Browsing by Author "Matos, Daniel Abud Seabra"
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Item An analysis of the factorial structure of the teacher communication behavior questionnaire with Brazilian high school science students.(2014) Matos, Daniel Abud Seabra; Leite, Walter Lana; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Cirino, Sérgio DiasO Teacher Communication Behavior Questionnaire (TCBQ) tem sido usado em níveis de ensino diferentes, em muitos países, com o objetivo de mensurar a percepção dos alunos do comportamento comunicativo do professor de ciências. O TCBQ foi traduzido para o Português de acordo com os padrões de adaptação de testes da ITC. Evidência de validade para a versão brasileira do TCBQ foi obtida com uma amostra de 414 estudantes do ensino médio. A consistência interna do TCBQ foi adequada e um ajuste adequado do modelo fatorial original foi encontrado por meio de análise fatorial confirmatória. Os dados brasileiros apresentaram correlações entre fatores similares, no valor e na direção, às de pesquisas internacionais. Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre tipo de escola e matéria consistentes com pesquisas anteriores.Item Análise dos itens de ciências da natureza/biologia do Enem por meio da taxonomia SOLO.(2021) Castro, Leandro Cirilo Monteiro de; Matos, Daniel Abud Seabra; Matos, Daniel Abud Seabra; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Motta, Carlos Eduardo MathiasO objetivo geral da pesquisa foi analisar os itens de Ciências da Natureza/Biologia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio dos níveis de complexidade cognitiva da Taxonomia SOLO. Os objetivos específicos foram: 1) classificar os itens de acordo com a sua complexidade cognitiva, estabelecendo uma série histórica para os anos de 2012 a 2018; 2) associar os itens Ciências da Natureza/Biologia às suas respectivas habilidades e competências da Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 3) identificar e classificar os objetos de conhecimento presentes nos itens da amostra, de acordo com a Matriz de Referência de Ciências da Natureza. Usamos como referencial teórico a Taxonomia SOLO, uma taxonomia cognitiva com cinco níveis que crescem em complexidade: 1) pré-estrutural; 2) uniestrutural; 3) multiestrutural; 4) relacional e 5) abstrato estendido. Os níveis uniestrutural e multiestrutural se agrupam na aprendizagem superficial. A aprendizagem profunda é representada pelos níveis relacional e abstrato estendido. Já o nível pré-estrutural não representa construção de aprendizagem. Também realizamos uma revisão da literatura, na qual pesquisamos trabalhos que analisaram a complexidade cognitiva de itens do Enem na área de Ciências da Natureza. Analisamos um total de 105 itens de Ciências da Natureza/Biologia do Enem, nos anos de 2012 a 2018. Selecionamos os itens mais diretamente relacionados com a disciplina de Biologia (15 por ano). Utilizamos tanto métodos qualitativos (análise de conteúdo para classificação dos itens nos níveis de complexidade da Taxonomia SOLO) quanto quantitativos (concordância entre juízes, através dos coeficientes Kappa de Cohen e Alfa de Krippendorff, para analisar as classificações de duas pesquisadoras independentes). Dentre os principais resultados, destacamos: a) a revisão da literatura aponta, em larga medida, que os itens do Enem apresentam, em sua maioria, baixa complexidade cognitiva. A Taxonomia SOLO ainda é pouco conhecida no Brasil, sendo que os trabalhos encontrados usaram a Taxonomia Revisada de Bloom; b) a maioria dos itens analisados é do nível uniestrutural (81,9%), o menos complexo possível. O restante ficou entre os níveis multiestrutural (11,4%) e relacional (6,7%). O nível abstrato estendido não foi identificado em nenhum dos itens. Consequentemente, a maior parte dos itens foi classificada como aprendizagem superficial (93,3%), com 6,7% de itens de aprendizagem profunda. Esse não é um cenário desejado de avaliação de estudantes que estão concluindo o ensino médio. Assim, o Enem e a forma de elaboração dos seus itens talvez precisem ser repensados, incorporando a análise da demanda cognitiva dos itens. Essa é a principal contribuição da nossa pesquisa. Mol (2019) encontrou resultados semelhantes aos nossos com dados do Saeb de Matemática, outra avaliação de larga escala. A revisão da literatura encontrada, embora pequena, tende a corroborar nossos resultados. De qualquer forma, são necessários mais estudos sobre a complexidade cognitiva dos itens do Enem; c) quanto aos objetos de conhecimento, alguns aparecem com maior frequência em detrimento de outros. Destaque para o objeto "ecologia e ciências ambientais" (32%). No outro extremo, "origem e evolução da vida" apareceu em apenas 3% dos itens; d) com relação às habilidades e competências da Matriz de Referência de Ciências da Natureza, identificamos 21 das 30 habilidades que a compõem. A distribuição das habilidades nos itens foi diversificada, algumas com maior incidência do que as outras. Destacamos as habilidades que apareceram 8, 9 e até 10 vezes entre os itens (H13, H14, H15, H28 e H29) e as habilidades H17, H19 e H23 que estiveram em apenas um item. As competências de área 3, 4 e 8 têm presença maior entre os itens e a competência de área 2 não foi encontrada em nenhum item. Por fim, sugerimos estudos complementares sobre os objetos de conhecimento da Matriz de Referência do Enem e o uso da Taxonomia SOLO para a classificação de itens de outras disciplinas avaliadas no Enem para possíveis comparações sobre os níveis de complexidade cognitiva.Item Uma análise sobre a taxonomia solo : aplicações na avaliação educacional.(2019) Mol, Solange Maria; Matos, Daniel Abud SeabraOs objetivos desta pesquisa são apresentar a Taxonomia SOLO como instrumento metodológico na avaliação educacional e realizar uma revisão da literatura sobre o uso dessa na avaliação educacional no Brasil. A SOLO é uma taxonomia cognitiva composta por cinco níveis que crescem em complexidade: 1) pré-estrutural; 2) uniestrutural; 3) multiestrutural; 4) relacional; e 5) abstrato estendido. Esses níveis são subdivididos em duas categorias de aprendizagem: superficial e profunda. A SOLO apresenta muitas aplicações: avaliação de sala de aula, avaliação externa, formação de professores, elaboração de questões, entre outras. O número reduzido de pesquisas encontradas confirma o pouco uso dessa taxonomia no cenário brasileiro. Assim a contribuição do nosso trabalho é apresentar a SOLO e seus usos.Item Aprovação e indicadores educacionais : uma análise contextual das escolas públicas de ensino fundamental de Mariana.(2022) Silva, Karina Aparecida da; Matos, Daniel Abud Seabra; Alves, Maria Teresa Gonzaga; Matos, Daniel Abud Seabra; Alves, Maria Teresa Gonzaga; Delgado, Victor Maia Senna; Xavier, Flávia PereiraO direito à educação de qualidade é um valor garantido a todos os brasileiros pela Constituição Federal de 1988, mas que permanece como um desafio, haja vista as metas e estratégias do atual Plano Nacional de Educação vigente entre 2014 e 2024. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as taxas de rendimento educacional das escolas públicas de ensino fundamental de Mariana, por meio de quatro indicadores contextuais: (1) adequação da formação docente, (2) índice de regularidade docente, (3) índice de complexidade de gestão e (4) índice de nível socioeconômico das escolas. Os objetivos específicos são: (i) comparar a evolução das taxas de rendimento escolar, estabelecendo uma série histórica para os anos de 2015 a 2019; e (ii) analisar a associação entre as taxas de rendimento escolar e os indicadores contextuais. O período foi escolhido devido ao rompimento da barragem de Fundão do final do ano de 2015 e a pesquisa explorou a possível associação entre as taxas de rendimento escolar com esse desastre. Os indicadores educacionais analisados foram calculados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas. Para analisar a associação entre as taxas de aprovação e os outros indicadores contextuais usamos correlação. O total de instituições analisadas em Mariana foram: em 2015 e 2016, 29 escolas e no período de 2017 a 2019, 28 escolas. Dentre os principais resultados, destacamos: a) não encontramos correlações significativas, na maior parte dos anos, quando relacionamos as taxas de aprovação com os outros indicadores (índice de regularidade docente, adequação da formação docente e nível socioeconômico). Entretanto, por meio dos resultados de cada indicador, é perceptível que aqueles referentes ao trabalho docente necessitam de políticas mais eficazes, pois a rotatividade docente é alta e muitos professores não têm formação adequada à disciplina que lecionam, em grande parte das escolas. O resultado do nível socioeconômico não está de acordo com a literatura, mas parece ter sido influenciado por questões como dados ausentes para muitas escolas; b) as maiores taxas de aprovação concentram-se nos anos iniciais das escolas urbanas, nos níveis 1 e 2 de complexidade de gestão (em uma escala de 1 a 6). A maior dispersão dos dados pode ser observada nas escolas urbanas e rurais de nível de complexidade de gestão 3; c) a variação das taxas de rendimento escolar demonstrou o menor índice de aprovação e, consequentemente, maior reprovação no ano de 2016, o que pode demonstrar uma possível associação com o desastre do rompimento da barragem. Os anos finais foram os mais afetados na área rural. Aqui merece destaque a EM Paracatu de Baixo, que era localizada em uma das áreas mais afetadas pelo desastre. Em síntese, ficou clara a importância da associação dos indicadores, por permitirem indicações como: a necessidade de dar atenção aos índices de reprovação das escolas da cidade, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e às escolas que tem complexidade de gestão a partir do nível 3. Este trabalho pode ser apropriado por pesquisadores, profissionais da educação e os resultados podem contribuir para a elaboração de políticas públicas direcionadas aos problemas reais das instituições, principalmente quando a localidade observada foi atingida ou enfrenta um desastre. Pesquisas futuras podem fazer análises mais aprofundadas, por exemplo, adotando métodos que permitam estabelecer um nexo causal entre o desastre ocorrido na cidade e as taxas de rendimento escolar.Item Aspectos ideológicos e relações de poder na sala de aula : a percepção de alunos do Ensino Médio.(2012) Matos, Daniel Abud Seabra; Kaitel, Alexandre Frank Silva; Cirino, Sérgio Dias; Nascimento, Silvania Sousa do; Munford, DanusaO objetivo deste trabalho é apresentar uma análise do discurso realizada a partir de entrevistas com alunos de instituições de ensino de Belo Horizonte, enfocando aspectos ideológicos e relações de poder presentes na sala de aula. Seu referencial teórico consiste nas contribuições de Fairclough oriundas do campo da Análise Crítica do Discurso. Dez alunos da primeira série do Ensino Médio de escolas públicas e privadas foram entrevistados (quatro meninos e seis meninas). Após a transcrição, foram selecionados excertos que abordavam relações de poder na sala de aula. Identificamos tendências predominantes no discurso dos alunos, elaborando as seguintes categorias: (a) papel do professor, (b) avaliação, (c) padrões de interação discursiva, (d) individualismo. Ficou evidenciada uma ambivalência no discurso dos alunos sobre as relações de poder na sala de aula. A constituição intertextual do discurso dos alunos aponta tanto para um discurso de democratização do ensino e relações de poder igualitárias, quanto para um discurso de relações de poder assimétricas.Item Avaliação e monitoramento da qualidade da educação infantil em planos municipais de capitais brasileiras.(2020) Faustino, Viviane Aparecida Salvador; Matos, Daniel Abud Seabra; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Matos, Daniel Abud Seabra; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Jorge, Liliane dos Santos; Sousa, Sandra Maria Zakia LianO objetivo dessa pesquisa foi identificar e analisar nos Planos Municipais de Educação de capitais brasileiras elementos que indiquem a qualidade expressa para a Educação Infantil. Buscou-se situar o delineamento da qualidade para a Educação Infantil e as questões que permeiam a melhoria desta qualidade. Os referenciais teóricos utilizados foram pautados em uma visão da avaliação da Educação Infantil focada nos insumos e processos. Nesse sentido, usamos sete dimensões de análise: 1) Gestão dos sistemas e redes de ensino; 2) Gestão das instituições de Educação Infantil; 3) Financiamento; 4) Formação, carreira e remuneração dos professores e demais profissionais da Educação Infantil; 5) Interação entre a instituição e a rede de proteção à criança; 6) Espaços, materiais e mobiliários; 7) Infraestrutura. Cada uma dessas dimensões tem um ou mais indicadores. No total, esta pesquisa desenvolveu 13 indicadores de qualidade da Educação Infantil. Foram analisadas as metas e estratégias dos Planos Municipais de Educação (PME) de seis capitais brasileiras. Duas capitais da região sudeste (Belo Horizonte e São Paulo) e quatro da região nordeste (Fortaleza, Recife, Salvador e Teresina). Utiliza-se uma abordagem qualitativa: análise documental para aprofundar o tema e análise de conteúdo para a classificação das estratégias de acordo com cada dimensão e indicador. Dentre os principais resultados, destacam-se: a) elementos de monitoramento da qualidade da Educação Infantil aparecem em outras metas, além da meta específica dessa etapa da educação básica; b) os indicadores que apresentam maior frequência de estratégias nos PMEs das seis capitais foram: 4.2 Formação continuada dos professores e demais profissionais (103); 1.1 Acesso e atendimento (74); 6.1 Organização do espaço e recursos materiais (45). Por outro lado, o indicador de menor frequência nos PMEs foi: 2.4 Promoção da saúde, alimentação e limpeza (9); c) existiram muitos pontos convergentes nos PMEs dos municípios, mas também diferenças. Algumas estratégias são prioridades em determinados municípios, algumas aparecem em apenas um município, outras procuram se voltar mais para um contexto específico; d) Belo Horizonte (94) e Fortaleza (93) foram as capitais com mais estratégias nos PMEs. Já São Paulo apresentou a menor frequência (69). No entanto, todas as capitais contemplaram elementos que indicam a qualidade expressa para a Educação Infantil, mesmo que com frequências distintas. Mediante os resultados da pesquisa, reforça-se a importância do PME, enquanto instrumento de política pública. Contudo, são necessários monitoramento e avaliação constantes para verificar o que não está funcionando e encontrar possíveis soluções. Essa seria uma forma de manter o PME ativo. Pesquisas futuras são necessárias para ampliar o escopo do estudo, a fim de compreender mais sobre a avaliação e o monitoramento da qualidade da Educação Infantil em PMEs. Em um momento em que a qualidade tem sido tão debatida no cenário educacional, a inclusão da Educação Infantil nestes debates é mais um passo conquistado rumo ao cumprimento dos direitos das crianças.Item Avaliação no ensino superior : concepções múltiplas de estudantes brasileiros.(2013) Matos, Daniel Abud Seabra; Cirino, Sérgio Dias; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Leite, Walter LanaOs objetivos dessa pesquisa foram: 1) analisar as concepções de avaliação dos alunos do ensino superior; 2) adaptar e validar o questionário Students’ Conceptions of Assessment (SCoA); 3) investigar as definições de avaliação dos alunos; 4) analisar como as concepções de avaliação predizem as definições de avaliação dos alunos; 5) analisar diferenças nas concepções de avaliação dos alunos pertencentes a uma Instituição de Ensino Superior pública e a uma privada. Utilizamos a teoria da aprendizagem autorregulada e métodos quantitativos e qualitativos.Item A avaliação sob o ponto de vista dos estudantes : o uso de desenhos para a análise de concepções de avaliação.(2015) Landim, Mariana Vaz; Matos, Daniel Abud Seabra; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Nunes, Célia Maria Fernandes; Gomes, Cristiano Mauro AssisOs objetivos deste trabalho foram : (1) analisar as concepções de avaliação de alunos do Ensino Superior; (2) realizar uma revisão da literatura sobre as concepções de avaliação dos alunos, classificando pelo número de concepções identificadas nos estudos; (3) investigar as concepções de avaliação de alunos por meio de desenhos; (4) relacionar os resultados dos desenhos com os resultados do questionário Students’ Conceptions of Assessment - Version VI (SCoA-VI), adaptado por Matos (2010). Quanto à revisão da literatura, encontramos quatro grandes grupos de concepções de avaliação de estudantes: 1) melhora; 2) impacto emocionalmente positivo; 3) irrelevância; 4) responsabilização (BROWN, 2008). Analisamos um total de dez trabalhos, onde a frequência das concepções foi: melhora (8), irrelevância (7), responsabilização (6) e impacto emocionalmente positivo (0). Com relação ao estudo empírico, estudantes de dezesseis cursos de graduação (N = 102; 47 homens e 55 mulheres; idade M = 28,9 anos; DP = 7,99) de duas IES de Minas Gerais participaram da pesquisa: uma universidade federal (N = 26) e um centro universitário privado (N = 76). Classificamos os desenhos em nove categorias: emoções negativas, monitoramento, competição, caráter processual, emoções positivas, correção, imprecisão, opressão e definição de avaliação. Para verificar a confiabilidade das classificações feitas por dois pesquisadores independentes, calculamos o coeficiente kappa de Cohen, que foi excelente em todas as categorias. A maioria dos estudantes elaborou desenhos relativamente simples, com uma ou duas categorias dominantes (representação mental pouco complexa sobre a avaliação). As categorias mais frequentes foram emoções negativas (47) e imprecisão (28), indicando uma representação da avaliação nos desenhos predominantemente como uma prática imprecisa que gera emoções negativas. Quanto à associação entre os questionários e os desenhos (entre as quatro concepções de avaliação e as nove categorias), realizamos uma análise correlacional. Dentre os resultados, estão alguns exemplos de correlações estatisticamente significantes (considerando a amostra total): categoria caráter processual e concepção de melhora (r = 0,425); categoria caráter processual e concepção de responsabilização (r = 0,436); categoria imprecisão e concepção de melhora (r = -0,358). Recomendamos um maior uso de desenhos na área educacional, tanto por pesquisadores quanto por professores e diretores que desejem conhecer melhor seus alunos.Item Bifactor invariance analysis of student conceptions of assessment inventory.(2019) Matos, Daniel Abud Seabra; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Gomes, Cristiano Mauro AssisStudent conceptions of the purposes of assessment are an important aspect of self-regulated learning. This study advances our understanding of the Student Conceptions of Assessment Inventory (SCoA) by examining the generalizability of the factorial structure of the SCoA using bifactor analysis and conducting cross-cultural invariance testing between Brazil and New Zealand. Eight different models were specified and evaluated, with the best model being adopted for invariance testing. This research adds to our understanding of the cross-cultural properties of the SCoA because the introduction of the bifactor model resulted in metric equivalence between countries, which had previously had only partial metric equivalence. Future studies should attempt to create more items around several SCoA constructs.Item Caminhos de estudantes participantes da Política de Ação Afirmativa : oportunidades e desafios no ensino superior.(2017) Pena, Mariza Aparecida Costa; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Matos, Daniel Abud Seabra; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Matos, Daniel Abud Seabra; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Viana, Maria José BragaNos últimos 20 anos, a presença de indivíduos pertencentes às camadas populares no Ensino Superior tem se intensificado graças a pressões da sociedade civil, que clama por igualdade de oportunidades, e a ações governamentais e institucionais que visam à expansão do acesso e da permanência desses indivíduos na educação superior. Diante dessa nova realidade, essa dissertação teve como objetivo principal investigar o percurso universitário de estudantes admitidos em cursos de graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), participantes da política de ação afirmativa. Para a construção da pesquisa, partiu-se de um referencial teórico que abarcasse a expansão e a democratização do Ensino Superior, e principalmente que, no campo da Sociologia da Educação, tratasse das condições de acesso, permanência e experiências de estudantes de camadas populares no Ensino Superior. A combinação de recursos metodológicos quantitativos e qualitativos permitiu constituir o perfil dos estudantes ingressantes na graduação por meio da política de ação afirmativa a partir da Lei nº 12.711, conhecer os fatores, disposições e ações que impulsionam esses estudantes dos meios populares a uma escolarização longeva e desvelar os caminhos percorridos no ambiente universitário, suas oportunidades e desafios, delineados pelas condições de ingresso e de permanência no Ensino Superior. Os resultados demonstram que os estudantes cotistas dos cursos analisados na UFOP apresentam um desempenho menor na pontuação do ENEM e uma certa dificuldade nos primeiros períodos do curso. Mas, apesar dos empecilhos, principalmente de ordem material, logo se tornam estudantes universitários filiados, com desempenho e participação em atividades acadêmicas extracurriculares semelhantes aos demais estudantes da instituição.Item Clima disciplinar e práticas pedagógicas dos docentes : construção de dois instrumentos de pesquisa.(2021) Alves, Ranna; Silva, Luciano Campos da; Matos, Daniel Abud Seabra; Silva, Luciano Campos da; Nogueira, Marlice de Oliveira e; Moriconi, Gabriela MirandaEssa pesquisa teve como objetivo a construção de dois instrumentos de pesquisa de caráter quantitativo para a realização de diagnósticos do clima disciplinar em salas de aula de escolas públicas e privadas, bem como de características e práticas pedagógicas dos docentes associadas à prevenção da indisciplina e melhoria do ambiente de aprendizagem em sala de aula. Nosso intuito é oferecer ao campo de pesquisa instrumentos validados de abordagem quantitativa, a fim de minimizar esta lacuna no campo acadêmico. De um modo mais específico o trabalho busca: 1) Realizar uma revisão da literatura sobre indisciplina escolar e as práticas pedagógicas docentes associadas à melhoria do clima disciplinar em sala de aula. 2) Elaborar um questionário que permita inventariar a presença de diferentes tipos de indisciplina na sala de aula, a partir do qual seja possível produzir um indicador de clima disciplinar por turma, professor e escola; 3) Elaborar um questionário que permita identificar as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores em sala de aula, com vistas a compreender as suas relações com o clima disciplinar durante as suas aulas e a consequente melhoria do ambiente de aprendizagem. Para a execução desses objetivos inspiramos no modelo de construção e validação de instrumentos de pesquisa apresentado por Pasquali (1999), que se baseia em três grandes polos: procedimentos teóricos, procedimentos empíricos (experimentais) e procedimentos analíticos (estatísticos). Nessa dissertação, nos limitaremos aos procedimentos teóricos até a análise dos juízes. Na etapa de procedimentos teóricos realizamos a elaboração propriamente dita dos itens, baseada na investigação teórica nacional e internacional realizada sobre os principais objetos da pesquisa: indisciplina e práticas pedagógicas dos professores. Numa segunda etapa, definimos os principais construtos a serem utilizados pela pesquisa, etapa que envolveu a definição constitutiva e a definição operacional dos construtos. Nessa etapa, avaliamos por meio da análise dos juízes, que se trata de um processo em que especialistas em determinada área participam de uma avaliação com o objetivo de verificar o nível de concordância entre esses juízes. As adequações dos itens dos instrumentos a partir da análise dos juízes foi realizada de forma quantitativa e qualitativa. Para a análise quantitativa utilizamos o método de Razão de Validade de Conteúdo (RVC), desenvolvido por Lawshe (1975), para analisar a concordância dos juízes sobre o grau em que o instrumento mede o conteúdo que se espera medir. E as observações, sugestões e dúvidas dos especialistas analisadas qualitativamente. Neste estudo nos limitamos a realização dos procedimentos teóricos até a realização da análise dos juízes, o que constitui uma limitação do trabalho. Como resultados obtidos tem-se a construção de dois instrumentos de pesquisa: 1) Diagnóstico do clima disciplinar, e 2) Práticas pedagógicas dos docentes, que indicam que o estudo constitui uma importante contribuição para o campo de investigação em minimizar a falta de instrumentos específicos para a investigação do fenômeno da indisciplina e das práticas pedagógicas dos docentes. Entretanto, em pesquisas futuras é recomendado finalizar os procedimentos teóricos e dar prosseguimento as demais procedimentos propostos por Pasquali (1999).Item Os conceitos de concepção, percepção, representação e crença no campo educacional : similaridades, diferenças e implicações para a pesquisa.(2016) Matos, Daniel Abud Seabra; Jardilino, José Rubens LimaNas pesquisas sobre “o que pensam” alunos, professores e atores educacionais, há uma enorme variedade de termos que se utiliza para referir-se às representações mentais. Essa diversidade acaba dificultando a compreensão de pesquisas da área educacional e seu arcabouço teóricoconceitual. Há muitos estudos na literatura educacional que não definem claramente os conceitos utilizados. O objetivo deste artigo é realizar uma análise sobre os conceitos de concepção, percepção, representação e crença. As fontes utilizadas foram artigos, livros e dicionários especializados. Conclui-se que os referidos termos utilizados (concepção, percepção, representação e crença) têm como objetivo chegar a um mesmo resultado: informar a maneira como as pessoas percebem, avaliam e agem com relação ao fenômeno pesquisado. Assume-se que há necessidade de uma constante vigilância epistemológica e de um acordo mínimo entre os pares sobre o significado desses conceitos. Tratá-los como sinônimosincidirá em uma série de equívocos na divulgação dos resultados das pesquisas.Item Concepções de avaliação de alunos universitários : uma revisão da literatura.(2012) Matos, Daniel Abud Seabra; Brown, Gavin Thomas Lumsden; Cirino, Sérgio DiasO objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão de estudos sobre as concepções de avaliação de alunos universitários brasileiros, divi¬didos em quatro grupos, segundo os quais a avaliação: 1) melhora o ensino e a aprendizagem; 2) tem um impacto emocionalmente posi¬tivo nos alunos; 3) é irrelevante porque é injusta ou ruim; e 4) torna os alunos responsáveis. Dentre os principais resultados destacam-se: uma gama extensa de concepções de avaliação nas experiências e pensamentos de universitários brasileiros, incluindo a consciência de responsabilização do aluno e da escola, melhora e irrelevância; a concepção dominante parece ser uma reação emocional negativa (irrelevância) com relação à responsabilização do aluno.Item Concepções de avaliação de professores do ensino básico : adaptação e validação do questionário Teachers' Conceptions of Assessment.(2016) Roncete, Karine Votikoske; Matos, Daniel Abud Seabra; Rodrigues, Erica Castilho; Silva, Luciano Campos da; Santos, Gleiber Couto SantosOs objetivos desse trabalho foram: (1) realizar uma revisão da literatura sobre as concepções de avaliação dos professores, classificando pelo número de concepções identificadas nos estudos; e (2) adaptar e coletar fontes de evidência de validade do questionário Teachers' Conceptions of Assessment (TCoA-III) para a realidade brasileira. Utilizamos prioritariamente métodos quantitativos. Quanto à revisão da literatura, encontramos quatro grandes grupos de concepções de avaliação de professores: 1) melhora; 2) responsabilização da escola; 3) responsabilização do aluno; e 4) irrelevância (BROWN, 2008). Analisamos um total de 14 trabalhos onde a frequência das concepções foi: melhora (12), responsabilização da escola (9), responsabilização do aluno (6) e irrelevância (5). Com relação ao estudo empírico, participaram professores da educação básica (N=179; 110 mulheres e 69 homens; idade M=37.6 anos, DP=10.5). Realizamos uma Análise Fatorial Exploratória do questionário Teachers’ Conceptions of Assessment. Analisamos a versão do questionário direcionada para avaliações de sala de aula. Os resultados da Análise Fatorial sugerem uma estrutura fatorial diferente para o TCoA brasileiro. Realizamos diversas análises excluindo, no total, 28 itens que se mostraram problemáticos. O modelo final, com 22 itens, apresentou um bom ajuste (CFI= .960; RMSEA= .067; SRMR = .045) e quatro fatores: 1) melhora; 2) melhora-ensino; 3) irrelevância-ignorada; e 4) responsabilização do aluno. Uma limitação do trabalho diz respeito ao tamanho da amostra. Novas pesquisas são necessárias para investigar de maneira mais aprofundada as concepções de avaliações de professores, inclusive por meio de outros métodos.Item Confiabilidade e concordância entre juízes : aplicações na área educacional.(2014) Matos, Daniel Abud SeabraOs objetivos desta pesquisa foram: (1) investigar as estratégias de verificação da confiabilidade e concordância entre juízes, enfatizando as aplicações na área educacional; (2) realizar uma revisão da literatura nacional sobre as técnicas de confiabilidade e concordância entre juízes e suas áreas de aplicação; e (3) ilustrar a aplicação das técnicas de confiabilidade e concordância entre juízes por meio da análise das correções das redações do vestibular de uma universidade pública de Minas Gerais. Utilizamos o coeficiente de correlação intraclasse para analisar a confiabilidade e concordância entre juízes na correção das redações no período de 2005 a 2010. Identificamos pouco uso, nas pesquisas educacionais, de técnicas de concordância entre juízes. Quanto à análise da correção das redações, alguns resultados foram satisfatórios (exemplo: confiabilidade média dos juízes para as notas totais das redações) e outros insatisfatórios (exemplo: concordância baixa em alguns critérios de correção).Item Cooperação federativa e desigualdades educacionais : uma análise do Proinfância no Estado de Minas Gerais.(2020) Oliveira, Adriana de Medeiros; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Matos, Daniel Abud Seabra; Oliveira, Romualdo Luiz Portela deA pesquisa insere-se no debate mais amplo das desigualdades, com ênfase naquela produzida no âmbito educacional, mais especificamente na Educação Infantil, etapa creche. Assumiu-se a perspectiva das relações intergovernamentais de modo a examinar essa dimensão de desigualdade educacional, procurando responder à seguinte pergunta: O Programa Proinfância, enquanto estratégia de articulação intergovernamental, tem diminuído as desigualdades educacionais, na etapa creche, em termos de melhoria de acesso, no estado de Minas Gerais? O objetivo do estudo foi examinar se as relações intergovernamentais entre a União e municípios têm potencial de reduzir as desigualdades educacionais na etapa creche, expressos em termos de medida de acesso, tomando como objeto de análise o Proinfância, já que o próprio programa, instituído pela Resolução nº 6, de 24 de abril de 2007, tem como propósito ampliar o acesso na Educação Infantil e viabilizar melhoria da infraestrutura escolar das redes de Educação Infantil. De modo a responder à questão de pesquisa, privilegiou-se a abordagem quali-quanti. O trabalho buscou examinar o comportamento de matrículas registradas antes e depois da adesão de municípios mineiros ao Proinfância, a fim de aferir a capacidade do Programa na redução das desigualdades educacionais compreendidas como acesso. Enquanto estratégia analítica, estabeleceu-se o exame comparativo entre municípios mineiros com convênios concluídos com a União para a construção de creches, no período de 2009 a 2018. O trabalho ainda examinou os dados relativos à capacidade fiscal e tributária, educacional e demográfica dos entes municipais que aderiram ao programa federal, a fim de aferir se a relação intergovernamental entre municípios e a União teria contemplado uma perspectiva redistributiva, melhorando o índice de oferta dos municípios com menos capacidade de realizar a expansão do sistema por meio de sua capacidade própria fiscal e administrativa. Neste estudo, partiu-se da hipótese, posteriormente refutada, de que a relação intergovernamental entre municípios e União, no caso do Proinfância, não teria potencial de redução de desigualdades devido à contrapartida estipulada pela União aos municípios para a construção de creches, uma vez que tenderia excluir as municipalidades mais pobres, mas que precisam melhorar a oferta de matrículas. Contudo, verificou-se que o Proinfância constituiu-se como uma importante política de expansão à creche em municípios mineiros, no período de 2009 a 2018, sendo um relevante instrumento de correção progressiva de disparidades de acesso educacional à Educação Infantil, especialmente para os municípios com menor porte populacional, sendo, por isso, possível afirmar que o Programa reduziu as desigualdades de acesso, nas seguintes perspectivas: i) Relação do Proinfância com a variação positiva do número de matrículas; ii) Relação do Proinfância com a variação positiva do número de escolas; iii) Dos 364 municípios que concluíram convênios com o governo federal no período 2009 a 2018, 269 municípios só iniciaram o atendimento a creche em função da parceria com o Proinfância, sendo que destes 167 municípios permanecem com atendimento à creche exclusivamente por meio de unidades escolares do Proinfância. Em 2018 foi verificado a existência de 80 novos municípios que não atendiam a creche em 2009 e passaram a atender a etapa em função da parceria do município com o Proinfância.Item Currículo e relações de poder : análise de uma reforma curricular para cursos de Pedagogia em tempos de conservadorismos.(2019) Mendes, Cláudio Lúcio; Cardoso, Frederico Assis; Matos, Daniel Abud SeabraO artigo tem por objetivo analisar uma das questões mais relevantes que integraram a agenda das discussões, nas últimas décadas, sobre os cursos superiores de Pedagogia no Brasil: o currículo. Para tanto, trabalhamos com a análise de uma reforma curricular que envolveu dois cursos de Pedagogia de dois Centros Universitários privados localizados nos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Como referencial analítico ¬ fizemos uso das teorias críticas e pós-críticas do campo dos Estudos do Currículo. A partir de uma gestão colegiada, democrática e participativa, identi¬ficamos uma grande arena de luta em torno da construção curricular que envolvia questões pedagógicas versus questões econômicas. No entanto, destacamos que, mesmo em um contexto de instituições privadas, é possível questionar, resistir e produzir um currículo que favoreça posturas mais democráticas, inclusivas e plurais. O argumento central é o de que as discussões do campo do currículo, quando tratadas criticamente, contribuem com o avanço intelectual e político de uma instituição.Item Descrição da competência leitora no ensino fundamental.(2023) Barbosa, Lauren Angela Maria Nogueira; Matos, Daniel Abud Seabra; Soares, José FranciscoEsta pesquisa se propôs a elaborar objetivos de aprendizagem de leitura a partir da análise de sentenças descritoras de itens de avaliações externas em língua portuguesa. O principal referencial teórico foi a Taxonomia Revisada de Bloom, associada ao quadro conceitual do Programme for International Student Assessment 2018 de letramento em leitura. Foram usadas 1.813 sentenças descritoras, obtidas principalmente do Sistema de Avaliação da Educação Básica, a fim de elaborar um conjunto de objetivos com maior precisão dos termos nos enunciados que indicam o que se espera que os alunos aprendam. Como resultado, produziu-se um conjunto de 84 objetivos de aprendizagem de leitura que pode ser considerado uma síntese representativa da área de avaliação em leitura, com potencial de aplicação no ensino ou na avaliação.Item Descrição e medida da competência leitora no ensino fundamental.(2020) Barbosa, Lauren Angela Maria Nogueira; Matos, Daniel Abud Seabra; Soares, José Francisco; Matos, Daniel Abud Seabra; Corrêa, Hércules Tolêdo; Soares, José Francisco; Coscarelli, Carla VianaNo contexto educacional atual, existe uma dificuldade de informar, de maneira clara e adequada, o que se espera que os alunos aprendam como resultado do ensino. Uma grande quantidade de objetivos de aprendizagem, muitas vezes vagos, costuma ser utilizada na educação. Esta pesquisa se propôs a elaborar objetivos de aprendizagem a partir de sentenças descritoras de itens de avaliações externas em Língua Portuguesa. O principal referencial teórico usado foi a Taxonomia Revisada de Bloom que apresenta, como estrutura para a elaboração de objetivos de aprendizagem, o uso de um verbo para nomear um processo cognitivo e de um substantivo para indicar o objeto de conhecimento. Essa taxonomia é constituída por duas dimensões: conhecimento e processos cognitivos. A primeira compreende quatro tipos: factual, conceitual, procedimental e metacognitivo. A segunda abarca 19 processos, distribuídos em seis categorias com complexidade cognitiva crescente (lembrar, compreender, aplicar, analisar, avaliar e criar). Em associação, o quadro conceitual do PISA de leitura foi usado na fundamentação teórica e, em especial, suas três categorias de processos cognitivos: localizar informações, compreender, avaliar e refletir. No percurso metodológico, trabalhou-se com 1.813 sentenças descritoras de itens de avaliações externas de Língua Portuguesa, oriundas de relatórios pedagógicos do SAEB, da Prova São Paulo e de documentos curriculares dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. As informações foram categorizadas e analisadas, para serem usadas na discriminação dos objetos de conhecimento e dos processos cognitivos selecionados na elaboração dos objetivos de aprendizagem. O número final de objetivos de aprendizagem em leitura elaborados neste trabalho foi de 84, distribuídos em três grandes grupos: elementos contextuais (24), elementos textuais (43) e elementos linguísticos (17). As habilidades da nova matriz de Língua Portuguesa do SAEB (2018) foram analisadas. Observa-se uma progressão em termos de complexidade cognitiva nas habilidades do 5º para o 9º ano da nova matriz, na maior parte dos casos. No entanto, revela-se a presença significativa de processos de baixa complexidade cognitiva na matriz, pela utilização de verbos que envolvem a recuperação da informação da memória em várias habilidades. Processos mais elevados, que abordam a compreensão, a análise e a integração de informações, poderiam estar mais presentes a fim de contribuir para a elaboração de testes nos quais a leitura avaliada não se limite à reprodução de conhecimentos escolares. Como contribuições da pesquisa, considerase que o conjunto de objetivos de aprendizagem elaborados trazem uma síntese representativa da área de Leitura, com um potencial de aplicação muito grande: elaboração ou avaliação de materiais didáticos ou de propostas de ensino; análise e avaliação de currículos em redes estaduais e municipais; possibilidade de diálogo e de melhorias da BNCC; formação de professores, dentre outras. Sugerimos a utilização de conceitos das taxonomias cognitivas na elaboração de objetivos de aprendizagem que possam orientar, de forma clara e específica, o que se pretende ensinar e como a aprendizagem pode ser avaliada. Essa utilização pode ser integrada a outros quadros teóricos e expandida para diferentes áreas de conhecimento, além de ser usada na formação/capacitação dos profissionais da Educação.Item A difícil transição : a participação da família na escolha profissional de jovens egressos do Ensino Médio.(2016) Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Cunha, Maria Amália de Almeida; Matos, Daniel Abud SeabraO final do Ensino Médio é um período de difícil transição para a vida adulta. Com o intuito de compreender como diferentes esferas de socialização influem nessa fase crucial de decisão e planejamento perante o futuro, foram selecionados para esta pesquisa alunos de quatro escolas públicas de Minas Gerais, duas delas localizadas em Belo Horizonte e outras duas em Mariana. A metodologia selecionada foi a qualitativa, e as técnicas utilizadas foram o questionário e a entrevista. O questionário visou identificar as tendências e fazer um panorama descritivo dos jovens egressos e suas famílias. As entrevistas contribuíram para uma análise da realidade cotidiana e das transmissões intergeracionais entre avós, pais e jovens. Assim, essa pesquisa discute como as diferentes gerações presentes em um mesmo espaço doméstico enfrentam o ingresso no mercado de trabalho, como constroem suas estratégias e planos frente ao futuro e como se relacionam com outras esferas de socialização do jovem.