mg/kg. Isoladamente, a losartana não alterou a atividade de MMP-2, mas associado a prática de exercício físico reduziu em 25,4%, 24,8% e 31,8% a atividade de MMP-2 nas doses de 2,5, 5 e 10 mg/kg, respectivamente. O tratamento com captopril ou losartana não alterou o número de núcleos do tecido cardíaco e o comprimento dos cardiomiócitos. A segunda parte do trabalho consistiu de revisão sistemática seguida de metanálise. A revisão utilizou as bases de dados Pubmed, Bireme, Lilacs, Central (Cochrane) e Science Direct, compreendendo período indeterminado até 2018, e a comparação foi realizada entre pacientes treinados e sedentários, tratados com anti-hipertensivos. Os parâmetros analisados foram a massa do ventrículo esquerdo (MVE), índice de massa do ventrículo (IMVE), diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDVE), fração de ejeção (FE), PAS, PAD e FC. Cinco estudos (907 indivíduos) foram incluídos na metanálise. A associação exercício físico e anti-hipertensivos reduziu a MVE (IC95%: -21,63 a -1,81, N = 783), PAD (IC95%: -2,84 a -0,16, N = 843), FC (IC95%: -4,57 a -1,53, N = 907), aumentou FE (IC95%: 0,47 a 2,88, N = 843) e apresentou tendência a redução de IMVE e PAS. DDVE foi semelhante nos dois grupos. Concluímos que a associação do exercício físico ao tratamento com losartana mostrou ter efeito adicional nos parâmetros analisados, porém o mesmo não foi observado para o captopril. A metanálise demostrou que indivíduos em tratamento com fármacos anti-hipertensivos, combinados com a prática de exercícios físicos, podem ter o benefício adicional da redução da MVE e da PAD. Sendo assim, a prescrição de exercício físico deve ser considerada para prevenção e tratamento da HVE em indivíduos hipertensos.