Ocorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri.

dc.contributor.authorGomes, Newton Souza
dc.contributor.authorSuita, Marcos Tadeu de Freitas
dc.date.accessioned2017-07-19T12:39:21Z
dc.date.available2017-07-19T12:39:21Z
dc.date.issued2012
dc.description.abstractDesde o século passado, são reconhecidas duas épocas distintas de atividade magmática nas bacias do Espírito Santo e Mucuri. A primeira delas, interpretada como de idade cretácica, está relacionada à abertura do Atlântico Sul e tem como registro os basaltos toleíticos da Formação Cabiúnas, de idade barremiana. A segunda e mais expressiva atividade vulcânica da bacia se instalou durante o Terciário e gerou os basaltos, descritos como de natureza alcalina da Formação Abrolhos. Estudos recentes realizados em amostras de calha oriundas de duas perfurações realizadas pela Petrobras na parte submersa da Bacia de Mucuri identificaram rochas de natureza intermediária à ácida no topo da Formação Abrolhos. A presença de riolitos e traquitos no topo dos basaltos caracteriza um vulcanismo bimodal inédito na porção submersa da bacia. Em ambos os litotipos, a substituição dos minerais da matriz por carbonato e zeólitas foi originada, provavelmente, pela interação das rochas com a água do mar. Os dois poços amostrados distam cerca de 120km, o que permite inferir que, devido à pequena continuidade lateral característica de magmas ácidos a intermediários, ocorrências tão distanciadas devem refletir uma proximidade com os condutos vulcânicos. A presença de fragmentos de rochas vulcânicas na base dos calcarenitos da Formação Caravelas imediatamente sobreposta permite relacionar a extrusão dos litotipos intermediários a ácidos aos estágios finais do vulcanismo Abrolhos. Além disso, outras ocorrências de rochas riolíticas e ignimbríticas reportadas sobre o embasamento cristalino nas regiões de São Mateus, no Estado do Espírito Santo e no nordeste do Estado de Minas Gerais, em níveis intercalados nos arenitos da Formação Rio Doce no extremo sul do Estado da Bahia, poderiam ter um caráter cogenético e relacionarem-se ao crepúsculo do magmatismo terciário de Abrolhos, cuja dimensão tem sido subestimada até o presente. Estudos geoquímicos, geocronológicos e isotópicos dessas rochas são importantes na definição da extensão do vulcanismo básico a ácido e, consequentemente, contribuirão para um melhor entendimento da evolução tectônica das bacias de Mucuri e do Espírito Santo.pt_BR
dc.description.abstractenSince the last century two distinct ages of magmatic activity have been recognized in the Espírito Santo and Mucuri basins. The first, interpreted as Cretaceous, is related to the South Atlantic opening and is registered by its tholeiitic basalts of the Barremian aged Cabiúnas Formation. The second and most expressive volcanic activity in the basin was formed during Tertiary times and generated basalts described as of an alkaline nature, from the Abrolhos Formation. Recent studies of core samples obtained from two wells made by Petrobras in the offshore part of the Mucuri Basin identified volcanic rocks of intermediate to acid nature on the top of the Abrolhos Formation. The presence of rhyolites and trachytes on the top of basalts characterized for the first time a bimodal volcanism in the submersed part of this basin. In both these lithologies, the substitution of the matrix minerals by carbonate and zeolites, is probably due to the interaction of the rocks with seawater. The two sampled wells are something like 120km apart, which suggests that due to small lateral continuity, characteristic of acid to intermediate magmas, these so distant occurrences should reflect proximity with their volcanic conduits. The presence of volcanic rock fragments immediately overlaying the calcarenites, base of the Caravelas Formation, documented in the core samples, supports the registration of the extrusion of intermediate to acid lithotypes in the final stages of the Abrolhos volcanism. Furthermore, other occurrences of rhyolitic and ignimbrite rocks are reported over the São Mateus crystalline basement regions, Espírito Santo State and in the northeastern part of Minas Gerais State. Also they appear as intercalated levels in the sandstones of the Rio Doce Formation in the most southern part of Bahia State and could have a cogenetic character and be related to the ending of the Abrolhos Tertiary magmatism the dimension of which has been underestimated until the present. Geochemical, geochronological and isotopic studies of these rocks are of extraordinary importance to define the extension of basic to acid volcanism and, consequently, to contribute to a better understanding of the tectonic evolution of the Mucuri and Espírito Santo basins.pt_BR
dc.identifier.citationGOMES, N. S.; SUITA, M. T. de F. Ocorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri. Boletim de Geociências da Petrobrás, v. 18, p. 89-104, 2012. Disponível em: <http://publicacoes.petrobras.com.br/main.jsp?lumPageId=8A9E308F545405DE0154A04B46AD0C9E&lumItemId=8A9D2A985A2833C5015AEB94A1530692&previewItemId=8A9D2A985A2833C5015AEB94A1480691&publicacaoId=8A9D2AAF5A284744015A2958DE4D3BC9#>. Acesso em: 20 jun. 2017.pt_BR
dc.identifier.issn0102-9304
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/8270
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dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsrestritopt_BR
dc.subjectBacias do Espírito Santo e Mucuript_BR
dc.subjectFormação Abrolhospt_BR
dc.subjectRochas riolíticaspt_BR
dc.subjectIgnimbríticaspt_BR
dc.titleOcorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri.pt_BR
dc.typeArtigo publicado em periodicopt_BR
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