Favela ou comunidade? : como os moradores, guias de turismo e outros agentes sociais compreendem simbolicamente o “morro” Santa Marta (RJ)?

Abstract
Este artigo tem por objetivo geral levantar questões a respeito dos significados das palavras “comunidade” e “favela” - compreendidas enquanto categorias sociológicas - buscando articular os pontos de convergência e divergência deste par, refletindo sobre as formas de apropriação dos termos por parte de alguns agentes sociais que interagem com a favela “turística” Santa Marta, no Rio de Janeiro. Concernente à metodologia, inicialmente foi feita a análise de diversos trabalhos de autores que falam direta e indiretamente sobre o tema; adicionalmente, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, aplicando-se roteiros semiestruturados de entrevistas com guias de turismo local, moradores, líderes comunitários e turistas/visitantes, com a finalidade de compreender como tais agentes se apropriam das palavras favela e comunidade. A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano. Todavia, os termos podem se aproximar ou se afastar, dependendo do contexto em que são empregados e de quem o está usando, a partir de diferentes pretextos.
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PEREIRA, R. M.; CASTRO, C. L. de C.; CHEIBUB, B. L. Favela ou comunidade?: como os moradores, guias de turismo e outros agentes sociais compreendem simbolicamente o “morro” Santa Marta (RJ)?. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, v. 6, n. 3, p. 23-36, set./dez. 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbel/article/view/19123>. Acesso em: 25 ago. 2021.