Browsing by Author "Carvalho, Rosana Areal de"
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Item A administração do Grupo Escolar Dom Benevides em tempos de ditadura (1964–1969).(2018) Souza, Janaína Maria de; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Gonçalves Neto, WenceslauO presente trabalho investiga como se deu a administração escolar no Grupo Escolar Dom Benevides, em Mariana – MG, durante os primeiros anos da ditadura civil militar no Brasil, no período de 1964 a 1969. A partir da Carta de 1946, iniciou-se o ciclo das leis de diretrizes e bases da educação brasileira, efetivando-se com a Lei nº 4.024, de 1961 que manteve os princípios das competências entre município, estado e União. No que se refere à administração escolar, a legislação do Estado de Minas Gerais, através da Lei nº 2160, de 1962, instituiu que para a ocupação do cargo de diretor de grupo escolar deveria ser um professor primário, estável, diplomado pelo Curso de Administração Escolar do Instituto de Educação. Com o advento da Reforma do Ensino Superior pela Lei nº 5.540, de 1968, a exigência para a formação do administrador escolar passou a ser em cursos superiores para todos os níveis de ensino. O nosso objetivo é compreender como as práticas administrativas cotidianas foram adaptadas ao contexto da ditadura, ou seja, em que medida reproduziam-no ou não, ao atender às orientações legais, em nível estadual e federal. Buscamos também identificar como era o ambiente compartilhado entre professores, funcionários e diretora, bem como as atitudes tomadas pela diretora em prol do Grupo Escolar. O percurso investigativo se deu por meio da análise das fontes articuladas à legislação educacional do período nas esferas estadual e federal, e a bibliografia produzida sobre a Administração Escolar. Para entendermos como as práticas administrativas estavam articuladas ao contexto, as fontes que foram privilegiadas são as atas de reuniões entre professores e diretores, a partir das quais identificamos as ações administrativas. Essas atas fazem parte do acervo do Escola Estadual Dom Benevides e estão digitalizadas e transcritas. A pesquisa nos apresentou como hipótese que em tal período, constatar-se-ia pouca autonomia no processo de direção da referida escola, tendo em vista a ditadura como um período de repressão, censura e legislação autoritária. Para aprofundar a análise das relações de poder e resistência presentes nesse cenário, tomamos os estudos de Foucault como referência. Utilizamos também os estudos sobre a Administração Escolar produzidos no período da pesquisa. Analisando as referidas atas, percebemos que a diretora da escola parece conduzir as práticas educativas da escola bem alinhadas às determinações dos órgãos superiores de educação, orientando o corpo docente em relação aos prazos de aplicação e correção das provas, às formas de preencher os diários e às festividades previstas no calendário escolar. A ausência de registro de manifestações das professoras nas atas associada às advertências recorrentes da diretora quanto a certas condutas, nos levou a considerar uma possível resistência do corpo docente no acatamento às orientações dadas.Item O aluno da ficção : entre a estética literária e a forma historiográfica - século XIX.(2019) Queiroz, Leonardo Oliveira de; Hamdan, Juliana Cesário; Hamdan, Juliana Cesário; Carvalho, Rosana Areal de; Klinke, KarinaEsta dissertação tem como objetivo central indagar as formas pelas quais o aluno foi objeto de escrita literária e, portanto, de história e quais as perspectivas políticas e estéticas que orientaram essa escrita. Já que o aluno existe em função da escola que está destinada a uma infância e vice versa, o romance por sua vez, nasce buscando o estado de natureza, cuja infância seria o estágio mais próximo, pareceu-nos coerente utilizar essa documentação e investigar a sua natureza na condição de documento histórico, a fim de percebermos traços constitutivos dessa história. Como operação historiográfica buscamos recuperar elementos da constituição da história da literatura no Brasil percebendo o seu atrelamento à constituição do Estado brasileiro, na transição do regime político brasileiro do Império para a República. Desse modo, procuramos compreender a escrita da história do aluno a partir da ficção romântica literária associada à emergência de um Estado nacional brasileiro a partir dos conceitos de Estado, poder, literatura, sensível partilhado e stimmung pelos quais o texto de ficção foi analisado e compreendido na sua forma, mais do que na sua mensagem. Associamos essa estética historicamente compartilhada entre literatura e política a partir da noção de sensível compartilhado de Ranciere (2005), pelo qual compreendemos a escola enquanto uma materialidade compartilhada e disputada em que os sujeitos nela presentes se esforçaram para empoderar-se e participar dessa disputa que pode ser expressa a partir do arranjo de palavras que nos permitem entrever certas sensibilidades historicamente constituídas a partir do conceito de stimmung operacionalizado por Rangel (2014).Item A Câmara Municipal de Mariana e sua faceta pedagógica (1889-1930).(2020) Carvalho, Rosana Areal de; Paula, Leandro Silva deDesenhar as ações educativas implementadas pela Câmara Municipal de Mariana nas primeiras décadas republicanas tomando o conceito de município pedagógico delineado por Justino Magalhães é o mote desse artigo, considerando a autonomia e a responsabilidade das câmaras indicadas pela Constituição Federal e de Minas Gerais, ambas de 1891. A documentação do Arquivo Histórico da Câmara Municipal informa sobre a construção e a manutenção de escolas, contratação e pagamento dos professores, a compra e distribuição de materiais didáticos destinados aos alunos pobres. Ficou evidenciada a faceta pedagógica do município de Mariana, visível no cumprimento da lei e em ações no âmbito da intermunicipalidade, por vezes limitada pelos recursos financeiros.Item A campanha presidencial de 1950 nas páginas dos jornais Correio do Povo e O Jornal e da Revista O Globo : uma análise.(2021) Antunes, Roberta Teixeira; Queller, Jefferson José; Queller, Jefferson José; Carvalho, Rosana Areal de; Araújo, Patrícia Vargas Lopes deO Presente trabalho busca pelo entendimento das relações de poder que transcorreram nas eleições presidenciais de 1950, a partir das análises das manchetes do impresso carioca O Jornal, do jornal Correio do Povo e da Revista Do Globo ambos de Porto Alegre – RS sobre a campanha dos candidatos Getúlio Dornelles Vargas, candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro - Partido Social Progressista (PTB-PSP) e seu principal adversário eleitoral Eduardo Gomes candidato pelo Partido União Democrática Nacional (UDN). O interesse na pesquisa surgiu a partir da descoberta de um fato curioso, nas campanhas eleitorais do Brigadeiro Eduardo Gomes as mulheres faziam um doce para arrecadar fundos para a campanha, tal doce recebeu o nome de Brigadeiro, devido ao fato do Rio Grande do Sul ser um estado Getulista até os dias de hoje no estado o doce não se chama Brigadeiro e sim Negrinho. A partir desse fato interessante surgiu a curiosidade da pesquisadora em estudar a campanha eleitoral de 1950, a partir da perspectiva da imprensa gaúcha. A partir da delimitação das fontes de trabalho, a escolha se deu pelo jornal Correio do Povo de Porto Alegre, por ser um jornal centenário no Rio Grande do Sul ainda em funcionamento até os dias de hoje e o principal jornal do estado entre os períodos de 1945-1950, sendo a maior tiragem do estado, a segunda opção foi a Revista do Globo a escolha desta deu-se devido ao fato da Revista ter surgido por incentivo do então presidente do estado do Rio Grande do Sul Getúlio Dornelles Vargas, e para dar um maior embasamento a pesquisa foi escolhido o impresso carioca O Jornal, o primeiro órgão pertencente a rede Diários Associados fundado por Assis Chateaubriand e foi escolhido para compor essa pesquisa pois recebia muitas notícias ligada a campanha de 1950 diretamente vindas de Porto Alegre, através da Agencia Meridional de Notícias. A partir da delimitação das três principais fontes de pesquisa o intuito era responder o questionamento, como a imprensa gaúcha a partir das análises da manchete Correio do Povo e das edições da Revista da Globo divulgaram a campanha de 50, tendo em vista que os principais impressos do eixo Rio- São Paulo optaram por boicotar a campanha do gaúcho Getúlio Vargas como veremos através das notícias publicadas pelo impresso carioca O Jornal. Devido a repressão que a grande imprensa sofreu durante o governo Vargas, especialmente após a instauração do Estado Novo em 1937, os jornais de maior renome no cenário nacional optaram por boicotar a campanha eleitoral de Getúlio, enquanto as duas fontes sulistas escolhidas sempre detalharam em suas páginas a trajetória política de seu conterrâneo, desde quando este destacava-se como promotor do estado. Será que para o pleito eleitoral de 1950 os dois impressos do sul aqui expostos iriam boicotar a iv campanha eleitoral de Getúlio e como um jornal carioca que recebia muitas notícias sobre as eleições vindas de Porto Alegre divulgaria as notícias sobre Getúlio, como seriam divulgadas e com que frequência noticiariam a campanha tanto de Getúlio como de Eduardo Gomes nos três periódicos aqui analisados.Item Crônica post mortem : a vida e a obra de Primitivo Moacyr pela memória de Afonso D’Escragnolle Taunay.(2021) Carvalho, Rosana Areal de; Machado, Raphael RibeiroEste trabalho tem por intuito apresentar reflexões sobre a crônica fúnebre de Afonso D’Escragnolle Taunay sobre Primitivo Moacyr, publicada no Jornal do Commercio em outubro de 1942. Problematizamos o texto como objeto histórico nos debruçando sobre as condições e hipóteses inspiradas pela leitura. A crônica é entendida como produto, lugar de memória e como objeto impresso circunscrito à cultura material brasileira, sendo assim, colabora com a compreensão da relação da escrita com a memória e dialoga com o espaço no qual circulou e fora lida, atuando como discurso de verdade e podendo modificar, historicamente, as referências que os sujeitos possuem do passado. A crônica de Taunay contribui para o entendimento das redes de sociabilidades, dos valores incutidos no contexto e do que sabiam e pensavam sobre o protagonista. A existência de tal escrito ilumina o lugar de Moacyr como intelectual na produção das pesquisas sobre a história da educação brasileira.Item Da construção ao rompimento com a tradição : o Colégio Ordem e Progresso da Polícia Civil de Minas Gerais.(2018) Pereira, Karla Karoline; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Pereira, Matheus Henrique de Faria; Nascimento, Adilson de OliveiraO presente trabalho apresenta uma reflexão sobre o percurso histórico do originalmente Colégio Ordem e Progresso, hoje, Escola Estadual Ordem e Progresso, unidade escolar de educação básica, vinculada à Polícia Civil de Minas Gerais. Propomos que alguns movimentos de questionamento do status quo da instituição ao longo da segunda década dos anos 2000 apresentam-se como resposta à sua obstinação em evocar uma tradição, lastreada na memória institucional da escola, muito vinculada aos primeiros vinte anos de sua existência – 1962 a 1984, recorte temporal contemplado pelo trabalho. Ao longo dessas duas décadas iniciais, destacamos dois elementos que consideramos relevantes para a conformação da identidade institucional, quais sejam a permanência de um único diretor escolar no cargo, o delegado de polícia José Spártaco Pompeu e a vigência do Regime Militar. Tendo isso em vista, busca-se discutir alguns eventos recentemente vivenciados pela escola em um cenário no qual memória, tradição e mudança são elementos de um embate sóciopolítico em que a comunidade do entorno, apoiada pela Secretaria de Estado de Educação, reivindica o direito de acessar as vagas disponíveis, enquanto a escola, por entender-se como uma escola sui generis, defende a reserva de vagas aos dependentes de policiais civis.Item De um ideal à legislação : o ensino público e privado no Manifesto dos Educadores de 1959 e na LDB de 1961.(2021) Silva, Thiago Andreuci Alves; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Marcelo Donizete da; Xavier, Libânia Nacif; Paula, Leandro Silva deO presente trabalho tem como objetivo analisar as considerações acerca do ensino público e privado no Manifesto dos Educadores Mais uma Vez Convocados de 1959 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 4.024/61) de 1961. As fontes utilizadas são os dois documentos citados, disponíveis na Revista HISTEDBR (2006) e no site da Câmara Legislativa, respectivamente. A metodologia faz-se a partir da pesquisa histórica e documental das fontes unida ao levantamento sobre a produção acadêmica tocante ao tema, além da análise crítica de artigos do jornal católico O Arquidiocesano. O recorte de 1945, fim do Estado Novo, até 1961, promulgação da LDB, foi escolhido para contextualização política e educacional dos anos que abrangem o Manifesto de 1959 e a primeira LDB. A pesquisa referente ao ensino público e privado nas fontes evidenciou movimentações políticas que extrapolaram o campo educacional, tornando a relação do Manifesto de 1959 e a LDB fruto da ação entre grupos distintos, revelando um intercâmbio de intenções entre defensores da escola pública e particular. Partindo de cinco categorias de análise, foi possível concluir que o Manifesto de 1959 repercutiu e interferiu no texto legal e que credenciais políticas acabavam por ter mais influência na elaboração da legislação do que os valores pedagógicos. Por meio da contextualização histórica, análise das fontes e estudo da bibliografia acerca do ensino público e privado no Manifesto de 1959 e na LDB de 1961, este texto teve intenção de contribuir para a História da Educação como campo científico e, por conseguinte, para a problematização da realidade atual da educação.Item Diálogos historiográficos na escrita de Primitivo Moacyr.(2019) Moura, Maria Clara Cobucci Soares de; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Gondra, José GonçalvesPrimitivo Moacyr foi redator de debates e documentos parlamentares do Poder Legislativo brasileiro a partir de 1898, aposentando-se em 1933. Antes da aposentadoria lançou seu primeiro livro sobre educação O ensino público no Congresso Nacional: breve notícia, em 1916. Entre 1936 e 1942 Moacyr se dedicou à escrita de quinze livros, dos quais, neste trabalho, selecionamos como fonte os dois livros inaugurais de suas coletâneas: pela Companhia Editora Nacional, dentro da Coleção Brasiliana A Instrução e o Império: Subsídios para História da Educação no Brasil 1823-1853 v.1 e pela Imprensa Nacional, chancelado pelo Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP, A Instrução e a República: Reforma Benjamim Constant 1890-1892 v.1. A partir da análise destes livros, tendo como objeto as escolhas historiográficas de Moacyr, buscamos reconhecer em que medida a escrita destes livros se aproximam e ou se distanciam das publicações contemporâneas ao autor presentes na Revista do Instituto Histórico e Geográfico (IHGB) e em manuais didáticos de História da Educação publicados entre os anos de 1930 e 1940. Utilizamos a metodologia de pesquisa bibliográfica, incluindo os debates teóricos e educacionais para desenvolvimento da investigação. Concluímos que o autor tinha uma preocupação com a escrita para além da cópia e recorte desinteressado. Seus livros foram fontes importantes para a escrita dos manuais de história da educação consultados. E sua dedicação para a escrita, a escolha por fontes históricas que ultrapassaram a documentação oficial do Estado, a preocupação com relatos dos feitos e a sua construção narrativa o tornam um pesquisador de seu tempo.Item A disciplina Educação Moral e Cívica no Grupo Escolar Dom Benevides em Mariana/MG (1969-1975).(2020) Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Evangelista, Raquel de JesusEste estudo tem como objetivo delinear a presença e as práticas da disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC) no Grupo Escolar Dom Benevides, em Mariana/Minas Gerais (MG), em consonância com o DecretoLei nº 869, de 1969. Ao delinear a educação praticada no período da ditadura civil-militar, inserimos a trajetória legal da implantação da disciplina EMC como obrigatória nos ensinos primário e secundário. Privilegiamos a documentação existente no acervo do Grupo Escolar Dom Benevides, em especial o Livro de Ata de Reunião (1970-1975), no qual encontramos registros das práticas pedagógicas, do cotidiano escolar e das ações dirimidas pela direção em torno da disciplina. A fonte selecionada permitiu identificar trâmites e dificuldades na implementação desse conteúdo, considerando, de um lado, a propositura legal e, do outro, os limites da própria escola, tais como a (in)disposição do professorado diante de mais uma tarefa, gerando ora acomodação, ora resistência. Deduzimos que o cumprimento com a obrigatoriedade da disciplina de EMC, presente na legislação, se deu com a realização dos festejos de datas cívicas que extrapolavam o espaço escolar, permitindo ao civismo e patriotismo atingirem os marianenses. Os resultados da pesquisa fortalecem o princípio das singularidades institucionais, construídas pelas relações estabelecidas entre os sujeitos que compõem a instituição e a sociedade com a qual convivem.Item Educação e instrução para o “Bello Sexo” nos anúncios do Jornal do Commercio (RJ) (1827-1844).(2023) Santos, Micaela Rodrigues dos; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Antunes, Álvaro de Araújo; Vasconcelos, Maria Celi ChavesEsta é uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental que utiliza como fonte primária os dados obtidos no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Objetivamos identificar e analisar as modalidades educacionais oferecidas e demandadas pelo público feminino veiculadas neste impresso. Analisamos nas páginas que se seguem os anúncios de educação e instrução voltados para meninas e mulheres, entre os anos de 1827 e 1844. O recorte proposto visa cobrir os anúncios desde o ano de fundação do periódico até o fim do período Regencial, visando complementar as pesquisas sobre a educação feminina já existentes para o século XIX. Para a análise dos dados nos apoiamos nas legislações vigentes no período abordado, especialmente a Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado e outorgada pelo Imperador D. Pedro I, em 25 de março de 1824, e a Lei Geral de Ensino, promulgada em 15 de outubro de 1827. Encontramos para o referido período uma multiplicidade de modalidades educacionais, formais e informais, públicas, privadas, filantrópicas, religiosas, subvencionadas, etc. No entanto, mais do que rivalizar, essas diferentes formas de ensinar coexistiram num período em que o projeto de escolarização assumido pelo Estado se encontrava em fase de construção. Essa investigação buscou cumprir um duplo objetivo: demonstrar a multiplicidade de ações femininas que por décadas foram silenciadas, bem como contribuir para elucidações sobre o campo educacional nos oitocentos.Item Educação e representações de mulheres por meio de Vida Doméstica : a revista do lar e da mulher, que de mão em mão, percorre o Brasil de ponta a ponta (1930 a 1945).(2021) Spindula, Alice Lopes; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Hamdan, Juliana Cesário; Barreto, Raylane Andreza Dias NavarroA fim de desvendar mais sobre as questões da transmissão de conhecimento, entendido aqui como educação, apresentaremos nesta dissertação uma gama de mensagens de cunho educacional direcionadas à moral, à escolarização formal e científica publicadas pela revista Vida Doméstica, que alcançou milhares de leitoras entre os anos 1930 e 1945. O conteúdo veiculado nas páginas da revista em destaque considerava que somente mulheres com adequada educação intelectual, profissional, cívica, moral e doméstica seriam capazes de cumprir a missão de proteger a saúde e formar o caráter dos futuros cidadãos do Brasil. Vida Doméstica, circulou mensalmente entre 1920 e 1962 e iniciou-se pelas mãos do empresário espanhol Jesus Gonçalves Fidalgo. A publicação era mensal, no Rio de Janeiro, e a distribuição da revista era feita em todo o Brasil, incluindo capitais e diversas cidades do interior do país, tais como em Minas Gerais, Amazonas, Pará, Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Sul, São Paulo, entre outros. Seu alcance não parava por aí. A publicação chegou a outros países das américas como Estados Unidos, Argentina e Uruguai, bem como circulou na Europa entre Portugal, Alemanha e Espanha. Ao que se refere à circulação e vendagem temos informação, da própria revista, que sua tiragem chegou em 1941 a mais de 50.000 exemplares. O recorte cronológico escolhido para ser revistado compreende alguns anos que antecedem o sufrágio feminino no Brasil e avança até os anos 1945, quando teremos o fim da Era Vargas. Por outro lado, o recorte também abrange os anos que antecederam a Segunda Grande Guerra, quando vamos nos deparar com mudanças significativas na organização social e na posição da mulher frente à família, à sociedade e ao mercado de trabalho. A partir do fim da década de 1930, no decorrer dos investimentos industriais sob a égide do Governo Vargas, percebe-se um impulso no consumo de revistas e outros periódicos. Neste momento os meios de comunicação passam a desenvolver um papel importante de (in)formação dessa nova sociedade que está se consolidando, trazendo informações em seu corpus sobre o modo de vida e aspirações das personagens que moldam essa sociedade. Atrelamos as mensagens veiculadas na revista Vida Doméstica aos estudos históricos culturais, que nos revelam que os discursos nunca são neutros: ao serem escritos nas páginas dos impressos, produzem práticas e estratégias (sociais, escolares, políticas) por um grupo que se impõe, ou tenta impor, a sua concepção do mundo social, os seus próprios valores e o seu domínio.Item A educação moral e cívica nos tempos da ditadura civil-militar (Mariana-MG/1969-1975).(2018) Evangelista, Raquel de Jesus; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Hamdan, Juliana Cesário; Gonçalves Neto, WenceslauEste trabalho estuda o desenvolvimento da Educação Moral e Cívica (EMC) no Grupo Escolar “Dom Benevides” em Mariana-MG e sua convergência na promoção do ideário cívico-religioso entre os anos de 1969 a 1975. A literatura estudada neste trabalho, Baia Horta (2012) Filgueiras (2006a), Abreu (2008) e Pelegrini (2011), aponta que a EMC pretendia adequar os cidadãos ao desenvolvimento social e econômico da nação, disciplinar os corpos e restaurar a ordem para controlar possíveis resistências e subversões ao governo. O presente estudo apresenta a inserção da disciplina EMC no espaço escolar, sua defesa pela instituição religiosa e sua presença nas determinações oficiais. As fontes selecionadas contribuem para a pesquisa no sentido de entender a EMC tanto para o espaço escolar quanto para as instituições que influenciaram esse lugar, pois partimos da concepção de que a educação é uma prática social que extrapola os muros da escola. O Decreto-Lei n° 869/1969 reestabeleceu a disciplina EMC como obrigatória na matriz curricular escolar brasileira, a qual, posteriormente, foi regulamentada pelo Decreto n° 68.065/1971. Esses documentos mostram as finalidades e os interesses sociais em se implementar de forma obrigatória tal disciplina. Ao analisarmos a documentação do Grupo Escolar “Dom Benevides”, principalmente os livros de Atas de Reuniões de Professoras, encontramos registros relacionados à disciplina EMC. Identificamos um conjunto de ideias oficiais circulando na escola a partir da Revista do Ensino divulgada pela Secretaria da Educação de Minas Gerais. Nos artigos do jornal O Arquidiocesano (semanário editado pela Arquidiocese de Mariana-MG no período de 1959-1992 com circulação regional) podemos entender um pouco sobre a sociedade marianense do período, a defesa dessa disciplina pela instituição católica e perceber a correlação entre os preceitos religiosos e as determinações oficiais sobre as finalidades da disciplina EMC no ambiente escolar.Item O educador em arte : entre a exigência legal e a atuação real - Montes Claros (1960-1980).(2022) Lopes, Daniel Bruno Oliveira; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Quadros Junior, João Fortunato Soares de; Carmo, Raiana Maciel doMesmo que muitas vezes de forma irregular e diferente entre as cidades e estados brasileiros, os professores de música, de uma forma ou de outra, quase sempre estiveram presentes nas escolas públicas, com destaque a partir da República, com a emergência dos grupos escolares. Desse modo, o objetivo deste estudo foi compreender o processo de formação e analisar a realidade destes professores atuantes em Arte, presentes nas escolas de Montes Claros, a partir da primeira Lei de Diretrizes e Bases, em 1961, indo até o final dos anos 1970. Para isso, o trabalho tomou como fonte principal os documentos de registros de professores presentes nos arquivos da Secretaria Municipal de Educação e na Escola Normal, articulando-os aos currículos definidos pelas secretarias e legislações presentes neste período de recorte. Além disso, foi feita uma revisão bibliográfica para a qual se recorreu a uma busca em banco de dados de artigos, teses e dissertações que compreendessem em seu texto alguma informação referente à temática desta pesquisa. Os resultados revelaram a existência de uma mescla de formação entre os docentes, e que esta nem sempre atendia às exigências legais de tal período. Entre outros motivos, pela inexistência em determinado período de um curso formativo específico na cidade e, principalmente, pela rápida expansão do número de escolas, acarretando em uma demanda que não podia ser suprida.Item "Eis todo segredo: povo, instrui-te!" : o debate público sobre instrução e educação na província de Minas Gerais (1871- 1883).(2020) Moreira, Danilo Araújo; Antunes, Álvaro de Araújo; Antunes, Álvaro de Araújo; Carvalho, Rosana Areal de; Fonseca, Thais Nivia de Lima eEsta dissertação tem por objetivo investigar a presença do tema da instrução e da educação no debate público em Minas Gerais, buscando lançar luz para a participação de sujeitos e grupos sociais diversos. O período abarcado pela pesquisa, que vai de 1871 a 1883, foi marcado por um processo de ampliação da estrutura de ensino público mineira e por modificações sensíveis nas formas pelas quais diferentes setores da população buscavam participar e intervir no debate público a respeito da educação dos “filhos de minas”. Diante desse cenário, a discussão aqui proposta se concentra em duas frentes complementares: por um lado, buscamos lançar luz sobre os discursos a respeito da instrução e educação difundidos nas instâncias oficiais, na imprensa e nos espaços públicos em Minas; por outro, procuramos identificar as diferentes formas de participação e intervenção utilizadas pelos sujeitos envolvidos no debate público sobre o tema.Item Entre a cruz e a educação : a liberdade de ensino nas páginas de O Arquidiocesano.(2021) Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Thiago Andreuci AlvesEste artigo tem como objetivo compreender fatores que demonstrem a posição da Igreja Católica no debate acerca da liberdade de ensino público e privado presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961. O tratamento dos dados fez-se pela análise histórica e de conteúdo utilizando como fonte o jornal O Arquidiocesano, de periodicidade semanal, disponível para consulta no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana-MG. Foram analisadas as estratégias discursivas da Igreja através da imprensa no recorte de 1959, ano de criação do jornal, até 1964, enquadrando movimentações prévias à promulgação da LDB e os ecos desta até o golpe civil-militar. A presença do catolicismo no Brasil, a história de Mariana e a força da religião no recorte especificado são elementos explorados para enriquecer o debate acerca do ensino público e privado e a democratização da educação. Ademais, com intuito de aprofundar o olhar acerca da imprensa como fonte e/ou objeto científico dentro das Humanidades, realiza-se uma exposição rápida de trabalhos na área. Como resultado da pesquisa, a análise das cinco matérias do jornal tocantes à LDB de 1961 dentro do recorte especificado revelou a posição do órgão oficial da Arquidiocese de Mariana, que considerava o ideal de liberdade de ensino presente na LDB um meio para atender às aspirações das escolas privadas.Item Escola e família no jornal o arquidiocesano de Mariana (1959-1991) : “defenderá ele os direitos de deus e da comunidade cristã”.(2021) Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Carvalho, Rosana Areal deO semanário O Arquidiocesano, periódico da Arquidiocese de Mariana (MG), circulou entre 1959 e 1991 com tiragem anual de 6.000 exemplares. Dos objetivos do jornal constam o de “cuidar da vida religiosa das Paróquias”. O periódico adentrou os campos sociais incluindo a escola. É possível perceber a educação como tema recorrente no que tange à formação cristã como a preocupação com a chegada da televisão no interior dos lares e a campanha contra o comunismo. De 1962 a 1989 somam-se 61 artigos com o tema “escola”, que passa a ser objeto de análise, sobretudo no que concerne à presença da fé católica no sistema público. Os artigos foram assinados por membros da hierarquia da Igreja e paroquianos convidados. O corpus de pesquisa são as edições que tratam da educação escolar. Selecionamos os artigos que abordam a escola e a família e destacamos a visão da igreja sobre a instituição escolar como colaboradora na formação humana consoante à difusão dos princípios cristãos. Se o futuro da criança é cristão, faz sentido a escolha dos pais pela escola católica guiada pela professora na mesma fé. Fica clara a equação: família cristã é igual a escola cristã. Podemos finalizar com a assertiva de que O Arquidiocesano vela pela população católica para além do espaço físico das igrejas ou dos sermões por meio do controle da tríade família, escola e professora.Item Escolhas, vivências e circunstâncias no memorial de formação de professores de matemática.(2019) Oliveira, Iara Letícia Leite de; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira RodriguesEste artigo é fruto dos resultados de uma dissertação que teve como objetivo tecer compreensões sobre aspectos da trajetória formativa de professores de Matemática, ao narrarem suas histórias de vida por meio do memorial. A pesquisa pautou-se pelo método autobiográfico e contou com a colaboração de seis professores de Matemática, que escreveram memoriais de formação interpretados à luz da análise de convergências e singularidades. O movimento de tornarse professor é permanente e ocorre por meio das diversas vivências em que vários cenários os vão constituindo enquanto professores de Matemática. Ao analisarmos essas narrativas, encontramos a família e os professores exercendo um papel fundamental na escolha da profissão. A formação dá-se sob a influência dos professores, o gosto pela área ou as pequenas vivências da profissão, sejam nas experiências em sala de aula, nas brincadeiras ou em outros locais. Alguns elementos, como a aproximação e as afinidades com a Matemática e a referência a si mesmo como bom aluno, são fatores presentes na opção pela carreira educacional. Embora envolvidos em diversas circunstâncias e dificuldades, esses professores persistem na superação dos desafios profissionais, buscando proporcionar uma educação de qualidade aos seus alunos.Item Estações da escrita de si : trajetórias formativas de professores de matemática em memoriais.(2017) Oliveira, Iara Letícia Leite de; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Carvalho, Rosana Areal de; Silva, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues; Ferreira, Ana Cristina; Nacarato, Adair MendesEsta pesquisa tem como objeto de estudo a trajetória formativa de professores de Matemática e está problematizado em torno da seguinte questão: Que elementos da trajetória formativa um grupo de professores de Matemática desvela no decorrer da escrita de si no memorial de formação? Tem como objetivo geral tecer uma compreensão de aspectos da trajetória formativa desses professores de Matemática ao narrarem sobre sua história de vida por meio do memorial de formação e, como objetivos específicos: (i) compreender como se desvela as trajetórias de formação percorridas por esses professores; (ii) identificar os elementos que emergem na construção do “ser professor” a partir dos memoriais de formação produzidos pelos professores. Do ponto de vista metodológico, adotamos a abordagem qualitativa e a perspectiva do Método Biográfico. Como colaboradores da pesquisa tivemos seis professores de Matemática, estudantes de um Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, cuja colaboração se deu através do questionário e da escrita de um memorial de formação que constituiu o corpus de análise. Os dados provenientes desses instrumentos foram analisados com base na Análise de Singularidades e Convergências. Por essas narrativas percebemos que esses professores, de modo geral, percorreram caminhos, apesar de particulares, com muitas aproximações. A trajetória formativa desses professores se constituiu na escolarização, nas vivências familiares, na licenciatura em Matemática, no mestrado e em outros espaços, articulada às experiências na sala de aula, onde se consolida o saber e o saber-fazer e se constrói o aprendizado para o processo de tornarem-se professores. Ao narrarem lembram-se das pessoas que fizeram parte de suas vidas apoiando ou incentivando. São unânimes as lembranças dos professores que tiveram, apontando as características do que consideram um bom professor e aquilo que desejam ser como profissionais, tomando-os como referenciais. Sobre o início da docência contam sobre o cotidiano da profissão, as tensões nesse local, as dificuldades com a indisciplina dos alunos, dentre outras questões que permeiam esse ambiente. Exercendo a profissão buscam cursos para aprimorar as habilidades e conhecer outras metodologias, dentre eles aparece o mestrado. No contexto dessas vivências, constatamos que a constituição como docentes ocorre em diversas etapas, em que vão construindo saberes, crenças e valores. Portanto, essa constituição se dá durante toda a trajetória de vida do sujeito.Item Falando aos trabalhadores brasileiros : a didática do ministro Marcondes Filho.(2020) Nunes, Karen Dayanne; Carvalho, Rosana Areal de; Carvalho, Rosana Areal de; Queler, Jefferson José; Oliveira, Marcus Aurélio Taborda deAlexandre Marcondes Filho, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, foi ministro do Trabalho, Indústria e Comércio entre os anos 1941 a 1945 e da Justiça de 1943 a 1945 no governo de Getúlio Vargas. Iniciou sua vida política em 1926, elegendo-se vereador e deputado federal por São Paulo no período de 1927 a 1930 pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Sua participação na Constitucionalista de 1932 foi em consonância com o seu partido, que defendia políticas opostas a Getúlio Vargas. Após conflito que resultou na Assembleia Constituinte de 1934, Marcondes Filho dedica-se ao seu escritório de advocacia, afastando-se da política. Em 1939 retorna ao cenário público, assumindo o cargo de vicepresidente do Departamento Administrativo do Estado de São Paulo (DAESP). Em 1941, assume o Ministério do Trabalho a convite de Vargas. A pesquisa tem um caráter documental que consiste em três conjuntos: o primeiro e o segundo dizem respeito aos jornais A Manhã, Correio Paulistano e O Radical e ao acervo do ministro disponíveis no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC/Fundação Getúlio Vargas, que auxiliam na construção da trajetória pública de Marcondes Filho. O terceiro conjunto refere-se ao livro, elaborado por Marcondes Filho, Trabalhadores do Brasil! Palestras do ministro Marcondes Filho na Hora do Brasil, em 1942, publicado pela Revista dos Tribunais no ano de 1943. Nosso objetivo consiste em identificar as práticas de mediação cultural desenvolvida por Marcondes Filho ao transmitir e fazer circular nos grupos sociais pretendidos as mensagens do governo, categorizando-o no conceito de intelectual mediador. Seu tom paternalista (GOMES, 1988) e sua didática à frente dos esclarecimentos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no programa a Hora do Brasil, endossam o projeto político pedagógico do Estado Novo. Alexandre Marcondes Filho é citado em algumas produções bibliográficas no campo da História Política e Ciências Sociais como um importante intelectual de seu tempo. Um político sem projetos ligados à educação, envolvese, durante o Estado Novo, em atos de mediações culturais (GOMES; HANSEN, 2016) em prol de uma política específica para os trabalhadores. Marcondes Filho desenvolve uma função política de intermédio, especificamente por parte dos intelectuais que atuam em campos diversificados (BOURDIEU, 1998). No campo da História da Educação, seu ato de mediação entre governo e classe trabalhadora, ainda inexplorado, poderá lançar um novo olhar sobre a educação em espaço não escolarizado e, mais especificamente, sobre a educação dos trabalhadores.Item A história da educação brasileira na produção de Primitivo Moacyr.(2018) Carvalho, Rosana Areal de; Machado, Raphael RibeiroA obra de Primitivo Moacyr se insere em um quadro de complexidade po-lítica, social e educacional presente nas décadas de 1930 e 1940 do século XX no Bra-sil. Entre 1936 e 1942, dedicou-se à escrita educacional de quinze livros tratando da educação brasileira no período imperial e republicano até os anos de 1930 e mais dois trabalhos apresentados em congressos organizados pelo Instituto Histórico e Geográ-fico Brasileiro – IHGB. Apontamos elementos que acusam a intencionalidade da pro-dução historiográfica moacyrniana na efetivação de um modus operandi de se fazer história da educação no Brasil articulada à condição científica aplicada à educação pelos escolanovistas. Nossa análise pautou-se sobre as condições de produção, circu-lação e apropriação das mesmas no cenário brasileiro. Inscrita numa historiografia próxima da corrente valorizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e apa-drinhada por instituições como a Companhia Editora Nacional e o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP compreendemos que a produção bibliográfica de Primitivo Moacyr respondeu a um propósito estimulado por aqueles com os quais convivia intelectualmente e, pela percepção do interesse que poderia promover a di-vulgação de uma coletânea de documentos organizados, sistematizados, sobre as ações estatais em prol da educação brasileira. Um historiador que estava atualizado com a concepção historiográfica predominante em sua época – a história documental –, como também um precursor no campo da história da educação brasileira ao dar visibilidade à profusa e inoperante legislação educacional.