CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Browsing CIPHARMA - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas by Author "Amaral, Rita Goreti"
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Item Avaliação da qualidade dos processos envolvidos na fase pré-analítica dos exames citopatológicos do colo do útero de mulheres atendidas pelo SUS de Ouro Preto, MG.(2014) Vitalino, Aline Costa; Carneiro, Cláudia Martins; Carneiro, Cláudia Martins; Amaral, Rita Goreti; Veloso, Vanja MariaO câncer do colo do útero é um importante problema para a saúde pública mundial devido suas altas taxas de incidência e mortalidade. O exame citopatológico é o principal método de rastreamento das lesões precursoras do câncer do colo do útero. A realização deste exame envolve três etapas distintas: etapa pré-laboratorial, laboratorial e pós-laboratorial. Observa-se que, de todas as etapas que envolvem o exame citopatológico, a etapa pré-laboratorial não tem recebido a devida atenção, frente a sua enorme importância para melhoria da qualidade. Este trabalho foi realizado em três etapas distintas: Pré-intervenção, Intervenção e Pós-intervenção, e propôs, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Ouro Preto e o Laboratório Piloto de Análises Clínicas da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, buscando identificar as principais causas de erros na etapa pré-laboratorial e a efetividade da educação continuada com os profissionais que realizam o exame citopatológico. Os espaços destinados à realização do exame citopatológico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) apresentam importantes não-conformidades com as recomendações do Ministério da Saúde (MS). O serviço prestado pelos profissionais de saúde que atuam na realização do exame citopatológico nas UBS também não seguiu todas as recomendações do MS. Das condutas prévias a coleta apenas a identificação da mulher e sua história clinica foram abordadas por todos os profissionais. Com relação aos procedimentos de coleta, a lavagem das mãos foi o procedimento mais negligenciado. Comparando-se as etapas Pré e Pós-Intervenção, 99% das mulheres que realizaram o exame citopatológico se enquadravam na faixa etária estabelecida pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Com relação a faixa etária estabelecida pelo MS houve um aumento significativo, quando comparadas as duas etapas. O percentual de mulheres que realizaram o exame pela primeira vez, dentro da faixa estabelecida pelo MS também apresentou aumento significativo na etapa PósIntervenção. O preenchimento incompleto da requisição do exame citopatológico pelos profissionais diminuiu de 16% na etapa Pré-Intervenção para 2% na etapa Pós-Intervenção indicando uma grande melhora na qualidade da requisição enviada ao laboratório. O resultado final do exame citopatológico apresentou melhora na etapa Pós-Intervenção. Houve aumento significativo entre os resultados positivos, destacando as lesões menos graves que passaram de 74% dos resultados positivos na etapa Pré-Intervenção para 86% na etapa Pós-Intervenção. De modo geral a qualidade dos processos envolvidos na fase pré-laboratorial mostraram melhora após a intervenção realizada neste trabalho. Contudo, ainda são necessários alguns ajustes para que todos os processos que envolvem a realização do exame citopatológico do colo do útero fiquem em conformidade com as recomendações do MS.Item Comparação dos exames citopatológicos do colo do útero do município de Ouro Preto-MG, submetidos ao monitoramento externo da qualidade.(2017) Rezende, Mariana Trevisan; Carneiro, Cláudia Martins; Tobias, Alessandra Hermógenes Gomes; Carneiro, Cláudia Martins; Amaral, Rita Goreti; Vieira, Paula Melo de AbreuItem Desempenho do pré-escrutínio rápido e da revisão rápida de 100% como métodos de monitoramento interno da qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero.(2016) Tobias, Alessandra Hermógenes Gomes; Carneiro, Cláudia Martins; Amaral, Rita Goreti; Zeferino, Luiz Carlos; Thuler, Luiz Cláudio Santos; Veloso, Vanja Maria; Lima, Angélica AlvesO câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, e a realização periódica do exame citopatológico do colo do útero ou Papanicolaou é a principal estratégia adotada para o rastreamento desta neoplasia. O exame citopatológico é estratégico para detecção de lesões pré-neoplásicas, porém, sua eficiência ainda é questionada, porque mesmo sendo realizado periodicamente, muitas mulheres ainda são diagnosticadas com esse câncer, o que em parte ocorre devido a elevadas taxas de resultados falso-negativos (RFN). A implantação de métodos de monitoramento interno de qualidade (MIQ) na rotina laboratorial visa reduzir os RFN, melhorando o desempenho do exame citopatológico na detecção de lesões precursoras. Objetivo: Avaliar o desempenho do préescrutínio rápido (PER) e da revisão rápida de 100% (RR100%) como métodos de MIQ. Metodologia: Entre outubro de 2012 e outubro de 2014 o Laboratório Piloto de Análises Clínicas da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto recebeu para análise 9.675 esfregaços do colo do útero colhidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Ouro Preto, Minas Gerais. Após avaliação pré-analítica 357 esfregaços foram rejeitados e aqueles em condições de análise foram enviados para leitura. Todos os esfregaços foram avaliados rapidamente pelo PER antes do escrutínio de rotina (ER). Em seguida, os esfregaços classificados como negativos pelo ER foram encaminhados para serem analisados pela RR100%. Todos os esfregaços classificados como positivos e insatisfatórios pelo ER, assim como os esfregaços discordantes entre o PER, o ER e a RR100% foram submetidos a uma revisão detalhada para definição do diagnóstico final. Foi realizado levantamento do exame citopatológico de seguimento e do exame histopatológico referentes às mulheres com exames citopatológicos alterados detectados neste estudo. Resultados: Dentre os 9.318 esfregaços analisados, 1.267 foram considerados positivos pelo diagnóstico final, destes 1.054 (11,3%) foram identificados pelo ER e 213 (2,3%) foram RFN detectados pelos métodos de MIQ. O PER suspeitou de 1.437 (15,4%) esfregaços e 647 (45%) foram classificados como positivos pelo diagnóstico final e destes, 140 (1,5%) foram RFN. A RR100% suspeitou de 507 (6,2%) esfregaços e 123 (1,3%) foram RFN classificados como positivos pelo diagnóstico final. As alterações mais frequentes entre os RFN detectados pelo PER foram ASC-US (0,7%) seguida de LSIL (0,6%) e ASC-H (0,1%). Em relação aos RFN detectados pela RR100% a LSIL (0,6%) foi a alteração mais frequente, seguida de ASC-US (0,5%) e ASC-H (0,1%). O ER detectou 11,3% dos esfregaços alterados e esse valor subiu para 12,8% com associação do PER e para 12,6% com a RR100%. Quando comparado ao diagnóstico final, a sensibilidade do ER foi de 83,2%. A sensibilidade do PER e da RR100% levando em consideração somente os esfregaços considerados como negativos pelo ER foi de 65,7% e 57,8%, respectivamente. Entre as mulheres com diagnóstico citopatológico positivo, apenas 668 (62,5%) realizaram novo exame citopatológico e 49 (25%) realizaram biópsia. A sensibilidade do PER, da RR100% e do ER, quando comparado ao resultado do novo exame citopatológico foi de 70,3%, 54,0% e 85,7%, respectivamente. Não foi possível calcular a sensibilidade do ER e dos métodos de MIQ comparado ao resultado do exame histopatológico devido ao baixo número de seguimentos (25%). Dentre os métodos de MIQ, o que dispensou maior volume de trabalho foi o PER, aproximadamente 13,6% a mais que a RR100%. Os citologistas mostraram melhor desempenho na realização do PER. Os indicadores de qualidade dos exames citopatológicos realizados no laboratório se encontraram dentro do recomendado pelo Ministério da Saúde tanto antes quanto após a realização dos métodos de MIQ. Conclusões: De acordo com os resultados deste trabalho, o PER e a RR100% foram capazes de melhorar o desempenho do exame citopatológico, mostrando resultados semelhantes na detecção de resultados falso-negativos da rotina laboratorial.