Browsing by Author "Carraro, Júlia Cristina Cardoso"
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Item Associação de componentes dietéticos com a prevalência de depressão em egressos universitários (Projeto CUME).(2020) Oliveira, Fátima Costa de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Mendonça, Raquel de Deus; Mendonça, Raquel de Deus; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Coelho, George Luiz Lins Machado; Bressan, JosefinaA depressão é um importante problema de saúde pública e sua associação com a nutrição tem sido amplamente discutida. Pouco se sabe a respeito do impacto do hábito alimentar brasileiro sobre a prevalência de transtornos depressivos. Evidências científicas demonstram que alimentos atuam na modulação da microbiota intestinal e da inflamação. Uma vez que estes mecanismos estão associados à depressão, espera-se que tais alimentos possam estar indiretamente associados à prevalência de depressão. Dessa forma, entender a relação entre hábitos alimentares e depressão pode auxiliar no tratamento e controle dessa enfermidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação de componentes dietéticos com a prevalência de depressão na linha de base da Coorte de Universidades Mineiras (CUME). Trata-se de estudo transversal com egressos graduados ou pós-graduados em universidades do estado de Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Lavras e Universidade Federal de Juiz de Fora. Foram utilizados dados da linha de base (março a agosto de 2016 e abril a agosto de 2018) da coorte, por meio de um questionário autopreenchido em ambiente virtual. O diagnóstico de depressão foi autorrelatado e o consumo de componentes dietéticos a serem avaliados em relação à depressão se baseou na possibilidade de ação sobre a composição da microbiota intestinal e os processos inflamatórios, sendo estes estimados por meio de um questionário de frequência de consumo alimentar. A prevalência de depressão entre os participantes foi de 12,37%. A média de idade foi maior em indivíduos com depressão. Indivíduos do sexo feminino, que fumavam, com excesso de peso, inativos fisicamente, que não consumiam bebidas alcóolicas e que possuíam situação profissional sem rotina estabelecida (do lar, desempregado e aposentado) apresentavam maior prevalência de depressão. Observou-se que uma dieta associada ao maior consumo de alimentos fonte de ômega-6, ácidos graxos trans e carboidratos simples foi associada à maior prevalência de depressão. E o maior consumo de alimentos de origem animal, proteínas totais, fontes de triptofano e a ingestão moderada de cerveja foi associado a menor prevalência da doença. Após ajustes das variáveis por estilo de vida, apenas a ingestão de cerveja (OR=0,57; IC95%:0,44-0,75) e de ômega-6 (OR=1,60; IC95%1,24-2,08) manteve associação com o desfecho. Após estratificação por IMC, a ingestão de ácidos graxos trans foi positivamente associada à depressão naqueles indivíduos com excesso de peso, no entanto este resultado não se manteve após ajustes por variáveis socioeconômicas e de estilo de vida. Sendo assim, o consumo de componentes alimentares, típicos de hábitos ocidentalizados, foram associados positivamente, e a ingestão moderada de cerveja negativamente, à prevalência de depressão.Item Associação entre o consumo de polifenóis e hipertensão arterial sistêmica em participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Projeto CUME).(2020) Coletro, Hillary Nascimento; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Mendonça, Raquel de Deus; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Mendonça, Raquel de Deus; Meireles, Adriana Lúcia; Pimenta, Adriano MarçalIntrodução e objetivo: As doenças cardiovasculares (DCV) foram as principais causas de óbito no mundo no período de 2000 a 2012, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. As DCV têm como principal fator de risco a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) que afeta mais de 40% dos adultos no mundo e é a principal causa global para morte ou invalidez. Estudos epidemiológicos mostraram associações entre consumo de polifenóis, metabólitos das plantas que atuam como fator de proteção em processos inflamatórios, e a redução de risco de DCV. No entanto, pouco se sabe se o consumo de polifenóis pode reduzir o risco de hipertensão, especificamente. O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a associação entre o consumo de polifenóis da dieta e a prevalência e incidência de HAS, e variação da pressão arterial (PA), em participantes da Coorte de Universidades Mineiras (Projeto CUME). Metodologia: A amostra foi composta por 4130 graduados e pós-graduados entre os anos de 1994 e 2017 em cinco universidades públicas de Minas Gerais na linha de base e 1799 indivíduos no primeiro seguimento (2 anos) que responderam a um questionário online contemplando questões socioeconômicas e demográficas, de estilo de vida e condições de saúde. O consumo alimentar, foi avaliado utilizando um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar e a derivação da ingestão de polifenóis por meio do banco de dados Phenol Explorer. O consumo de polifenóis foi categorizado em quintis para as análises. A variável dependente do presente estudo, presença de HAS, foi estabelecida com base na declaração do participante de ter tido diagnóstico médico da doença, uso de medicamentos anti-hipertensivos ou valores de pressão arterial sistólica ≥ 140mmHg ou pressão arterial diastólica ≥ 90mmHg. A variação da pressão foi calculada subtraindo os valores da PA dos anos de 2016 e 2018 e classificando-as como diminuição ou aumento da PA durante o seguimento. As associações entre o consumo de polifenóis totais, suas classes e subclasses com a HAS foi avaliada por meio de Regressão Logística (OR) para análises transversais e Regressão de Cox (HR) para as longitudinais. Resultados: A prevalência de hipertensão foi associada ao sexo masculino, idade ≥ 40 anos, ter pós-graduação, ter formação em cursos que não da área da saúde, situação profissional relacionada à presença de renda, inatividade física, excesso de peso, ter história familiar de HAS, de acidente vascular cerebral (AVC) e de infarto agudo do miocárdio (IAM), e renda individual e familiar de dez salários mínimos ou mais, sendo que para incidência de HAS a associação ocorreu para renda familiar entre cinco e dez salários mínimos e renda individual de dez salários mínimos ou mais, parar ou diminuir o hábito de fumar e parar ou diminuir o uso de sal de adição. Café, oleaginosas (amendoim, nozes e castanhas) e leguminosas (feijão e lentilha) foram os alimentos que mais contribuíram para o consumo total de polifenóis. O consumo de flavonóis no segundo e quinto quintil (OR: 0,63; IC95%: 0,46 - 0,87 e OR: 0,68; IC95%: 0,50 - 0,93) e ácidos fenólicos (OR: 0,72; IC95%: 0,51 - 1,00) foi inversamente associado à prevalência de HAS na amostra. Após dois anos de seguimento, os indivíduos no terceiro quintil de consumo de estilbenos tiveram 58% menos risco de ter hipertensão (HR: 0,42; IC95% 0,18 - 0,98) em comparação com o primeiro quintil. Ao analisar a diferença de pressão arterial durante o seguimento, observou-se que indivíduos no quarto quintil de lignanas possuíam 42% menos de chances (OR: 0,58; IC95% 0,35 – 0,96) e os no segundo quintil de antocianinas tinham 40% menos de chances de terem a PAD aumentada (OR: 0,60; IC95% 0,36 – 0,97) em comparação com indivíduos que consomem no primeiro quintil. Conclusão: O consumo de flavonóis, ácidos fenólicos e estilbenos, mas não de polifenóis totais, possui relação inversa com a prevalência e a incidência de hipertensão arterial sistêmica em adultos.Item Baseline diet quality is related to changes in the body composition and inflammatory markers : an intervention study based on resistance training and nutritional advice.(2021) Coelho, Daniel Barbosa; Lopes, Lilian Maria Peixoto; Oliveira, Emerson Cruz de; Becker, Lenice Kappes; Costa, Guilherme de Paula; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Silva, Fernanda Guimarães Drummond e; Pinto, Kelerson Mauro de Castro; Silva, André Talvani Pedrosa da; Carraro, Júlia Cristina CardosoItem Capacidade antioxidante da dieta e hipertensão entre fumantes e não fumantes da linha de base da coorte de universidades mineiras (projeto CUME).(2020) Sabião, Thaís da Silva; Aguiar, Aline Silva de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Aguiar, Aline Silva de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Meireles, Adriana Lúcia; Vidigal, Fernanda de CarvalhoIntrodução: O tabagismo e o consumo alimentar não saudável devem ser abordados simultaneamente devido à perigosa associação sinérgica desses comportamentos em relação às doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão (HAS). A HAS é uma doença crônica não transmissível de elevada prevalência e baixas taxas de controle, sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública. Estudos observacionais têm apoiado que dietas ricas em antioxidantes resultam em redução dos níveis pressóricos. Objetivo: Avaliar a capacidade antioxidante total da dieta (CATd) e as possíveis associações com a hipertensão entre fumantes e não fumantes na linha de base do projeto CUME (Coorte de Universidades Mineiras). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, multicêntrico realizado com egressos de cinco instituições federais de ensino superior situadas no estado de Minas Gerais, Brasil. Foram utilizados dados do questionário (Q_0) da linha de base referentes aos anos de 2016 e 2018 dos indivíduos que completaram seu preenchimento. Os indivíduos selecionados para compor a amostra foram categorizados em fumantes, não fumantes e ex-fumantes; e em hipertensos ou não, conforme dados autorreferidos de pressão arterial, diagnóstico prévio da doença e uso de anti-hipertensivos. A avaliação da dieta foi realizada por meio de dados de Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA). Para a determinação da CATd foi utilizado um banco de dados abrangente com o conteúdo total de antioxidantes dos alimentos obtido através do ensaio ferric reducing antioxidant power (FRAP). Resultados: Na análise multivariada, a maior mediana de CATd foi associada à HAS independente do hábito tabágico. No entanto, entre os indivíduos que fumam ou já fumaram, esta associação não permaneceu significativa após ajustes por idade, área de formação, atividade física, presença de excesso de peso, consumo de sódio e consumo de bebida alcóolica. Não foi observada associação da CATd sem café com a HAS, sugerindo que o efeito de risco para a HAS está associado à ingestão de café, independente se fumante ou não. Além disso, este estudo observou que fumantes possuem uma pior qualidade da dieta, determinada pela menor ingestão frutas e de micronutrientes essenciais à saúde e um maior consumo de sódio e álcool. Conclusão: Dentre os fatores modificáveis para a HAS, tanto o hábito de fumar quanto a alta CATd foram associadas à HAS, mas este efeito foi relativo ao consumo de café, não devendo ser desencorajado o consumo de alimentos ricos em fitoquímicos como medida de proteção contra a HAS. Reforça-se a importância da cessação tabágica e outras modificações no estilo de vida como medida de proteção contra as DCNT.Item Distúrbios do sono em trabalhadores de turno alternante : validação de método e relação com hipovitaminose D.(2020) Menezes Junior, Luiz Antonio Alves de; Meireles, Adriana Lúcia; Nascimento Neto, Raimundo Marques do; Meireles, Adriana Lúcia; Nascimento Neto, Raimundo Marques do; Freitas, Lunara da Silva; Carraro, Júlia Cristina CardosoIntrodução: A jornada laboral em turnos tem sérios impactos na saúde dos trabalhadores devido a dessincronização do sistema circadiano. Como consequências, esses trabalhadores apresentam mais distúrbios do sono e transtornos endócrino-metabólicos relacionados com diversas comorbidades, como obesidade, hipertensão e hipovitaminose D. A vitamina D além de suas funções na homeostase óssea, tem sido implicada em um número crescente de mecanismos fisiológicos, incluindo o sono. Objetivos: Validar um método de avaliação de distúrbios do sono e verificar a relação de distúrbios do sono com os níveis de vitamina D em trabalhadores de turno alternante. Métodos: Estudo de delineamento transversal com trabalhadores de turnos alternantes, adultos do sexo masculino da região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, realizado nos anos de 2011 e 2012. Foi realizada avaliação antropométrica, clínica e bioquímica, além de questões sociodemográficas, comportamentais e do sono. Avaliação do sono realizada por dois métodos, o exame de polissonografia e o questionário de Berlim (QB). O exame de polissonografia foi realizado durante a noite, de 22:00 horas às 06:00 horas, e avaliado tempo total, latência, eficiência e estágios do sono, além do índice de apneia-hipopneia, movimento periódico de pernas e saturação arterial de oxigênio. O QB foi utilizado como ferramenta indireta para avaliar o risco para apneia obstrutiva do sono (AOS). O estudo foi composto por duas amostras: amostra 1 que foi utilizada para validação do QB (n= 119) e amostra 2 para avaliar a relação dos distúrbios do sono medidos pela polissonografia com os níveis de vitamina D (n= 82). Foi realizada a avaliação da validade do QB original e com alterações na categoria 3 [(QB1 modificado: IMC > 30,0 kg/m²); (QB2 modificado: IMC > 25,0 kg/m²)] para avaliar o risco para AOS em trabalhadores de turno alternante. Para esta etapa, a análise estatística incluiu teste Kappa, análise de curva ROC e análise dos valores diagnósticos. Para avaliar a relação entre os níveis de vitamina D (25(OH)D) e distúrbios do sono, medidos pelo exame de polissonografia, a análise estatística incluiu o teste qui-quadrado de Pearson, ou teste exato de Fisher, para duas variáveis categóricas. E para variáveis contínuas, o teste T de Student ou U de Mann-Whitney, para variáveis com distribuição normal e não normal, respectivamente. Resultados: A amostra total foi composta por 119 trabalhadores com idade mediana de 34 anos. A hipovitaminose D (25(OH)D < 20 ng/mL) foi observada em 23,0% da amostra. Na etapa de validação do QB, 16,8% dos trabalhadores apresentaram alto risco para AOS segundo o QB. O QB2 modificado foi o que obteve melhor acurácia, sensibilidade e especificidade. Avaliando a relação da vitamina D com parâmetros da polissonografia, foi encontrado que indivíduos com hipovitaminose D (25(OHD < 20 ng/mL) apresentaram maior latência e menor eficiência do sono, quando comparados aos trabalhadores com níveis normais desta vitamina (25(OHD > 20 ng/mL). Conclusão: Em trabalhadores de turno alternante, o QB mostrou acurácia reduzida na identificação de pacientes com AOS e deve ser usado com cautela na seleção de pacientes para polissonografia. Ademais, observamos que trabalhadores com hipovitaminose D apresentam maior latência e menor eficiência do sono, do que aqueles com níveis normais desta vitamina.Item A doença falciforme em cidades históricas mineiras : uma avaliação da assistência primária à saúde, dos perfis clínico e nutricional e de biomarcadores moleculares da dislipidemia.(2019) Souza, Thomás Viana de; Coelho, George Luiz Lins Machado; Silva, Célia Maria da; Coelho, George Luiz Lins Machado; Fabrino, Daniela Leite; Silva, Célia Maria da; Carraro, Júlia Cristina CardosoIntrodução: A Doença Falciforme (DF) é uma anemia hemolítica hereditária que configura a produção da hemoglobina (Hb) S no lugar da Hb A. Devido à alta morbimortalidade, é demandado uma boa assistência em todos os níveis de atenção, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivos: avaliar o perfil sociodemográfico, clínico e nutricional da DF e a assistência prestada a ela na APS; comparar o estado clínico, nutricional e laboratorial entre os grupos Anemia Falciforme (AF) (homozigose dominante SS) versus DF (hemoglobinopatias SC e outras variantes); avaliar a presença de variantes genéticas e sua associação com a dislipidemia. Metodologia: estudo transversal, do tipo descritivo, comparativo e associativo. Foi realizado um levantamento dos indivíduos com DF nascidos entre 2000 e 2018 nas cidades de Congonhas, Mariana e Ouro Preto/MG a partir do banco de dados do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico, com posterior análise de prontuários médicos na Fundação Hemominas, aplicação de questionário e realização de exames físico e laboratorial (perfil lipídico, cinética de ferro e vitaminas B12 e D). Foram realizadas comparações das características sociodemográficas, clínicas e nutricionais entre os grupos AF e DF. Foi descrita a frequência alélica e genotípica de três polimorfismos do tipo single nucleotide polymorphism nos genes ANGPTL4 (rs116843064), APOA5 (rs662799) e ZNF259 (rs964184) e avaliada a possível associação entre os polimorfismos com variações lipídicas. Resultados: A partir da amostra final (n = 29), 51,7% dos participantes eram do sexo masculino; 41,4%, AF; 86,2%, pardos ou negros; 82,7%, das classes sociais D ou E; 20,7% sem acesso a saneamento básico; 51,7% com vacinação incompleta; 62,9% não realizavam puericultura na APS; 65,5% usavam unidades secundárias como porta de entrada diante de intercorrências agudas; 41,4% tinham dificuldade no transporte ao Hemominas; 13,8% tinham baixo peso ou baixa estatura; 72,4% com vitamina D baixa; 31,0% com hipertrigliceridemia; 51,7% com Lipoproteína de Alta Densidade (HDL-c) diminuída. Comparando os grupos AF e DF, houve diferença estatística para os níveis basais de Hb, leucócitos e reticulócitos; uso de hidroxiureia; realização de hemotransfusão; consumo diário de água; oximetria ao exame físico; níveis de ferritina e HDL-c. Ninguém apresentou a variante do gene ANGPTL4; 6,9% apresentaram a do gene APOA5 e 24,1%, a do gene ZNF259. A associação entre as mutações presentes e as alterações lipidêmicas não apresentaram diferença estatística. Conclusão: Foi notória a falta de preparo e conhecimento dos profissionais de saúde sobre a DF e seu manejo clínico na APS. Salienta-se o quão importante é uma rede de atenção à saúde devidamente preparada, articulada e com capacidade operacional compatível com as necessidades do indivíduo. Pelo perfil sociodemográfico, percebe-se que a DF está incorporada em um contexto de desigualdade social, contribuindo significativamente para o seu mau prognóstico. Foi possível constatar um estado clínico mais grave no grupo da AF, corroborando com a literatura. Com uma amostra reduzida, as associações das variantes gênicas com a dislipidemia ficaram limitadas, diminuindo o poder estatístico para análises envolvendo estes genes. Mais estudos que caracterizam o perfil clínico e que avaliem a assistência prestada aos indivíduos com DF na APS possibilitariam a identificação das necessidades dos pacientes e das fragilidades da rede assistencial.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart) sobre mediadores relacionados à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2018) Sousa, Stéphane Castellar; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Amaral, Joana Ferreira do; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Volp, Ana Carolina PinheiroConsiderando as complicações metabólicas e fisiológicas do excesso peso e o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade, várias estratégias têm sido estudadas para prevenir e reverter esse quadro. O consumo de polifenóis tem demonstrado efeitos antioxidantes e antiinflamatórios e parece modular a síntese e concentração de alguns mediadores envolvidos no controle da ingestão alimentar. O açaí é uma boa fonte de polifenóis e seu consumo, principalmente na forma de polpa, se tornou bastante comum entre os brasileiros. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre variáveis bioquímicas, antropométricas e dietéticas relacionadas à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo, autocontrolado, de intervenção nutricional, em que os participantes foram orientados a consumir 200g de polpa de açaí todos os dias durante quatro semanas, mantendo sua dieta habitual e padrão de atividade física. Nas etapas inicial e final da intervenção foram realizadas coleta de sangue, aferição de medidas antropómetricas, bioimpedância e aplicação de questionário de frequênica de consumo alimentar. O sangue coletado nas etapas inicial e final foi utilizado para análises bioquímicas. As análises estatísticas foram realizadas no programa Graph Pad Prism 5.0, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi utilizado o teste de KolmogorovSmirnov para verificar a distribuição dos dados e as comparações entre as médias e medianas dos grupos foram feitas mediante o teste t de Student e Wilcoxon, respectivamente. Verificouse aumento significativo na concentração de hormônio adrenocorticotrófico após a intervenção em ambos os grupos estudados. No grupo com peso normal a concentração de leptina reduziu significativamente, paralelamente a um aumento no índice de massa corporal e na gordura corporal. No grupo com excesso de peso verificou-se redução na CC e índice cintura/quadril após a intervenção. Houve uma redução importante na ingestão calórica total das voluntárias de ambos os grupos, que apesar de não ter sido estatisticamente significativa, poderia promover perda de peso e, consequente, melhorar o perfil metabólico das voluntárias a longo prazo.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Mart.) sobre mediadores do estado inflamatório em mulheres saudáveis.(2018) Souza, Tamires Cássia de Melo; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina CardosoO processo inflamatório tem início com a secreção de determinadas adipocinas que por sua vez, desencadeiam a transcrição de genes que codificam proteínas envolvidas na resposta inflamatória, a partir da ativação de vias de sinalização desses fatores. A ativação a longo prazo do sistema imune é mantida por fatores que perpetuam uma retroalimentação desse ciclo; além de produzir citocinas inflamatórias, o tecido adiposo hipertrofiado também libera fatores quimiostáticos que atraem macrófagos circulantes para o interior dos adipócitos, aumentando o infiltrado e, consequentemente a resposta à inflamação. A presença de compostos bioativos nos alimentos tem sido estudada como fator de prevenção e tratamento de diversas condições patológicas pois o consumo de frutos ricos em polifenóis é capaz de promover a redução de marcadores de inflamação, melhora do perfil lipídico, aumento da sensibilidade à insulina, redução das concentrações de glicose, além do aumento das concentrações de micronutrientes. Nesse sentido, o estudo das propriedades funcionais de alimentos acessíveis à população brasileira é uma ferramenta importante para que novas formas de prevenção e tratamento das DCNT sejam implementadas com segurança. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre marcadores relacionados ao processo inflamatório em mulheres jovens, aparentemente saudáveis. Esse estudo foi realizado com base um banco de dados elaborado a partir de um estudo de caráter prospectivo, intervencional, auto-controlado, com o consumo de 200g da polpa de açaí por um período de 4 semanas. Os resultados apontaram que o consumo diário de 200g da polpa de açaí promoveu uma redistribuição da gordura corporal, com aumento do percentual de gordura troncular e elevou as concentrações de Resistina. Entretanto, promoveu o aumento de IL-10 e também a redução de Visfatina após a intervenção. Além disso, foi possível observar uma correlação positiva entre IL-10 e IL-6, demonstrando a retroalimentação desse ciclo na tentativa de promover a homeostase. Sendo assim, esse estudo representa um ponto de partida para a compreensão dos efeitos da ingestão dietética do açaí e pesquisas futuras serão necessárias para determinar a quantidade ideal de consumo e seu potencial papel na promoção e manutenção da saúde, na modulação do processo inflamatório e na prevenção das DCNT.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre parâmetros relacionados à resistência insulínica em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2017) Dias, Bruna Vidal; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Freitas, Renata Nascimento deO tecido adiposo é um órgão endócrino ativo que secreta diversas substâncias bioativas como omentina, leptina, adiponectina entre outros, estando estas diretamente relacionadas ao desenvolvimento da resistência insulínica, inflamação e hipertensão. Algumas adipocinas, como a omentina, podem agir de forma anti-inflamatória; sua ação faz com que haja um aumento da captação de glicose mediada pela insulina e inibe a ação pro-inflamatória da proteína C reativa (PCR), contribuindo dessa forma para uma melhora do estado inflamatório e oxidativo. Têm-se demonstrado uma forte associação entre excesso de adiposidade, mediadores inflamatórios e deficiência da ação da insulina, caracterizando a obesidade como um estado de inflamação crônica. Uma alimentação rica em frutas e vegetais está inversamente associada a distúrbios metabólicos e isto se deve, principalmente, pelos compostos antioxidantes presentes nestes alimentos. O açaí é uma fruta rica em antioxidantes como os polifenóis, que têm apresentado muitos benefícios para a saúde devido ao seu potencial efeito antioxidante, anti-inflamatório e potencializador de insulina, causando redução das concentrações de glicose tanto em diabéticos quanto em obesos. Com isso, este trabalho objetivou avaliar os efeitos da ingestão da polpa de açaí sobre variáveis relacionadas à resistência insulínica em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo de intervenção nutricional onde foi avaliado o efeito do consumo de 200g da polpa de açaí durante quatro semanas sobre variáveis bioquímicas, dietéticas, clínicas, antropométricas e de atividade física em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. A comparação entre médias e medianas dos grupos foi feita mediante o teste t Student e Wilcoxon, respectivamente. Para avaliar a correlação dos demais parâmetros com a omentina, foi realizado o teste de correlação de Pearson e Spearman para dados paramétricos e não paramétricos respectivamente. Foi utilizado o programa GraphPadPrism versão 5. De acordo com os resultados obtidos, dentre as variáveis biquímicas, a intervenção acarretou em um aumento da concentração média de omentina no grupo eutrófico. A omentina pode atuar na modulação da expressão de citocinas pró-inflamatórias e aumentar a captação de glicose mediada por insulina em adipócitos, o que favorece a sensibilidade à insulina. Uma variedade de adipocinas como a leptina, adiponectina, TNF, IL-6 e IL-8 e proteínas de fase aguda que são estimuladas por fatores inflamatórios como o PCR e PAI-1 estão relacionadas à resistência insulínica e se encontram diretamente proporcionais à quantidade de tecido adiposo, entretanto, não foi observado diferença destes fatores após a ingestão da polpa. Este resultado pode ser devido à quantidade de açaí consumida, com isso, são necessários mais estudos para avaliar a dose adequada para este efeito. Apesar de terem sido observados um menor número de variáveis com diferenças significativas comparado ao total avaliado, a ingestão da polpa de açaí modificou parâmetros importantes na avaliação da resistência insulínica como a concentração de omentina e também apresentou correlações com glicose, insulina, HOMA IR e a proteína de fase aguda PAI-1. Com isso, a ingestão da polpa de açaí pode auxiliar na prevenção de distúrbios metabólicos associados à RI, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares entre outras.Item Farinha de banana verde não altera perfil lipídico e inflamatório de mulheres com excesso de peso.(2015) Silva, Sandra Tavares da; Santos, Carolina Araújo dos; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Rocha, José Luiz Marques; Bressan, JosefinaA prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como as dislipidemias, o excesso de peso e as complicações relacionadas ao estado inflamatório têm aumentado em todo o mundo. Neste cenário, produtos alimentícios com alegações benéficas no tratamento e/ou prevenção destas condições surgem como promessas, muitas vezes, sem respaldo científico. A farinha de banana verde (FBV) tem ganhado espaço na mídia como uma possível promotora de efeitos positivos à saúde, mas não existem estudos controlados sobre seus reais efeitos em humanos. O objetivo deste trabalho foi analisar os impactos do consumo da FBV no peso corporal, perfil lipídico, parâmetros inflamatórios e no consumo alimentar de mulheres adultas com excesso de peso. Foi realizado um estudo de intervenção no qual 25 mulheres adultas com excesso de peso consumiram, diariamente, 20g de FBV, durante 45 dias. O protocolo do estudo incluiu avaliações antropométricas, de composição corporal, consumo alimentar, perfil lipídico e determinação de parâmetros inflamatórios séricos. A idade média das participantes foi 34 anos, com Índice de Massa Corporal médio de 27,7 kg/m². O consumo da FBV não alterou o peso, a composição corporal, o perfil lipídico e os parâmetros inflamatórios. Houve aumento na ingestão de fibras (varia- ção no consumo mediano de 12,72g para 14,16g; p=0,031), embora a necessidade nutricional deste nutriente não tenha sido alcançada (25g/dia). O consumo isolado da FBV não promoveu alterações corporais e metabólicas significativas. A adoção de medidas isoladas oferece efeitos limitados e deve ser desencorajada como única forma de melhora da saúde.Item Fatores associados à inatividade física e ao comportamento sedentário em egressos da coorte de universidades mineiras (Projeto Cume).(2020) Alcantara, Ana Carla de; Meireles, Adriana Lúcia; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Oliveira, Fernando Luiz Pereira de; Meireles, Adriana Lúcia; Miranda, Aline Elizabeth da Silva; Pessoa, Milene CristineÉ de extrema relevância conhecer os riscos à saúde que corroboram para o aparecimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), entre eles os comportamentos ligados à inatividade física e ao comportamento sedentário da população brasileira. Diante disso, objetiva-se conhecer a prevalência de inatividade física, o tempo em minutos dispendidos em comportamento sedentário, e ainda, os fatores associados a esses comportamentos de maneira individual e combinados nos participantes da linha de base da coorte de universidades mineiras (CUME). Trata-se de estudo transversal envolvendo 4.266 indivíduos graduados ou pós-graduados que responderam ao questionário on-line. Estimou-se o comportamento sedentário por meio do tempo sentado total que foi em seguida categorizado pela mediana. A prática de atividade física foi avaliada de acordo com o tempo de atividade física moderada e vigorosa e categorizada segundo as diretrizes da WHO (2011). As variáveis explicativas avaliadas foram: sociodemográficas (sexo, idade, renda familiar, estado civil, cor da pele, escolaridade, situação profissional, área de estudo, estado de moradia), hábitos de vida (fumo e consumo de álcool), condições de saúde (perfil nutricional, morbidade referida, autoavaliação de saúde). Utilizou-se o programa estatístico R (pacote net do Rstudio, versão 1.2.1335). Os resultados apontaram que a prevalência de inativos fisicamente foi de 41,7% e a mediana do tempo sentado total foi de 420 minutos por dia (7 horas). Ao avaliar a combinação das variáveis, a prevalência de alto comportamento sedentário e inativos fisicamente foi de 18,3%; alto comportamento sedentário e ativos fisicamente foi de 23,3%; baixo comportamento sedentário e inativos fisicamente foi de 23%; e inativos e baixo comportamento sedentário foi de 35,3%. Os fatores associados às combinações estabelecidas foram ter a cor da pele branca com o grupo inativo fisicamente / alto comportamento sedentário (OR= 0,62; IC95% 0,39 – 0,93) e sobrepeso com inativo fisicamente / baixo comportamento sedentário (OR= 1,96; IC95% 1,02 – 3,79), sendo referência o grupo ativo / baixo comportamento sedentário. Concluiu-se, com base nos resultados desta pesquisa, que os indivíduos adultos mais vulneráveis ao alto comportamento sedentário e inativos fisicamente (Indesejável) são as pessoas não brancas e, aquelas mais susceptíveis ao baixo comportamento sedentário e inativos fisicamente (Intermediário 2) são indivíduos classificados com sobrepeso. As variáveis associadas ao CS (p<0,05) foram idade, estado civil, escolaridade, estado que vive, situação profissional e com a prática de AF (p<0,05) foram idade, sexo, estado civil, renda familiar, hábito de fumar, consumo de bebida alcoólica. A identificação desses grupos mais vulneráveis aos comportamentos combinados ou não pode colaborar para a identificação e proposição de ações de controle desses comportamentos na população estudada.Item Food insecurity and symptoms of anxiety and depression disorder during the COVID- 19 pandemic : COVID-Inconfidentes, a population-based survey.(2022) Sabião, Thaís da Silva; Mendonça, Raquel de Deus; Meireles, Adriana Lúcia; Coelho, George Luiz Lins Machado; Carraro, Júlia Cristina CardosoThis study aimed to investigate the association between adult food insecurity (FI) and symptoms of generalized anxiety disorder (GAD) and major depressive disorder (MDD) in two Brazilian cities during the coronavirus disease (COVID-19) pandemic. This study used data derived from a cross-sectional survey of 1693 adults. Interviews were conducted using an electronic questionnaire. The FI was measured using the Brazilian Food Insecurity Scale. The Generalized Anxiety Disorder-7 was used to measure the symptoms of GAD. The Patient Health Questionnaire-9 was used for MDD symptoms. The association between FI, GAD, and MDD symptoms was investigated using a Poisson regression model with robust variance to estimate the prevalence ratio and 95% confidence interval (95% CI). In regression models, a linear association between FI levels and outcomes was observed, with severe food insecurity having a 3.56 higher prevalence of GAD symptoms (95% CI: 2.23, 5.68) and a 3.03 higher prevalence of MDD (95% CI: 1.55, 5.90). In the stratified analyses, worse results were observed for females and males, individuals with non-white race/skin color, those without children, and those with lower monthly family income. In conclusion, the FI was associated with symptoms of GAD and MDD, and the sociodemographic characteristics interfered in this association. Therefore, we recommend the improvement of public health and social protection policies for food-insecure people.Item Higher fruit intake is related to TNF-α hypomethylation and better glucose tolerance in healthy subjects.(2016) Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Mansego, Maria Luisa; Zulet, Maria Angeles; Milagro, Fermín Ignacio; Bressan, Josefina; Martínez, J. AlfredoBackground/Aim: This study hypothesized an association between healthy dietary patterns, hypermethylation of the tumor necrosis factor-α (TNF-α) promoter and decreased risk of metabolic changes. Methods: Forty normal-weight young women were involved in this crosssectional study. DNA was isolated from white blood cells, and CpG site methylation in TNF-α was analyzed by Sequenom EpiTyper. The quality of the diet was assessed by Healthy Eating Index (HEI-2005). Results: Contradicting our hypothesis, HEI-2005 score was negatively associated with CpG5 (r = –0.460, p = 0.003) and TNF-α total methylation (r = –0.355, p = 0.026). A higher intake of fruits was related to lower insulin, HOMA-IR, and TNF-α methylation. No other dietary pattern was related to TNF-α methylation. TNF-α total methylation correlated positively with systolic blood pressure (r = 0.323; p = 0.042) and CpG5 methylation with body mass index (r = 0.333, p = 0.036). Furthermore, fiber intake was negatively associated with the CpG5 (r = –0.324, p = 0.041) and TNF-α total methylation (r = –0.434, p = 0.005), whereas vitamin C intake was negatively associated with TNF-α total methylation (r = –0.411, p = 0.009). Intakes of apples and citrus fruits were negatively associated with TNF-α total methylation. Conclusion: A healthy dietary pattern and higher fruit intake (particularly apples and citrus fruits) were related to better glucose tolerance in healthy subjects, which could be mediated by lower TNF-α methylation.Item Higher waist circumference is related to lower plasma polyunsaturated fatty acids in healthy participants : metabolic implications.(2019) Chaves, Larissa Oliveira; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Vidigal, Fernanda de Carvalho; Bressan, JosefinaObjective: We evaluated whether the relationship between waist circumference (WC) and cardiometabolic risk is related to usual diet and plasma fatty acid composition. Methods: This cross-sectional study included 226 health professionals from 20 to 59 years old. Anthropometric features, oxidative stress, inflammatory markers, and plasma fatty acid profile were assessed. Dietary intake was evaluated with a semi-quantitative food frequency questionnaire, the quality of dietary habits by Healthy Eating Index, and insulin resistance by homeostasis model assessment–insulin resistance and triglyceride-glucose index. Results: Higher WC was associated with lower concentrations of high-density lipoprotein cholesterol (p = 0.000) and adiponectin (p = 0.000) and higher uric acid levels (p = 0.011). Plasma polyunsaturated fatty acid (PUFA) levels were negatively associated with weight (p = 0.046), systolic blood pressure (p = 0.035), fasting glucose (p = 0.000), triglyceride-glucose index (p = 0.023), and IL-1β (p = 0.037). Individuals with elevated WC consumed more calories (p = 0.002), niacin (p = 0.002), and pyridoxine (p = 0.017), but less calcium (p = 0.001), phosphorus (p = 0.016), and vitamin B2 (p = 0.011). In addition, individuals with higher WC denoted lower PUFA concentrations (p = 0.036). Conclusion: The results suggest that participants with higher WC have lower plasma PUFA concentrations and higher levels of saturated fatty acids. This could be related to metabolic and inflammatory changes that could trigger increased risk of metabolic syndrome and cardiovascular disease.Item Indicadores antropométricos, de composição corporal e de resistência à insulina como preditores da síndrome metabólica em adolescentes púberes.(2020) Jesus, Tiago Lucas Reis de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Freitas, Renata Nascimento de; Carmo, Ariene Silva do; Meireles, Adriana Lúcia; Carraro, Júlia Cristina CardosoA Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de fatores de risco cardiovasculares que aumenta as chances de ocorrências de doenças cardiovasculares (DCV) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), relacionada à deposição de gordura na região central e à resistência à insulina. A crescente prevalência de fatores de risco cardiovasculares entre os adolescentes como dislipidemias, hipertensão e DM2 tem impactos na vida adulta, decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis associadas ao sobrepeso e à obesidade, bem como no aumento do custo em saúde, que poderiam ser reduzidos com intervenções precoces. Ressalta-se a importância da identificação de marcadores simples e práticos que possam ser utilizados em ambientes de saúde na triagem da SM. Diante disso, o objetivo deste trabalho é avaliar a utilização de indicadores antropométricos e de composição corporal, e marcadores indiretos de resistência à insulina - Homeostatic Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR) e índice de triglicerídeos e glicose (TyG), no diagnóstico de SM em adolescentes púberes. Para tal foram utilizados dados derivados de um estudo epidemiológico, transversal de base populacional, realizado com 481 adolescentes púberes de ambos os sexos (11 a 15 anos), de escolas públicas e particulares do município de Alegre (Espírito Santo) nos anos de 2010 e 2011. Para fins de análise, foi utilizada a definição de SM proposta pela International Diabetes Federation (IDF) (2007) e a definição harmonizada do National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III)/IDF (2009), modificada para idade. Com o intuito de selecionar e avaliar os pontos de corte dos indicadores estudados na identificação da SM, foram construídas curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). Após obtenção dos pontos de corte na curva ROC para os indicadores antropométricos, estes foram comparados a outros pontos de corte descritos na literatura quanto à acurácia diagnóstica. Esses também foram dicotomizados e combinados em série, sendo em seguida construída curvas ROC para avaliar a capacidade preditiva das combinações. A amostra foi composta de 52,9% de adolescentes do sexo feminino. Foi observada prevalência de SM de 2,1% de acordo com os critérios propostos pela IDF (2007) e de 4% segundo a definição harmonizada da NCEP-ATP III/IDF (2009). Utilizando os critérios da IDF e NCEP/IDF ajustados para idade, os pontos de corte do HOMAIR e TyG (amostra total) foram respectivamente >1,98, >8,23, >2,10 e >8,21, sendo que o TyG apresentou capacidade preditiva para SM ligeiramente melhor. Já os pontos de corte para os indicadores antropométricos, utilizando os critérios da IDF e NCEP/IDF, foram: percentual de gordura corporal (%GC): > 29,10% e >24,10; Índice de conicidade (IC): >1,16 e >1,13; Perímetro do Pescoço (PP): >33,80 e >33,00; Razão Cintura Estatura (RCE): >0,51 e >0,46, respectivamente, sendo o RCE o indicador de melhor acurácia na maioria das análises. As combinações em série entre os indicadores antropométricos apresentaram muito boa ou excelente capacidade preditiva para a síndrome, na amostra total e estratificada por sexo, com destaque para a combinação da RCE e %GC ou RCE e PP. Concluiu-se, após a análise, que os índices bioquímicos e antropométricos testados demonstraram ser bons preditores de SM em adolescentes púberes, com destaque para o TyG, entre os marcadores de resistência à insulina, e para a RCE, entre os antropométricos, que, além de acurados, são de fácil execução em ambiente ambulatorial.Item Índice de alimentação saudável de crianças e adolescentes em um município do Vale do Jequitinhonha - MG.(2019) Castro, Marina Rodrigues Reis de; Silva, Camilo Adalton Mariano da; Bonomo, Élido; Bonomo, Élido; Silva, Camilo Adalton Mariano da; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Teixeira, Romero AlvesIntrodução: A identificação do padrão de consumo alimentar de crianças e adolescentes, através do IAS, e quais fatores estão associados, constitui importante papel no direcionamento de políticas e programas que reduzam a situação de vulnerabilidade nutricional, e reflete a adesão às recomendações propostas pelos guias nutricionais. Objetivo: Avaliar a qualidade global da dieta de escolares e verificar as associações a fatores individuais, clínicos e familiares. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com 563 crianças e adolescentes (72 e 168 meses), no qual se avaliou a qualidade global da dieta utilizando o IAS, em associação a características individuais, atividade física, morbidades, perfil antropométrico e características sócio-demográficas. Foi realizada análise descritiva com as respectivas freqüências. Realizou-se análise univariada, avaliando a força de associação entre a pontuação final do índice e as variáveis individuais, clínicas e familiares, pela RP bruta, o teste qui-quiadrado de Wald, com IC de 95%. Realizou-se análise multivariada para cada grupo de variáveis através da Regressão de Poisson. Resultados: A pontuação média do IAS foi de 60,9 pontos (±10,56 DP), os componentes dietéticos “Fruta total”, “Vegetal total”, “Cereal integral” e “Leite e derivados” obtiveram maior frequência de pontuação mínima, e o componente “Óleo” obteve maior frequência de pontuação máxima, 89,7%. Associou-se positivamente às menores pontuações do IAS o sexo masculino, a baixa estatura para idade, a falta de escolaridade do entrevistado, possuir renda familiar per capita abaixo da linha da pobreza, pertencer às classes A-C, e residir em ambiente rural. Conclusão: A vulnerabilidade da população infantojuvenil foi evidenciada pelo fato de nenhuma criança/adolescente alcançar a pontuação máxima no IAS.Item Influence of dietary total antioxidant capacity on the association between smoking and hypertension in Brazilian graduates.(2021) Sabião, Thaís da Silva; Bressan, Josefina; Pimenta, Adriano Marçal; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Oliveira, Fernando Luiz Pereira de; Mendonça, Raquel de Deus; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Aguiar, Aline Silva deBackground and aims: Hypertension (HTN) is a chronic non-communicable disease influenced by non-modifiable risk factors, such as sex and age, as well as modifiable risk factors such as lifestyle, including diet and smoking. Moreover, diet quality among smokers is worse than that of non-smokers, mainly in terms of antioxidant content. Thus, the current study aimed to investigate whether dietary total antioxidant capacity (dTAC) influences the association be- tween smoking and HTN. Methods and results: This cross-sectional study included 4303 graduates (69.35% women) from the Cohort of Minas Gerais Universities (CUME) project. An online food frequency questionnaire was administered to participants, and dTAC was estimated using the ferric reducing antioxidant power method. In the questionnaires, individuals reported smoking status, systolic and diastolic blood pressure values, previous HTN diagnosis, and use of antihypertensive drugs. Logistic regression models were used to estimate the odds ratio and 95% confidence interval between smoking and HTN, stratified by the median dTAC. Current and former smokers had higher dTAC values despite their lower fruit intake. Moreover, coffee was the main contributor to dTAC among them. Smoking was associated with a higher likelihood of HTN, mainly among individuals with a higher dTAC. However, after exclusion of coffee antioxidant capacity, there was an association be- tween only smoking and HTN in individuals with lower dTAC. Conclusions: The controversial association between higher dTAC and HTN can result from high coffee intake. Higher dTAC without coffee intake may mitigate the association between smoking and HTN in this population.Item A influência de cenas de interação social sobre a eletromiografia facial e sobre os estados emocionais e sua relação com os traços individuais.(2019) Mota, Bruna Eugênia Ferreira; Souza, Gabriela Guerra Leal de; Campagnoli, Rafaela Ramos; Silva, Luís Aureliano Imbiriba; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Campagnoli, Rafaela RamosEstímulos de interação social são agradáveis, podendo favorecer a expressão de emoções positivas em quem os observa. Sabe-se que a agradabilidade e a ativação emocional evocadas por estímulos sociais podem modular as respostas emocionais dos indivíduos. Além disso, o estado emocional e os traços individuais podem influenciar o engajamento em interações sociais. Nesse estudo, utilizamos estímulos visuais de interação social pareados em valência (agradabilidade) e ativação emocional com a condição controle (cenas sem interação social), com o objetivo de comparar a reatividade de músculos faciais e os estados emocionais durante a visualização dessas cenas e verificar se há influência de traços individuais. Participaram do estudo 80 estudantes saudáveis (47 mulheres e 33 homens, M = 23,24 anos, DP = 3,03) da Universidade Federal de Ouro Preto. Os participantes leram um texto sobre interação ou isolamento social em uma tela de computador antes de, respectivamente, verem 14 fotos com interação (Bloco Interação) ou 14 fotos sem interação social (Bloco Controle). A ordem de apresentação dos blocos foi aleatorizada entre os participantes. Foram registradas as atividades eletromiográficas dos músculos Corrugador do Supercílio (CS), relacionado ao franzir da testa, e Zigomático Maior (ZM), relacionado ao sorriso. Os participantes preencheram escalas de estados emocionais (Estado Afiliativo e Comportamento Altruísta) no início do experimento (coleta basal) e após a exibição de cada bloco de fotos. Além disso, preencheram escalas de traço individual: empatia (Contágio Emocional e Índice de Reatividade Interpessoal - IRI) e frequência de toque social habitual (Grooming Mútuo). Os resultados indicaram maior atividade eletromiográfica do ZM durante o Bloco Interação (Mediana = 0,076 µV) do que durante o Bloco Controle (Mediana = 0,011 µV; p = 0,01). Não houve diferença ao se comparar a atividade do CS durante a exibição dos blocos Interação (Mediana = -0,06 µV) e Controle (Mediana = -0,03 µV; p = 0,07). Houve correlação positiva entre a amplitude do ZM durante o Bloco Interação e as escalas de Contágio Emocional (rho = 0,30; p = 0,01); as subescalas do IRI Consideração Empática (rho = 0,30; p = 0,01) e Nível Global de Empatia (rho = 0,32; p = 0,006); e Grooming Mútuo: Fazer Grooming (rho = 0,34; p = 0,005), Receber Grooming (rho = 0,38; p = 0,001) e Grooming Total (rho = 0,38; p = 0,001). Para o músculo CS, houve uma correlação negativa entre a subescala IRI Consideração Empática e a amplitude do CS durante a visualização do bloco Controle (rho = -0,25; p = 0,04). Para os estados emocionais, encontrou-se maior Expectativa de Aproximação e Altruísmo total após a visualização do Bloco Interação, quando comparados ao basal e ao Bloco Controle (p = 0,02; p = 0,006, respectivamente para Expectativa de Aproximação, e p = 0,006; p = 0,03 respectivamente, para Altruísmo Total). Levando-se em conta que os estímulos de interação social e os estímulos controle estão pareados para valência e ativação emocional, concluímos que a interação social causou aumento da expressão de sorriso, do estado motivacional de se aproximar dos outros e do comportamento altruísta global. Além disso, a maior expressão do sorriso se relacionou à maior frequência habitual de toque social e ao maior nível de empatia.Item Ingestão de polifenóis totais e suas classes : linha de base da coorte de universidades mineiras (Projeto CUME).(2020) Diniz, Amanda Popolino; Meireles, Adriana Lúcia; Mendonça, Raquel de Deus; Meireles, Adriana Lúcia; Mendonça, Raquel de Deus; Miranda, Aline Elizabeth da Silva; Carraro, Júlia Cristina CardosoIntrodução: Mudanças globais nos padrões alimentares resultaram alterações nos cenários de adoecimento. Essas modificações refletiram no consumo alimentar brasileiro, acarretando diminuição do consumo de alimentos in natura que são fonte de polifenóis. Eles são compostos bioativos e segundo evidências científicas a sua ingestão está associada à proteção contra doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Estimar a ingestão de polifenóis totais e suas classes da alimentação (flavonoides, ácidos fenólicos, lignanas e estibenos) e sua relação com características sociodemográficas, antropométricas e de hábitos de vida de egressos de Instituições Federais de Ensino Superior de Minas Gerais, participantes do projeto CUME. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com dados de 4.130 graduados ou pós-graduados entre os anos de 1994 a 2017 das IFES avaliadas. Os dados foram coletados por questionário online autopreenchido e constaram das variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, consumo alimentar e dados antropométricos. A ingestão de polifenóis foi avaliada por meio de questionário de frequência alimentar (QFA) com 144 itens e os teores de polifenóis de cada alimento foram obtidos através da base de dados Phenol-Explorer. Foram realizadas análises estatísticas da ingestão de polifenóis totais e suas classes segundo as características sociodemográficas, antropométricas e de hábitos de vida. Além da avaliação do percentual de contribuição dos alimentos para a ingestão de polifenol total e classes. Resultados: A população do estudo apresentou mediana de ingestão, ajustado por consumo calórico, de polifenóis total de 753,41 mg/dia, 552,30mg/d de ácidos fenólicos, 154,70mg/d de flavonoides, 16,34mg/dia de lignanas e 0,32mg/d de estilbenos. Os alimentos que mais contribuíram para a ingestão de polifenóis totais e ácidos fenólicos foram café seguido das oleaginosas. Para os flavonoides foram as frutas leguminosas; estilbenos foi o vinho tinto e para as lignanas foram as frutas e tomate. A mediana de ingestão dos polifenóis totais foi diferente estatisticamente entre o estado civil, idade, escolaridade, área de formação profissional, situação profissional, renda, consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal, atividade física e realização de dieta (p<0,05). A mediana de ingestão dos ácidos fenólicos apresentou relação estatisticamente signifícativa para estado civil, idade, escolaridade, área de formação profissional, situação profissional, atividade física, consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, índice de massa corporal e realização da dieta (p<0,05). Conclusão: O consumo de polifenóis é baixo na população estudada e diferenças estatisticamente significativas entre as medianas de ingestão de polifenóis e classes foram observadas de acordo com as características sociodemográficas, antropométrica e hábitos de vida. A avaliação da ingestão de polifenol total e classe segundo características da população pode ser útil para estudos futuros, principalmente para a definição de recomendação diária de ingestão.Item Interleukin-6 is a better metabolic biomarker than interleukin-18 in young healthy adults.(2015) Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Puchau, Blanca; Zulet, Maria Angeles; Milagro, Fermín Ignacio; Martínez, J. Alfredo