PPGFIL - Programa de Pós-graduação em Filosofia
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Item Absurdo, arte e revolta em Albert Camus.(2020) Costa, Phabyo Laurenço da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Camerino, Luciano Caldas; Pimenta Neto, Olímpio JoséEste trabalho pretende avaliar, a partir de dois ensaios escritos por Albert Camus acerca do Mito de Sísifo e de O Homem Revoltado, como a aceitação e a revolta, determinam a condição do homem como absurda e permitem pensar a Arte e a Revolta (Metafísica) como superação do pensamento suicida e totalitário. Albert Camus verificou que o mundo se apresenta ao homem tanto como objeto de conhecimento, quanto como condição de vida e sobrevida. Aprofundando a análise sobre as obras citadas de Albert Camus, revela-se uma filosofia que perpassa a construção de uma teoria estética e uma filosofia da arte e que encontra na Revolta Metafísica, uma perspectiva de travessia do estado absurdo, da própria finitude do humano, para o estado de superação do sofrimento e insatisfação diante o sentimento de injustiça presentes no mundo. Uma Metafísica da Revolta é elaborada por Camus como único meio de alcance do conhecimento da essência do mundo e do homem. Desse modo, a Arte - Revolta Metafísica (tomada de consciência do homem da sua condição absurda) tornamse as únicas vias para a libertação do homem que conhece e encontra a si mesmo como sujeito desprovido de vontade de viver.Item Adorno e o belo natural.(2020) Oliveira, Sara Ramos de; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Pucciarelli, Daniel Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia“Adorno e o Belo Natural” possui como objetivo investigar a forma como Adorno propõe em sua obra Teoria Estética uma nova forma de se pensar o conceito de belo natural na estética e na filosofia da arte, considerando que a linguagem é o seu elemento determinante, uma vez que no belo natural trata-se de pensar a natureza como expressão de algo que não pode expressar-se pelos próprios meios. Adorno parte do pressuposto de que a tradição filosófica ocidental herdou uma visão não autêntica sobre a relação estética do ser humano com a natureza, começando pela relação do sujeito transcendental de Kant, que observava a natureza ora como lugar de afirmação daquilo que foi dominado pelo homem, ora como lugar de contemplação daquilo que ainda não foi dominado. Para Adorno, essa relação com a natureza do sujeito kantiano inaugura o belo natural como campo de expressão de uma subjetividade burguesa, que tem como principal objetivo manter as relações de poder na sociedade esclarecida. Para oferecer uma alternativa a esta visão, Adorno considera que o belo natural é um campo de expressividade negativa, ou seja, ele oferece a possibilidade de se trazer o não-idêntico à sociedade esclarecida através da experiência estética, expressa de maneira dialética no belo artístico.Item Agamben & Bartleby : a personagem como paradigma para investigar a potência de não e a inoperosidade.(2015) Guimarães, Diego; Iannini, Gilson de Paulo MoreiraNesta dissertação investigarei os conceitos de potência de não e inoperosidade na obra do filósofo italiano Giorgio Agamben, partindo, para tanto, do uso que este faz da personagem Bartleby, o escrivão de Melville, que, como um paradigma, auxilia-o a explicitá-los. No decorrer de minha investigação, mapearei e rastrearei as aparições da personagem na obra do filósofo, contextualizando-a em cada texto em que ela aparece ao mesmo tempo em que a relacionarei com os dois conceitos aqui perseguidos. Com estes iluminados por aquela, será possível pensar de maneira mais clara o ser humano como um ser, sobretudo, potencial, e cuja vida, ao invés de capturada, limitada e regrada por realizações específicas, está sempre disponível a um novo uso.Item Alegoria & Redenção : das esferas política e estética nas teses sobre o conceito de história de W. Benjamin.(2021) Oliveira, Rodrigo Rocha Rezende de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Chaves, Ernani; Alves Júnior, Douglas Garcia; Rangel, Marcelo de MelloNesta dissertação procuramos expor a intermediação dialética entre a escrita alegórica adotada por Walter Benjamin no contexto das teses Sobre o conceito de História (1940) e o posicionamento crítico e político do autor. Por outras palavras, viemos observar, assim, o que há de afinidade entre a apresentação estética do texto e o seu conteúdo engajado. Neste sentido, ressaltamos que, mesmo repletas de alegorias e imagens, as “Teses” não são uma simples e gratuita incursão estetizada de Benjamin no universo filosófico das questões sobre a construção da narrativa histórica. Para tanto estabelecemos dois eixos fundamentais (dois primeiros capítulos) que articulam essa contextualização em vista da abordagem específica. Em primeiro lugar, levantamos uma investigação sobre o conceito e a operação alegórica, considerada técnica e expressivamente, imprimida na atividade de escrita benjaminiana. Em segundo lugar, buscamos retomar as noções de redenção e melancolia no interior da obra de Benjamin também a partir de sua teoria da linguagem. E, finalmente, acessamos o espólio das “Teses” para recolher neste documento as repercussões dos preceitos elencados durante o percurso descrito.Item A alteridade na prosaística de Bakhtin.(2018) Nunes, Hugo Ferreira; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Freitas, Romero Alves; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Culleton, Alfredo Santiago; Maciel, Emílio Carlos RoscoeFoi investigado o livro de Bakhtin Problemas da Poética de Dostoievski (2010) no qual Bakhtin detecta que, o equívoco da visão dos críticos literários em relação as obras de Dostoievski, se deve às suas concepções monológicas utilizadas como método de investigação, que não permitiram enxergar a criação polifônica de Dostoievski. No segundo capítulo foi analisado os equívocos cometidos pelos críticos literários em relação às obras de arte em geral e em relação às obras de Dostoievski. Ainda neste capítulo foi apresentada a palavra bivocada, ícone representante das múltiplas vozes e a alteridade, entendida como referência no processo de singularização do autor, personagens, leitores e críticos. No terceiro capítulo foi averiguada a visão excedente que complementa, de forma única, a relação do mesmo com o outro, ampliando a visão daqueles que participam da prosa.Item Arte : um acontecimento da verdade em Heidegger.(2016) França, Karen Milla de Almeida; Serra, Alice Mara; Serra, Alice Mara; Dias, Luciana da Costa; Silva, Eduardo Soares NevesO presente trabalho visa esclarecer a relação proposta por Martin Heidegger entre arte e verdade, tendo por centro as transformações que a noção de verdade sofreu no decorrer do pensamento deste filósofo. Esta transformação se deve à mudança de abordagem para a questão do Ser. Assim, apresentamos dentro de uma perspectiva histórico-filosófica o modo como a noção de verdade foi sendo tratada no escopo deste pensar. Com este propósito, retomamos a crítica de Heidegger sobre a concepção tradicional de verdade, descrevendo os passos que o filósofo percorre nas suas obras: Lógica: a pergunta pela verdade (Logik: Die Frage nach der Wahrheit, 1925/26), e Ser e Tempo (Zeit und sein, 1927). Estas obras apresentam o movimento de fundar a verdade do enunciado, legada pela tradição metafísica, em uma verdade mais originária, a alethéia. Com isto, descrevemos a relação entre Ser e verdade, pois a verdade sendo compreendida enquanto alethéia traz à luz (Holen) o Ser, na medida em que desvela e revela sentido e significado para o mundo. Este mundo, nas considerações de 1927, estava ligado às condições existenciais do ser-aí (Dasein). Este tornou-se o fio condutor da questão proposta em A essência da liberdade humana: introdução à filosofia (Vom Wesen der menschlichen Freiheit. Einleitung in die Philosophie, 1930) e Sobre a essência da verdade (Vom Wesen der Wahrheit, 1930). Nestas obras retomamos a relação proposta entre verdade e liberdade, a fim de pensar acerca da essência da verdade. Em vista disto, a verdade surge desde uma abertura (Erschlossenheit) originária e esta abertura em A origem da obra de arte (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1935/36) chamou-se de arte. Aqui, é investigada, finalmente, a relação entre arte e verdade. A arte se institui enquanto um jogo que, ao mesmo tempo, descobre e encobre o Ser, este jogo nasce do combate (pólemos) entre duas naturezas distintas, a saber: mundo (Welt) e terra (Erde). Este par revela-se enquanto essência da obra de arte, que é abrir um mundo. E, para que esta essência pudesse se configurar, fez-se necessário que Heidegger distanciasse a sua compreensão da concepção estética. Assim, nos esforçamos por explicitar a crítica de Heidegger a algumas estruturas do discurso estético. Por fim, tentamos demonstrar como a noção de verdade fora desvirtuada do movimento de desvelar e velar, ao qual os gregos denominaram de alethéia. Em suma, procurou-se esclarecer algumas noções de verdade, com o intuito de elucidar a formulação de que a arte é um acontecer da verdade.Item A arte como questão ontológica no pensamento de Martin Heidegger a partir da obra A Origem da obra de arte.(2018) Nobre, Rui José; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Frecheiras, Marta Luzie de Oliveira; Silva, Hélio Lopes da; Marques, Lúcio ÁlvaroO tema da obra de arte, em Heidegger, encontra-se intrinsecamente relacionada com a ontologia, e não trata a arte como objeto da estética, seu filosofar sobre o caráter da obra de arte busca, primeiramente, estabelecer a correlação entre a arte e a verdade. Além disso, partimos da análise da crítica heideggeriana a metafisica tradicional como história do autovelamento e esquecimento do ser (Seinsvergessenheit) que perpassa toda a filosofia ocidental desde Platão até Nietzsche. Heidegger propõe uma desconstrução (Destruktion) a fim de desmontar a estrutura cognitiva acerca da verdade que nos foi transmitida pela tradição conceitual da filosofia. Seu processo de desconstrução inicia-se com o reconhecimento de algo anterior ao sujeito, de um ente privilegiado que para ele é o termo alemão Dasein. Diante disso, na definição de Dasein de Heidegger não há aquela dualidade de sujeito e objeto. O texto A origem da Obra de Arte (1935), um ensaio que apresenta novos parâmetros epistemológicos e busca compreender e explicar o modo de ser da obra de arte em geral, e da obra de arte, em seu sentido ontológico. Todavia, determinando a arte como o "pôr-se em obra da verdade" e, transferindo, a questão artística para o cerne do problema acerca da verdade. A verdade é pensada enquanto clareira, enquanto desvelamento do ser que se manifesta por meio da arte, com a produção da obra de arte. Logo, a obra de arte é um ente que põe e dispõe a abertura à possibilidade do desvelamento. A obra de arte, enquanto o espaço onde o Ser vem a acontecer (desvelamento) é acontecimento historial, que nos faz sair do habitual e modificar as relações que sempre tivemos com o mundo e a terra. Contudo, torna possível conceber a obra de arte como surgimento da verdade do Ser. A arte se põe em obra, se torna acontecimento da verdade, acontecimento histórico.Item A arte e a educação em Platão e Schiller.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Azzi, Rafael; Castro, Pedro Sussekind Viveiros deEssa dissertação problematiza a interação entre a estética e outros campos filosóficos, como a ética, a política e a pedagogia. Para tanto, duas obras filosóficas são postas em cena: A República, de Platão, e A Educação Estética do Homem, de Friedrich Schiller. Platão se insere no contexto grego, no qual o campo das artes se encontra conectado a outros saberes, e propõe um novo tipo de saber, em que a arte estaria subordinada a outros valores. Schiller, na aurora da modernidade, defende a autonomia do estético, sem, no entanto, prescindir da função educadora e formativa que a arte favorece. Desse modo, este estudo se propõe a criar um diálogo entre as duas concepções, a fim de analisar suas convergências e divergências.Item Arte e moral em Shaftesbury.(2017) Magalhães, Eliezer Guedes de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Nascimento, Luís Fernandes dos Santos; Freitas, Romero AlvesO objetivo desta dissertação é investigar a relação entre arte e moral na filosofia de Anthony Ashley Cooper, Terceiro Conde de Shaftesbury (1671-1713). Para tanto, um trajeto foi traçado. Primeiro, foi preciso passar pela crítica de Shaftesbury à filosofia moderna, já que algumas de suas ideias são reações a determinadas elaborações teóricas de então. Posteriormente, percorreu-se sua concepção de natureza – que contrasta com a de muitos de seus contemporâneos e serve de fundamento tanto para sua teoria das paixões quanto para sua compreensão do papel da arte no âmbito do humano. Por derradeiro, analisou-se certos aspectos da aproximação que o filósofo intentava realizar, em seus últimos escritos, entre motivos morais e as artes do desenho. Ao longo do percurso, que atravessou as principais obras do filósofo inglês, uma série de noções e de conceitos foram abordados. Dentre eles, destacam-se o de universo, enquanto todo organizado, fruto de um design; o de beleza, como harmonia e conveniência; o de homem, que, na qualidade de ser racional e moral, deve controlar suas fantasias; e o de arte, como importante e inseparável parceira da virtude.Item Arte e política na filosofia de Herbert Marcuse.(2017) Costa, Fabiana Vieira da; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Carneiro, Silvio Ricardo Gomes; Guimarães, Bruno AlmeidaA dissertação adotou como base de sua investigação a percepção de que as ideias sobre a obra de arte, desenvolvidas por Herbert Marcuse (1898-1979), permeiam toda a sua teoria. Nessa perspectiva, a investigação aconteceu com o intuído de averiguar, pela via da leitura e análise de seus escritos, a relação existente entre sua teoria estética e sua teoria política. O desejo final de nossa pesquisa volta-se à clarificação do modo como Marcuse pensou a dimensão política dos fenômenos artísticos. Assim, nossos esforços foram voltados ao esclarecimento da importância política das obras de arte que toma como base a naturalização da razão. Noutras palavras, nosso intuito foi elucidar a articulação não hierárquica entre razão e natureza, diagnosticando que a dimensão estética é a base dessa relação, apresentando a dupla capacidade crítica da obra de arte (afirmativa e negativa) Em suma, buscamos tornar clara a possibilidade de a dimensão estética ser a única esperança para a transformação social. Nossa análise não cronológica dos textos marcuseanos, quer aprofundar o debate acerca do entrelace entre razão e natureza na filosofia de Marcuse, pela via das categorias desenvolvidas pelo pensador.Item Arte em humano, demasiado humano : a cura anti-romântica de Nietzsche.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Toledo, Ricardo de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente dissertação é decorrente de uma pesquisa da filosofia de Friedrich Nietzsche a partir de sua obra Humano, demasiado humano. O trabalho tem como objeto de estudo a questão da arte, desdobrando-se numa análise a respeito do pensamento sobre obra de arte, gênio e cultura. O ponto de partida é a seção “Da alma dos artistas e dos escritores”, da qual se segue em direção a outros textos dos dois volumes da referida obra do autor. Como resultado da investigação, tem-se que Nietzsche busca, na segunda fase da sua produção intelectual, criticar o ideal romântico alemão de arte, que, segundo o filósofo, foi responsável pela educação artística da Alemanha durante o século XIX. A obra de arte deixa de ser vista como produto de uma inspiração metafísica e assume um status de produção derivada da capacidade criativa inerente ao homem. Por seu turno, opera-se uma reavaliação da genialidade como condição inata do gênio, ressaltando-se o valor do aprendizado e do comprometimento para a busca da excelência artística. Para tanto, é realizado um exame a respeito do gênio no Classicismo e no Romantismo alemães, bem com no livro de Nietzsche O nascimento da tragédia. O problema da cultura se faz oportuno para verificar se existe uma crítica relativa apenas aos românticos ou a todas as épocas que pretendam estabelecer o seu modelo de arte como sendo o melhor e o último. A arte romântica fomentou uma cultura baseada em valores nacionalistas, os quais exaltavam o espírito germânico, evitando tudo que lhe fosse externo. Isso teria contribuído para um enfraquecimento cultural e, por conseguinte, do indivíduo em função da coletividade. Todavia, a arte que surgia em tempos de forte industrialização e comércio, alicerçados na atividade desenfreada e na irreflexão, seria cada vez mais superficial e destinada a atender aos anseios das massas. Deve-se salientar que há sempre uma preocupação de averiguar o seguinte movimento proposto pelo pensamento nietzschiano: a arte como substituta da religião, e o homem científico como substituto do homem artístico.Item Arte, cultura e expressão na filosofia de Merleau-Ponty.(2017) Moreira, Gabriel Andrade Coelho; Furtado, José Luiz; Furtado, José Luiz; Moutinho, Luiz Damon Santos; Iannini, Gilson de Paulo MoreiraA presente dissertação propõe analisar as considerações de Merleau-Ponty acerca da expressividade criadora a partir dos fenômenos da arte e da cultura. As reflexões nela apresentadas pretendem articular os pressupostos e implicações presentes nas relações estabelecidas entre a experiência artística e o horizonte simbólico do mundo cultural. Nesse percurso, analisamos as principais contribuições de Merleau-Ponty a respeito da expressividade criadora nas artes a partir da ideia de cultura, em particular sobre as experiências expressivas da linguagem e da pintura. Segundo a hipótese dessa pesquisa, o trabalho criador do artista, através de sua produtividade indireta, assume as dimensões visíveis e invisíveis do ser na medida em que vivifica simbolicamente o mundo cultural.Item Arte, discurso e afeto : o afeto trágico como fórmula suprema de afirmação em "Assim falou Zaratustra".(2020) Silva, Janete Ferreira da; Pimenta Neto, Olímpio José; Pimenta Neto, Olímpio José; Medrado, Alice Parrela; Gomes, Laurici VagnerConsiderando a fase madura do pensamento de Friedrich Nietzsche (1844-1900), a fase de seus escritos dos anos 80 e não desconsiderando seus escritos das outras fases, tentaremos pensar o cultivo do afeto trágico como fórmula suprema de afirmação da vida. Este estudo surge num contexto de alargar o âmbito de leitura do legado nietzschiano e de contribuir com uma nova proposta teórica: a de que a fórmula afeto trágico cria condições para a afirmação suprema da vida e para uma revitalização do homem em geral. Apostando na vontade de afeto como fórmula reduzida da vida, supomos a fórmula afeto trágico também como uma fórmula reduzida da vida e com isto tomá-la como nova fixação da ideia de “vida”. Inserimos, portanto, a fórmula afeto trágico de modo ‘essencial’ na economia da vida. Nova fixação da ideia de “vida”, como “vontade de afeto”. Vida é vontade de afeto. Um recurso de justificação à fórmula afeto trágico, nós encontramos em Assim Falou Zaratustra. Zaratustra fora um filósofo-artista-legislador. Como experimentador dos sentimentos criou para si o ‘direito ao grande afeto’- um artista esculpindo sobre os despojos de vida, uma ínfima parcela de alegria sobre a terra. De modo que nos resta compreender isso como um jogo e um combate dos afetos trágicos, um emparelhamento de forças e, sobretudo um quanta de expressões da vida, criados. Por outro lado, em termos morais, dizemos como Nietzsche disse: [...] “Basta, as morais são também elas apenas uma mímica dos afetos. As morais como pantomima dos afetos: os próprios afetos, porém, como pantomima das funções de tudo que for orgânico”. Aqui, cabe-nos o dissecamento dos valores niilistas que enfraquecem a vida, causam a sua degenerescência e a nega. Sobremaneira, o humano tomando para si a gestação e o parto do seu ser numa autodissecação- muda de visão, muda de gosto, uma muda de pele moral. Um humano capaz de si, sustentando sua carcaça, criando sua sombra e seu meio-dia.Item Arte, liberdade e reconciliação : o papel da arte na rememoração da natureza e o problema da racionalidade instrumental em Theodor Adorno.(2013) Martin, Enrique Marcatto; Alves Júnior, Douglas GarciaEssa dissertação trata do problema que a chamada racionalidade instrumental, tendo em vista o projeto de esclarecimento da humanidade, causa para a liberdade humana, ao reprimir a natureza interna do homem, a partir de Theodor Adorno e Max Horkheimer, em sua Dialética do Esclarecimento. Busca discorrer sobre o tema, analisando possíveis saídas para o problema, visando mostrar que seria necessária a reconciliação entre o homem, a racionalidade e a natureza. Para isso, apresenta elementos da teoria estética de Adorno que demonstram que há na obra de arte e na experiência estética, tal como descrita pelo filósofo, uma resposta à repressão da natureza e a possibilidade da liberdade e da reconciliação.Item Aspectos lógicos na música clássica do século XVIII : o modelo recognitivo enquanto aparato epistemológico da autonomia do discurso musical instrumental.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012., 2012) Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Iannini, Gilson de Paulo MoreiraA dissertação consiste em uma investigação de caráter epistemológica acerca da experiência musical, e em especial, da música instrumental tonal clássica produzida no século XVIII. A relação estabelecida foi que o objeto musical escolhido pode ser compreendido a partir do paradigma transcendental kantiano e de seu fundamento para o conhecimento, quer seja um fundamento lógico, determinante ou recognitivo. Contudo, esta mesma vinculação possui um impedimento na própria obra kantiana, que reserva um outro fundamento para o objeto musical, o estético. A dissertação conclui que a relação entre o fundamento lógico kantiano para o conhecimento e as técnicas e artifícios da produção musical instrumental clássica possuem uma complementaridade teórica que não possui o mesmo paralelo no fundamento estético kantiano. A dissertação consiste em uma investigação de caráter epistemológica acerca da experiência musical, e em especial, da música instrumental tonal clássica produzida no século XVIII. A relação estabelecida foi que o objeto musical escolhido pode ser compreendido a partir do paradigma transcendental kantiano e de seu fundamento para o conhecimento, quer seja um fundamento lógico, determinante ou recognitivo. Contudo, esta mesma vinculação possui um impedimento na própria obra kantiana, que reserva um outro fundamento para o objeto musical, o estético. A dissertação conclui que a relação entre o fundamento lógico kantiano para o conhecimento e as técnicas e artifícios da produção musical instrumental clássica possuem uma complementaridade teórica que não possui o mesmo paralelo no fundamento estético kantiano.Item Atravessando a fronteira da pele : corpo e poder em Foucault e Preciado.(2022) Gonzaga, Caio Henrique Duarte; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Lobo, Rafael Haddock; Alves Júnior, Douglas GarciaO presente trabalho parte da crítica feita ao pensamento de Michel Foucault por Paul B. Preciado, especificamente sobre os modos de produção dos corpos e subjetividades contemporâneos não levados a cabo nas análises da biopolítica. Embora o filósofo francês tenha antevisto os elementos constituintes dos regimes de subjetivação que atuam na nova modalidade de controle, Preciado sustenta a ideia de que as tecnologias de poder contemporâneas, farmacológicas e midiático-pornográficas, configuram um novo cenário político intimamente conectado ao novo modelo de capitalismo que começa a se mostrar na virada do século XX. Para descrever as principais configurações que a gestão da vida pode assumir em diferentes momentos, nossa pesquisa acompanha com Michel Foucault as análises pioneiras em torno dos procedimentos, dispositivos e técnicas para a criação e condução de condutas no regime biopolítico. Assim, recorremos às reflexões sobre a ritualização disciplinar do corpo a fim de situar a mesma estratégia de ação sobre ações prescrevendo a conduta do indivíduo nas principais configurações de gestão política da vida na sociedade contemporânea. A hipótese levantada por Preciado é que a estratégia farmacopornográfica deriva de semelhante forma de criação e gestão das tecnologias políticas do corpo, busca-se evidenciar a necessidade progressiva da substituição da autonomia na constituição ética de si, pela prescrição heterônoma de um código moral, bem como o trajeto histórico-crítico que permite situar a moderna gestão farmacopornográfica como estratégia política de governo de condutas, fornecendo pistas para uma reflexão sobre o desenvolvimento e preservação de micropolíticas de resistência, de práticas de si e de defesa de novas subjetividades.Item O autoritarismo na indústria cultural e no fascismo segundo Theodor W. Adorno.(2023) Leal, Emanuel Djaci de Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Freitas, Verlaine; Duarte, Rodrigo Antônio de Paiva; Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesA presente dissertação tem como objetivo compreender se a indústria cultural, no cerne da democracia burguesa, pode influenciar a aparição de fenômenos autoritários, pela ótica de Theodor W. Adorno (1903-1969). A princípio, esta pesquisa buscará entender o arranjo do sistema capitalista diante do qual Adorno viveu e escreveu a sua obra. Em seguida, a indústria cultural será analisada a partir de seus operadores, para compreender se ela pode ser assumida como uma instituição capaz de promover o autoritarismo, tendo em vista que, a partir de momentos de crise, o sistema capitalista precisa intensificar a dominação vigente, a fim de assegurar sua sobrevida, produzindo tais fenômenos autoritários. Um dos objetos deste estudo é a consciência do sujeito, refletindo o conceito adorniano de semiformação [Halbbildung], pois, além dos pressupostos objetivos, há o aspecto subjetivo que perpassa o problema do autoritarismo, visto que esses movimentos contrarrevolucionários necessitam do apoio da população para colherem seus frutos. Outro objeto serão os escritos de Adorno sobre os discursos e as propagandas fascistas. Essas últimas entendidas como sendo permeadas por mecanismos psicológicos que objetivam assegurar a dominação sobre os indivíduos, manipulando pulsões inconscientes e tendo por finalidade a cooptação individual para o seu coletivo.Item Beleza como símbolo estético da moralidade na crítica da faculdade do juízo.(2017) Sena, Carolina Miranda; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Cecchinato, Giorgia; Lopes, HélioA presente dissertação, intitulada “Beleza como símbolo estético da moralidade na Crítica da faculdade do juízo”, consiste em uma investigação que tem como objetivo compreender como Kant estabelece a beleza como símbolo da moralidade como parte da solução para o problema da separação existente entre os domínios da natureza e da liberdade. O conceito de liberdade deve ter influência no mundo sensível para realizar o fim proposto por suas leis e deve ser possível identificar na natureza ao menos uma maneira de pensar a liberdade. Por meio da analogia e através da atividade dos juízos reflexionantes, o intermediário entre esses dois mundos é a beleza: o belo pode sensibilizar, pelo menos analogicamente, o suprassensível. O filósofo eleva a beleza a uma espécie de termo médio entre o domínio da razão teórica e o domínio da razão prática, ou entre as leis da natureza e as leis da liberdade, o que permite a possibilidade de uma passagem entre entendimento e razão, que até então permaneciam separados por um abismo intransponível.Item Belo e sublime : a mulher e o homem na filosofia de Immanuel Kant.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Lino, Alice de Carvalho; Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesA dissertação tem como objetivo apresentar a mulher, conforme caracterizada por Immanuel Kant. Houve uma preocupação em tratar o tema, considerando a época dos escritos e as perspectivas empregadas em cada obra que faz menção às mulheres. E, principalmente, manteve-se na investigação um olhar neutro, afastado de qualquer ressentimento que se pudesse ter com relação às críticas dirigidas à condição feminina. Assim, entendemos que as conclusões provindas desta análise seriam mais coerentes, por serem justificáveis a partir dos próprios argumentos kantianos. A mulher, na obra Observações sobre o sentimento do belo e do sublime (1764), é representada através das qualidades originárias do sentimento do belo. São estas: honestidade, piedade, compaixão e solicitude. A simplicidade e a ingenuidade determinam a modéstia e, assim, têm-se garantidos a benevolência e o respeito para com os outros. Já sensibilidade e a vaidade são consideradas pelo filósofo como debilidades. O sexo masculino é considerado sob os aspectos do sentimento sublime. Cabe mencionar que ao determinar a mulher através do sentimento do belo, Kant pretende distinguir o sexo, através da atribuição de especificidades próprias deste, mas isso não impedirá que tais designações sejam encontradas também no sexo sublime, e vice e versa. Ainda nas Observações, Kant argumenta que o refinamento do gosto feminino dá-se através das sensações. Para ele era difícil acreditar que a mulher seria capaz de nortear-se segundo princípios, mas com isso não esperava ofendê-la, pois princípios também não eram facilmente encontrados no sexo masculino. Somente na teoria moral kantiana, a mulher pode ser considerada apta para o exercício racional capaz de conduzir à moralidade. Justamente, porque tais escritos sustentam-se sobre preceitos estabelecidos a priori, ou seja, não se encontram no âmbito da experiência. Tal discurso direciona-se ao sujeito transcendental, àquele considerado somente sobre o aspecto da racionalidade. Logo, a teoria moral revela-se independente do gênero. Contudo, sob esta mesma perspectiva, Kant preocupou-se em discorrer sobre o matrimônio. O que o conduzirá a uma contradição, a saber, se a liberdade é considerada um direito nato, porque negá-la à mulher casada?Item Bolívar Echeverría : “Modernidad Barroca Latinoamericana”.(2020) Salinas Ramos, César Miguel; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Pansarelli, Daniel; Oliver Costilla, Lucio FernandoEl filósofo ecuatoriano Bolívar Echeverría desarrolla el marxismo crítico latinoamericano, partiendo de la contradicción valor de uso y valor de cambio, esta contradicción en los tiempos del capitalismo contemporáneo significa generar un ethos concreto y particular que nos permita vivir objetiva y subjetivamente. El filósofo encuentra distintas modernidades que aparecen al momento en que las diversas sociedades asumen y viven la contradicción que nos plantea la hegemonía capitalista: modernidad realista, romántica, clásica y barroca. Siendo esta última el tipo particular en que las sociedades latinoamericanas vivimos el capitalismo contemporáneo, configuración producto del devenir histórico singular de nuestras sociedades, mirada que indaga sobre nuestro ser y nuestras posibilidades emancipadoras.